Paulina: Quer saber Carlos Daniel ??? SIM, EU QUERO O DIVORCIO PARA ... PARA PODER ME CASAR COM DOUGLAS MALDONADO.

CD: O que?? Não, você é minha esposa, minha, MINHA.

Paulina: E VOCÊ PENSOU NISSO QUANDO FEZ O QUE FEZ?? PENSOU EM MIM? DUVIDO! AO CONTRARIO DO DOUGLAS, ELE ESTA AO MEU LADO, ELE SE PREOCUPA COMIGO, ELE ME AMA...

CD: E VOCÊ PAULINA? AMA ESSE DESGRAÇADO? VOCÊ O AMA??

Paulina já estava falando o que não deveria, as palavras de Carlos Daniel a machucaram tanto que ela como forma de proteção, acabou criando a historia do casamento com Douglas Maldonado, havia sido uma mentira criada no calor da discussão. Mas apesar de tudo, ela sabia que sobre aquilo não poderia mentir, não poderia dizer que amava outro, quando seu coração nunca deixou de pertencer a Carlos Daniel.

Paulina não pronunciava nada, apenas olhava nos olhos de Carlos Daniel. De todas as mentiras que ela poderia inventar naquele momento, dizer que amava o Douglas era algo que simplesmente não conseguia dizer, contrariava todo seu interior. E olhando nos olhos do marido, ela pode ver toda a dor que ele estava sentido, e mesmo que ele houvesse sido o causador de tudo aquilo, ela simplesmente não conseguiria dizer as palavras que aumentariam seu sofrimento.

CD: ME RESPONDA PAULINA, VOCÊ O AMA??

No momento em que Paulina abre a boca para responder, ela sente uma pontada na barriga. A dor é tão forte que a nossa eterna usurpadora se contorce para frente na tentativa inútil de amenizar.

CD: O que foi Paulina? O que você está sentindo?

Paulina: Nada que te interesse..... aiii

CD: Deixa de besteira Paulina, você está em trabalho de parto!

Paulina: Não, não deve ser não. Ainda falta uma semana para a Gabriela nascer.

CD: Gabriela? Espera ... é menina ? – Disse com os olhos cheios de lágrimas.

Paulina: Sim Carlos Daniel, é uma menina.

CD: E porque não me disse Paulina?

Paulina: Eu ia te dizer, estava programando te dizer no dia do aniversario da Lizete, mas bom, não acabou como eu imaginava.

CD: Meu amor, me perdoe. Eu fui um canalha mesmo com você, estraguei tudo, nossa vida, nossa família, nosso casamento – Disse Carlos Daniel chorando e se ajoelhando, ficando abraçado a barriga de Paulina – Por minha culpa, eu não pude acompanhar sua gravidez direito, e a poucos minutos eu nem sabia que ia ser pai de uma princesinha.

Paulina: Mas você pode ser pai de outra também, não sabemos se é menino ou menina, o filho que a Noelia está esperando de voc... AIII

CD: Paulina, esqueça isso, pelo menos agora, você tem que ir para o hospital.

Paulina: Não Carlos Daniel, eu estou bem.

Mesmo não querendo admitir, Paulina sabia que aquelas dores eram os primeiros sinais que sua filhinha estava querendo vir ao mundo. Mas tudo se concretizou quando sentiu um liquido escorrendo por entre suas pernas, nossa eterna usurpadora olhou assustada para o marido. Seu olhar encontrou com os de Carlos Daniel, ele estava desesperado não sabia o que fazer.

CD: Paulina, sua bolsa estourou, vamos ao médico.

Carlos Daniel depois de sair de seu estado de inércia, sem pensar duas vezes, pegou sua amada esposa no colo e foi em direção a porta. Ignorando as falas de reclamação dela, ele continuou o seu caminho.

Paulina: Me larga Carlos Daniel, eu posso muito bem ir ao hospital sozinha, posso também ligar para o Douglas vim me buscar.

CD: Não fale besteira Paulina, você esta em trabalho de parto e por mais que você não goste, eu sou o pai da criança. E vou estar ao seu lado, você querendo ou não.

A atitude de Carlos Daniel deixou Paulina sem palavras, ela sabia que naquele momento não poderia discutir com ele e nem ela mesma queria, a ocasião do nascimento da sua filha ela não poderia compartilhar com outra pessoa que não fosse seu amado. Apesar de tudo o que aconteceu, ela ainda o amava, e a intensidade desse amor que a estava fazendo sofrer.

Evitando pensar nas coisas ruins, Paulina apenas permitiu que Carlos Daniel a ajudasse a ir ao hospital, passando seus braços ao redor do pescoço dele. Nesse momento, seus olhares se cruzaram, seus rostos se aproximaram e suas bocas ficaram a centímetros de se tocarem. Parecia que o tempo havia parado, os segundos simplesmente não existiam mais, a terra parou de orbitar ao redor do sol, só havia eles dois ali. Olhos nos olhos, e percebendo que o amor que eles sentiam e cultivaram durante anos, continuava ali, refletido no espelho da alma.

Aquele momento terno entre os dois não durou muito, logo foi interrompido por outra contração que Paulina sentia, lembrando aos dois que não tinham muito tempo. Carlos Daniel continuou com sua amada nos braços caminhando rapidamente rumo à saída da fábrica. No caminho eles encontram Rodrigo, que se alegra ao ver os dois juntos, mas ao ver a expressão de preocupação do irmão, percebe que algo havia ocorrido.

Rodrigo: O que aconteceu?

CD: Paulina está em trabalho de parto mano, tenho que leva-la ao hospital.

Rodrigo: Venha eu levo vocês. Você não deve dirigir preocupado do jeito que está Carlos Daniel!

CD: Obrigado Rodrigo.

E assim, os três seguiam rapidamente em direção ao hospital. Rodrigo dirigia o mais rápido que podia, enquanto que no bando de trás Carlos Daniel permanecia ao lado de Paulina lhe dando apoio e força. “ Calma meu amor, já vamos chegar” Era a única coisa que era possível escutar no carro além dos gritos de dor de nossa eterna usurpadora.

Não demorou muito para que chegassem ao hospital central, Carlos Daniel enquanto Rodrigo estava dirigindo ligou para o local informando o que havia acontecido, então ao chegarem, uma equipe médica já esperava por Paulina. Ela foi colocada em uma cadeira de rodas e levada a um quarto, onde seria examinada. Carlos Daniel não saiu de seu lado nem um só minuto, estava com ela a cada dor e contração, sempre dizendo palavras e calma e amor.

Paulina: Aiii Carlos Daniel – Dizia apertando fortemente a sua mão

CD: Calma meu amor, estou aqui.

Paulina: Não me deixe, eu preciso de você ao meu lado, não consigo sem você.

CD: Nunca vou sair do teu lado Paulina, nunca.