Unidos Pelo Destino 3 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 13
Capítulo 13




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      Hermione sentiu uma brisa bater em seu rosto e abriu os olhos. Draco estava a sua frente ainda segurando sua cintura encarando-a.

- Chegamos? – indagou ela.

- Sim.

      Ele a soltou e Hermione olhou em volta. Era a visão mais linda que já vira. Eles estavam sobre uma espécie de ponte de pedras sobre um lago. Em frente a uma grande cachoeira. O dia estava ensolarado, perfeito para um mergulho. No final da ponte, uma barraca branca.

- Onde estamos? – indagou Hermione olhando a maravilhosa mata em volta.

- Uma floresta na Europa. – disse ele simplesmente – Estava procurando em algumas revistas trouxas um lugar bonito para passarmos o dia e achei esse. Aparatei aqui e o achei perfeito. O clima, a paisagem, acalma que esse lugar apresenta.

- É perfeito! – disse Hermione sorrindo e o abraçou.

- Você esta linda. – sussurrou ele no ouvido dela fazendo-a estremecer.

      Hermione grudou seu corpo no dele, e sentiu sua barriga tremendo contra a dela.

- Você também. – disse ela.

      Draco se afastou e tirou os sapatos.

- O que esta fazendo? – indagou ela – Pode se machucar.

      Ele ergueu uma sobrancelha e sorriu maroto.

- O que acha de um mergulho?

- O que? Não eu...

      Draco não esperou que ela terminasse. Pegou-a no colo e saltou na água. Hermione gritou. Eles caíram e ao submergirem, Hermione estapeou seu namorado.

- Louco! – exclamou ela.

      Draco riu e tirou a camisa jogando-a perto de seus sapatos. Hermione encarou o abdômen definido de seu namorado graças aos treinos de quadribol e mordeu os lábios.

- O que esta olhando? – indagou ele.

- Nada. – disse desviando o olhar.

      Draco nadou para mais perto, e por instinto Hermione se afastou. Eles foram indo até Hermione bater suas costas em uma pedra e não ter mais para onde fugir. O loiro foi chegando mais perto. Estava lindo aos olhos de Hermione, seus cabelos estavam molhados e caiam sensualmente por sua testa. Seus olhos estavam ferozes e sedentos e seus lábios entreabertos.  Ele se aproximou mais e depositou as duas mãos na pedra, aos dois lados do rosto de Hermione, prendendo-a ali de certa forma. Ela acariciou seu rosto com carinho e tirou os cabelos loiros de sua testa jogando-os para trás. 

      Ele se aproximou mais de sua namorada,  grudando seu corpo no dela e desceu uma das mãos para sua cintura enquanto a outra acariciava seu rosto com a ponta dos dedos frios, fazendo-a estremecer por inteiro. Ele a acariciava como se tentasse memorizar a maciez, a cor e a textura de sua pele. Ao chegar nos lábios, ele disse:

- Esperei tanto tempo para fazer isso... Que agora não acredito que estou com você.

- Eu também. – respondeu ela num fio de voz, era difícil se concentrar com ele tão perto -  Não sabe quantas vezes eu sonhei com isso. Desde que... Bom, desde que viramos acho que amigos.

- Você quer dizer no sexto ano. Quando começamos a estudar juntos.

- Sim. – afirmou ela – E depois, quando fugimos para ir atras das Horcruxes. Quando eu dormi nos seus braços... Quando você me salvou, varias vezes.

      Draco respirou fundo, a testa um pouco franzida.

- Pode ter te salvado de alguns arranhões, mas você me salvou de um destino terrível.

- Eu sei. – ela respirou fundo – Mas, não quero falar disso. Já passou certo?

      Draco sorriu, um sorriso de tirar o folego, deixando Hermione meio tonta.

- Tem razão.

      Ele se aproximou e selou seus lábios em um beijo tranquilo. Sua língua pediu passagem pela boca de Hermione, que concedeu-a sem hesitar fechando seus braços ao redor do pescoço dele.

      Draco fechou seus braços na cintura de Hermione e puxou-a para mais perto, o que era impossível, pois os dois estavam grudados. Ele afastou-lhe as pernas e entrou no meio delas afim de estar totalmente grudado em sua garota. Hermione passou as pernas pelo corpo do loiro, prendendo-as acima de seu quadril, podendo sentir a sua crescente excitação. Neste momento ela sentiu que deveriam parar.

      Custando todas as suas forças, Hermione empurrou Draco delicadamente. Ele abriu os olhos e fitou-a curiosamente.

- O que foi?

- Eu... Não aqui. – ofegou ela buscando ar e olhando em volta.

      Draco entendeu na hora.

- Você é virgem. – contatou soltando-a.

- Isso não foi uma pergunta. – disse ela olhando para qualquer coisa, menos para Draco.

- Não mesmo... Acho que, de certa forma já sabia disso. Eu também sou.

      Hermione arregalou os olhos realmente surpresa.

- Mesmo? – indagou.

- Mesmo. Eu não... Sou como você pensava.

- Como pode saber o que eu pensava? – indagou ela pondo uma mão no ombro dele. – Você quase nunca falou comigo, antes do sexto ano.

- Eu via o nojo e a raiva em seus olhos quando estava perto. – segredou ele.

      Hermione o soltou.

- Desculpe por aquilo... Mas, você provocava.

- Eu sei. Desculpe-me por aquilo também. – ele encarou os pés submersos.

- Nós podemos... Não falar sobre isso? Poxa, é dia dos namorados.

- Tem razão. – ele sorriu – Vamos comer alguma coisa?

      Os olhos dela brilharam.

- Você trouxe comida?

- E eu ia deixar de te alimentar? – indagou como se a resposta fosse obvia e levantou-a pela cintura, sentando-a sobre a pedra.

      Hermione virou de costas para Draco e ficou de pé. Ele saiu da água e pegou sua mão, levando-a para a barraca. Depois que entraram, enquanto Draco lançava alguns feitiços de desilusão sobre a barraca, Hermione parou um pouco longe dele, admirando a decoração.

      Era magicamente maior por dentro, porem não tão grande, sim confortável. No centro da barraca, um tablado de uns vinte centímetros de altura, sobre ele, um colchão de casal impecavelmente arrumado. Em um canto, uma mala, e do outro uma pequena mesa com uma vasilha em cima.

      Hermione olhou para o chão, estava coberto com pétalas de rosa vermelhas e velas aromáticas iluminavam e perfumavam o local. Ela sentiu as mãos de Draco em seus ombros e ele tirou seu casaco vermelho, largando-o no chão.

- Draco... – sussurrou ela repreendendo-o.

- Eu sei... – ele a soltou – Desculpe. Não vou te forçar a nada.

      Ela se virou, encarando-o.

- Me diga...

- O que? – indagou ele.

- Eu estou pronta para isso... – disse ela – Três palavras. Sete letras. Diga isso e serei sua.

      Draco arregalou os olhos. Sabia que chegara a hora.

- Você já disse uma vez. – lembrou ela – Na guerra.

      Ele se lembrava perfeitamente, mas naquele momento, estava sobre pressão. Hermione sentiu os olhos arderem.

- Ótimo. – retrucou tentando conter as lagrimas, sem sucesso. Elas começaram a cair por seu rosto – Era tudo o que eu precisava saber. Acabou.

      Hermione saiu da barraca furiosa consigo mesma. Por quê? Porque caíra na ladainha dele? Como pode acreditar que ele realmente sentia algo por ela? Pegou seus sapatos e dali, aparatou para Hogsmeade. 

      Ao chegar, as ultimas carruagens com alunos partiam para Hogwarts. Teria que ir a pé. Ou não.

      Ela fez um feitiço de desilusão em si mesma e adentrou a Dedos Mel. Foi para o porão, e subiu pela passagem  secreta,chegando a Hogwarts rapidamente. A morena correu seu rumo certo, e quando foi ver, estava em frente à sala precisa. Uma pequena porta surgiu a sua frente, ela a abriu e entrou. Viu-se diante a um aposento que ela não sabia o tamanho. Tudo estava preto, só um foco de luz iluminava um grande espelho.

- O Espelho de Ojesed. – disse Hermione se aproximando e parando em frente a ele.

      Draco apareceu sorrindo ao seu lado direito, e ao esquerdo, também sorrindo, Lizzie, que usava seu uniforme sonserino, exatamente como Hermione vira quando estava em coma. Tudo o que ela mais queria. A morena rodou o pingente do colar nas mãos.

- Vovó... Lizzie. Preciso de você...

      Ela olhou em volta, nada aconteceu.

- Por favor. – ela se ajoelhou no chão, implorando – Preciso de ajuda.

      A Lizzie do espelho parou de sorrir e se abaixou, ela então, saiu do espelho, tornando-se uma figura solida.

- Parte meu coração vê-la triste assim querida.

      Hermione ergueu a cabeça.

- Você veio! – exclamou.

- Você me chamou, e aqui estou. – ela abriu os braços.

      Hermione a abraçou e deixou suas lagrimas caírem sobre o ombro de Lizzie. A mesma abraçou a neta com carinho.

- O que houve? – perguntou.

      Por entre lagrimas, Hermione contou a Lizzie o que acontecera com Draco.

- E porque não esta com suas amigas? – perguntou Lizzie – Quero dizer, elas são suas amigas, e eu, estou morta. Elas deveriam te apoiar. Sem contar que eu não sou exatamente boa com concelhos amorosos... Digo, qual é, viu por quem eu me apaixonei.

- Elas devem estar ocupadas com os namorados. – respondeu Hermione soltando-se do abraço. – Não quero estragar o dia. E você nunca estará morta para mim.

- Obrigada querida. – ela sorriu – Mas eu estou morta. Realmente. Você sabe que nada pode me trazer de volta não sabe?

- Sim, eu sei... O que me lembra... Você nasceu no mesmo dia que eu?

- Nasci? – indagou ela – 29 de setembro. É verdade! Não tinha reparado neste detalhe. Eu vi você celebrando seu aniversario com seus amigos.

      Hermione sorriu fraca. Sabia que seria uma ótima ideia falar com sua avó.

- Desculpe por trazê-la.

- Você não me trouxe – disse Lizzie – eu vim porque quis. Você pode chamar quem quiser para vê-la... Mas, tem que querer verdadeiramente. E talvez, se quiser, a pessoa vira.

- Mesmo?

- Acho que sim. – ela deu os ombros e se levantou – Mas... Não posso ficar muito... Meu tempo esta acabando... Cada vez que venho, fico bem fraca e preciso de um tempo para me recuperar.

      Hermione se levantou também e lhe deu um ultimo abraço.

- Obrigada.

- Estarei aqui, sempre que precisar. – sua imagem começou a tremer – E sobre o garoto, ele te ama, mas não consegue admitir isso. Lhe de um tempo, quando estiver pronto, ele dirá. Homens são meio lerdos para isso mesmo...

      Hermone riu.

- E mais uma coisa. – Lizzie começou a ser puxada pelo espelho, seu braço já estava para o outro lado, e suas pernas foram indo junto – Sobre os sonhos que esta tendo! A musica...

- Que musica? – indagou Hermione.

- A musica é a... – ela já estava quase toda lá dentro – Resposta! A musica... Resposta!

      E seu corpo foi todo para dentro do espelho sumindo em seguida. Hermione se sentiu fria e sozinha. O que ela quis dizer? A musica é a resposta. Que musica? E resposta do que?

•••

      Draco encarava estático a abertura da barraca, pela qual Hermione saíra brava. Como pode ser tão estupido? Como não foi capaz de dizer que a ama?

      Guardou todas as coisas rapidamente, e desaparatou para Hogsmeade, tendo a má sorte de surgir bem em frente a Madison, Blaise, Gina, Harry, Ron e Luna.

- Draco! – exclamou Luna sorrindo, mas seu sorriso sumiu ao ver a cara dele – O que houve?

- Onde esta Hermione? – indagou Harry.

- Ela... – ele suspirou – Achei que estava com vocês.

- Porque ela estaria com a gente se você é o namorado? – perguntou Gina franzindo a testa – O que foi que você fez dessa vez Malfoy?

- Nada! Quero dizer... Bom, - e contou o ocorrido para todos.

- E você não disse as três palavrinhas magicas? – perguntou Blaise – Deixou a garota Granger brava e ela terminou com você?

- Preciso repetir? – sibilou Draco.

- Você é um idiota. – disse Gina.

      Ela, Madison e Luna foram correndo para a Dedos Mel.

- Onde vão? – perguntou Ron.

- Para Hogwarts! – respondeu Luna sem olhar para trás.


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