A menina esta tão nervosa que desligou o telefone sem ao menos deixar lalinha se despedir. Seu rosto ficou pálido, suas mãos tremiam e lagrimas começaram a sair de seus olhos. Miguel vendo o desespero de sua namorada, a abraçou e perguntou:

Miguel: O que aconteceu Lizete?

Lizete: A minha mãe Miguel

Miguel: O que aconteceu com a sua mãe?

Lizete: Acabei de saber que ela sofreu um acidente e está internada no hospital central! – Disse enquanto chorava.

Miguel: Meu Deus amor, eu sinto muito. – A abraçou com mais intensidade, desejando que talvez pudesse tirar todo o sofrimento da sua amada.

Lizete: Miguel, eu preciso ir ver a minha mãe, quero ir pro hospital central agora.

Miguel: Sim meu amor, eu te levo!

Lizete: Mas você não sabe dirigir, e também não quero que você mate aula.

Miguel: Não estou nem ligando pra aula, eu não vou deixar você sair sozinha por ai. E nós pegamos um taxi.

Lizete: Obrigada amor.

Eles se beijam e logo vão embora. Antes de ir, Lalinha vai até a sala e pega sua bolsa. Os dois saem escondidos da escola, pegam o primeiro taxi que aparece e vão em direção ao hospital.

~No hospital central ~

CD: Bom dia, minha esposa veio para cá e queria saber como ela está?

Recepcionista: Como ela se chama senhor?

CD: Paulina Bracho.

Recepcionista: Sim, aguardem na recepção que o médico já irá falar com vocês.

CD: Obrigado.

Eles vão até as cadeiras que ficam na recepção e esperam o doutor aparecer. Carlos Daniel estava muito nervoso, não acreditava que aquilo estava acontecendo, e justo naquele dia, no aniversario de 10 anos de casamento.

CD: Eu falei pra ela não dirigir, eu falei mano.

Rodrigo: Não adianta ficar pensando nisso agora Carlos Daniel, temos que esperar pra ver o que o doutor fala.

CD: Sim eu sei Rodrigo, mas é que não sei se suportaria ficar viúvo pela 3 vez, eu não conseguiria viver sem a Paulina.

Rodrigo: Deus não vai permitir que isso aconteça Carlos Daniel. Tenha pensamento positivo, e olha o médico já está vindo.

Dr. Santiago: Bom dia, parentes de Paulina Bracho?

CD: Sim doutor, sou o marido dela e este é o meu irmão. Como ela está?

Dr. Santiago: Ela está sendo operada neste momento. Devido ao acidente, suas pernas acabaram ficando presas nas ferragens e tivemos que opera-la. Mas não se preocupem, logo logo ela estará no quarto.

CD: Graças a Deus. Obrigada Doutor.

Nesse momento, chegam ao hospital a vovó Piedade e a Adelina.

VP: Filho, como ela está?

CD: Oi vovó, acabamos de falar com o médico e ele disse que ela está passando por uma cirurgia, mas que logo estará no quarto.

VP: Mas porque cirurgia?

Rodrigo: Parece que no acidente, as pernas dela acabaram ficando presas nas ferragens.

VP: Meu Deus, tadinha da Paulina.

Adelina: Mas com fé, ela ficará bem.

Todos: Sim.

Por um bom tempo, ficaram todos esperando noticias sobre a operação da Paulina. Cada minuto parecia levar uma eternidade, Carlos Daniel não conseguia ficar sentado, andava de um lado para o outro na sala de espera.

VP: Carlos Daniel para quieto, a Paulina vai ficar bem.

CD: Eu sei vovó, é que estou muito nervoso.

Foi nesse momento que a Lizete chegou acompanhada por Miguel. Com toda a preocupação que estava pela sua mãe, nem se lembrou do fato de que seu pai não sabia do namoro.

Lizete: Papai, como a mamãe esta? Eu liguei lá pra casa e a Lalinha disse tudo.

CD: Ela esta bem, esta sendo operada mas logo estará no quart... Quem é esse menino Lizete?

Lizete percebeu como a expressão de seu pai mudou rapidamente, antes ele estava com uma cara de preocupado e agora havia se transformado em irá. Carlos Daniel estava vermelho, a ponto de explodir. Logo que o seu pai lhe perguntou, ela virou para trás e se lembrou de que não havia contado sobre Miguel.

Lizete: Ele... ele é...

Antes que a menina pudesse falar, o doutor Santiago apareceu trazendo noticias de Paulina.

Dr. Santiago: Senhor Bracho, a operação foi um sucesso e logo sua esposa vai estar no quarto.

CD: Já podemos vê-la?

Dr. Santiago: Sim, ela está no quarto 203. Mas só podem entrar um por vez.

Carlos Daniel foi correndo ao quarto ver sua esposa, entrou e percebeu que ela ainda estava dormindo. Pegou a cadeira que estava no canto, sentou-se e pegou na delicada mão da Paulina.

CD: Ah meu amor, que medo eu tive de ti perder. – Falou ao beijar sua mão.

Sentindo o toque de Carlos Daniel, Paulina despertou.

CD: Meu amor..

Paulina: Carlos Daniel, onde estou? – Falou quase sussurrando, ainda estava sob efeito da anestesia.

CD: Você está no hospital central meu amor. Você sofreu um acidente de carro.

Paulina: Ah sim, agora estou me lembrando de tudo. Foi tão rápido meu amor. Eu estava dirigindo, senti o impacto de uma batida e logo ficou tudo branco. Depois eu senti uma dor muito forte na cabeça e ouvir alguém falando comigo e quando olhei era .... ai meu deus Carlos Daniel... era...

CD: Calma meu amor, não fique lembrando você tem que descansar.

Paulina: Não Carlos Daniel, eu preciso te dizer quem era...

CD: De quem você esta falando Paulina?

Paulina: A pessoa que estava falando comigo, era uma mulher. Quando eu olhei pra ela, minha visão estava embaçada, mas logo depois conseguir identificar. Seu rosto, sua voz, tudo era muito familiar. Quando eu conseguir ver melhor, percebi que era..., mas como é possível meu deus.

CD: Era quem Paulina?

Paulina: Paola, a mulher que me socorreu era a Paola Carlos Daniel.