Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 79
Preciso Saber


Notas iniciais do capítulo

Olha quem ta vivaaa!!
Oi meus amores, desculpa o sumiço, mas dessa vez a culpa não foi inteiramente minha. Meu computador ta bugado, nem o mouse nem o teclado respondem, imaginem o desespero. Por isso também que eu não to podendo responder aos comentários de vocês, perdão.
Antes de deixar vocês lerem o capitulo, eu queria agradecer a Laoliveeer que recomendou a fic, muito obrigada de coração. E também queria agradecer a minha amiga Kah que ta fazendo o favor de postar o capitulo aqui. ♥
Boa leitura :)



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Talvez os anos tivesse regredido, talvez o passado havia voltado a ser presente, talvez os problemas da realidade não existissem, talvez os dois ainda fossem seres com amor e esperança no futuro, talvez o destino estava disposto da dar uma nova oportunidade para eles, talvez a vida dos dois pudesse retornar a aquele caminho que nunca devia ter desviado, talvez tudo pudesse ser como naquela época que ele ouviu o primeiro “Eu te amo” saindo dos lábios dela.

A comparação dos dois momentos não pode ser evitada por Carlos Daniel, ele sentia a mesma felicidade inexplicável, seus olhos ganharam o mesmo brilho, seu coração batia tão freneticamente como antes, como na primeira vez. Seria esse um sinal de que tudo voltaria a ser como antes? Ou de que tudo poderia ter um novo futuro? Talvez, mas ele preferiu esquecer e não pensar em possibilidades, não quando ele poderia aproveitar o que a realidade estava lhe oferecendo.

Paulina o amava, ela mesma havia dito. 5 letras, duas palavras, um mundo de significado. Carlos Daniel sabia que o amor dos dois ainda vivia, mas a incerteza de um engano o estava matando por dentro. Ele havia prometido a filha de que lutaria por Paulina, mas nada poderia fazer se ela não se sentisse da mesma forma que ele, não poderia forçar a o amar novamente, mesmo que doesse mais que tudo, se a felicidade dela fosse ao lado de Alejandro, ele estaria disposto a deixa-la ir.

Entretanto, ele sabia que o que sentia em seus beijos, o que via em seu olhar, o que seu corpo demonstrava quando estava perto do dele, todos aqueles sinais não podiam ser mentira ou ilusão, não era possível que ele estivesse errado ao sentir que ela correspondia ao toque dos lábios com a mesma doçura de antes, não era louco ao perceber que a pele dela se arrepiava quando seus dedos a percorriam, como não notar que a respiração de sua amada se tornava pesada quando seus corpos ficavam em uma proximidade perigosa? Tudo aquilo indicava que ainda havia esperança, ainda havia possibilidades no meio de incertezas e era o que lhe dava forças para lutar.

Mas o que são incertezas quando se tem a confissão dela? Nenhum medo, orgulho ou lampejo de fraqueza era mais poderoso ou valioso do que aquelas duas palavras de cinco letras que Paulina acabara de dizer.

— Repete por favor. Você...

— Amo você.

O sorriso bobo que ele já carregava aumentou mais ainda junto com o brilho em seu olhar.

— Se eu pedir pra você falar mais uma vez, você vai me julgar?

Ele não tinha dúvidas do que ouvira, mas não resistia a escutar aquelas palavras em cada hora, minuto ou segundo. Já Paulina não conseguiu conter uma doce risada pela pergunta dele. Como o julgaria se também sentia a necessidade de as dizer em cada instante?

— Talvez.

— Fala por favor.

— Seu bobo. Eu te amo, te amo, te amo, te amo! Mesmo depois de tudo, depois de todo esse tempo, mesmo depois de querer arrancar isso de mim, eu continuo te amando. A verdade é que nunca parei de te amar.

— Eu te amo, minha Lina. Te amo.

A certeza de que era recíproco, de que nunca deixou de ser, os encheu com uma felicidade difícil de explicar ou mensurar. Não ligaram para o presente e muito menos as consequências futuras, apenas deixaram-se levar por aquele sentimento. Carlos Daniel passou seus dedos pelo contorno do alvo rosto dela seguindo até a sua nuca, sem nunca parar de olha-la, de observar as reações dela com o toque e de notar aquele brilho especial em sua mirada. O rastro de calor deixado pela mão de Carlos Daniel fazia toda a sua pele se arrepiar e seus olhos dividissem entre encarar a íris cor de mel à sua frente ou concentrar-se naquela boca que tanto desejava voltar a beijar.

— Meu amor. — aquele sussurro foi a última coisa que ele disse antes de puxa-la para si e encaixar seus lábios aos dela.

No começo era calmo, suave, doce, não tinham pressa, apenas queriam sentir e aproveitar aquele beijo por maior tempo possível, como se fosse a primeira vez, cada beijo havia se tornado primeiras vezes, as sensações não eram novas, mas o tempo e a distância os tinha feito esquecer.

A urgência chegou aos poucos, quanto mais exploravam a boca do outro, quando mais sentiam-se acolhidos pelos lábios em contato, quanto mais matavam a saudade daquele contato, mais se desesperavam para sentir o beijo com toda sua intensidade. 

Carlos Daniel deslizou uma de suas mãos pelo corpo de Paulina, deixando a curvatura do pescoço, passando pelos ombros, tocando a pele de seu braço e parando na lateral da cintura dela. A outra mão permaneceu em sua nuca, pressionando-a contra si para não deixar de sentir o doce gosto dos lábios de sua amada.

A pele de Paulina esquentava com o toque de Carlos Daniel, sentir sua mão esquerda em sua cintura e a outra em sua nuca era desesperador; ele sabia onde tocar, quais eram seus pontos fracos, e estava usando disso para deixa-la louca, louca por ele, apenas por ele.

O ar, a falta do mesmo, os obrigou a interromper o beijo. Com as testas coladas, olhos fechados, respirações ofegantes e misturando-se, eles sorriram um para o outro ao mesmo tempo que abriram os olhos. Por um tempo se perderam no reflexo de felicidade que cada um via na mirada do outro. Conectados e conversando através do olhar, assim como costumavam fazer em um passado distante.

— Parece...

— Sim, que voltamos no tempo.

— Eu senti...

— Também senti sua falta, meu amor.

Ela falava e ele a completava, pensavam a mesma coisa, sentiam o mesmo. Beijaram-se mais uma vez, dessa vez mais rapidamente, não tão urgente, com carinho e amor.

Paulina e Carlos Daniel acomodaram-se como puderam nas raízes da árvore. Ele com as costas no tronco da mesma e ela entre suas pernas, com o corpo descansando sob o peito dele. Em silêncio e observando a chuva, eles aproveitaram o momento e cada toque do contato entre seus corpos.

A respiração de Carlos Daniel ia de encontro com a orelha de Paulina cada vez que ele  cheirava o seu pescoço, soltando um riso e se afastando quando percebia ela se arrepiar com tal ato. Não fazia para provoca-la, só sentia falta de tê-la daquele modo, em seus braços.

Com o tempo, o silêncio quebrado pelo barulho da chuva foi trazendo à mente de Carlos Daniel suas inseguranças e medos. A maldita razão voltava para o atormentar. Seu corpo tencionou e sua face ganhou uma expressão preocupada. Não queria estragar aquele momento, mas precisava de respostas. Não poderia acreditar que a tinha de volta para logo depois perde-la, de novo. Necessitava saber o que aconteceria no futuro, se ao menos teriam um futuro juntos. Tudo isso rondava a sua mente e o atormentava, por vezes ele tentou balançar a cabeça para tentar esquecer sua realidade, mas era inútil, ela estava ali para o assombrar.

Paulina sentiu quando o corpo dele mudou de relaxado para tenso e quando sua respiração se tornou mais rápida. Imaginou a seriedade do rosto dele e sentiu um arrepio ruim percorrer sua pele por prever o motivo da mudança. Talvez se ela permanecesse quieta e parada, ele não faria o que ela temia. Ainda não estava preparada para conversar com ele sobre aquilo, não podia dizer as respostas para suas perguntas, um dia teria que dizer a verdade, mas não queria que fosse naquele momento.

— Paulina? — ela fechou os olhos com força, não teria como fugir.

— Lina, precisamos conversar.

— Carlos Daniel...

— Você disse que tentou arrancar esse amor de ti, então é isso que o Alejandro representa pra você? Você tentou me esquecer com ele?

Suas mãos começaram a suar, sua boca ficou seca e ela praguejou algumas vezes em pensamento. “Por que diabos ele tinha que ter ido direto ao ponto?!”

— Carlos Daniel, por favor.

— Paulina.

— Você não podia deixar de estragar o momento não é? Eu pedi pra que você me fizesse esquecer.

Ela havia se separado dele e voltado seu corpo para que pudesse olha-lo diretamente. Paulina carregava raiva em seu tom de voz, mas isso não intimidou Carlos Daniel, ele precisava saber.

— Se você tivesse dito que precisava esquecer dele, eu fugiria com você agora e ninguém nos encontraria, mas eu sinto que você só está fugindo dos problema ou de me dar respostas. Eu preciso saber o que vai ser do futuro, do nosso futuro, se posso ter esperanças ou se preciso lutar por você, mas pra isso você tem que me responder.

— Não faz isso comigo, Carlos Daniel.

— Eu preciso saber, por favor, Paulina.

Não tinha alternativas, o momento da conversa havia chegado e ela não poderia mais postergar, contaria tudo para ele mesmo que tivesse que enfrentar as consequências depois. Respirando fundo ela tomou coragem e começou a responder o que Carlos Daniel perguntara.

— O Alejandro representa pra mim mais do que você pode imaginar, ele estava comigo nos meus piores momentos nesses 15 anos, desde que eu acordei do coma ele esteve ao meu lado.

— Espera, o quê? Coma? Você esteve em coma?

— Acho que preciso contar tudo desde o começo.

— Por favor.

— Quando a Paola me sequestrou e me levou pra aquela cabana no meio do nada, ela já tinha tudo muito bem organizado, ela precisava dar um fim na minha vida pra que o plano dela tivesse sucesso. Eu ainda estava lá quando você chegou com a polícia, você não sabe como eu fiquei em pensar na tua angústia e no desespero que eu sentia por talvez não poder ver você ou meus filhos nunca mais. Mesmo sendo minha irmã, sangue do meu sangue, ela me mataria para ter de volta tudo o que ela dizia que eu tinha roubado dela, você. Paola sempre te amou, Carlos Daniel, do jeito dela, mas te amou.

— Aquela mulher não ama nada ou ninguém, Paulina. Ela não sabe o que é amor.

— Sabe, Carlos Daniel, ela sabe. Naquele dia, naquela cabana, ela me provou o que era capaz de amar alguém e fazer sacrifícios para que essa pessoa fosse feliz.

— Olha, Paulina...

— Não, me deixe continuar, você vai entender tudo, mas precisa me deixar falar.

— Tudo bem, continue.

— Quando a cabana começou a pegar fogo, ela se arrumou para sair as escondidas, assim ficaria protegida quando a tivesse a explosão. Eu não estava mais ali quando tudo foi pelos ares. Paola mandou que o seu cúmplice me tirasse dali e me matasse em algum lugar distante, ela não correria o risco de alguém me achar e me salvar daquela insanidade.

— Quem era o cúmplice?

— Douglas Maldonado.

— O QUÊ?!

— Sim, Douglas foi o cúmplice e amante da Paola, foi ele quem me tirou da cabana para me matar.

— Desgraçado filho da mãe!!!

— Não, Carlos Daniel, não fala assim dele.

— Pelo amor de Deus, Paulina. Você não pode estar defendendo a pessoa que iria te matar!

— Eu to aqui não estou? Obviamente o Douglas não me matou.

— Paulina...!

— Carlos Daniel, me escuta!! O Douglas não me matou, ele nem ao menos tinha a intenção, ele tentou me salvar, ele me amava.

— Você não pode esta falando sério.

— O Douglas foi sim amante da Paola e foi assim que ele descobriu o que ela planejava, ele agiu como cúmplice justamente para me proteger, ele deu sua vida me protegendo.

— Oi?

— Quando a Paola o mandou me tirar da cabana e me matar, eu, claramente, fui tirar satisfações com ele. Porque a Paola eu sabia os motivos e até onde ela chegaria para alcançar o que queria, mas o Douglas não. Ele foi meu amigo durante muito tempo, ele estava comigo durante boa parte da minha gravidez da Gabriela e também um pouco depois que ela nasceu. Eu confiava nele e não entendia como ele poderia ter mentido pra mim e feito parte do plano negro da minha irmã.

— Eu nunca fui com a cara daquele homem...

— Douglas não traiu a minha confiança. Quando eu o confrontei ele me contou tudo, contou que tinha aceitado participar pra poder saber o que Paola planejava e assim me poupar do que fosse, além disso também tinha outro fator que o obrigava a ficar perto dela, e acho que isso foi o que mais pesou na decisão dele. Douglas não podia a abandonar, mas não permitiria que ela me matasse.

— O que fator era esse? Do que você esta falando?

— Deixa eu continuar que logo você vai saber.

— Continue, mas eu ainda não entendi o que isso tudo tem a ver com o Alejandro? Afinal de contas onde você conheceu esse sujeito?

— O Maldonado disse tudo isso, todos os detalhes sórdidos e tudo o que a Paola planejava, enquanto dirigia para longe daquela cabana, infelizmente, um acidente interrompeu a viagem. Douglas morreu no local e eu fiquei em coma por meses. E quando acordei logo me deparei com a notícia de que o plano da minha irmãzinha tinha dado certo, vocês viviam como uma família perfeita e feliz. Eu achava que aquela ideia dela era loucura, ninguém acreditaria, todo mundo perceberia a diferença, principalmente você. Pra mim era óbvio que você notaria que ela não era eu, você tinha sido casado com as duas, como não perceber?

— Paulina, pelo amor de Deus me perdoa, eu...eu...

— Ei, calma. Agora eu sei os teus motivos pra não descobrir logo tudo. Você percebeu a diferença, só não imaginava o real motivo da mudança. Não te preocupa, eu entendo, bom, pelo menos agora. Antes eu fiquei frustrada, com raiva, com ódio, não me culpa por pensar que sempre havia sido nada mais que uma usurpadora na família Bracho. Eu duvidei do teu amor e isso me fez querer vingança.

— Foi por isso que você voltou? Vingança?

— Basicamente.

— E onde entra teu maridinho? Onde vocês se conheceram afinal de contas?

— Alejandro é médico, foi ele quem cuidou de mim durante o coma e depois no período de recuperação. Ele se tornou meu amigo, meu confidente, meu apoio, era a única pessoa que eu tinha. Eu confiava e confio nele de olhos fechados.

— Então ele aproveitou teu momento de magoa pra investir em um romance contigo não é?! Já vi tudo.

— Não fala com esse tom julgando a mim ou a minha relação com o Alejandro. Ele estava ao meu lado quando você não estava, respeita!

— Nem vem, Paulina! O cara se aproveitou do momento pra te conquistar!

— Carlos Daniel, cala a boca. Não fala o que não sabe. Quando o Alejandro e eu nos conhecemos nenhum dos dois tinha a intenção de ter uma relação, nós dois estávamos feridos, um se tornou o ombro amigo do outro. E só pra sua informação, o Alejandro cansou de me aconselhar a desistir da minha vingança e lutar por você, pelo homem da minha vida. Mas eu estava ferida demais pra ouvir e decepcionada demais pra acreditar que o amor que eu sentia por você ainda era recíproco.

Carlos Daniel ficou calado processando tudo aquilo e lutando para nos responder e acabar falando o que não devia. Quem tinha iniciado aquela conversa havia sido ele, Paulina não queria, mas ele insistiu, agora teria que aguentar e ouvir a verdade, mesmo que ela machucasse.

— Alejandro além de estar comigo nos meus dias mais sombrios, também foi quem me deu o melhor presente que eu poderia ganhar naquele momento, meu filho. Fernando chegou como uma luz na minha vida, ele e o Alejandro me tiraram do fundo do poço.

— Espera, tem uma coisa que não encaixa nisso tudo. Você disse que o Fernando é só alguns meses mais novo que a Gabriela, disse passou meses em coma e disse que demorou pra que você e o cara lá começassem uma relação não foi? Mas então como é possível ele...

— Ele ser meu filho?

— Sim, pelos cálculos ele teria que ser bem mais novo que a Gabriela, até mais novo que a Isabela, a menos que...

— Isso mesmo, Fernando é adotado. Alejandro e eu o adotamos quando ele tinha pouco mais de três anos de vida.

— Mas se ele é adotado, todo o problema do namoro dele com a Gabriela praticamente some. Não que eu queira esse namoro, minha princesa é nova demais pra esse tipo de coisa, mas pelo menos não estamos tratando de um assunto sério como incesto.

— Ai Carlos Daniel, se você soubesse.

— Realmente não entendo teu ponto.

— Eu digo que o Fernando foi o melhor presente que o Alejandro me deu porque você não sabe como foi difícil achar ele, nós o procuramos em inúmeros orfanatos em diversos estados do norte do México e dos Estados Unidos, foram anos de busca, anos estes que o meu convívio com o Alejandro se tornou quase que diário, e foi durante esses dias que nos apaixonamos. Carlos Daniel, eu nunca me casaria com alguém pra te esquecer, não conseguiria usar uma pessoa pra não pensar em outra. Se eu não consegui nem assinar a papelada do matrimônio com o Edmundo anos atrás, imagina passar quase uma década e meia ao lado de uma pessoa que não amava só para evitar um antigo amor. Você sabe que eu não sou assim. Se eu me casei com o Alejandro e fiquei 12 anos casada com ele é porque eu me apaixonei, eu o amo, Carlos Daniel.

— Mas...mas...

— O Alejandro me fez sair da escuridão, me fez pensar em recomeços, em segundas chances, e quando ele finalmente encontrou o Fernando, ali eu soube que sim poderia ser feliz com a oportunidade que eu estava ganhando da vida.

— Você o ama.

— Sim, assim como eu te amo, eu o amo. Não me pergunte como é possível, mas amo vocês dois da mesma forma e odeio me sentir assim dividida. Eu sempre acreditei que na vida, nós temos apenas uma alma gêmea, uma outra metade, por anos eu concordei com isso e sabia que era você essa pessoa. Mas agora, eu não sei. Não sei o que fazer com o que sinto.

— Será que você não esta confundindo as coisas? Será que você não sente apenas gratidão por ele? Por ele ter te ajudado nos tempos ruins e por ter achado o Fernando? E outra coisa, por que essa insistência em achar ele? Por que você moveu céus e terras para achar esse menino?

— Porque ele é a prova de que a Paola ama, ele é a pessoa por quem ela fez sacrifícios. É por isso que o namoro dele com a Gabriela não pode acontecer. A Paola o deu em adoção para que ele tivesse a oportunidade de ter uma vida boa, livre de transtornos por ter ela como mãe. O Fernando é o filho da Paola, Carlos Daniel.

 


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