Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 6
Professor Seboso


Notas iniciais do capítulo

Participação especial: Seboso, ou meis conhecido como Severus Snape



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Capitulo 6 – Professor Seboso.

Acordei bem cedo no dia seguinte, todos ainda estavam dormindo, não me importei com isso.

Levantei, tomei banho e fui explorar o castelo, eu ainda tinha que guardar na mente os caminhos para cada aula, não foi muito fácil, mas depois de duas horas já tinha gravado onde eram as salas de aula e onde ficava o Salão Principal, encontrei duas passagens secretas, uma atrás de um quadro, que ele abria a passagem para quem dissesse o nome dele (o nome era tão esquisito que eu tinha falado em voz alta), outra que era atrás de uma tapeçaria, eu vi um casal saindo dali.

Fui tomar o café da manha vi uma garota do 7º ano, acho que ela se chamava Angelina Johnson, conversando com o trio de ouro.

Quando ela saiu me aproximei deles.

- Bom dia. – falei.

- Bom dia, acordou cedo, hein? – falou Rony.

- Fui explorar o castelo, provavelmente eu iria me perder se não fizesse isso. – falei me sentando do lado deles.

Um barulho enorme de asas batendo sinalizava a entrada de corujas, não esperava nenhum correio, pois não tinha ninguém por aqui, para a minha surpresa Zeus pousou logo na minha frente e estendeu a pata com um pequeno bilhete para mim.

O pessoal a minha volta ficou surpreso com a ave, a maioria nunca tinha visto um exemplar dele, era uma espécie muito cara.

- Obrigado Zeus. – falei desamarrando o bilhete da pata dele.

O falcão saiu voando e desapareceu no meio das corujas.

- Você tem um falcão real? – perguntou Rony incrédulo.

- É. – falei tentando descobrir quem tinha me mandado um bilhete, desisti. – Sempre achei corujas muito lentas.

Abri o bilhete, ele estava escrito em português com uma caligrafia impecável e feminina.

Boa escolha, Traveller.

Assim você não muda muita coisa e fica perto para ver as alterações, mas cuidado que as alterações podem não ser visíveis até que seja tarde demais.

De sua caçadora preferida.

Artemeris, a deusa que me jogou para essa missão, a antiga deusa grega da caça, tinha me mandado um bilhete, sorri.

- De quem é? – perguntou Hermione curiosa.

- De uma amiga. – respondi, deixando o bilhete sobre a mesa.

Ela tentou ler, mas como estava em português não conseguiu, segundos depois de ela desistir a tinta sumiu e o papel queimou sem soltar fumaça, as cinzas se espalharam com o vento.

- Cuidadosa essa sua amiga. – comentou Harry espantado.

- Sempre tem gente curiosa por perto. – falei sorrindo amigavelmente para Hermione. – Ela era minha babá quando eu era menor.

Eles aceitaram essa mentira muito bem.

A professora McGonagall vinha distribuindo os horários.

- Olhem só hoje! – gemeu Rony. – História da Magia, dois tempos de poções, Adivinhação e dois tempos de Defesa Contra as Artes das Trevas... Binns, Snape, Trelawney e a tal Umbridge, tudo no mesmo dia! Gostaria que Fred e Jorge trabalhassem mais rápido para aprontar aqueles kits Mata-Aulas...

- Será que meus ouvidos me enganam? – perguntou Fred que vinha chegando junto de Jorge, que não estava mais com os cabelos roxos. – Com certeza os monitores de Hogwarts não desejam matar aulas!

- Olhem só o que temos hoje. – disse Rony mostrando o horário. – É a pior segunda feira que eu já vi na vida.

- Um argumento valido maninho – disse Fred. – Posso lhe ceder um Nugá Sangra-Nariz baratinho, se quiser.

Parei de prestar a atenção nessa parte, pois uma linda moreninha tinha se sentado do meu lado.

- Bom dia. – cumprimentei.

- Bom dia – respondeu ela com um sorriso.

- Poderia me dizer o seu nome?

- Parvati Patil. – respondeu com um sorriso maior.

- Hmm – pensei um pouco. – Nome indiano certo?

- Sim, como você sabe disso?

- Sou bom com línguas. – respondi malicioso (essa cantada não daria muito certo em inglês, mas tudo bem).

Ela corou um pouco.

- Então, moça com um lindo nome indiano. – ela corou de novo. – poderia fazer um favor?

- E qual seria?

- Me guiar pelo castelo, eu ainda não sei onde fica as aulas – menti. – que esse pessoal está muito ocupado discutindo para prestar atenção em um pobre aluno novo. – disse apontando para Hermione, Rony e os gêmeos Weasley que estavam discutindo alguma coisa sobre N.O.M.s.

Fiquei falando com a morena enquanto comíamos, ela parecia ser uma pessoa muito legal, só agora eu estava vendo que existia muita coisa além dos personagens principais em Hogwarts, muitas coisas interessantes para dizer a verdade.

- Vamos indo para a aula de História da Magia? – perguntou Harry.

Rony e Hermione concordaram e se levantaram, eu fiquei sentado prestando atenção no meu prato.

- Nathan você não vem? – perguntou Rony.

- Não, eu pedi para essa adorável dama para me guiar pelo castelo. – falei mostrando Parvati.

- Mas você não tinha exp... – ia falando Rony, mas parou quando viu o meu olhar assassino e minha varinha apontada para ele, coloquei a varinha no ângulo certo para que a minha “guia” não visse o que eu estava fazendo.

Hermione percebeu o que eu queria fazer e empurrou os dois dali.

- Você podia ter ido com eles se quisesse.

- Eu pedi para você guiar, eu não te abandonaria depois de você aceitar me fazer esse favor, além disso, uma garota tão bonita como você não deve andar sozinha pelos corredores.

- Eu não iria sozinha, eu iria com a Lila. – falou apontando para garota loira que estudava no mesmo ano que nós.

- Se quiser ir com ela, eu posso tentar encontrar a sala sozinho. – dramatizei.

- Não, eu vou te guiar como eu disse antes, só me deixa avisar para ela, já volto.

Ela foi lá conversou um pouco com a loira, que começou a dar risinhos e fez com que a morena ficasse vermelha, depois a Parvati voltou e fomos para a aula calmamente, conversando no caminho.

A primeira aula era de História da Magia, nos livros sempre dizia que essa aula era a mais chata que existia, eu não pensava que era tanto. Não conseguir manter a atenção depois do quinto minuto de aula. A aula de História da Magia era conjunta com a Corvinal, onde a irmã gêmea de Parvati, Padma, estudava, as irmãs ficaram conversando durante boa parte da aula, de vez em quando olhavam em minha direção e eu fingia que não estava vendo.

No fim da aula eu não sabia se ia junto com os três ou se ficava nas garras das irmãs, a segunda alternativa foi a escolhida por elas.

As irmãs gêmeas e a Lilá Brown me escoltaram para a sala de poções, Padma e Lilá não param de fazer perguntas para mim, parecia um interrogatório, ainda bem que eu tinha treinado todas as respostas das perguntas que alguém poderia fazer para mim.

No meio do caminho, quando tocou a sineta Padma saiu do grupo de interrogatório e foi para outra aula, não demorou muito para chegarmos na sala de Poções, ficamos conversando um pouco lá até Rony e Hermione chegarem discutindo junto com um Harry emburrado.

- Eles realmente se amam. – falei para o Potter, que distraído não respondeu nada. – Ei, Potter? – falei passando a mão na frente da cara dele. – O que foi que aconteceu?

Harry me explicou que a Cho Chang foi conversar com ele, o único problema foi o Rony que começou a brigar com ela por causa do emblema dos Tornados.

 - Meus pêsames, com um amigo desses quem precisa de inimigos? – perguntei sarcasticamente. – Olha pelo lado bom, se ela já te procurou duas vezes, e olha que na primeira vez a maioria das garotas desistiria – quase ri quando me lembrei da cena dele coberto por pus verde. – Ela realmente deve te querer, da próxima vez tente encontrar com ela estando sozinho.

Ele concordou comigo.

A porta da masmorra se abriu, o professor sebo... Snape olhou friamente para os alunos.

Os alunos entraram rapidamente, os da Gifinória foram para um lado e os da Sonserina foram para outro, eu acompanhei Parvati e Lilá para uma mesa com só nós três.

A porta se fechou e o silencio se instalou.

- Quietos. – disse Snape friamente.

- Antes de começarmos a aula de hoje – disse Snape caminhando pela sala e indo imponentemente para sua escrivaninha. – acho oportuno lembrar a todos que em junho prestarão um importante exame, no qual provarão o quanto aprenderam sobre a composição e o uso das poções magicas. Por mais debilóides que sejam alguns alunos dessa turma, eu espero que obtenham no mínimo um aceitável no seu N.O.M., ou terão de enfrentar o meu... desagrado.

Pude ver a metade da turma Grifinória se arrepiando com a ameaça, o que mais tremeu foi Neville.

- Hoje vamos aprender a ministrar a Poção da Paz, que geralmente cai no exame dos Níveis Ordinários de Magia, o ingredientes e o método – Snape fez um movimento rapido com a varinha. – estão no quadro. – eles apareceram ali. – encontrarão o que precisão no armário. – com mais um aceno de varinha o armário se abriu. – podem começar.

Essa poção era muito difícil de ser feita, ainda bem que eu tinha praticado poções muitas vezes nas férias, e também como eu conseguia controlar o fogo as trocas de nível das chamas seriam bem fáceis para mim.

Um vapor claro e prateado saiu da minha poção, Snape veio pessoalmente examinar meu caldeirão, como não achou nada de errado, foi examinar os outros caldeirões.

Depois de alguns minutos, alguns caldeirões estavam soltando uma fumaça escura, outros não soltavam nada e pouquíssimos soltavam um vapor claro e prateado.

- Um vapor claro e prateado deve se desprender da poção – avisou Snape – dez minutos antes de ficar pronta.

Snape passou de novo e parou na frente do caldeirão do Harry que soltava uma fumaça acinzentada, Snape humilhou Harry na frente de toda a sala e no final usou o feitiço Evanesco para desaparecer com toda a poção, fazendo o Potter ficar sem nenhuma nota.

Arrumei minhas coisas o mais rápido possível, entreguei o meu frasco com a poção, pedi desculpas quando passei pela Parvati e fui atrás do Harry.

Consegui alcançar ele na metade do caminho.

- Calma Potter. – falei.

Ele estava mesmo irritado pelo que tinha acontecido com ele, mas nem eu nem ele poderíamos fazer nada.

- Alguma ideia do porque ele fez isso com você?

- Ele e o meu pai estudavam no mesmo ano, eles não se gostavam, agora parece que ele está descontando toda a raiva em mim.

- Entendo, da próxima vez tente não errar nada, é o único jeito que eu vejo para ele não pegar no teu pé.

Ele olhou para mim um pouco incomodado, mas não disse nada.

- Qual é a nossa próxima aula? – perguntei.

- Adivinhação, você faz também?

- Não, eu acho isso muito charlatanismo. – abri a mochila, depois de algum tempo procurando achei o meu horário. – olha só tenho um período livre e depois aula com a Umbridge.

Aula com a Umbridge? Isso ia ser chato demais.


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