(Im)perfect Love escrita por Bruna B


Capítulo 27
A chegada de Logan Simon


Notas iniciais do capítulo

Hey guys!!!!
Tudo bem???
Por favor, não digam que abandonaram a fic só porque eu matei o Jake, por favor!!!
Tá, mas eu tenho outro cap-hiper para vocês...



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POV’ Kate (seis anos depois)


– Bom dia, Phoebs! Vamos comer panquecas? – eu disse sentando delicadamente ao lado do pequeno corpinho da minha filha, que já tinha acordado.

– Bom dia mamãe! – ela pulou em meu colo e me deu um beijo.

– Vamos levantando senão iremos nos atrasar. Você não quer ir para a APAPP? – eu perguntei me levantando e me espreguiçando.

– Nós vamos lá hoje? – ela disse com os olhinhos azuis brilhando. Ela adorava mesmo aquele lugar.

– Claro que sim! Vamos todo o dia, lembra?

– Ah, é verdade. Vai preparando as minhas panquecas que eu vou me trocar.

– Tudo bem – eu fui até a porta. - Eu amo você. Você sabe disso, não sabe?

– Claro que sim, mamãe. Eu também te amo muito!

– Estou descendo. Qualquer coisa pode me chamar, ouviu?

– Sim senhora!

Desci as escadas e terminei de preparar as panquecas e a vitamina de frutas dela. Logo ela apareceu, com seu vestidinho vermelho e os sapatos pretos brilhantes. Se sentou no cadeirão no balcão e comeu tudo bem rápido. Phoebe nunca gostou de se atrasar.

A coloquei na cadeirinha e dei a partida no carro. Depois de alguns quarteirões chegamos aos grandes portões azuis-claros da Associação dos Pais e Amigos dos Portadores de Progeria. Bartolomeu nos recebeu com um pulo e muitos latidos felizes. As outras crianças brincavam no parquinho e com os bichinhos enquanto Judy não as chamava para entrar.

Cheguei à secretaria e tomei meu posto na minha mesa. Judy estava tomando café em um copo de isopor e veio até minha mesa.

– Bom dia, Kate. Como vai a Phoebs?

– Bom dia, Judy. Ela está cada vez mais feliz. Só por curiosidade, de quem é aquele camaro vermelho parado lá na frente?

– Ele está lá fora – ela apontou para a varanda, onde um homem estava apoiado nas grades, observando as crianças brincando. - E disse que queria conversar com a proprietária. E ele é muito gato.

– Judy! Já volto – eu dei uma piscada para ela.

Cheguei até a varanda, e o homem se virou para me encarar. Ele tinha os cabelos escuros e curtos, belos olhos verdes – daqueles que dá até para ver a alma dentro deles – e uma boca notável, me fazendo parar o olhar ali. Depois de sair do transe, eu percebi as roupas que ele usava: uma camisa cinza em gola V, calça jeans escura e coturnos pretos. Seria o tipo de roupa que a minha amiga Judy chamaria de “sensuais em um homem”. Ele sorriu e estendeu a mão.

– Muito prazer. Meu nome é Logan Simon.

– Prazer, Sr. Simon. Eu sou Katherin, mas pode me chamar de Kate – eu disse apertando a mão dele.

– Bem, eu estava em Vegas, quando li sobre o seu projeto no jornal. Achei realmente tocante.

– Muito obrigada. Quer entrar e tomar alguma coisa? Esse calor está horrível!

– Eu aceito uma água.

– Então você teve essa ideia depois que a sua filha nasceu e você percebeu que ela progredia melhor com o tratamento quando estava com os animais? – ele disse tomando mais um gole de água.

– Sim. A Phoebe é muito especial, para mim e para todo mundo aqui, inclusive para os animais.

– Então, já acabei por aqui, Kate – eu nunca senti meu nome tão familiar na boca de alguém. - Agora, eu aceito o emprego.

– Emprego?

– Sim – ele tirou a placa de Precisa-se de Assistente da mochila. - Eu vim aqui para saber mais sobre o seu projeto, e depois de perceber que sua ideia é impressionante, quero trabalhar aqui.

– Por que um ex-fuzileiro naval que mora em Vegas e que estudou direito por três anos viria até essa pequena cidade para aceitar um emprego em uma associação? – eu perguntei.

– Gosto da cidade, e do seu projeto.

– O salário não é muito animador.

– Eu não gasto muito – ele disse com retidão.

– A jornada de trabalho é longa e cansativa.

– Eu costumo dormir pouco – sua voz era calma.

– O emprego não é muito interessante.

– Não me importo – ele disse dando de ombros.

– Bem, então tudo bem. Deixe seu telefone aqui e nós retornaremos.

– Você não vai retornar.

– Judy! – eu gritei para dentro da sala. Ela chegou alguns segundos depois. Me levantei e fui até ela. - Ele é um pouco doido – eu sussurrei. - Ele é ex-fuzileiro e veio de Vegas e quer trabalhar aqui, e eu não consigo fazer ele ir embora.

– Deixa que eu cuido disso. Vai chamando as crianças para entrar.

Eu assenti e fui para o pátio. Depois de acomodar todas as crianças em suas devidas salas, fui até o estábulo. Depois dos cinco cavalos serem escovados e alimentados, fui até o criadouro dos coelhos, soltando-os no pátio para se exercitarem. Alimentei todos os cachorros e, enquanto voltava para o escritório, vi o moço que tinha ido me pedir o emprego olhando pensativo para o carrinho cortador de grama.

Sentei em minha mesa e olhei para Judy, que lia algumas fichas.

– O que ele ainda está fazendo aqui? – eu perguntei ligando o computador.

– Trabalhando – ela me respondeu, sem tirar os olhos das fichas.

– Você o contratou?! – eu perguntei indignada. - Nem conhece ele!

– E você também não – ela finalmente olhou para mim, com a expressão séria. - Acho que está sendo muito dura, deixe o rapaz ter uma chance.

Eu bufei e comecei a trabalhar realmente. Depois de uma bela meia hora, a grama do pátio estava toda cortada, os brinquedos tinham recebido uma bela camada de tinta de secagem rápida e a areia da caixa de areia das crianças estava trocada.

Judy me olhou com um sorriso vitorioso e com o olhar de “viu o que eu disse?”.

O último sinal do dia tocou, e eu fui buscar minha filha com as outras crianças. Peguei minha filha, mas esqueci o meu celular na minha sala.

O achei em cima da mesa, e quando abri a porta, Josh estava entrando, vestido com o uniforme policial como sempre fazia. Não estava gostando nada daquela situação. Phoebe começou a chorar, com medo de Josh, e minhas mãos começaram a tremer.

– Hey! Olha que coincidência, eu venho falar com você e te encontro bem na sua sala.

– O-o que você quer dessa vez, Josh? – eu gaguejei, olhando apreensiva para a minha filha.

– Vamos sair hoje? – ele segurou o meu pulso. Aquilo foi mais uma afirmação do que uma pergunta.

– Eu não posso sair. Tenho que cuidar da minha filha, não posso ficar com babacas como você.

Já fechei meus olhos e me contraí, esperando pelo tapa no rosto que eu sentiria, mas ao invés disso, ouvi Phoebe parar de chorar e alguma coisa pesada cair no chão, me libertando das garras do Josh.

Abri os olhos e Logan estava lá, segurando minha filha no colo e com um pé em cima do Josh. Phoebe estava abraçada no pescoço dele, e Josh tentava de qualquer jeito se libertar do peso do homem de cima dele.

– Se eu te ver tentando encostar um dedo nelas de novo, pode mudar de cidade, meu chapa – ele disse com ar vitorioso.

– Obrigada – eu disse. - Mesmo, muito obrigada.

– Qualquer um faria aquilo – ele disse.

– Não tenho tanta certeza. Isso já aconteceu tantas vezes e... o.k, eu falei demais.

– ELE JÁ FEZ ISSO MUITAS VEZES COM VOCÊS?! – ele gritou, realmente bravo. Me surpreendi bastante.

– Não muitas vezes...

– Ele já bateu na Phoebe...? Por favor, me responda com sinceridade.

– Uma vez – eu olhei para o sofá, onde ela dormia como um anjo. - Ele deu um tapa nela. Foi nesse dia que eu explodi...

– E porque você não faz nada? Isso é intolerável.

– Ele é policial. Vai ser a palavra de uma garota de vinte e quatro anos que tem uma ONG contra a de um policial renomado de vinte e seis anos.

– Você não tem nem uma gravação, foto, nada?

Eu neguei com a cabeça.

– Olha, comigo por perto isso nunca mais vai se repetir, tudo bem?

Eu assenti, e uma lágrima escorreu do meu rosto.

– Eu... disse alguma coisa? – ele perguntou.

– É só que... eu nunca fui protegida assim. Faz anos que eu não tenho uma conversa franca com alguém. Só me sinto um pouco abandonada.

– Tudo bem. Eu estou aqui agora, certo?

– Certo.

Ele olhou as horas e teve de ir embora, e essa foi a primeira vez que eu dormi bem durante oito anos.


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Notas finais do capítulo

E aííííííí???
O que me dizem desse tal Logan Simon???
Está aprovado???
Beijos
:V