Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 15
Primeira reunião dos Defensores da Magia




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Capitulo 15 – Primeira reunião.

- Essa é a tão secreta sala? – perguntou Hermione desdenhosamente apontando para o “armário de vassouras”.

- Isso mesmo você nunca leu Nárnia? – ela negou. – Lá você aprende a nunca subestimar armários. – falei entrando.

Eu tinha pedido uma sala para o treinamento de um grupo de alunos, uma sala para praticar defesa contra as artes das trevas, uma sala que a entrada fosse um armário de vassouras.

O armário era estreito e sem vassouras, o fundo dele era somente uma ilusão, quando dizia a senha: “Velha sapa idiota” ele desaparecia e mostrava a verdadeira sala.

A sala tinha varias estantes com livros sobre feitiços, varias almofadas, pufes, uma área de duelos e vários objetos de detecção de feitiços e magos das trevas sobre uma mesa.

- O que vocês acham? – perguntei, nem precisava perguntar só a cara arregalada deles quase me fez gargalhar.

- Que sala é essa? – perguntou Hermione.

- Se chama sala precisa, é só pensar no que precisa que a sala oferece, para entrar nela é preciso passar três vezes na frente daquele quadro dos trasgos pensando no que quer, muita gente já achou essa sala, mas não sabe como voltar aqui. – expliquei.

- Como você achou essa sala? – perguntou Harry.

- Explorando. – falei.

- Nós já estamos aqui a cinco anos e nunca vimos essa sala e você chega aqui e acha ela em menos de dois meses... – falou Rony.

- Vocês é que não exploraram direito Hogwarts, e não foi dois meses, eu achei ela na primeira semana, onde vocês acham que eu vou toda manhã? – perguntei.

- Você vem aqui? – perguntou Hermione. – Por quê?

- Treinar, aprender, passar tempo. – falei dando os ombros.

- Você já trouxe a Parvati para cá? – perguntou Rony malicioso.

- Traria se tivéssemos chegado a isso que você está pensando. – expliquei.

Os três coraram com o meu comentário.

- Vocês coram muito fácil. – suspirei.

- Você que fala essas coisas... essas coisas pessoais. – falou Hermione.

- Vocês não falam sobre sexo com os amigos? – perguntei surpreso.

Os três negaram e ficaram mais corados ainda.

- Nossa, que coisa, mas vocês sabem o básico né? – eles coraram mais ainda. – Minhoquinha no buraquinho? – nunca tinha visto alguém tão vermelho assim, então comecei a rir.

- Isso não tem graça Bragança! – bradou Hermione. – Você não pode falar essas coisas na frente dos outros.

- Certo Srta. Certinha, vou parar de falar de sexo, mas siririca pode? – perguntei com o meu sorriso mais maligno.

Só a Hermione parecia saber do que eu falei pois ela abriu a boca e não conseguiu falar nada.

- O que é isso? – perguntou Rony intrigado.

- Pergunta para a Srta. Certinha ela sabe. – falei saindo da sala e começando a cantar “Siririca Baby” de Velhas Virgens.

Quando um bater de asas me surpreendeu, Zeus tinha voltado de Londres com a resposta de Ragnak sobre a ideia do mp3, não sabia o porque dele demorar tanto para voltar.

Peguei a carta de Zeus depois que ele pousou em uma janela por perto e abri, para a minha surpresa dentro dela tinha um aparelho parecido com um mp3 e fones de ouvido, sorri, então fui ler a carta.

Prezado Sr. Bragança.

Achamos a tarefa que você nos deu um ótimo desafio, combinar uma tecnologia trouxa com a nossa magia foi uma coisa interessante, depois de fazermos alguns protótipos, que não deram muito certo chegamos a esse, que na verdade não tem nada da tecnologia trouxa nele, decidimos que assim seria mais fácil e não arranjaria problemas com a Direção de Hogwarts, nem com o Ministério.

Por praticidade resolvemos fazer o aparelho igual ao modelo trouxa, eles sempre arranjam o modo mais pratico de fazer as coisas, juntando magia rúnica e um pouco de magia bruxa fizemos um aparelho que sabe qual musica a pessoa quer escutar e tira da lembrança dessa pessoa a musica.

A musica pode ser tanto trouxa quanto bruxa, pois quem a prove é a próprio usuário. Não precisa se preocupar por invasão da mente, pois o aparelho só busca a memória da musica e a reproduz e a pessoa tem que concordar em dar essa memória, isso é feito inconsistentemente, por isso não tem incomodo.

Outro uso desse aparelho é que ele pode se tornar um tipo rádio trouxa direcionada diretamente para as outras pessoas, a quantidade de pessoas que recebem o “sinal” só depende de quanto de energia que a pessoa coloca no objeto.

Espero ter cumprido suas expectativas.

Ragnak, diretor do Gringotes.

Cumprindo as minhas expectativas? Me dando um aparelho que toca qualquer coisa que eu quero e que ninguém pode reclamar que eu tenho ele? Esse cara é o que? Maluco pelo trabalho?

Eu nunca teria pensado em algo tão bom para mim, e essa coisa de radio, eu arranjaria um uso muito bom para ele.

No dia seguinte, para a surpresa de todo mundo tinha um recado no salão comunal da grifinória.

"PELAS ORDENS DA GRANDE INVESTIGADORA DE HOGWARTS

Todas as organizações, sociedades, times, grupos e clubes de estudantes estão de hoje em diante proibidos.

Uma organização, sociedade, time, grupo ou clube com encontros regulares de três ou mais alunos.

Isso foi estabelecido pela Grande Investigadora (Professora Umbridge).

Qualquer organização, sociedade, time ou clube de aluno não poderá existir sem conhecimento e aprovação da Grande Investigadora.

De acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Quatro.

Assinado: Dolores Jane Umbridge, Grande Investigadora."

Isso gerou algum medo, de que alguém tivesse nos delatado, mas como ninguém sofreu a azaração que a Hermione colocou na lista ficamos mais calmos, durante o dia mandamos mensagens para todos onde e quando seria a primeira reunião.

Nos reunimos na sala precisa, todos os que tinham ido para a reunião no cabeça de javali estavam ali.

- Está alguém faltando? – perguntei. – Eu devia ter colocado uma senha mais fácil... – falei brincando.

Muitos riram.

- Então, que lugar é esse? – perguntou Dino Thomas.

- Essa sala é chamada de sala precisa. – respondeu Hermione rapidamente. – Ela dá tudo que nós precisamos.

- O que são essas coisas ali. – perguntou Lilá apontando para os aparelhos que estavam encima da mesa.

- São objetos de detecção de magia das trevas – respondeu Harry, olhando de maneira demorada para um espelho-de-inimigos, quando decidiu que não tinha nenhum problema por perto se virou para a turma. – Bem... estive pensando no que vamos fazer primeiro. – Hermione levantou o braço. – Hermione?

- Eu estava pensando que deveríamos eleger um líder. – disse ela.

- Harry é o líder. – declarou Cho olhando para o Harry com uma cara de apaixonada, que ele retribuiu.

Eles não pararam de se encarar até que eu pigarreei alto o suficiente para todos da sala escutarem.

- Hermione... – falei.

- Certo, mas eu acho que devíamos votar nisso propriamente. – falou Hermione. – Quem acha que o Harry deveria ser o líder levanta a mão.

Todo mundo, menos eu, que estava deitado em um pufe e com os braços atrás da cabeça, levantou o braço.

- Ótimo, agora eu acho que deveríamos escolher um nome. – continuou Hermione.

- Que tal grupo Ministério só tem idiotas? – sugeriu Fred.

- Umbridge coma bosta? – agora Jorge.

- Eu estava pensando em um nome que não chamaria a atenção das outras pessoas. – explicou Hermione.

- Que tal Associação de defesa? – sugeriu Cho. – “AD” ninguém saberia o que isso significa.

- “AD” é bom, mas que tal Armada Dumbledore? Não é isso que o ministério mais teme? – sugeriu Gina.

Murmúrios de concordância rondaram a sala.

- É um bom nome, Ruivinha. – falei. – Mas se pegarem agente? Dumbledore se ferra completamente.

- Você acha que vão pegar agente? – perguntou Lilá.

- Sempre espere a pior situação, pois se acontecer você estará preparado para ela. – falei. – Que tal Defensores da Magia?

A maioria concordou com o nome.

- Todo mundo concorda com o nome? – perguntou Hermione e escreveu no topo do pergaminho em que todos tinham assinado:

DEFENSORES DA MAGIA.

Ela se levantou e pregou o pergaminho na parede, onde todos podiam ver.

- Pronto - falou Harry, quando ela voltou a se sentar novamente. - Devemos ir para a prática agora? Eu estava pensando, em primeiro lugar nós deveríamos tentar Expelliarmus, vocês sabem, o Feitiço de Desarmamento. Eu sei que é bem básico, mas eu achei isso muito útil...

- Ah, por favor - disse Zacharias Smith, levantando seus olhos e cruzando seus braços. - Eu não acho que Expelliarmus é exatamente o que vai nos ajudar contra Você-Sabe-Quem, você não acha?

- Eu já usei esse feitiço contra ele - replicou Harry com calma. - Isso salvou a minha vida em junho.

Suspirei alto, grande parte da sala olhou para mim.

- Harry posso dar uma demonstração rápida? – perguntei.

Ele assentiu.

- Vamos Smith, vou te mostrar uma coisa muito interessante. – falei indo para a área de duelos.

Zacharias Smith me acompanhou e foi para o outro lado da área de duelos.

- Vamos apostar assim, se eu te vencer usando somente accio e expulso enquanto você pode usar tudo, menos  rictusempra (feitiço do riso) você não poderá reclamar de nada durante as aulas do Harry, se eu perder eu vou fazer qualquer coisa que você queira, menos coisas que podem me machucar seriamente. Concorda?

- Accio e expulso? – perguntou ele debochando. – Claro que eu aceito, não vou ter mais dever de casa para o resto do ano.

- A luta começa quando você lançar a primeira magia. – falei.

O resto do pessoal estava surpreso por eu fazer uma aposta tão injusta, mas não disseram nada.

- Estupefaça. – gritou ele.

Desviei do feitiço pulando para o lado, deixando ele bem no meio do caminho entre mim e algumas almofadas.

- Accio. – falei com a varinha quase no chão, esse feitiço geralmente fazia com que os objetos que forem afetados por ele desviassem dos obstáculos, mas eu quis que eles viessem em linha reta.

Três almofadas vieram voando e atingiram a perna esquerda dele, fazendo ele se desequilibrar.

- Expulso – falei mirando uma das almofadas bem na cara dele, que logo foi acertada. – Expulso – mirei as outras duas almofadas na mão que segurava a varinha.

As almofadas aceraram o alfo, fazendo ele soltar a varinha.

- Accio – falei apontando para a varinha que estava no ar.

Todos que estavam ali ficaram surpresos com que eu tinha feito.

- Como você fez isso? – perguntou Parvati.

- Estratégia, coisa que a maioria dos puros-sangues não sabe o que significa. – falei ajudando o Smith a se levantar. – Mesmo os menores feitiços pode-se ganhar uma guerra, conheço gente que derrotou trasgos com um simples “Wingardium Leviosa”. – falei olhando para Harry, Rony e Hermione.

Alguns momentos de silêncio.

- Que tal começarmos a aula? – perguntei inocentemente.

Harry começou a dar instruções para a aula, que ocorreu normalmente.

No final da aula quando todo mundo estava se despedindo falei.

- Vocês viram como eu ganhei fácil do Smith. –falei debochado, mas depois fiz uma cara séria. – Isso foi somente porque eu já tenho certa experiência em duelos, coisa que ele não tem, por isso decidi enquanto estávamos nessa belíssima aula que o Harry deu, que eu vou dar aula de duelos, igual ao que o Harry está fazendo agora, mas não vou ensinar nenhuma magia ou qualquer coisa novo, vai ser somente a aplicação das magias que aprendemos com o Harry em duelos reais, quem estiver interessado venha amanha de manhã as 6 horas, para os testes para a aula.

- Testes? – perguntou Colin Creevey.

- Não vai ser todo mundo que vai poder aprender comigo. – falei. – Não posso ter uma turma assim tão grande para ensinar. Se lembrem, amanhã as seis horas da manha estejam aqui na frente, que se atrasarem não vão poder entrar na aula. – falei friamente e sai da sala precisa.

Isso eu não tinha planejado antecipadamente, mas ver eles usando magias sem nenhuma estratégia me fez ter medo pelo que vai acontecer com eles na guerra que está por vir.


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