Capítulo 6: Fazer o que? Eu não consigo ficar brava com ele!     

-Mary, acorda o tio ta chamando... Mary?

-Sai daqui Gabriel, me deixa.

-Mary me desculpa, eu já disse que foi sem querer não disse?

-Disse e eu não acredito.

-Mary, por favor, eu nunca faria isso, eu tenho nojo disso, eca!

-Eu também Gabriel, por isso que eu to tão brava, isso é coisa de adulto, droga!

-Mary Malfoy, que palavreado é esse?

-Desculpa papai.

-Por que você ta brava? –Eu corri e abracei meu pai e comecei a chorar. –Quem fez você ficar brava?

-Fui eu tio, eu...

-A gente tava brincando e ele me empurrou.

-O que? Não eu...

-Eu sei que foi sem querer, mas eu me machuquei, por isso eu estou brava.

-Tomem cuidado com as brincadeiras! Eu não quero ver ninguém machucado ouviram? E cuidado também com a magia, vocês ainda não sabem como usar corretamente.

-Blá, blá, blá papo de mamãe, blá, blá, chato igual à mamãe blá, blá.

-Quem aqui é chata? –Mamãe perguntou de cara feia entrando no meu quarto.

-Eu acho que é você... –Papai disse sorrindo.

-Eu? Certo, então... Cancele o passeio ao parque, nada de doces da dedos de mel, e nada do tipo por hoje, já que eu sou uma chata.

-Tia Mione, você é a tia mais legal do mundo, a gente te ama taaaanto!

-Mesmo?

-Mesmo mamãe, a gente te ama muito.

-E quem é chato, se não sou eu?

-O papai! –Respondi rindo.

-Ah Merlin, traído pela própria filha em troca de doces, como a vida é cruel!

-Hahá, para com isso papai! Você é chato, mas eu amo você!

-Eu sei que ama, agora, que tal a Mione trocar vocês e nós irmos direto pra dedos de mel?

-Siiiim! –Respondemos os dois, então o papai saiu do quarto.

-Então Mary, anda escrevendo no seu diário?

-Ah é! Eu esqueci, mas quando nós chegarmos em casa hoje a noite eu escrevo!

-Certo... Vermelho e dourado ou rosa?

-Verde mamãe!

-Vermelho e dourado? Certo. E você Gabriel, a mamãe mandou que roupas pra você?

-Verde e prata, foi o papai que colocou na bolsa.

-Certo, traz aqui pra tia vestir então.

[...]

-Hermione, vermelho e dourado?

-Sim, ela quem escolheu! Não foi querida?

-Foi, papai, vem comigo aqui no quarto? Lapidinho pra pegar uma coisa alta.

-Eu vou querida. E se diz Rapidinho com R.

-Mamãe você é baixinha! E eu não erro mais quase nem uma palavra! Vem pai. –Papai riu e me pegou pela mão e fomos até o quarto.

-Devia ter mais cuidado com a sua mãe, ela não é tão calminha e você sabe disso. E o que você quer que eu pegue?

-Meu brinco e minha tiara de cobra! E quero que você pegue meu vestido rodado verde e vou colocar o meu cinto prata.

-Sua mãe vai ficar muito brava.

-Eu sei, por isso que eu vou trocar.

-Típico comportamento Sonserino, eu espero que Scorpius entre pra Grifinória, ou sua mãe tem um ataque!

-Scorpius? Glifinólia? Não! Eca.

-Gli o que?

-Glifinória.

-GRIfinória Mary.

-Grifinória, Glifinória tanto faz, eu já falo um monte de coisa certo!

-Mas tem que falar tudo!

-Tá bom, agora pega logo meu vestido!

-Sua mãe vai me matar.

-Não sou eu mesmo.

-Não há como negar, você é minha filha! –Perdi as contas de quantas vezes escutei isso na minha vida, mas o que eu posso fazer? Eu sou uma Sonserina!

[...]

-Pronto, vamos? –Perguntei do topo da escada.

-Mary que roupa é essa.

-Foi o papai. –Respondi com um sorriso inocente. –Eu só pedi os brincos.

-Mary! Não minta pra sua mãe! –Papai disse indignado.

-Tá bom, tá bom, fui eu que pedi, eu gosto de verde mamãe!

-Ai Merlin, o que eu fiz de errado com meus filhos?! Preciso de outro filho pra educar direito!

-Adorei a ideia de ter outro filho. –Papai sorriu.

-Ai gente vamos logo, eu quero doce!

-Um Zambini com toda a certeza! –Mamãe disse e todos riram, realmente essa fome ele tinha puxado do pai. Peguei na mão do Gabriel e ele me olhou com cara de bobo.

-Você não tá mais brava?

-Por quê? Você tropeçou não foi?

-Foi, mas você não acreditava.

-Agora eu acredito ué, por que, era mentira?

-Não... Mas eu não entendo você.

-Com o tempo você entende Bi, agora vamos! –Ou talvez você não entenda, por que nem eu me entendo, mas... Fazer o que? Eu não consigo ficar brava com ele!