Um Viajante em Hogwarts escrita por warick


Capítulo 11
Conhecendo um “comensal”


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo muito curto



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Capitulo 11 – Conhecendo um “comensal”.

- Não aguento mais, o que vai mudar na minha vida se Calisto é uma lua, plutão é o planeta mais distante da terra e que Jupiter é um deus muito maluco? – perguntei depois de me encher do dever de astronomia.

- Júpiter? Deus? – perguntou Rony.

- Ah, me confundi de Jupiter, mas você me entendeu.

- Sim e concordo plenamente. – falou Rony.

- Rony! Nathan! – exclamou Hermione. – Vocês não devem falar assim, todas as matérias são importantes.

- Para que eu vou precisar de astronomia na minha vida? – perguntei.

- Pode ser que você trabalhe com isso...

- Porque eu iria trabalhar com isso se eu não gosto? – pensei um pouco. – Se você fizer isso para mim eu te ajudo na próxima tarefa de Aritmancia. – a matéria Aritmancia misturava matemática com magia, como eu gostava de matemática era a minha matéria preferida e a que eu saia melhor, pois eu não precisava disfarçar.

A Hermione bufou, Aritimancia era uma das poucas matérias que ela não era a melhor da turma, eu tinha tomado esse lugar dela.

- Não sei como vocês conseguem gostar de uma matéria dessas. – falou Rony.

- Gosto é gosto, por exemplo, eu acho a Lilá Brown bonita, mas não fico olhando para a bunda dela toda vez que ela passa. – comentei.

Rony ficou com as orelhas vermelhas, sinal que dizia que ele ficou envergonhado ou com raiva, nesse caso foi com vergonha.

- Eu não faço isso todas as vezes.

- Ele admite que fica secando a bunda da garota. – falei debochadamente.

Quando ele ia retrucar uma coisa se mexeu na minha mochila, nós quatro ficamos em silencio.

Com cuidado abri a minha mochila e tirei de lá um pote de vidro com um tipo de chama muito vermelha dentro, ela parecia agitada.

- Esse não é o pote que o Dumbledore colocou o fogo que estava na sala da Umbridge? – perguntou Harry.

- É esse mesmo.

- Você roubou o pote do Diretor? – perguntou Hermione quase histericamente.

- Na verdade se ele tivesse ficado com o pote era eu que estaria sendo roubado esse fogo é meu, e também não foi culpa minha se pote veio parar nas minhas mãos.

- Como não foi culpa sua? – perguntou Rony.

- Pode fazer um favor? Pega esse pote e atira pela janela. – falei jogando o pote para o Rony.

Ele me olhou confuso, mas fez o que eu disse.

- Agora saía da frente da janela. – falei.

Alguns segundos depois de ele sair da frente da janela o pote voltou voando, a chama agora estava azul, quando ela voltou para a minha mão ficou verde, depois amarela e depois vermelha.

- Viram? Não foi culpa minha, esse fogo faz parte de mim desde que eu nasci, por isso ele não gosta de ficar longe.

- Mas você estava longe dele o dia todo. – argumentou Hermione.

- Sim, mas fui eu que deixei ele no quarto, se alguém tivesse pego ele depois disso, aconteceria a mesma coisa que aconteceu agora, por isso pedi para o Rony jogar, se fosse eu que tivesse jogado, o pote continuaria lá até eu ir buscar, alguém tocar nele ou eu ficar em perigo de vida.

- Então esse fogo te protege? – perguntou Hermione incrédula.

- Sim é uma magia de um antepassado meu. – menti, tudo até agora foi verdade, o fogo que estava dentro do pote é um fogo protetor, geralmente o elemento usado na proteção iria ser absorvido de volta pelo usuário depois que o objeto de tortura fosse desintegrado, mas como eu queria estudar esse mecanismo de proteção, deixei ele no pote.

O pote começou a tremer na minha mão, caiu no chão e foi para detrás da poltrona onde eu estava sentado, bufei e fui buscar o pote.

- Nunca tinha ouvido falar de uma magia parecida com essa. – comentou Hermione.

O pote rolou por mais três metros e foi parar debaixo de outra poltrona, bufei de novo.

- Harry o que você está fazendo? – perguntou Rony.

Olhei para o Harry, ele estava ajoelhado na frente da lareira com uma cara esquisita, os outros dois continuavam sentados nas poltronas que ficavam perto da lareira, o salão comunal estava vazio, eu tinha alguma memoria disso, sabia que alguma coisa iria acontecer, mas não me lembrava o que, por isso continuei tentando alcançar o maldito pote.

- Acho que vi a cabeça do Si... Almofadinhas dentro da lareira. – respondeu calmamente.

- A cabeça? Como na vez que ele quis falar com você no Torneio Tribruxo? Mas ele não faria isso agora, isso seria... Sirius. – ela exclamou a ultima parte.

Consegui finalmente pegar o pote.

- Eu estava começando a pensar que você iria ir para cama antes de todos os outros terem... – Sirius parou de falar quando me viu.

- E ai? – cumprimentei a cabeça no meio das chamas, tinha aparência acabada, com olheiras. Olhei para ele como se tivesse tentando me lembrar de onde eu o conhecia. – Você não é o Sério Blargh, aquele comensal da morte que matou treze trouxas e um bruxo e que traiu a família Potter? – perguntei curioso.

- É Sirius Black. – resmungou ele.

- Tanto faz. – falei bocejando – Galera vou ir dormir, pelo jeito a cabeça em chamas não vai nos deixar terminar os deveres, vou terminar amanha mesmo. – falei subindo as escadas do dormitório.

Enquanto eu subia pude ouvir parte da conversa, Sirius perguntou se eu era confiável, eles confirmaram e começaram a conversar sobre ser uma irresponsabilidade ele aparecer assim quando todo o ministério estava atrás dele.

Cheguei ao quarto, tomei banho e fui dormir.

Na manha seguinte, como sempre, me levantei cedo e fui treinar, hoje não tinha combinado nada com a Parvati, isso era um pouco triste, mas fazer o que se ela queria passar o domingo com as amigas?

Quando voltei para o salão comunal fiquei surpreso de que Harry, Rony e Hermione estarem sentados esperando, que por algum motivo eu achava que estavam esperando por mim.

- Nathan, podemos conversar um pouco? – perguntou Harry com a maior cordialidade possível.

- Claro. – respondi.

Me sentei perto deles, ficamos em silencio por algum tempo.

- O que vocês querem? – perguntei finalmente.

- O que aconteceu ontem não deve ser dito para ninguém. – falou por fim Hermione.

- E por que eu contaria que Harry Potter está se comunicando com um dos mais famosos Comensais da Morte? – perguntei.

- Primeiro, ele não é comensal da morte, quem realmente traiu os meus pais foi Peter Pedigrew e foi ele que explodiu a rua matando os treze trouxas. – explicou Harry.

- Isso eu pude deduzir sozinho, você não estaria falando com ele se realmente fosse um comensal. – falei.

- Então você não vai contar para ninguém? – perguntou Hermione cautelosamente.

Pensei um pouco.

- Com uma condição. – falei, eles ficaram apreensivos. – A Hermione vai ter de fazer os meus deveres de astronomia. – eles rolaram os olhos. – O que foi? Essa é uma das matérias mais chatas que tem.

- Fala o cara que gosta de Aritmancia – resmunga Rony.

- Diz o cara que gosta de xadrez. – retruquei.

- Vamos comer? – perguntou Harry para por fim na discussão.

Distrair o Rony é simples, é só falar de comida.

Os três foram para o Salão Principal, enquanto eu fui tomar um banho.

Eu tinha conseguido muita coisa por simplesmente estar por perto quando o Sirius apareceu, eu conquistei mais confiança dos três e podia ser que eu fosse informado sobre a “secreta” Ordem da Fenix, isso parecia pouco, mas foi um grande passo para o planejamento que eu tinha.


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