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Já estava na hora da festa. Amanda, em seu quarto, dava os últimos retoques na maquiagem. Tinha optado por uma make neutra, usando apenas máscara de cílios, delineador para valorizar o olhar e deixando o destaque nos lábios. Usou um batom rosado.

Enquanto calçava os sapatos, ouviu a Laura lhe chamando e foi até a sala ver oque ela queria.

–A Carla e o Paulo já chegaram. – avisou.

–Tá, eu estou pronta. – disse adentrando a sala.

–E linda! Nossa...

Amanda não pode evitar de ficar sem jeito com o elogio repentino do rapaz.

–Paulo, ela ficou sem graça. - avisou Carla sorrindo ao namorado.

–Foi mal, mas é que você está muito gata Amanda!

–Minha nossa querido, não é assim que se elogia uma mulher, por favor. Ainda mais as tímidas como a Amanda, você tem que ser delicado. – apertou a bochecha do namorado brincando com ele.

–Tá, já entendi lindinha!

Laura riu com seu bom humor de sempre. E Amanda achou melhor chamar os amigos para irem antes que se atrasassem. Despediram-se e saíram.

...

Na festa...

A mansão já estava repleta de convidados. Dos amigos recentes e dos antigos, os com quem ainda mantinha contato, além dos influentes amigos dos pais.

A decoração estava mais que impecável. O rapaz tinha acertado na escolha das cores, o azul marinho se misturou com a escuridão da noite, o branco se destacava com o contraste e tudo o que tinha detalhes em prata parecia brilhar com a iluminação das luzes.

Vitor conversava com alguns conhecidos à beira da piscina, quando avistou Amanda entrando pelo portão que dava acesso a área da piscina.

A beleza da morena jambo chamava a atenção de todos por quem passava e com ele não foi diferente. O rapaz acabou deixando os amigos com quem falava de lado, pois se distraiu com a chegada dela.

O vestido que ela usava era no modelo toma-que-caia branco, na altura dos joelhos, que possuía nas costas um leve decote que descia fazendo um vê. Tinha a cintura marcada por uma fita de cor vinho que terminava com um laço nas costas. Para valorizar ainda mais o modelo do vestido, seus cachos estavam presos em um coque alto.

Vitor não pode evitar de parar para admirar a moça, a namorada.

–Feliz aniversario! – disse ao se aproximar dele. – Eu comprei pra você. – ergueu um pequeno embrulho, era uma caixinha azul com uma fita e laço brancos, a entregou a ele.

–Você não precisava ter me comprado nada. – pegou o pequeno presente das mãos dela.

–Mas é que seria meio estranho se eu não te desse nada já que eu sou, sua, namorada.

Ele observou o embrulho, mas antes que pudesse abri-lo.

–Oi, oi pra vocês! – Carla e Paulo segaram logo em seguida. – Eu também trouxe presente!

–Você sabe que não precisava Carla.

–Tá sei... Só passamos aqui pra te trazer a Amanda e o presente. – entrego a sacola com o embrulho a ele. – Agora vem Paulo.

–Onde? Acabamos de chegar.

–Eu quero falar com a Emily. – pegou na mão do namorado saindo. – Nos falamos depois. Thauzinho! – jogou-lhes um beijo enquanto saía.

Saíram e o casal ficou ali. Amanda estava a observar o local em detalhes, nunca tinha ido a uma festa assim tão luxuosa. Vitor também observava, só que seu alvo eram os verdes olhos curiosos da moça.

–A decoração ficou linda! – se perdeu olhando a enorme piscina que estava toda iluminada por velas dentro de luminárias que boiavam na água cristalina.

–Você está linda! – afirmou calmamente.

Ela virou o rosto automaticamente ao ouvir tais palavras e emudeceu com o elogio vindo dele.

–Eu quis ser gentil, desculpa se pareceu um atrevimento. – achou melhor esclarecer devido a reação dela.

–Não t-tudo bem, é que eu não sei receber elogios, eu... Obrigada!

–Eu posso abrir o presente que você me deu? – achou melhor mudar de assunto.

–Claro que sim, ele é seu. – sorriu sem graça, estava se sentindo uma tonta.

Ele começou tirando o laço do embrulho e parou para fazer lhe uma pergunta. Mas ela não o ouviu, estava concentrada em alguma outra coisa.

–Amanda? – chamou a atenção dela. – O que foi?

–Aquela é a sua mãe? - deduziu assim também pela certa semelhança, era o mesmo olhar sério. - Ela está olhando pra cá de um jeito. – sentiu-se sendo analisada pelo olhar crítico da senhora que a encarava de longe.

Ele virou-se e avistou Marta logo atrás, acompanhada por Afonso.

–Sim, ela e o meu pai. – suspirou desaminado.

–Vamos até lá então.

Guardou o embrulho no bolso pegando na mão dela e seguindo para onde os pais estavam. E à medida que se aproximavam, Marta encarou cada vez mais a moça que chegava com o filho.

–Mãe, pai, quero que vocês conheçam a Amanda.

–É um prazer conhecê-la Amanda! – Afonso como sempre muito educado, cumprimentou à moça primeiro.

–Igualmente Dr. Afonso! O Vitor me falou muito sobre o senhor. E da senhora também Dona Marta. – a mulher limitou-se a apenas acenar com a cabeça.

Afonso logo tratou de puxar algum assunto e acabou falando sobre trabalho, já que a esposa não disse uma palavra, o que foi o suficiente para tirar Vitor do sério. Odiava essa atitude superior da mãe. Não tirou os olhos dela ao ver que reparava Amanda de cima a baixo. A moça, por sua vez, não se deixou levar pelo clima, tentou se manter firme.

Afonso estava encantado com a educação e simpatia de Amanda. Ele também podia sentir o clima ali. Conhecia bem a esposa e o filho. Continuou levando a conversa com calma e leveza.

–Enquanto nós continuamos conversando, – Marta começou. – porque vocês dois não pegam um bebida pra gente?

Vitor não gostou nada da sugestão, até porque sua mãe não havia dito uma palavra sequer até agora.

–Mãe... – mas antes que pudesse dizer o que lhe veio a mente.

–Vitor. – Amanda tocou lhe o braço. – Você pode me trazer uma bebida sem álcool? – pensou em qualquer coisa para tentar evitar aquilo. - Por favor?

–Claro. – tentou se acalmar.

–Vamos filho. - Afonso o chamou.

–Eu já volto. – avisou e saiu seguindo o pai.

Apenas esperou que os dois se afastassem.

–Parabéns! Você já sabe como lidar com ele muito bem. – olhou na direção da moça.

Amanda preferiu não dizer nada após o comentário da mulher. Afinal, o que era aquilo, uma provocação?

–Conheço meu filho e sei como ele é. Tem um gênio muito difícil de se lidar.– soltou desinteressada.

A moça não estava entendendo onde a mulher queria chegar com aquela conversa.

...

–Carla, Paulo, até que enfim vocês chegaram! – animou-se ao ver o casal chegando.

–Tudo bem com vocês? – cumprimentaram os amigos, sentando-se com eles à mesa.

–Nós demoramos porque passamos pra pegar a Amanda na casa dela antes de vir pra cá.

–Como é? Quer dizer que a minha cunhadinha já chegou aqui? – correu os olhos pelo lugar a procura de quem poderia ser a moça.

–É Vinícius! – achou graça. – Nós chegamos a pouco com ela.

–Você tem que conhecer ela amor.

–Ela está com o Vitor agora. – contou Carla.

–Não, – corrigiu. – Parece que ela já arrumou uma outra companhia.

Todos pararam olhando para a direção onde Paulo estava mostrando.

–Coitada. – soltou sem perceber.

–Carla! – repreendeu a namorada.

–Desculpa, foi mal, mas saiu.

–Ela tem razão. Como o Vitor deixa ela sozinha nas mãos da “Dona Marta”?

–Vinicius, é a sua mãe.

–Emily, acho que foi por isso mesmo que ele falou. – concordou.

–Carla, não fala assim, que isso?

–Deixa Paulo. – levantou-se. – Eu vou até lá.

–Mas Vinícius...

–O que é? Eu também quero conhecer a minha cunhadinha. – saiu na direção das duas.

Ainda na mesa...

–Vocês acham que pode não ser uma boa ideia?

–Relaxa Emily, a gente sabe que o Vinícius não é o Vitor. – disse Carla na tentativa de tranquilizar a loira.

–Se bem lindinha que às vezes ele pode ser pior. – ressaltou Paulo. – Afinal, os dois são irmãos.

–Nossa Paulo, isso era tudo que a esposa dele queria ouvir.

...

Amanda tentava não demonstrar o quanto estava incomodada com o olhar da mulher para si. Parecia que ela queria descobrir alguma coisa. A pobre moça sentia como se estivesse escrito em sua testa que tinha um segredo a esconder. Além do fato de sentir que os olhares dela a criticavam a cada simples gesto que fazia. Mas tentava manter-se calma a todo custo, mesmo que fosse muito difícil. Marta era uma mulher de pose, altiva e Amanda nunca esteve diante de uma pessoa assim. Sem falar que a situação só a desfavorecia.

–Pelo que eu sei não faz muito tempo que você e o meu filho estão namorando.

–Realmente, não faz muito tempo. – apenas concordou.

Mas antes que a conversa prosseguisse.

–Deixa eu adivinhar. – Vinícius chegou interrompendo a conversa que nem tinha começado. – Você deve ser a Amanda, certo?

Ambas viraram-se para olhar quem chegara.

–Sim. E, a julgar pela semelhança, você deve ser o Vinícius.

–Parece que nós dois acertamos. – disse com um sorriso simpático no rosto. – É um prazer conhece-la Amanda. . – estendeu a mão para cumprimenta-la. – Mas o que você quis dizer com “pela semelhança”? – esticou uma das sobrancelhas duvidoso.

–E não é óbvio? – Afonso chegou com o filho do meio. – Você e o seu irmão são praticamente a cara um do outro.

VInícius era a cópia do irmão, só que mais alto. Tinha os músculos naturalmente definidos, porém não tão avantajados quanto os do irmão mais novo, já que não malhava. Ainda assim, tinham pele clara, cabelos castanho escuros e olhos da mesma cor. Só que ele, de vez em quando deixava a barba por fazer, mas não mantinha pois a esposa não gostava. Mesmo assim lhe caía muito bem. Tinha o maxilar desenhado, que era ainda mais valorizado com o sorriso que não saia de seu rosto esculpido.

–Que isso pai, também não precisa exagerar. – Vinícius não gostou lá muito da comparação.

Ambos não concordavam mesmo que desde quando pequenos todos dissessem que sim.

–Mas ele até que tem razão amor. – Emily veio para saber como as coisas estavam.

Vitor apenas entregou o copo para a namorada e ficou ao lado dela.

–E você irmãozinho? Tinha esquecido de te dar os parabéns. – sorriu para ele de canto. – Tanto pelo aniversario quanto pela linda namorada!

Amanda ficou vermelha na hora, apenas sorriu sem jeito. Em seguida, Carla e Paulo se reuniram a eles, cumprimentando os pais do anfitrião.

–Parece que todos aqui já foram apresentados... – o aniversariante comentou.

–Parece que sim irmãozinho. – concordou.

–Então, – pegou Amanda pela mão. – Se nos dão licença. – começou a sair com ela dali.

–Mas a gente apenas começou a conversar Vitor... - Vinícius arregalou os olhos com toda aquela pressa.

–Vocês vão ter tempo pra conversar depois. – respondeu enquanto ia mais à frente.

–Como se você não conhecesse o seu irmão. - Marta foi a última a falar.

...

–Você não precisava ter falado e nem saído daquele jeito.

–Eles já estão acostumados. – continuou levando-a para mais adiante.

Passaram pelo enorme jardim, indo até uma parte que não fora usada para a festa.

–Pra onde estamos indo?

–Eu quero que você conheça uma pessoa.

Pensou em perguntar, quando viu uma menina no final do jardim. Ela tinha cabelos loiro escuro, lembravam os da mãe. Eram lisos e curtos, num corte chanel. Estavam enfeitados por uma linda tiara lilás que combinava com o vestido que usava. Aparentava ter uns onze anos de idade.

Ela estava num canto onde havia um pequeno chafariz e ao lado um singelo banco de madeira.

Se aproximaram dela devagar, parecia que ele não queria assusta-la, já que a menina parecia entretida.

–Kimberli. – chamou-a com cuidado.

A pequena procurou quem tinha chamado por seu nome e, ao avistar o irmão, correu para abraça-lo. A morena então lembrou-se que o rapaz havia dito que tinha uma irmã e que ela era a caçula.

–Eu achei que não iria conseguir falar com você hoje. – fez bico ao se lembrar que desde que os convidados começaram a chegar o irmão não pode mais lhe dar atenção. – Eu tenho que te falar uma coisa que aconteceu... – parou ao se dar conta de que havia uma terceira pessoa ali com eles.

–Eu quero que você conheça a Amanda, a minha namorada.

Ela apenas olhou para a moça a sua frente. Amanda agachou-se na intenção de ficar na altura da menina e cumprimenta-la.

–É um prazer te conhecer Kimberli. – sorriu para a menina que mesmo assim não disse nada.

–Kim, tá tudo bem? – perguntou, mas a irmã não lhe respondeu.

A loirinha apenas acenou positivamente com a cabeça para responder a pergunta do irmão e virou-se para observar o chafariz novamente. Vitor não entendeu a atitude da caçula que sempre fora uma menina simpática e muito educada. Conhecia bem a irmã e com certeza tinha alguma coisa errada com ela.

–Vitor, você pode me pegar um copo de bebida pra mim? – percebeu um ar de preocupação da parte dele para com a reação da menina.

–Mas esse... – olhou o copo nas mãos dela.

–É que este é seu e não faço ideia de aonde deixei o meu. – entregou o copo ao rapaz que não entendeu o que ela queria com isso.

–Tá, eu não demoro. – saiu e deixou as duas ali mesmo estando um pouco preocupado com a irmã.

A pequena ainda mantinha a atenção para os enfeites do jardim. Amanda sentou-se no banco e começou.

–Porque você não conta para o seu irmão o que está acontecendo?

A menina ficou tão surpresa com a pergunta da moça que não a respondeu.

–Bom, é que ele me pareceu preocupado com você.

–O Vitor é assim mesmo comigo. Ele sempre se preocupa de mais. – tentou disfarçar.

–Só que eu acho que desta vez ele tem razão. – observou.

Kimberli sentiu-se boba por não ter conseguido esconder que algo estava lhe incomodando.

–É que...

–Você não precisa me contar se não quiser.

Mas para a surpresa de Amanda a menina continuou.

–Agora que ele está namorando com você, acho que ele não vai ter muito tempo pra mim.

Amanda não soube como reagir com a confissão da pequena. Pensou por alguns segundos mas nada lhe veio a mente ou a boca. Então a menina sentou ao seu lado como se esperasse por uma resposta dela.

–Você gosta muito dele? – perguntou a morena.

–Sim. – não entendeu bem o porque da pergunta, mas a respondeu. – O Vitor sempre foi um ótimo irmão pra mim. O Vinícius também, mas eu e o Vitor sempre fomos mais ligados.

–É sério?

–É. Ele sempre cuidou muito de mim. Pra falar a verdade ele me protege até hoje.

Os olhos da menina brilhavam enquanto falava do irmão para a moça. A pequena continuou. E à medida que a menina foi lhe falando sobre o cuidado que o irmão tinha com ela, Amanda se surpreendeu com esse lado dele que desconhecia, já que Vitor possuía uma personalidade mais séria e chegava a ser frio com as pessoas às vezes. Amanda não imaginava que Vitor pudesse ser tão carinhoso, claro que sabia que ele jamais trataria mal a própria irmã, mas não imaginou que ele pudesse ser tão amoroso assim.

–Demorei?

As duas estavam tão entretidas que nem sequer perceberam o momento em que ele voltou.

–Não, estávamos conversando e nem vimos o tempo passar.

–E estavam conversando sobre o que mocinha. – brincou com a caçula ao ver que seu animo havia voltado.

–Eu não vou te falar porque é um segredo nosso. – esclareceu a menina

–Tá bem então. – deu de ombros.

Ficou feliz em ver que o bom humor da irmã voltara, apenas sorriu. Amanda percebeu uma mudança no semblante do rapaz. As palavras da menina começavam a fazer sentido pra ela.

–Olha Amanda, eu quero que você volte aqui um outro dia pra gente poder conversar mais!

–Pode deixar, eu venho sim!

A loirinha sorria, pareceu feliz aos olhos do irmão que ficou contente em saber que Kimberli e Amanda estavam se dando bem.

–Vamos lá. – pegou a mão da namorada. – Eu ainda tenho que falar com o resto dos convidados. – falou desanimado.

–Tá.

...

Em outro canto da festa.

–Vamos combinar de sair um dia desses? Já faz um tempão que nós não saímos mais juntos. – observou a loira.

–É mesmo, a Emily tem razão.

–Não seja por isso. Tá combinado de nós quatro, eu a Carla, a Amanda e o Vitor, irmos na inauguração da boate do Charles.

–É mesmo. Que tal vocês virem com a gente também?

–Claro, adorei a ideia!

–Se a Emily topou, por mim tá ótimo! – abraçou a esposa.

...

A festa seguiu. Todos estavam animados dançando, mas a animação durou mais umas três ou quatro músicas. Vitor foi até o Dj e pediu para que ele tocasse uma música mais lenta. Então trouxe Amanda para o centro da pista de dança.

Quando o casal chegou, a música começou a tocar. Vitor passou lhe as mãos pela cintura trazendo-a para mais perto. Ela por sua vez, entrelaçou o pescoço do rapaz com os braços, e começaram a dançar.

Tudo acontecia no ritmo da música, e logo todos os casais ali presentes também se sentiram envolvidos pela melodia que tocava, juntando-se a eles.

Ao final da música, ele parou de dançar e se manteve no meio do salão com ela. Olhou bem nos olhos verdes da morena.

–Eu posso te dar um beijo? – perguntou calmo.

Amanda sentiu como se o ar tivesse parado de entrar em seus pulmões. Mas não teriam como evitar. Uma hora ou outra isso teria que acontecer.

–Você sabe que não precisa me pedir, afinal, nós somos um casal. – tentou disfarçar a enorme vergonha que estava sentindo por ter que beija-lo na frente de todas aquelas pessoas.

–Eu sei, só que desta vez eu achei melhor te pedir antes.

Amanda não disse nada e nem conseguiria, não com aqueles intensos olhos castanhos olhando fixamente nos seus.

Ele levou a mão até o queixo dela, trazendo lentamente o rosto de Amanda de encontro ao seu. Parou por um instante fitando os lábios carnudos da morena enquanto se entreabriam. Eles pareciam macios, pensou quase que hipnotizado. Ela já podia sentir a respiração dele se misturar com a sua.

Quando as bocas finalmente se encontraram, o coração da moça disparou. Mas depois de alguns segundos, Amanda se acalmou e se entregou ao beijo. E tinha que admitir que ele beijava bem.

Mesmo estando em toda aquela situação, pois eram antes de mais nada completos estranhos um para o outro ainda, o fato de estarem presos por aquele acordo absurdo e sem falar que ele ser muito fechado só para piorar mais as coisas. Mesmo assim, ele beijava muito bem.

O beijo iniciou de maneira leve mas, a medida que foi acontecendo, eles não puderam resistir. Um estava envolvido pelo toque do outro e o beijo passou a ser de verdade, de um casal de verdade.

Vitor tentou ser sutil, mas quando o beijo acabou, teve que se segurar para não avançar novamente naquela boca rosada.

–A-Acho melhor a gente ir agora. - ficou vermelha, pois pode perceber alguns olhares curiosos sobre eles.

–Tá, vamos. - a pegou pela mão e saíram para encontrarem os amigos.

A festa seguiu.

...

Horas mais tarde...

A festa tinha acabado, todos os convidados já tinham ido embora. Vitor subiu para o quarto, queria tomar um banho para enfim dormir.

Tirou a camisa e em seguida a calça, jogando-a sobre a cama. Então viu algo saindo do bolso da frente, aproximou-se. Era o pequeno embrulho com o presente que Amanda tinha lhe dado. Pegou a caixa e abriu para então ver o que era.

E dentro havia uma correntinha prateada que possuía um pequeno pingente em forma de gota, esse feito com uma singela pedrinha de cristal.

...