Harry fora para a casa dos Weasley.
Passaram o resto das férias entre jogar quadribol e se empanturrar da deliciosa comida de Molly.

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Draco estava tendo ataques de nervos. Obviamente, dentro de si, com ele próprio.
– Seu idiota, Draco - Ele gritava para si mesmo, olhando para o espelho de seu banheiro. - Se bem que você não tinha escolha... Não? - Ele deu um sorriso para seu reflexo. - Seu burro! É claro que você tinha! Seu mostro! - Ele voltava a ficar magoado consigo mesmo.
– Draco, amanhã vamos ao Beco Diagonal ver suas novas vestes para seu ano em Hogwarts! - A voz de Narcisa ultrapassou da porta do quarto do loiro e entrou pelos ouvidos do menino que estava com lágrimas percorrendo pelo seu rosto.
– Que ótimo. Só falta a Granger estar lá - Ele disse com raiva - Com os dois idiotas. - O fato de seu desgosto não era exatamente por causa de Hermione. E sim pelo fato de ela estar sempre acompanhada por Harry Potter e Ronald Weasley. E isso era péssimo para Draco.
Por que... Pensando bem... Quem iria querer ficar com um ser como ele quando se tem ao lado um melhor amigo, famoso e perfeito e um menino que na verdade, estava na mesma situação de Draco, apaixonado, o problema era que o ruivo já a conhecia há anos, já passaram por muitas peripécias juntos, assim tendo muito mais chance de ter ela do que o louro.
–Filhos de uma trouxa. - Ele murmurou, mas logo após tapando sua boca - Não, Draco, seu idiota! Trouxas não são inferiores a nós. - O loiro se arrependeu.
Seu objetivo era se afogar em suas lágrimas. E por sorte ele ainda era menor de idade, pois, caso contrário ele estaria se lançando um Avada Kedavra.


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Era uma manhã fria quando Harry, Rony, Hermione e o resto da família Weasley saíram para visitar Fred e George na loja deles no Beco Diagonal.
Hagrid estava à espera deles, já que, nesses tempos, era preciso ter um guarda costas, principalmente para pessoas tão procuradas como o Potter, a Granger e o Weasley.
– Mãe, vai demorar muito se formos todos juntos! - Repetiu ansiosamente Rony - Aonde você quer ir?
– Ah, Rony, meu filho... Você cresceu muito nas férias, vamos ter que te comprar novas vestes... Harry! Você também! - Ele fez umas contas com os dedos - Da última vez que Rony colocou seu antigo uniforme, a barra da calça ficou na altura da canela! - Ele sorriu carinhosamente - Como cresceram rápido...
Rony ficou tão vermelho quanto seus cabelos, Harry e Hermione riram baixinho. Rony os mandou calar a boca, rindo também.
No fim, foi decidido que os três iriam ficar na companhia de Hagrid enquanto, Molly, Arthur e Gina iam comprar os seus matérias na Floreios e Borrões, por mais que a ruiva relutassem:
–Pô, mãe, deixa eu ficar com a galera.
– Nananinanão, Gina... - A senhora Weasley respondeu, sem dar muita atenção a menina - Vamos? Acho que vi um dos livros deles.
Molly não ficou muito convencida, fitando os garotos e o gigante se afastando a cada segundo que se passava.
–Hagrid, você consegue entrar? - Perguntou gentilmente Hermione quando chegaram à loja da Madame Malkin
– Acho que não - Hagrid deu uma olhada na porta - Eu espero vocês aqui fora.

Roupas de todos os tipos, espelhos para todos os lados e, para lá e para cá se viram tesouras, agulhas e rolos de lá passeando pelos ares e fazendo pontos em algumas roupas ou costuras novas.
–... Não sou criança, caso a senhora não tenha reparado, mãe. Sou perfeitamente capaz de fazer minhas compras sozinho! - Disse um menino loiro de olhos claros, saindo de trás de uma arara cheia das mais caras.

Vestindo um terno verde escuro, ele caminhou até o espelho e estudou o efeito.
Demorou um pouco para notar Harry, Rony e Hermione refletidos por cima de seu ombro
– Se você queria saber a razão do mau cheiro, mãe, uma Sangue-Ruim acabou de entrar. - A ultima parte ele sussurrou - Que não seja por ela... Esses dois que são idiotas!

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Pov's Draco.
Que saco! Eu não queria dizer isso! Porra, eu nunca acerto uma!
A raiva me consumiu quando eu vi aquela imagem tão bonita, aquele corpo perfeito de Hermione. Ela era tão diferente de Pansy, que anda com a calcinha enfiada você sabe onde e nem sabe da existência do sutiã. Muito menos das calças.
Tudo bem, nós já demos umas pegadas, mas sabe... Nunca foi algo verdadeiro.
Eu iria me controlar caso só estivesse ela, talvez até falaria oi para a menina.
Infelizmente eu vi uma cabeça ruiva e um quatro olhos por trás de mim.
Nem um dia de descanso eu tenho! Parece que o mundo quer me torturar.
O mundo quer me culpar por eu ter feito coisas que eu nunca quis fazer.
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Pov's Narrador
–Acho que não há necessidade de falar assim! - disse Madame Malkin, saindo ligeira de trás da arara, segurando uma fita métrica e uma varinha. - Eu também não quero ninguém empunhando as varinhas na minha loja! - ela apressou-se em acrescentar, porque, ao olhar em direção da porta, viu os dois defensores parados ali com as varinhas na mira para acertar Malfoy.
– Não, não façam nada, sinceramente, não vale a pena... - Disse Mione, puxando de leve os braços dos amigos.
– É! Como de vocês se atrevessem a usar magia fora da escola - Zombou Malfoy - Quem te deu esse olho roxo, Granger? - perguntou Draco, um pouco menos cruel do que de costume. - Quero dar flores para eles. - Seus olhos se fecharam calmamente, e quando se abriram, estavam levemente avermelhados e mais inchados.
Madame Malkin, energética, gritou:
– Agora basta! - Ela olhou para as araras - Madame, por favor...
De trás das mesmas, saiu uma mulher magra, com olheiras mais aprofundadas e os cabelos presos.
– Guardem isso. - Narcisa disse, secamente para Rony e Harry. - Se vocês atacarem meu filho outra vez, vou garantir que seja a última coisa que farão na vida!
Harry estava avermelhado, parecia fora de si.
– Verdade? - Pronunciou ele sem medo, se aproximando da Malfoy. Agora já crescido, Harry estava da mesma altura que ela. - Vai mandar uns coleguinhas Comensais nos matar, vai?
Hermione colocou as mãos no rosto como sinal de vergonha, Rony debochou baixinho, Draco girou os olhos, Madame Malkin soltou um guincho e colocou as mãos no coração.
– Francamente, você não deveria fazer acusações... dizer uma coisa perigosas dessas! Guardem as varinhas, por favor!
Potter não abaixou a varinha, Narcisa deu uma olhadinha maliciosa em direção ao menino:
– Estou vendo que o fato de ser o favorito de Dumbledore lhe deu uma falsa sensação de segurança, Harry. Mas Dumbledore não estará sempre aqui para protegê-lo.
O garoto da cicatriz, zombeteiro rodou os olhos pela loja.
– Uau... Quem diria! Ele não está aqui agora! Então por que não experimentar? Talvez lhe arranjem uma cela de casal em Azkaban para fazer companhia ao perdedor do seu marido!
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Pov's Draco.
Iria dar flores só se fosse mesmo do tipo mais venenoso para aquele galinha que fez o rosto perfeito de Hermione ficar roxo daquele jeito.
Nunca iria dizer algo do tipo! Se o merda do Ronald não tivesse me olhado de forma tão sarcástica.
Me doeu no coração - Se é que eu tenho um - por eu ter falado aquilo. "Vou dar flores para eles." Que ridículo!
Peguei pesado e sei o que mereço. Eu que os chamei para a briga. Vou ter que aguentar agora.
Mas minha mãe não! Ela fez de tudo para nos tirar dessa e agora esta diariamente sendo torturada!
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A vontade de Draco era dar um belo soco bem na fuça de cada um dos meninos ali.
– Não se atreva a falar com a minha mãe assim, Potter! - Urrou Malfoy
– Tudo bem, Draco - Narcisa segurou no ombro do filho - Prevejo que Potter irá se reunir ao querido Sirius antes de eu me reunir a Lúcio.
Harry aproximou a varinha e a direcionou para mulher, mas Hermione o impediu de fazer qualquer coisa.
Madame Malkin quis tentar fingir que nada dali tinha acontecido, se curvando para o Malfoy:
– Acho que essa manga esquerda devia ser um pouquinho mais curta querido, me deixe...
– Ai! - vociferou Draco, batendo no punho da bruxa - Olhe onde enfia os alfinetes, mulher! Mãe, acho que não quero mais comprar coisas aqui!
Harry e Rony que estavam virados para trás discutindo sobre algo. Nem repararam no que houve.
Alterado, Draco retirou a parte superior de sua vestimenta, deixando aparecer seu peitoral definido e uma barriga de tanquinho esculpida delicadamente, que diariamente ficava oculta.
– Ow - Hermione deixou escapar um suspiro, mas logo se fez de despercebida ao ver que Draco a olhou e deu um sorrisinho debochado, se virando para trás.
Narcisa entregou uma blusa preta ao louro, que a vestiu.
– Você tem razão, Draco - Disse a mãe dele - agora sei o tipo de ralé que compra aqui... Será melhor comprarmos na Talhejusto e Janota.
E assim, os dois saíram. Draco fazendo questão de topar com Rony.