Happy Birthday escrita por Kayla Frost


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! o/



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Quando acordei fiquei feliz em ver que ainda estava na casa do Edward, mas fiquei triste ao ver que ele não estava mais ao meu lado, olhei para o lado esquerdo onde antes estava o monitor cardíaco estava apenas o vazio, olhei para meu braço e não havia mais nenhuma agulha para meu alivio, eu passei a mão no rosto e estava levemente molhado, e meu corpo ainda dolorido, tentei me levantar sentindo uma forte dor nas costas, deixei meu corpo cair na cama, respirei fundo sentindo o ar entrar nos meus pulmões e com alivio ao perceber que não doíam e nem ardiam mais, eu estava bem agora. Com a força do ar nos pulmões eu me levantei ficando sentada, olhei em volta a cabeça estava levemente pesada, mas nada como antes, fiquei de pé normalmente ainda meu corpo dolorido e minha perna engessada, foi apoiando na cama até a porta do quarto e quando cheguei ali vi Emmett vindo pelo corredor, ele estava normal como sempre, se é que pode se falar que Emmett é normal é claro.

- Hei!...Bella... Deveria continuar deitado o Carlisle tem que te liberar não sabia?... – Ele veio até mim e me apoiou com um braço só.

- Queria... Queria ir ao banheiro! – Foi á única coisa que consegui pensar no momento, sei que era bobo, mas eu não podia dizer ao Emmett que queria ver o Edward a qualquer custo, dei um sorriso sem jeito e ele sorriu para mim levemente e me apoiando começou a andar comigo pelo corredor.

- Tudo bem, tudo bem!... O banheiro é logo aqui... – Andamos um tempinho e ele abre a porta para mim, o banheiro era lindo enorme, havia uma banheira preta, tudo era feito de vidro preto, o Box, a pia tudo era lindo e perfeito demais, eu sorri sem jeito para ele enquanto entrava me apoiando na pia, mas fiquei com medo que ela quebra-se, ele sorriu para mim e falou antes de fechar a porta. – Vou esperar aqui para te levar de volta ao quarto!...

Quando fechei a porta, senti uma batida levinha e uma voz suave, de sinos, eu já sabia quem era, respirei fundo enquanto ela falava daquele seu jeito tão espontâneo.

- Bella!... Acho que você vai querer tomar um banho, trouxe umas roupas para você! - Abri a porta com um sorriso cansado no rosto, em troca Alice me veio cheia de animo com uma sacola de loja de roupa e uma bolsa. – Aqui tem tudo que você precisa... Fiquei quase 10 minutos cheirando todos os xampus para saber qual era o seu, mas está aqui... Essência de morango...

Alice era tão animadora que era triste recusar algo dela, peguei as coisas das mãos dela e coloquei sobre a pia, ela estava dentro do banheiro e a porta estava trancada e o chuveiro ligado enchendo a banheira, ela media a temperatura da água com a mão, os lábios levemente torcidos, eu estava mexendo na sacola de roupa, claro que seriam roupas novas, e era um vestido preto lindo, simples porém perfeito nada muito ultrajante nem simples demais, algo com cara de Alice... De Cullen.

- Ohh... Alice... Obrigada!... Adorei...

- Eu não sei se está muito quente... O que você acha Bella? – Enquanto ia até a banheira que estava quase cheia, perguntei-me se ela havia escutado o que eu disse, ela era sempre hiperativa que nem me dava chances de responder direito aos seus milhões de favores, mas Edward já havia me alertado, quando eu deixa-se Alice cuidar de mim, nada e nem ninguém poderia parar ela, tornei-me sua bonequinha pessoal, e ela gostava muito disso.

- A água está ótima... – Eu estava com a mão na água que estava pelando, tive que falar, ser sincera poderia ser um favor em troca dos que ela me fazia. – Mas, acho que está quente demais!...

- Ahhh claro... – Ela abre uma torneira de água fria e se afasta indo até a sacola e ajeitando o vestido e as coisas que eu usaria, ela colocou o xampu perto da banheira e falou calmamente para mim enquanto abria a porta para sair. – Tome seu banho sossegado, se precisar de ajuda para se vestir é só chamar...

Ela saiu, antes de me deixar responder, era típico dela fazer isso, eu olhei envolta e comecei a tirar minha roupa e tomar meu banho, é claro que pensava nele e onde ele poderia estar, devia ter perguntado para Alice, mas, se eu ainda estava em sua casa quer dizer que logo ele estaria comigo... Sua casa... Agora que percebi que estava ali, em vez de em um hospital, não que eu não tivesse médicos e enfermeiras demais para cuidar de mim, mas como Charlie me havia deixado ficar ali durante tanto tempo, como eles explicaram para ele o que eu tive.

Aquela dor havia voltado meu pulmão doía muito novamente e minhas costas latejavam fortemente, eu tentava buscar ar que não chegava a meus pulmões, tentei sair da banheira, mas não conseguia o que consegui foi afundar nela mais ainda, agora sim estava me afogando de verdade, meu corpo não respondia aos meus comandos e quanto mais tentava sair da banheira mais entrava dentro dela, minha perna engessada que eu havia deixado fora para não molhar já estava dentro da água tentando me ajudar a subir mais não conseguia, se antes meus pulmões doíam para conseguir ar, agora eles doíam por entrar água demais, me agarrei á alguma coisa e usei minha força para subir, era à borda da banheira, quando minha cabeça recebeu o ar puro e meus pulmões arderam mais ainda com o ar que entrou abundante e forte, eu apenas consegui falar, baixo e entrecortado. – A-Ali-Alice!!! – E cai novamente na água, agora fora de minha consciência.

Quando acordei pela 20ª vez com aquela dor de cabeça e com meus pulmões doendo, e agora realmente havia me afogado, estava naquele quarto, o quarto da pessoa que eu amava e para minha tristeza ele não estava ali e para minha surpresa quem estava era Rosalie, ela folheava alguma revista,  me mexi e olhei em volta, desta vez sem monitor cardíaco ou agulha intravenosa, olhei para Rosalie novamente, ela já havia jogado a revista em cima de uma mesinha com computador.

Agora que eu havia percebido como o quarto dele estava diferente, ainda havia a grande estante na parede com os CDs e o som ainda estava ali, sua cama estava no meio do quarto e era de casal, mais a frente da cama tinha uma mesa de computador e uma cadeira na qual Rosalie estava sentada... Ela ficou me olhando e bufou quando se levantou, estava linda e exuberante como sempre, foi até ao lado da cama antes de sair falando daquele seu jeito frio e sarcástico, ela ainda me odiava muito pelo jeito.

- Fique deitada onde está, Carlisle está vindo com o Charlie...

E simplesmente saiu, minha cabeça girou forte e rápido demais, fazendo-a dor muito mais do que antes, e como assim Carlisle esta vindo COM o Charlie? O que estava acontecendo? E o principal, o que eu havia perdido? Olhei em volta e sentei na cama, estava sem gesso na perna apenas com uma bota ortopédica, minha roupa era diferente, mas ainda era uma saia e uma blusa, fiquei sentada olhando o quarto percebendo suas mudanças, minhas costas doíam muito, mas não sentia dor muscular, apenas as costas e meu pulmão que ainda parecia dilacerado ali dentro, doía, ardia, queimava.

Carlisle entrou no quarto com aquele seu sorriso glorioso, belo, perfeito, aproximou-se de mim com uma maleta na mão, ele a colocou sobre a cama e falou enquanto pegava algo dentro dela.

- Como se sente Bella?... Alguma dor ou desconforto?

- Ahhh, bem... Apenas minhas costas doem e... Meu peito dói muito quando respiro... Arde. – Falei olhando-o ainda contemplado sua beleza, apesar de Edward não ter nenhuma ligação sanguínea com Carlisle eles pareciam-se muito, não pelo fato de serem vampiros, mas fisicamente e mentalmente é claro.

 - Hmmm... Mantenha o olhar no meu dedo... – Ele colocou o dedo indicador na frente de meus olhos e com uma lanterninha focou os meus olhos que ficaram embaçados e incomodados com a luz, mas como ele disse, mantive o olhar no seu dedo. – Muito bom Bella. Parece que você melhorou, acho que não sofrerá ataques tão cedo, o remédio está funcionando muito bem. – Me falou com um sorriso vitorioso no rosto, ele passou a mão no meu cabelo e falou sorrindo para mim ainda de um jeito profissional e também paternal. – Bella, seu pai e eu precisamos falar com você... Você tem que prometer que vai se manter calma, está bem?...

Acho que ele não deveria ter me falado isso, se realmente queria me manter calma, meu coração disparou a mil por hora, e o peito doía mais ainda, pensei em bilhões de coisas ao mesmo tempo e então fiquei assustada, onde estava Edward porque ele não estava comigo, o que havia acontecido e por um momento apenas um nome me passou na cabeça antes de eu liberar meu pavor para cima de Carlisle... Victória.

- O que houve Carlisle? Onde... Onde está o Edward?... Eu quero ver ele agora... Por favor... Onde... Onde ele está?... Eu... Diz que ele está bem... Edward?...

- Shiiii... Calma Bella, fique calma... Edward está perfeitamente bem, está lá embaixo não se altere, por favor... – As mãos frias de Carlisle tocaram minha cabeça alisando-a em um carinho paterno novamente. – Agora, apenas fique calma...  – Ele sorriu para mim quando pousou a mão suavemente em meu peito, eu havia entendido perfeitamente deveria acalmar meu coração, respirei fundo algumas vezes sentindo o pulmão reclamar e o coração desacelerar um pouco, sabia que se ele acelerasse demais teria algo bem mais confiável do que um monitor cardíaco ao meu lado... Apenas acenei com a cabeça confirmando que meu coração já estava normal. – Bem melhor... Ahhh... Por favor, senhor Swan pode entrar!...

Meu coração disparou novamente com a menção do nome de meu pai, e Carlisle me olhou de lado e respirei fundo, Charlie entrou pesadamente, vestia o uniforme da policia como sempre, caminhou em passos largos e preocupados até mim, parecia que ele não dormia á dias e que estava muito doente e pálido... Pálido... Meu coração quase saiu pela boca e escutei Carlisle arranhar a garganta e respirei fundo novamente até Charlie sentar-se ao meu lado, Carlisle pegou sua maleta e afastou-se ficando na porta, sentia seus olhos me fuzilando, eu precisava me acalmar.

- Bells queria, estava preocupado com você... Como se sente?... – Charlie parecia estar em agonia quando perguntou, sua mãos segurou a minha com força e para minha alegria estava quente e firme como sempre, ele não era um Cullen como eu pretendia me tornar.

- Eu estou bem pai, serio... Apenas dores no corpo, nada mal para quem se afogou na banheira... – Desviei meus olhos para Carlisle, e pensei como eu poderia ter feito isso? Eu não seria tão burra a este ponto e sabia, havia algo errado comigo.

- Bella... O Dr. Cullen está cuidando de você, mas... Seu caso é muito raro querida... Você vai ter que ser forte... – Ele me olhava com tanta tristeza no rosto então percebi que não era mais o Chefe Swan, apenas o Charlie, meu pai.

- Caso?... Ahhh... Raro?... O que está havendo pai?... – Meu coração disparou novamente e então olhei para Carlisle que piscou algumas vezes e sorriu gentilmente para mim na certa tentando me fazer ficar calma... Charlie olhou para Carlisle e voltou a falar para mim enquanto afagava os meus cabelos.

- Querida, você está com uma doença terminal... Eu... Eu não sei ao certo, mas está em seus pulmões... – Charlie abaixou a cabeça e quando levantou seus olhos estavam cheios de lágrimas e sua voz embarcada em sofrimento e tristeza, eu apenas estava chocada, não por saber que estava morrendo, mas por ver Charlie em um estado tão deplorável. – Você tem que prometer ser forte Bells, você TEM que ser forte... O Dr. Cullen está fazendo tudo para você melhorar e... Viver...

Eu abaixei o olhar junto com o dele meu coração estava calmo, calmo demais para alguém que sabia que ia morrer, eu já havia me acostumado com a morte... Eu olhei para Carlisle que ainda sorria gentilmente, olhei para Charlie que estava chorando e quando suas lágrimas começaram a cair eu tinha que pará-las de qualquer jeito, minhas duas mãos foram para seu rosto secando as lágrimas que caiam.

- Calma... Pai... Calma... Ta... Ta tudo bem!... Serio... Eu estou bem, to me sentindo ótima... Não fique assim, por favor... – Eu passava as mãos no rosto dele e ele as beijava conforme passavam perto de sua boca, eu sentei mais perto dele e o abracei forte e ele também me abraçou, eu não estava com medo, não tinha motivos para estar. – Vai ficar tudo bem... Estou aqui... Eu... Não to com medo!...

Ele afastou-se de mim recompondo-se enxugou o resto de suas lágrimas e falou sorrindo para mim de um jeito mais serio, havia voltado a ser o Chefe de policia Swan, e ver ele forte daquele jeito era o que mais me agradava e também me mantinha forte.

- Bom... Você está com o melhor doutor do mundo, sei que vai ficar bem... Você é forte... É a MINHA garota!... Acho melhor deixar você descansar... – Ele sorriu docemente levantando-se da cama, deu um beijo carinhoso em minha testa e saiu, quando passou por Carlisle o cumprimentou com um aperto de mão, e falou de um jeito respeitoso e doce. – Dr. Cullen, não tenho como agradecer os cuidados que está tendo com Bella, sei que vai cuidar bem da minha filha.

- Não precisa agradecer Chefe Swan, Bella é como se fosse uma filha minha... Já está na família... Passe bem Chefe Swan... – Carlisle foi gentil e profissional como um belo médico, olhou para mim docemente quando me chamou de filha e fiquei emocionada com isso, adorava saber que Carlisle fazia isso por mim, às vezes achava que não merecia tudo isso, Charlie saiu do quarto e tenho certeza que foi embora... Carlisle aproximou-se de mim novamente sentando-se na cama e falando para mim de um jeito, diferente mais como um vampiro do que como um doutor. – Bella, você consegue entender que está morrendo, não é?...

- Claro que sim... – Foi tudo que consegui dizer, eu sabia que estava morrendo, mas minha voz era calma e gentil podia-se dizer que até era feliz, talvez meu rosto demonstra-se isso por isso Carlisle perguntou.

- Bom... Muito bom... Acho que você deveria descansar um pouco mais... Vou pedir que Edward traga algo para você comer... Descanse e... Acima de tudo Bella... Fique calma... – Ele passou a mão em meu rosto e saiu do quarto sorrindo, eu tive que respirar fundo, foi como se o ar voltasse a entrar com mais facilidade em meus pulmões, sem a atenção dos cuidados de Carlisle e sem o rosto aflito de Charlie, eu com certeza podia respirar melhor... Mas ainda assim, meu peito doía agora sabia o porquê, as perguntas estavam começando a ficar esclarecidas. Apenas algumas.

Fiquei sentada olhando o quarto, passei a mão no rosto algumas vezes tentando absorver tudo que havia acontecido... Em menos de um ano eu havia conhecido o homem da minha vida que na verdade era um vampiro e toda sua família também, estava apaixonada por um vampiro e ele por mim... Depois comecei a ser alvo da caçada de algum maluco com o nome de James, que agora deve ser a cinzas de um antigo estúdio de balé... E agora eu estava com uma doença terminal e iria morrer em algum tempo... Realmente as coisas não davam certas para mim... Mas... Se for olhado de um ângulo melhor isso poderia ser melhor do que realmente parecia... Eu ESTAVA morrendo.

Fiquei pensando isso por um tempo, muito ou pouco eu estava sem noção nenhuma de mês, dia ou hora... E iria continuar sem essa noção, porque agora entrava pela a porta tudo que me importava. Edward Cullen.

Ele caminhou até mim daquele jeito perfeito dele, sentou-se ao meu lado e passou a mão levemente em meu rosto, os dedos frios que mais me deixavam sem ação no mundo, ele sorria para mim e falou daquele jeito estonteante. - Como está se sentindo hoje meu amor?

- Bem... Eu estou bem!... – Já estava cansada de dizer aquilo para todos que entravam ali, e aquilo me irritava, aquela atenção toda, exceto dele é claro. – Ahhh... E falando em HOJE, que dia é hoje?...

- 7 de Janeiro! – Falou sorrindo torto, minha expressão deve ter mostrado a ele todo o espanto que tinha, ele sorriu mais abertamente e passou a mão em meu rosto, eu havia dormido quase 1 mês, eu devia mesmo estar morrendo. – E você perdeu a celebração de ano novo da família Cullen... Ahhh você tinha que ver como Alice ficou triste com isso...

O jeito que ele falava sempre me fazia sorrir e agora não era diferente, sorria abertamente para ele que sempre me sorria com o sorriso mais perfeito do mundo, o que era eu comparada com ele?Eu uma barata feia e desajeitada que estava prestes a morrer ser comparada com um... Será que existe algum animal que seja tão belo quanto ele?...  Eu havia ficado quieta apenas o olhando, vendo cada parte de seu rosto, será que eu havia perdido alguma coisa? Qualquer coisa realmente importante? Não que ele fosse mudar fisicamente, mas, alguma expressão nova que eu não vi? Se tivesse perdido eu realmente teria ficado triste. Ele ficou me olhando da mesma forma que eu o olhava, seus olhos estava lindos e belos, porém escuros demais, não pretos, mas, ainda assim estava escuro, quanto tempo ele estava em jejum?

- O que está pensado? – Ele me falou chegando bem perto de mim, sua voz estava ao lado de meu ouvido e seu rosto junto do meu, meu coração disparou, batia rápido e forte estava mais vivo do que nunca. Ele se afastou de mim dando um beijo em meu rosto e mostrando-me o mais belo sorriso do mundo. – Fique calma, Bella. Fique Calma.

Eu respirei fundo algumas vez tentando manter meu coração quieto, queria que ele não precisa-se escutar meu coração, mas já era grata por ele não poder ler minha mente, pedir que não ouvisse meu coração era demais... Mas, eu sabia que em breve nem ele e nem ninguém seria capaz de poder ouvi-lo, ele ficaria mudo para sempre.

- Ahh... Eu... Bem... Apenas queria saber... Se... – Respirei fundo, eu sabia como ele iria ficar, iria ficar tenso, bravo, mas eu precisava perguntar. – Você vai, me... Sabe?... Me, transformar?

A reação dele era previsível, ele ficou tenso e abaixou o olhar, ficou com aquela feição de dor e tristeza que eu tanto odiava, mas eu precisava saber, ele chegou perto de mim e me abraçou e falou mantendo-me em um braço de urso... Ou melhor, como ele dizia de leão.

- Shhh... Não pense nisso agora Bella. Você ainda vai viver muito ainda, ainda não está prestes a morrer. Você vai viver!... – Eu o empurrei não que fosse forte para afastá-lo de mim, mas era o suficiente para ele saber que estava falando serio, eu precisava de uma resposta definitiva, ele me fitou e falei de um jeito calmo, não queria deixá-lo triste, e nem com aquele olhar novamente, agora suas feições esta ilegíveis.

- Por favor, Edward... Você sabe que eu VOU morrer, posso não estar ainda morta, mas eu vou morrer... Agora não levará tantos anos quanto antes... Eu vou morrer de uma forma ou de outra... Lembre-se a cada segundo que passar eu me aproximo da morte... Não preciso estar doente para isso... – Fiz uma pausa para fita-lo ele estava com aquela feição de dor novamente, ele olhou para baixo e ficou olhando a colcha da cama, esperei até que ele me olha-se novamente para voltar a falar, minha voz era mais baixa agora, e doce até mesmo. – Você VAI me transformar?

Ele respirou fundo passando a mão no rosto e no cabelo deixando-o desalinhado como sempre, sorriu para mim de um jeito lindo e perfeito, ainda triste e falou enquanto passava a mão no meu rosto.

- Bella, pro favor. Pare de pensar nisso agora... Vou te transformar quando for à hora certa para isso... – Ele deu um beijo em meus lábios com toda aquela calma, meu coração estava descompassado novamente, ele afastou-se e sorriu para mim quando se levantou da cama.  – Agora tente descansar, vou te trazer algo para comer.

- Só não espere eu estar feia ou terrível demais para fazer isso, por favor... Se vou passar a eternidade do seu lado que não seja em um estado deplorável. – Falei sorrindo e com humor, espero que ele tenha entendido a graça e a verdade por traz de minhas palavras.

Ele riu um tempo e falou enquanto saia do quarto. – Bella, você realmente é única, sabia?... Agora fique ai... Volto logo!

Saiu do quarto antes que eu pudesse abrir a boca para falar, eu fiquei fitando a porta e sorri levemente, agora sabia que estava mais perto ainda e eu seria uma Cullen como ele e os outros, meu coração estava feliz e agora batia calmamente, eu voltei a deitar-me na cama sentindo minhas costas doerem, mas não me importei com isso, eu estava na casa dele e em breve estaria eternamente com ele... Seria triste dizer Adeus para o Charlie, mas eu seria muito mais feliz ao lado de Edward do que um dia eu fui com qualquer pessoa, que Renne me perdoe por isso.

Devo ter cochilado porque não vi quando Edward deixou uma bandeja com algumas frutas e suco sobre o móvel perto da cama, eu levantei espreguiçando sentindo meu pulmão protestar do movimento desnecessário, mesmo assim levantei e fui até a bandeja, além de estar cheia de coisas comestíveis havia uma folha branca dobrada em quatro vezes, e em seu Aldo visível para mim estava escrito ‘Para Bella’... Eu sorri para mim mesma quando peguei a folha, antes de abri-la decidi que era melhor eu me sentar na cama, eu não fazia idéia do que estava escrito ali e se eu fosse desmaiar novamente que pelo menos desce um pouco menos de trabalho para Carlisle.

Eu abri a carta, ela estava escrita com aquela letra maravilhosa e perfeita dele:

‘Bella,

Tive que sair com Alice houve um equivoco que não me permitiu ficar ao seu lado neste momento, não quero que se preocupe por besteira voltarei em 24 horas, quero que você descanse bastante, tenho uma surpresa para lhe fazer quando voltar e vou precisar que esteja bem para mim.

Te Amo.

Edward. C

PS: Lembre-se de respirar!’

Quando terminei de ler meus olhos estavam marejados e algumas gotas caíram sobre a singela carta que ele me deixou, eu dei um leve beijo no lugar de sua assinatura, sorria enquanto chorava. Dói-me saber que ele não estava perto de mim, mas era lindo saber que ele me amava talvez não como eu, mas isso é um caso ainda discutível. Eu ainda estava chorando, eu havia me tornado muito boba com relação aos sentimentos que Edward me mostrava, isso sempre me fazia fraca demais, humana demais eu odiava isso, mas amava sentir meu peito quente com relação às emoções proporcionadas.

Enquanto minhas lágrimas caiam nem percebi que havia alguém no aposento comigo, esta pessoa depositou a mão singelamente em meu ombro, era fria como todos que eu conhecia que vivia ali, a voz me deixou tão absurdamente espantada que meus olhos arregalaram-se.

 - Não fique assustada, Bella. Sou eu! – Eu haveria de conhecer a voz, mas eu já tinha me virado para olhar quem era quando vi o rosto doce e calmo de Jasper. Ele sentou-se ao meu lado na cama, normalmente, ele olhava pela janela do quarto de Edward. – Te senti apreensiva, feliz e triste também... Sinceramente Bella, nunca vi um humano ter tantos sentimentos tão intensos ao mesmo tempo, como você tem!...

Eu apenas lhe sorri gentilmente e agradecida, eu não sabia se aquilo era um elogio ou não, mas eu sabia que a calma que invadia meu corpo era proporcionada por sua presença, era daí minha gratidão. E tenho a terrível impressão de que ele sabia disso, sem eu ainda dizer nada, ele virou o rosto para mim, sua mão que estava em meu ombro fez meu rosto virar para fita-lo enquanto ele dava um leve sorriso.

- É incondicionalmente forte seu amor por Edward, eu o sinto tão bem quanto qualquer outro sentimento que eu já possa ter sentido. – Ele suspirou fundo tirando sua mão de meu rosto e falou fitando o chão. – Você deveria estar em trauma agora, Carlisle e Esme estavam preparados para seu desespero diante de saber que vai morrer, no entanto você surpreendeu a todos, Bella. Ficou calma e aceitou passivamente isso... Têm momento que me pergunto se você realmente é humana... – Ele me deu um sorriso de lado parecido com o de Edward, era doce gentil e ao mesmo tempo tão... Indescritível.

- Me faço essa pergunta toda vez que olho no espelho de manhã. – Eu falei normalmente, mas havia uma graça em minha voz.

Foi gostoso ouvir o som da risada de Jasper, era grossa, potente e ao mesmo tempo tão, doce.

- Eu só queria falar para você Bella, que você já é minha irmã, humana, vampira, ou seja, lá o que realmente você é. – Ele sorriu de lado, divertindo-se, era legal ver ele assim. – Acho que falo por nome de todos quando digo que você é e sempre será uma Cullen, não importa se seu coração bate ou para, se você está ou não está com Edward, sempre será... – Ele respirou fundo novamente e levantou-se como se isso tivesse sido a coisa mais difícil de fazer, como uma pessoa cansada de andar que agora teria de enfrentar uma grande caminhada, ele sorriu para mim uma vez e saiu do quarto levando com ele a paz que havia me trazido, mas mesmo sentindo que este sentimento me abandonava, suas palavras foram tão profundas em meu coração, que eu ñ precisava mais de seu dom para me tranqüilizar eu tinha algo irrevogavelmente maior, seu real sentimento sobre mim.

Fiquei olhando-o sair pela porta e sorri para mim mesma, respirei fundo que nem ele e olhei a carta de Edward ainda em minhas mãos, enxuguei qualquer vestígio de lágrimas que estivesse em meu rosto. Jasper realmente havia me surpreendido hoje, ele sempre foi o mais distante, não porque ele tivesse antipatia por mim como Rosalie tem, mas porque sua sede não lhe permitia chegar perto demais de mim, quando se sentou ao meu lado eu sabia que ele entrava em conflito consigo mesmo, Edward já descreveu para mim como é ele tinha um motivo para agüentar a sede, ele me amava, mas Jasper apenas a suportou porque quis, porque sente que sou sua irmã, e saber que sou aceita entre eles, nunca me fez tão feliz quanto agora.

Enquanto meu sorriso ainda estava no rosto fui até a bandeja novamente pegando uma maça e mordendo-a, enquanto comia sai do quarto e desci as escadas, estava cansada de ficar parada por tanto tempo. A sala estava vazia, a casa parecia estar deserta, caminhei até a cozinha e fiquei feliz em ver que Esme estava sentada na cadeira um pouco debruçada sobre a mesa desenhando alguma coisa em uma enorme folha branca.

- Olá querida, como está se sentindo hoje?

- Estou bem melhor... – Realmente estava me irritando ter de repetir isso todas às vezes e para todas as pessoas, mas os olhos doces de Esme eram tão protetores que eu não podia ser mal educada com ela, eu olhei de relance para o que ela fazia e estava desenhando uma casa, linda e perfeita ainda estava inacabada, mas com certeza era a planilha de uma casa.

- Se está procurando pelo Edward querida, ele saiu com a Alice, talvez demore em retornar. – Era o sorriso de Esme que me cativava tanto, encostei-me à porta da cozinha enquanto terminava de mastigar um pedaço de maça, engoli rápido para poder falar com ela.

- Eu sei, ele me deixou uma carta falando... –Eu me aproximei mais dela, ficando perto da cadeira em que estava sentada, ele ainda me olhava com olhos tão doces, meu rosto ficou corado com o olhar dela, ela notou e aumentou o sorriso carinhoso para mim. – Esme, queria saber... Ahh... Como é?... Ser... – Parei de falar e respirei fundo fechando os olhos, segurava ainda um pedaço de maça, abri os olhos e Esme me olhar ainda com aquele olhar doce então senti mais confiança para perguntar a ela. – Como é caçar? Como é não dormir, não comer... Como é ser uma... Vampira?

Apesar de eu já ter acostumado com a história deles serem vampiros, era estranho falar isso em voz alta, parecia inacreditável e improvável.

Esme me olhou ainda com um olhar doce e calmo, ela esticou-se e arrastou uma cadeira para que me senta-se ali e o fiz ainda olhando-a na expectativa de saber como era, pela visão de Esme.

- Bom... Acho que Edward já falou como é para você... Não sei se devo...

-Claro que deve... Ele tentou me explicar e eu realmente entendi... Mas ele valoriza muito a alma de uma pessoa... Eu queria entender... Pela visão de outra pessoa... – Falei interrompendo-a, eu não queria que ela senti-se mal lembrando o que aconteceu, mas ainda assim achei que Esme não se sentia tão triste quanto os outros ao lembrarem, ela sempre me parecia tão feliz e segura, mais feliz até mesmo do que Alice.

Ela ficou me olhando e sorriu, levantando-se da cadeira e colocando a mão em meu ombro enquanto ia até a porta.

- Quero que veja algo querida...


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Notas finais do capítulo

Esme! *.*... Como eu amo essa mãezona que ela sempre parece ser!... Espero alguns coments... Bjos



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