Dramione - Your Touch, Magnetizing escrita por Foxnissone


Capítulo 11
Sem espaço entre nós


Notas iniciais do capítulo

Bom, ignorem o título horrível, primeiramente. Títulos, para mim, são sempre as piores partes. Quero agradecer aos meus leitores fiéis que me deixaram vários reviews, serio mesmo!vcs são MUITO importantes pra mim.bom, perguntas é só perguntarem! Vocês já sabem como funciona, posto uma vez por mês (por volta do dia 20), porém, se ganhar reviews (como agora) posto o mais cedo possível. Tenho uma tabela, deem uma olhada nela:1 review = não previsível retorno da fic. 2 = um mês, mais ou menos. 3= três semanas 4=duas semanas5=uma semana6 ou + = dentro de cinco dias ************************obrigada mesmo, gente! ♥ ♥enjoy :3



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NARRADOR (passado)

Estava nublado, e a maioria das pessoas vestiam blusas pesadas de lã com o emblema de sua casa destacado.
Era o dia, o jogo mais esperado do ano. SONSERINA CONTRA GRIFINÓRIA.
Draco, por vontade própria, não jogaria. O cansaço o ganhara. E seria um bom dia para ficar sozinho e continuar arrumando o armário.
Não estava indo bem em matéria alguma, a não ser a de Severo. Crabbe e Goyle estavam ficando cada vez mais cansados de suas vidas e Pansy estava cada vez mais exausta de tentar, sem sucesso, chamar a atenção de Draco.
A escola estava quase vazia, na hora do jogo. O céu nublado. De longe, via pontos rápidos se mexendo, os aros e as arquibancadas.
Perderiam, quer dizer, isso é possivelmente obvio. Mas isso não era importante. Nada mais era.
Draco não conseguia fazer nada direito. Sua mão tremia muito, ficava mais propenso a chorar e o sistema imunológico abalado.
Estava dedicando todo seu tempo ao precioso Armário. Que poderia tanto salvá-lo quanto encrencá-lo mais ainda.
A noite finalmente caiu, os Grifinórios haviam ganhado.
–--

DRACO (1 PESSOA, PRESENTE)
Tentava me orientar entre os labirintos de corredores mal iluminados de uma parte do castelo que eu não conhecia. Sai da Sala Precisa por outra passagem, num lugar que eu nunca vi. Deve ficar entre masmorras secretas. Uma neve cai lentamente, e estou com uma dor de cabeça insuportável.
Depois de subir e descer milhões de escadinhas estreitas,começo a escutar, cada vez mais altos e persistentes sussurros, soluços. Cada vez mais fortes. Barulhos de pássaros leves, também.
Querendo saber da onde vinham, parei e respirei. Fechei os olhos e deixei que meus ouvidos me guiassem por alguns minutos. Permito-me andar alguns metros com os olhos no chão, prestando somente atenção na origem do barulho. Quando, de subido, ele cessa.
Apavorado, um milhão de ideias passando pela minha mente, levanto rapidamente a cabeça e vejo Hermione, olhando fixamente para mim, encolhida num degrau de mais uma das escadas. Blusa da Grifinória, vermelha como seu rosto e olhos, que se encontram inchados.
– Malfoy,sai daqui. - Ela ordena, mas meus pés parecem estar grudados em cimento.
E ao contrário do que havia sido ordenado a fazer, e sem poder controlar meus movimentos, me aproximo devagar dela, e ela se encolhe. Olho para o alto e vejo: cerca de 10 pássaros, todos prontos para me atacar, caso fosse preciso "encantamentos?" Pergunto, suavemente. "Sim" ela soluça "eu só estava praticando". Dou mais alguns passos, como se lhe perguntasse se podia chegar mais perto. Seus olhos castanhos se ligaram aos meus cinzas e soube que ele me deixaria entrar no seu espaço.
"O que houve?" Pergunto, e ainda estou em pé, à uns 2 metros de distancia dela.
"Nada" mente, e olha para o chão.
"Serio, Granger...?"
–-
Hermione (primeira pessoa, presente)
Eu não podia mais aguentar. Era obvio que eu não o odiava. Não tinha muita razão agora. Agora. Seu passado lhe condena. Mas eu mesma não gostaria de ser julgada pelos meus atos cometidos no pretérito.
Eu conseguira mesmo me encaixar no trio? Mesmo após todos estes anos, ao lados e Harry e Rony, ainda me sinto deslocada.
Um arrepio percorre meu corpo e sinto o impulso de contar tudo ao Malfoy. E por que não o faria? Ele é doce comigo. E parece o único a se importar.
Não tive contato algum com ele desde que trombamos, há um tempo, na aula de poções. E ando solitária. Mais do que nunca.
–-

NARRADOR (passado)
– É o Rony - Sussurrou.
E nesse instante, uma risadinha extremamente irritante, como se fosse um barulho de golfinho, encheu o local.
Uma menina de cabelos louros cacheados, roupas e panos delicados, agarrada em um ruivo narigudo, nos encarou, igualmente ao garoto, que parecia mais confuso do que ela.
– Opa... - Ela ri - parece que esse lugar já está ocupado! Vem, Oun-Oun.
–-- Draco
Rony se solta de seus braços disfarçadamente estranguladores.
– Malfoy - Diz secamente, para mim - Saia daí, seu descarado filho da puta nojento! - E Hermione se levanta furiosamente.
– Saiba que você não chega aos pés deste "filho da puta nojento", Ronald Weasley! Ele é doce e gentil. E você é patético.- Ele se assusta, os olhos arregalados. Ela toma força e continua- Sai daqui. - Ordena, e mesmo conseguindo disfarçar bem, é possível ver, pelos seus olhos, que mais parecem espelhos de tanta água contida neles, que ela não o achava isso. Porém, manteu-se em pé, no mesmo lugar e pronunciou, baixo porém persistente, um feitiço. E os pássaros, que pareciam ter cessados, voaram violentamente em direção do ruivo, que saiu em disparada.
Ela se vira e me encara, tentando não piscar os olhos. Qualquer movimento faria as lágrimas jorrarem de seus olhos amendoados, e eu, até eu posso sentir a dor que está estampada em seu rosto. Segurando o choro, uma dor de garganta deve estar tomando cada vez mais lugar em sua traqueia, e em poucos segundos já não será mais possível que ela a segure.
E então, sem saber muito bem o que fazer, ela vem em minha direção e se joga entre meus braços. Seu cheiro me deixa desnorteado. Era outro sonho, só podia ser. Tão perto de mim. Nossos corações quase como um só. Envolvi meus braços sobre ela e ela aninhou cabeça em meu peitoral.
–-
Hermione ( a pedidos de leitores, aqui estão mais povs Hermione – presente)
Ele está quente, e consigo ouvir seu coração, bombeando sangue aceleradamente. Comparado ao cimento frio no qual me encontrava há poucos segundos, isso é impressionante.
E então, ele me abraça mais forte, e eu não me afasto.
É mais alto que eu. Ele enterra seu rosto em meus cabelos. O calor irradia do ponto onde seus lábios tocam meu pescoço, espalhando-se pro resto de meu corpo. E é tão bom, tão extraordinariamente bom e calmante, que tenho certeza que não serei eu a primeira a deixá-la escapar.
"Obrigada" sussurro em seus ouvidos, e ele estremece. Seu cheiro de perfume e... Camomila são tranquilizantes.
– Desculpa - ele pede, com os olhos avermelhados e olheiras pretas. - Me perdoa.
Me afasto dele "Pelo que?"
– Por tudo - Ele sussurra, olhando para o chão. - E principalmente por isso. - E então, ele olha nos meus olhos, sei que logo ele irá chorar. Engole seco e larga minhas mãos, deixando-as frias. Vira-se de costas e sai correndo.
Corro atrás dele, ignorando todos os fatos que passaram na minha cabeça e que provavelmente iriam me fazer pensar duas vezes antes de sair em disparada.
– Draco - Grito, e escuto os passos dele diminuindo - Por favor, fique.
Viro a curva escura de um corredor, lá está ele, encolhido entre duas colunas, como um pequeno bebê, sofrendo por causa de frio e desnutrição.
– Não, não. - Ele esconde o rosto entre as mãos - Você não entende! - Aumenta um pouco a voz.
– Então me explique - Peço, envergonhada, e me sento ao seu lado. Lhe dou uma cotovelada leve, e ele levanta o rosto inchado, com lágrimas grandes escorrendo por suas bochechas. - Por favor.
– Eu... eu sou um monstro - Ele responde. Como ele pode ser tão cruel consigo mesmo? Ele podia ser rude e mimado, mas era apenas uma criança, merece perdão - Não, Draco. Você não é isso. - Entrelaço meus braços em volta dele, que está gelado. - Você é meigo, gentil... Você me deixa mais feliz - Sussurro, e é o que sinto. Quero perdoá-lo, quero que ele saiba que o passado não importa.
– Não. - Ele recusa - Eu sou um monstro. Tomei as piores decisões. - Retruca, fitando meus olhos castanhos.

Não aguento mais, o impulso de beija-lo é tão grande, seus lábios levemente rachados, parecem que se me mexem em câmera lenta, ao falar. Toco seus lábios por instinto, e logo me recolho, envergonhada "desculpa" peço, e ele esboça um sorriso em seu rosto, tímido, mas sincero. E ele volta o olhar para o chão. Olhando agora, contra a luz da lua, percebo que seus cílios claríssimos são longos. Parecem que vão se enroscar quando ele pisca, e seus olhos cinza azulados, que me deixam, agora mais do que nunca, estonteada. Ele levanta o olhar, e eu volto, meio na defensiva. É como se ele tivesse me pegado no flagra, observando-o, mas ele não diz nada. Entretanto, logo não consigo me concentrar em outra coisa a não ser sua boca, que exala um cheiro de pasta de dentre menta. Nossos rostos estão a centímetros. Consigo sentir o calor entre nós, escuto sua respiração irregular, e as lágrimas cessam. Nossos olhos se encontram, nada mais no mundo parece existir. Ficamos num silêncio total, por exceção, talvez, gotas finas de um chuvisco que bate lateralmente com um vitral. Minhas mãos, involuntariamente, deslizam até sua nuca, e, numa harmonia perfeita, nossas bocas se juntam numa explosão de sentimentos. Ela é quente, delicada. Logo sinto suas lágrimas novamente, agora encostando a meu rosto, mas não paramos. O gosto de menta invade minha boca quando dou passagem. Seus braços me entrelaçam e nos juntamos mais, como se não houvesse mais espaço no mundo, meus lábios prensados sobre os seus, os movimentos como uma dança, tão perfeitos, tão macios. Tão, a partir de agora, meus.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostados! O que será que acontecerá agora?Deixem reviewsss, lindoss!nhac :3bjus



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