Lílian’s POV

Eu com toda a certeza do mundo, sou a melhor! Um Malfoy nunca perde num jogo não é?! Parece     que eu ganhei haha! “Quer um troféu, vá buscar na puta que pariu!”  Nunca vou esquecer essas palavras, será que eu exagerei?! Não, acho que não, já são 18:42? Hora de zoar meu querido colega de casa mais um pouquinho.

Desci as escadas e ele não estava, bufei, o dormitório dele era tão longe, mas valia a pena! Corri até lá e bati na porta, um colega que ainda não descobri o nome abriu e me deu passagem, eu o vi deitado na cama, virado para a parede sem se mover, acho que dormia, fui até o seu lado, os cabelos loiros caiam em seu rosto calmo e sereno, seus traços belos dignos tanto de um Granger, como de um Malfoy, e sua boca lineada num rosado quase branco, ousaria até dizer que ele é bonito... Sentei-me na cama ao seu lado e ele acordou, ainda desnorteado.

-Bom dia Bela Adormecida! Como foi o soninho da beleza?

-Melhor que olhar pra essa sua cara, sai do meu quarto, da minha frente e da minha vida agora, muito obrigada.

-Hm... Não.

-Escuta aqui vagabunda, por sua causa eu não estou podendo me corresponder com o meu pai e minha mãe não me responde a três semanas, sai daqui agora. –Percebi que ao falar da sua mãe, seus olhos marejaram, me senti mal por ele, afinal não queria que a mãe dele ficasse tão mal.

-Me desculpe eu não imaginava, eu não tinha a intenção. –Ele riu com um sarcásmo que eu não conhecia, seus olhos transmitiam ódio.

-Saia daqui antes que eu vá para Azkaban e acabe de vez com meu relacionamento familiar por sua causa. –Resolvi sair dali antes que as coisas piorassem.

-Estou saindo Malfoy, me desculpe, de verdade.

-FORA POTTER! –Corri pra fora do dormitório culpada, como ele poderia ter se ferrado tanto com uma simples brincadeira?

-Li!! –Alvo meu irmão me chamou. –Minerva quer te ver, não está nada bem, cara de quem chorou, os hormônios da gravidez não ajudam em nada.

-Chorando? O que ela quer? É só comigo?

-Não, com nós dois, estou preocupado demais...

-Será que é alguma coisa com o papai e a mamãe? Vamos logo Alvo! –Puxei meu irmão pelo braço e corremos até a sala da diretora.

-Meninos! Que bom vê-los! Tenho que aproveitar enquanto posso!

-O que aconteceu diretora, algo com os nossos pais? –O sorriso dela se fechou e ela confirmou com a cabeça.

-Recebi uma carta deles essa manhã, e creio que as notícias não são muito boas.

-Você leu a nossa carta diretora?

-Achei que tinha essa liberdade queridos, já que troquei as fraldas de ambos.

-Certo diretora, e quais são as notícias?

-Creio que vocês devam ler as cartas que vieram anexadas a cada um de vocês, levem para casa e leiam quando estiverem calmos, vocês tem até o fim do ano. –Então ela entregou um envelope vermelho a cada um de nós, reconheci a bela caligrafia da minha mãe em meu envelope “Lílian Weasley Potter” percebi que minhas mãos tremiam, bom, se eu tinha até o final do ano eles estariam bem, mas algo me diz que ao abrir esse envelope quem não ficará bem sou eu

-Diretora eu prefiro ler em meu quarto. –Minerva assentiu e meu irmão saiu da sala.

-E você Lili? Lerá aonde?

-Aqui se a senhora permitir, o lugar mais calmo que posso imaginar.

-Sim querida, vou falar com o Hagrid, me chame se precisar de algo, sim?!

-Certo diretora, obrigada. –Ela fechou a porta ao sair e eu abri o envelope, trêmula, reconheci a caligrafia fina da minha mãe e sorri, estava morrendo de saudades dela e do papai. Li a carta e senti lágrimas brotarem em meus olhos, aquilo não poderia ser verdade, ela só poderia estar brincando comigo! Eu não podia acreditar! Segurei as lágrimas e corri, eu precisava de um lugar pra chorar. Lembrei de um lugar que meu pai me falou, a sala precisa, torci para ainda me lembrar onde ela ficava e corri mais rápido que pude,  desejei um lugar pra chorar em paz, eu precisava ficar sozinha, estranhei a porta não se abrir, já que o lugar batia exatamente com o que meu pai descreveu... É claro, alguém já a estava usando!

-Lembrei do presente do meu pai e o puxei do bolso da capa.

-Eu juro solenemente não fazer nada de bom. –O mapa se abriu e eu procurei meu irmão, quem mais correria pra cá se os alunos não conhecem a sala? Acertei na mosca, ele não estava em lugar nenhum do mapa. Desejei encontrar Alvo Weasley Potter e a porta se abriu, encontrei meu irmão chorando num canto da sala e corri para abraçá-lo, ele retribuiu e chorou em meus ombros.

-ELES NÃO TINHAM O DIREITO LÍLIAN! EU NÃO ACREDITO NISSO!

-Calma, eu sei que é triste, mas tudo vai se resolver, calma maninho. –Abracei-o mais forte e ouvimos a porta se abrir.

-Alvo? Cara tu ta aí? Eu te segui até aqui e vi a vadia da sua irmã bizarra correr pra cá com um papel estranho na mão, o que ta acontecendo?  -Ouvi a voz que eu menos queria ouvir, Malfoy.

-ESCUTA AQUI, SEUS PROBLEMAS SÃO PROBLEMAS SEUS, SE O SEU PROBLEMA É COMIGO ME XINGA O QUANTO QUISER MAS LONGE DO MEU IRMÃO, E DEIXA A GENTE SOFRE COM OS NOSSOS PROBLEMAS EM PAZ!

-Eu só vim saber como meu amigo estava!

-ELE TEM UMA IRMÃ GÊMEA PRA ISSO, OBRIGADA POR SE PREOCUPAR AGORA CUIDE DA SUA VIDA E SAIA DAQUI AGORA! A G O R A MALFOY!

-To saindo, calma Lílian.

-PRA VOCÊ É POTTER! SAIA AGORA! –Ele me olhou confuso e saiu, corri para abraçar novamente meu irmão, tudo iria ficar bem, aquilo só podia ser uma brincadeira, tudo voltará ao normal, tudo voltará ao normal, eu sei que tudo voltará ao normal...