Nossa Eterna Usurpadora escrita por moonteirs


Capítulo 63
Se adaptando à novas realidades


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores, aqui estou eu com mais um capitulo.
Obrigada a todas as lindas que comentaram o cap passado, las amo.

Enfim, boa leitura, espero que gostem.

P.S: Observem os detalhes desse capitulo, tem peças que se vocês juntarem vocês descobrem o que eu estou tramando para essa história. Beijos.



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Ao tirar as mãos do rosto, a mirada de Gabriela foi de encontro logo com os belos olhos castanhos daquele homem. Por um momento ela esqueceu onde estava, dedicou-se apenas a analisar aquela face que tanto lhe chamava atenção. Aquela pele clara, os olhos castanhos, a barba por fazer e o sorriso brilhante acabaram hipnotizando Gabriela. Ela voltou a pisar na realidade quando sentiu a mão dele fazendo o contorno de seu maxilar, sentir seu toque fez percorrer por seu corpo um choque que a assustou.

Gabriela: Ai Garoto não me toca quem você pensa que é? – Disse se levantando bruscamente e incorporando o personagem que ela deveria ser.

Já de pé Gabriela pode visualizar melhor o tal garoto desconhecido. Além do olhar compenetrante e do sorriso perfeito, ele também tinha um corpo atletico. Ele era alto, forte e imponia sua presença. E o fato dele a olhar como se lesse os seus pensamentos a confundia. Sua mente mandava ela ser o mais arrogante possivel mas seu coração enviava sinais contrarios.

XXX: Ei ei nervosinha calma eu só estava te ajudando – Disse a olhando com o mais belo dos sorrisos.

Gabriela: Good news, eu não pedi pela sua ajuda! – O sarcasmo veio como defesa a aquele sentimento desconhecido.

XXX: Wou, então além de linda também é desaforada.

Ele disse chegando perto, muito mais perto do que Gabriela gostaria. Ela estava assustada com os efeitos que aquele garoto tinha sob seu corpo, sua aproximação fazia seu coração bater aceleradamente e sua respiração perder o ritmo.

Gabriela: Ai garoto sai, eu nem te conheço e você já esta me julgando.

XXX: Quanto a conhecer isso pode ser resolvido. – Disse dando um paso à frente, diminuindo ainda mais a minima distancia.

Gabriela: O que? Ai ninguém merece. Olha chapolim colorado, obrigada por ter me salvado, mas tchau.

Gabriela seguiu rumo ao portão de entrada da escola ainda um pouco mexida com aqueles olhos que não saiam de sua mente, assim como aquele perfume que resolveu ficar impregnado em sua roupa. Sem esperar aquela atitude, ela se surpreendeu quando viu o seu salvador caminhando ao seu lado em direção a instituição.

Gabriela: Vai me seguir agora também garoto?

XXX: Nem tudo gira em torno de você senhorita dona do mundo, eu estudo aqui.

Gabriela: O que? Como? Não, eu conheço todo mundo desse colegio e definitivamente você não estuda aqui.

XXX: Estudo agora. E se a rainha do mundo não se importar, eu estou atrasado para a aula, e acho que você também. Até mais.

Tudo foi muito rápido. Em instantes, ele moveu seu corpo em sua direção e como se fosse a coisa mais normal do mundo, ele depositou um beijo na bochecha dela. Gabriela arregalou os olhos e corou imediatamente, não imaginava que ele se atrevesse a fazer o que fez. Ainda parada em choque, ela viu ele se distanciar com um sorriso mais conquistador possivel.

Mel: Gaby, o que foi isso?

A pergunta da amiga fez Gabriela voltar para a realidade. Por quanto tempo ela havia ficado parada observando ele ir embora? Como ela permitiu que ele fizesse aquilo? Porque aquele desconhecido estava causando aqueles efeitos em seu corpo? Porque seu sorriso era tão lindo? Porque ela não conseguia tirar seus olhos da mente? Perguntas sem respostas que não paravam de surgir em sua mente.

Gabriela: Que garoto mais abusado! – Disse ela limpando a bochecha onde os lábios dele tinham tocado tentando disfarçar o que estava sentindo.

~Na fábrica Bracho~

Rodrigo estava sentado na cadeira da presidencia revisando alguns documentos quando Carlos Daniel entrou na sala com uma expressão irritada.

CD: Oi Rodrigo, desculpa a demora irmão, tive que deixar a Bela na escola.

Rodrigo: Sem problemas, mas e o Pedro?

CD: Longa historia, mas e ai? Tem alguma noticia sobre o investidor americano?

Rodrigo: Sim, e são boas noticias.

CD: Então ele esta de acordo em ajudar a fábrica?

Pela primeira vez em dias um sorriso voltou a aparecer no rosto de Carlos Daniel. Seria aquela uma esperança? Talvez nem tudo estivesse perdido.

Rodrigo: Bom, sim, mas calma, a proposta dele tem prós e contras.

O então recente sorriso se disfez na mesma hora. Olhando pela face do irmão, ele podia deduzir que nada seria tão facil assim. Rodrigo estava sério, o olhava atentamente como se estivesse tomando coragem para dizer do que se tratava a proposta do investidor.

CD: Como assim?

Rodrigo: Ele esta disposto sim a investir na fábrica, mas diferente de quando passamos pela mesma situação com o Maldonado, o americano quer investir na empresa comprando algumas ações.

Rodrigo falou tudo aquilo com cuidado observando cada gesto feito pelo irmão. Ele sabia que o assunto teria que ser tratado com calma, não seria facil aceitar as condições impostas, mas naquele momento eles não tinham escolha. Carlos Daniel vendo o corpo do irmão tencionar, sentou na cadeira tentando se preparar para o que estava por vir.

CD: De quantas ações estamos falando?

Rodrigo: 55%.

Ao ouvir aquilo, Carlos Daniel se levantou exasperado da cadeira. Sem responder o irmão de imediato, ele percorria a sala com passos largos e passando as mãos pelo cabelo. Sua mente tentava compreender o que foi escutado pelos seus ouvidos.

CD: O que?? Mas isso o torna dono da fabrica bracho irmão, não isso não.

Rodrigo: Bom, dono não, ele seria apenas o presidente dela, os Bracho ainda teriam participação como proprietarios também.

CD: Não irmão isso eu não aceito, é a fabrica da nossa famila, nossos avós não lutaram tanto para contruir-la para que agora nós entregassemos ela de mão beijada a um estranho, não, não, isso eu não permito.

Rodrigo: Carlos Daniel pare para pensar. Essa é a única alternativa que temos, não temos mais crédito com nenhum banco, as nossas dividas superam o lucro liquido, a cada dia nos perdemos clientes, estamos a um passo da falencia irmão. Sei que ouvir essa proposta é dificil, eu mesmo demorei para entender que essa é a única solução.

CD: Mas é o patrimonio da nossa familia Rodrigo!

Rodrigo: E se não aceitarmos essa proposta, nossa familia ficará sem patrimonio algum.

Carlos Daniel ficou em silêncio, abaixou a cabeça e fechou os olhos. Sua mente voltou a sua infancia, lembrou-se de brincar pelos corredores da fábrica enquanto seu pai trabalhava. Durante todo o seu crescimento ele esteve ali, seja apenas para visitar ou para atender o desejo de seu pai de participar dos acontecimentos da empresa. Ele sempre sonhou que os filhos amassem a fábrica assim assim como ele e seu pai Raimundo. Apesar de Carlos Daniel não gostar muito da area de administração, ele aceitou o peso que aquele cargo carregava pela memoria de seu pai e seu avô. E era isso o que lhe frustava, ele não teve a competencia de fazer a fábrica seguir por caminhos prosperos, e agora teria que enfrentar aquela realidade. Aquela era mesmo a sua única valvula escapatoria, mesmo sendo dolorido, ele teria que aceitar.

Rodrigo: Irmão, com o tempo podemos comprar as ações de volta...

CD: Eu sei Rodrigo, mas é um pouco dificil pensar nisso.

Rodrigo: Sinto a mesma coisa, mas é o único modo de superarmos essa crise.

Carlos Daniel respirou fundo, levantou a cabeça e por fim conseguiu olhar nos olhos do irmão.

CD: Tudo bem Rodrigo, se é a unica alternativa que temos só me custa aceitar.

Rodrigo: Vai dar tudo certo irmão.

CD: Entre em contato com esse investidor e pergunte se tem como nos encontrarmos para ver os detalhes da proposta. A proposito, como é o nome dele? Você não chegou a me dizer sua identidade, só a empresa que ele era dono.

Rodrigo: Bom, quando nos falamos por email ele se identifica como P.Hernandez, dono de uma das redes de hoteis cinco estrelas de mais renome internacionalmente e presentes em todo o mundo.

CD: E porque o dono de uma rede de hoteis estaria interessado em uma fábrica de cerâmicas?

Rodrigo: Bom, pelo que eu entendi ele quer expandir o negocio. O homem é um visionario.

CD: Visionário... sabe, a Paulina também era uma pessoa de visão.

Carlos Daniel terminou a frase deixando seu olhar se perder em algum ponto inexistente da sala. A lembrança daquela Paulina sorridente, apaixonada, dedicada ao trabalho e a familia, e que sempre estava ao seu lado o fazia sofrer. O tempo a havia mudado e ele só pedia que um dia Deus regressasse aquela mulher que ele tanto amava.

~Horas depois em um condominio de luxo da Cidade do México~

Alejandro andava pela sua então nova casa procurando por uma pessoa muito especial. Depois da frustação de entrar em vários comodos e não encontrar sua amada esposa, ele decidiu olhar na parte externa da propriedade, e lá a achou. Paulina estava sentada no banco do jardim de olhos fechados como se estivesse saboreando a brisa do vento em sua face. Ele a conhecia muito bem para notar que ela estava diferente, não estava vestindo o personagem de mulher de negocios, séria e fria, ali ela era ela mesma. Uma mulher doce, humilde e que tinha um coração de ouro. As decepções que ela teve na vida, sim a havia mudado um pouco, mas ele era um dos poucos para quem ela ainda mostrava sua essência.

Sem fazer ruidos, Alejandro aproximou-se dela e sem que ela percebesse sua presença, ele se sentou no mesmo banco, posicionando-se atras dela. Paulina em um primeiro momento se espantou com o abraço que ele lhe dava, mas depois de sentir seu perfume e o calor de seus braços, ela relaxou e deixou seu corpo descansar no dele.

Alejandro: Nossa, essa casa é muito grande, sabe como foi dificil achar o amor da minha vida aqui nessa mansão? – Disse ele depositando um leve beijo no pescoço dela.

Paulina: Hum... e a sua procura teve resultado? Você a achou?

Alejandro: Achei, estou com ela aqui em meus braços.

Sorrindo com as palavras dele, ela virou-se e depositou nos lábios do marido um sutil beijo.

Alejandro: Esta feliz por estar de volta ao México? Você parece mais leve, mais relaxada.

Paulina: Não posso dizer que não, apesar de ter tristes lembranças daqui, também tenho as mais belas possíveis. É o meu país, nasci aqui, cresci aqui, e voltar a pisar em solo mexicano é como voltar para casa.

Alejandro: Também me sinto assim, apesar da mudança ter sido rápida demais, voltar ao México é bom demais.

Paulina: Pena que nem todos pensem desta forma, Ale eu estou preocupada com ele...

Alejandro: Calma amor, ele vai se habituar com a mudança. Você vai ver como em breve o nosso filho vai estar entrando pela porta empolgado como sempre, é só uma questão de tempo.

Paulina: Assim espero. Não quero que ele sofra pelas minhas atitudes.

Alejandro: Calma meu amor, tudo vai se ajeitar. – Disse a abraçando mais forte tentando passar confiança – Ah! Falando nisso, eu acabei de receber uma ligação da fábrica Bracho, e eles querem marcar uma reunião. Você tem certeza que quer seguir com isso Paulina?

Paulina: Tenho 14 anos de certeza meu amor. Foram anos de preparação só para isso, como eu já te disse antes, em breve a familia Bracho vai sentir o que é ter o mundo caindo sobre suas cabeças quando tudo for tirado deles. Eles verão o que Paulina Martins é capaz de fazer, ou melhor, conheceram o sabor de uma vingança pelas mãos de Paula Hernandez.

Alejandro: Paulina...

Paulina: Sei que você discorda disso meu amor, mas é algo que eu tenho que fazer, e queria muito que você me apoiasse.

Alejandro: Eu sempre vou te apoiar meu amor, apesar de não gostar muito do que essa cabecinha linda esta tramando, eu sempre vou estar ao seu lado.

Paulina: Obrigada meu amor. – Disse depositando um leve beijo nos lábios do marido.

Alejandro: Então, para quando eu marco a reunião?

Paulina: Para o mais rápido possivel, não posso esperar mais tempo para ver suas caras ao perceber quem é o mais novo dono da fábrica Bracho.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar dizendo o que estão achando.
Se tudo der certo, no próximo capitulo tem um encontro muito esperado por vocês, esperem para ver.
@deafmonteiro