-o que ele estava fazendo aqui? –perguntou depois de ficarem sozinhos.

-exatamente o que ele disse. –ela o abraçou e deu um leve beijo em seus lábios. –veio se despedir do Souta.

-ele podia fazer isso pelo telefone. –Kagome arqueou a sobrancelha. –ok, não esta mais aqui quem falou. –ele há afastou um pouco para admira-la. –você está perfeita, podemos ir?

-claro deixa-me só pegar o meu casaco. –depois de pegar o casaco ela se despediu de sua mãe e Souta e o lembrou de não ir para cama tarde.

Todo o caminho Inuyasha ficou segurando sua mão, mas ela pareceu um pouco confusa quando o carro seguiu pela a estrada que levava ao lago.

-para onde vamos?

-para minha casa. –Inuyasha conteve o riso ao ver a expressão confusa de Kagome.

-você mora no meio da floresta? –dessa vez ele riu divertido.

-você vai gostar. –alguns minutos depois o carro parou em frente a uma construção em madeira e Kagome não acreditou em seus olhos quando sai do carro.

-essa é...

-a casa dos seus sonhos. –Kagome lembrava que Inuyasha tinha feito um desenho da casa que ele construiria para eles, tinha sido um pedido que ela fez, mas não imaginava que ele ainda lembrava-se disso. –agora você sabe que eu não deixei de pensar em você em nenhum minuto esses anos todos.

-é linda. –ela continuava olhando a casa admirada. –você fez um ótimo trabalho. –disse orgulhosa. –nem mesmo quando eu imaginava como ela seria eu a via tão linda assim.

-esse é o mais simples dos meus trabalhos. –ele a envolveu pela cintura. –eu ainda vou te mostrar todos os meus trabalhos. –disse orgulhoso.

-estou ansiosa para isso. –ela não conteve o grito quando Inuyasha a pegou no colo de repente. –o que está fazendo?

-eu tenho que carrega-la pra dentro, pra dar sorte. –Kagome riu divertida.

-Inuyasha isso é depois do casamento. –Inuyasha só a colocou no chão depois de estarem dentro da casa.

-então é um treinamento para quando nos casarmos. –aquelas palavras a calaram e aproveitando esse momento Inuyasha a puxou e juntou seus lábios em um beijo doce.

Para surpresa de Kagome o jantar estava delicioso, pelo que ela se lembrava, Inuyasha e cozinha eram duas coisas que não se misturavam.

-você realmente fez uma casa incrivel. –eles estavam sentados no sofá saboreando vinho enquanto Kagome admirava a casa.

-eu já te disse que sou conhecido como o melhor nessa área? –disse orgulhoso.

-é mesmo? –ela estava feliz, era tão confortável e parecia tão normal estarem assim junto de Inuyasha, os dois saboreando um vinho no fim da noite. Ela se levantou e foi até a parede em vidro onde ficava a porta para a varanda, ela decidiu que aquela era sua parte preferida da casa, ali ela tinha uma visão perfeita do lago.

-você realmente gostou? –perguntou depois de abraça-la por trás.

-eu amei. –Inuyasha não podia deixar de se sentir orgulhoso, afinal Kagome era a pessoal que ele mais queria que o admirasse  tudo que ele sonhou e planejou era por e pra ela e agora aqui estava ela, ele pode finalmente dizer que realizou seu sonho.

Inuyasha virou Kagome para que ficasse de frente para ele e o que ele viu em seus olhos fez o sangue em suas veias ferver, era desejo, ficou feliz em ver que ela retribuía os seus sentimentos, ela o desejava tanto quanto ele a desejava. Ele juntou seus lábios em um beijo doce e suava, mas logo ele se tornou possessivo e faminto.

-dessa vez você não vai escapar. –disse Inuyasha enquanto deixava uma trilha de beijos desde a orelha até a base do ombro.

-e quem disse que eu quero escapar. –ela segurou o rosto de Inuyasha com as mãos a centímetros um do outro. –eu não vou fugir de você nunca mais. –aquela ela uma promessa que ela fazia para ela mesma. Inuyasha a pegou no colo e caminhou para o segundo andar até o seu quarto, onde eles matariam a saudades um do outro de todas as maneiras que poderiam.

Souta entrou no quarto de sua mãe, foi direto ao guarda roupa e pegou uma caixa que sabia que sua mãe guardava ali, foi até a cama e a abriu, lá dentro havia varias fotos, a maioria era de quando ele era pequeno, das visitas que seus avós faziam, viagens de férias e muitas outras, mas ele procurava uma em especial, uma foto que sua mãe olhava todas as noites pensando que ele já estava dormindo. Quando a encontrou abriu um largo sorriso, depois de descobrir essa foto ele mesmo a pegou varias vezes escondido da mãe para observa-la.

–Parece que as coisas finalmente se acertaram. –disse acariciando a foto onde um casal estava abraçado e sorrindo.

Kagome acordou com a luz do sol entrando pela janela, se espreguiçou e um sorriso surgiu em seus lábios ao se deparar com o rosto adormecido de Inuyasha ao seu lado, o seu coração bateu mais forte, a expressão dele era tão calma como uma criança dormindo. Se lembrou da primeira noite que dormiram juntos, naquela vez ela contou com a ajuda de Sango que confirmou para seus pais que ela dormira em sua casa. Enquanto o admirava dormindo, ela passava o dedo delicadamente pelas sobrancelhas, pelos seus longos cílios, pelo nariz e pelo queixo e se perguntava como as pessoas não notavam as semelhanças entre ele e Souta, talvez porque ninguém reparava nele como ela, ela sorriu ao pensar que Souta pareceria com Inuyasha quando crescesse, mas de uma coisa ela tinha certeza teria problemas com as garotas se jogando aos pés de seu filho.

-o que está fazendo? –Inuyasha abriu os olhos e Kagome se assustou retirando a mão rapidamente como uma criança sendo pega fazendo traquinagem. –vendo a sorte que tem ao ter um alguém tão lindo quanto eu? –Kagome revirou os olhos e afastou as cobertas para levantar, mas Inuyasha foi mais rápido e a puxou prendendo em um forte abraço. –onde pensa que vai? –disse ficando em cima dela para impedi-la de fugir.

-parece que não tem espaço suficiente nessa cama para nós três. –Inuyasha a olhou confuso. –você, eu e seu enorme... ego. –Inuyasha não conseguiu conter a gargalha caindo de costas na cama. Kagome olhava em volta procurando suas roupas.

-você tem que ir tão rápido assim? –perguntou Inuyasha em um tão mais serio.

-tem o Souta e eu acho melhor irmos devagar. –disse meio hesitante.

-não se preocupe eu entendo. –disse Inuyasha se sentando, deu um leve beijo em Kagome. –depois que você estiver pronta eu te levo pra casa. –ele se virou para sair da cama, mas se virou para Kagome outra vez. –mas só depois de tomarmos o café da manhã.

Quando chegaram a sua casa a encontraram vazia, sem sinal de Souta ou sua mãe.

-parece que estamos outra vez sozinhos. –disse Inuyasha sorrindo sedutor.

-Inuyasha, por favor. –tentou segurá-lo quando ele ia abraça-la. –essa é a casa dos meus pais. –ele olhou em volta e deu de ombros.

-tem razão, não ia conseguir entrar no clima com o fantasma do seu pai nos assombrando.  –Kagome não conseguiu conter o riso.

-pensei que não tinha medo dele?

-e não tenho. –disse se sentando no sofá. –mas é o que dizem não mexa com fantasmas.

-e quem disse isso?

-não sei, acho que ouvi em algum ligar. –disse fingindo interesse em uma revista. Ela revirou os olhos sem acreditar.

-bom você já me trouxe em casa pode ir agora.

-está me expulsando? –perguntou jogando a revista na mesinha e cruzando os braços sobre o peito.

-não, mas sei que você deve ter muito trabalho no escritório. –disse pegando em sua mão fazendo levantar. –e também sei que se você não for pro escritório agora toda a irá do Miroku recairá sobre você por sobrecarrega-lo com o seu trabalho.

-e como você sabe disso?

-conheço o Miroku, lembra no colégio quando os professores passavam vários trabalhos ao mesmo tempo? –Inuyasha fez que sim com a cabeça. –e lembra que nem a Sango conseguia ficar perto dele nesse período? –ele sentiu um arrepio na espinha.

-tem razão. –ele se apressou para a saída. –vejo você à noite.

-hoje não. –ele parou e se virou para ela. –é que essa noite eu quero ficar com o Souta, preciso conversar com ele. –Inuyasha a encarou por um tempo, então deu um pequeno sorriso.

-tudo bem. –ele deu um leve beijo em seus lábios. –te vejo amanhã. –ela acenou devolvendo o sorriso.

Já tinha anoitecido quando Souta chegou em casa, depois do colégio ele foi para a casa de Shippo, tinha ligado para casa para avisar que chegaria mais tarde, encontrou sua mãe na cozinha onde ela tinha montado um escritório improvisado.

-oi mãe. –ele largou a mochila em uma cadeira e deu a volta na mesa para dar um beijo em seu rosto. –onde está a vovó?

-ela teve que sair a pouco, parece que uma amiga dela foi hospitalizada e disse que vai chegar tarde.

-to com fome. –disse passando a mão na barriga. Kagome olhou para o relógio e depois para o filho outra vez.

-acho que é melhor eu fazer alguma coisa pra nós comermos. –Souta a olhou com os olhos arregalados. –ou podemos pedir pizza.

-eu gosto de pizza. –Kagome não conseguiu conter o riso.

-então que tal você ir lá pra cima, tomar um banho e trocar de roupa. –ela fechou o notebook e colocou os papeis de lado. –tem algo que preciso conversar com você. –Souta notou o tão serio em sua voz.

-é sobre o Inuyasha? –Kagome afirmou. –vocês brigaram?

-não meu amor. –ela o puxou para abraça-lo. –pelo contrario, está tudo maravilhoso.

-serio?

-serio. –afirmou Kagome.

-então eu volto logo. –ele correu ate a escada, mas voltou alguns segundos depois para pegar a mochila que ele havia esquecido. 

Algum tempo depois Souta desceu já de roupa trocada, ele se sentou a mesa que Kagome já havia arrumado.

-então mãe o que a senhora queria conversar? –Kagome se sentou de frente para ele, deu um longo suspiro antes de começar.

-você sabe que o Inuyasha e eu estamos namorando não é? –o menino apenas afirmou. –e o que você acha disso... –ela deu uma pausa antes de continuar. –o que você sente em relação ao Inuyasha? –Souta a encarou por um tempo, então abriu um largo sorriso antes de responder.

-eu gosto dele. –afirmou. –ele é divertido, engraçado e gosta de Basquete, ele tem me ensinado e ano que vem eu vou tentar entrar no timo da escola, ele disse que eu posso até virar profissional. –Kagome via os lhos brilhantes do filho e sentiu como se um peso fosse tirado de seus ombros, na noite anterior ela decidira contar a verdade a Inuyasha, já mantivera esse segredo por tempo demais e já não podia mais suportá-lo, ela ainda temia a reação de Inuyasha, mas se ela quisesse recomeçar com ele precisava ser sincera além do mais não podia continuar escondendo que Souta era seu filho.  –e ele faz à senhora feliz por isso... –ele hesitou um pouco e desviou o olhar. –se eu pudesse escolher... iria querer que ele fosse meu pai.

-Souta. –Kagome sentiu seu coração parar, ele sabia, não sabia o porquê, mas sentia que Souta sabia a verdade. –Souta por acaso você... –mas foi interrompida pela campainha, Souta correu para atender a porta e gritou para dizer que a pizza havia chegado e ela sabia que não conseguiria terminar a conversa, pelo menos não por hora.