Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 8
Diamante sincero, Diamantes traiçoeiros.


Notas iniciais do capítulo

Holaaa chicas! Demorei mais um pouquinho, eu sei, mas tenho o pressentimento de que vocês vão gostar bastante desse capítulo aqui hahaha Preciso sair agora e estou com muita pressa, só entrei aqui para postar o capítulo novo, então no final não vou responder as reviews. Mas no próximo capítulo vai ter respostas pra todo mundo haha Beijão e aproveitem a história ;)



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8. Diamantes sinceros, Diamantes traiçoeiros.

"Durante a madrugada, o Banco Central de Nova York foi invadido e estima-se que mais de cinco milhões de dólares foram roubados de seus cofres. A polícia ainda não obteve pistas dos criminosos, porém alguns suspeitos já estão sendo investigados"

            Serena desligou o rádio e se sentou ao lado de Blair em frente à penteadeira de mogno branco.

            - Nate chegou com a camisa rasgada agora pela manhã.

            - Espero que ele tenha pelo menos lhe trago um colar de diamantes.

- Blair, é sério - Serena reclamou - Eu tenho medo que algo aconteça de ruim com ele durante estes ataques e roubos que eles fazem por ai.

- Nate só tem cara de bonzinho, S - Blair correu a escova pelas ondas castanhas de seus cabelos - Porém nós sabemos que ele sabe se virar muito bem.

            - Eu sei, mas ainda assim me preocupo. - Serena suspirou. - Ele falou que Chuck bateu a cabeça ao sair pelo buraco que eles abriram no banco, e que fez um corte. Imagina se isso acontece com Nate?

            - Chuck o quê? - Blair parou de escovar os cabelos e olhou para Serena através do espelho que as duas se olhavam.

- Chuck cortou a cabeça, mas não é nada grave.

            - Ele fez um corte, pode ter sido algo sério - Blair largou a escova na penteadeira. - Ele foi à um médico?

            - B - Serena ergueu uma sobrancelha e abriu um sorriso - Você está preocupada com Chuck?

- Bem - Blair hesitou por um momento - É um corte. Na cabeça. Apesar de não parecer, eu tenho compaixão por outros seres humanos.

- Você tem compaixão excessiva por um tal Bass, isso sim.

- Não é nada disso. - Blair retrucou, e pegou a escova para pentear os cabelos novamente. - Mudando de assunto, já providenciou algo para o seu chá de panela?

- Mamãe e eu nos reunimos com um dos melhores organizadores de eventos da cidade hoje pela manhã! - Serena falou, animada - Estamos providenciando os convites. Por falar nisso, você ainda vai à loja de louças para montar a minha lista, não vai?

- Sim, e a limusine deve chegar à qualquer momento. - Blair levantou-se do banquinho em frente à penteadeira e calçou seus sapatos boneca - Pedi que Dorota chamasse o motorista não fazem dez minutos.

- Preciso me encontrar com Nate, nos falamos hoje à noite então. - Serena também se levantou e pegou sua bolsinha de cima da penteadeira.

Houve duas batidinhas na porta do quarto e Dorota apareceu através de uma fresta.

            - Senhorita Blair, a limusine está lá embaixo esperando por você.

- Bem na hora.

As duas garotas desceram pelo elevador de ferro acompanhadas pelos fiéis seguranças, Jeremy e Anthony, que agora passavam quase todos os dias no lobby do apartamento dos Waldorf. Serena se despediu na saída do prédio e, antes de entrar na limusine, Blair perguntou discretamente para os rapazes:

            - Como está Chuck?

- O Sr. Bass? Está ótimo. -  Jeremy respondeu, não entendendo muito bem o sentido da pergunta de Blair.

- Ele não machucou a cabeça na... ação de vocês ontem à noite, no banco? - Ela levantou uma sobrancelha questionadora, e os dois seguranças fizeram um pequeno "o" com a boca, em compreensão.

- Ele está bem, mas creio que a senhorita possa verificar por si mesma. - Anthony abriu um sorriso bem humorado e abriu a porta da limusine Zil* para que Blair entrasse. Ela franziu o cenho, não entendendo a resposta do mafioso, mas entrou no veículo sem questionar. A porta fechou e ela deu de cara com Chuck Bass.

- Bom dia, Waldorf. - Ele sorriu naquele seu jeito esperto. Blair revirou os olhos e cruzou os braços.

- Não será um bom dia até que me explique o que está fazendo na minha limusine.

- Na verdade, esta é a minha limusine. - Ele se deslocou para mais perto dela no largo banco de couro traseiro. - E pelo que eu me lembre, temos um casamento para ir em outubro. Eu sou o padrinho, você a madrinha. - Ele se espreguiçou teatralmente - Temos muito trabalho a fazer.

Eu tenho muito trabalho a fazer. Você, bem, digamos que o seu trabalho não é muito parecido com o meu. O motorista ao menos sabe para onde ele deve ir? - Ela se esticou para espiar pela janelinha que dividia o banco traseiro do motorista.

- Sim, nós estamos indo para o Bed, Bath & Beyond*, Waldorf. Só vou levá-la até a minha cobertura quando você querer. - Ele deu uma piscadela brincalhona. Blair estava prestes a retrucar quando percebeu o pequeno curativo ao lado da têmpora de Chuck. O corte.

- Chuck, você está bem? - Ela se aproximou e colocou uma mão na bochecha dele, tentando virar a cabeça para que pudesse ver melhor o curativo. Chuck fez uma careta.

- Por quê eu não estaria bem?

- Porque eu sei que você bateu a cabeça ontem à noite! Ande, me deixe ver isso. - Ela inclinou a cabeça de Chuck e observou o curativo. - Você passou algum remédio ou algo assim?

- Isso não é nada - Ele bufou - Já enfrentei coisas piores.

- Você não respondeu a minha pergunta.

- Waldorf, você está preocupada comigo? - Ele abriu um sorriso malicioso. Blair revirou os olhos e se deslocou para longe dele no banco.

- Eu só queria ver se a sua cabeça não iria inchar e explodir. Aliás, quero que saiba que o seu curativo está começando a ficar rosa. Você precisa trocá-lo.

- Quero que saiba que o seu curativo está começando a ficar rosa, você precisa trocá-lo - Ele imitou a voz dela com perfeição, e depois riu - Vamos lá, chegamos.

            Blair o olhou como se ele fosse louco.

- Você vai fazer a listá de chá de louça comigo? Você é o padrinho, lembra? Não deveria estar arranjando alguma festinha depravada para a despedida de solteiro de Nate?

- É, bem, eu faço isso mais tarde.

- Nem morta eu me arrisco a ser vista com você no Upper East Side.

Chuck deu uma leve batidinha no vidro do motorista. Arthur abaixou o vidro.

- Sim, Sr. Bass?

- Upper Weast Side, por favor.

- Sim, senhor.

O vidro do motorista foi novamente levantado. Blair tentou forçar a maçaneta da porta do carro para que pudesse sair, mas estava trancada. Ela se virou furiosa para Chuck.

- Upper Weast Side NÃO!

- Blair, você me agradecerá assim que ver as coisas que se tem por lá.

- Mas eu não quero ir.

Chuck revirou os olhos, porém nada falou. Blair permaneceu de cara fechada o trajeto inteiro até o Upper Weast Side, quando a limusine parou em frente à um enorme galpão escondido atrás de prédios velhos do bairro. Blair espiou o lugar pelo vidro da janela e deu uma risada irônica.

- Vai me sequestrar, Bass?

- Porque você pensaria nessa possibilidade?

- Hm, deixe-me ver - Ela fingiu pensar - Bom, para começar, tem este galpão horroroso que nenhuma alma viva passa por perto; eu estou dentro do seu carro; você é mais forte do que eu; ninguém me ouviria gritar; meu pai é rico, ou seja, você poderia pedir resgate. Todos os fatores apontam para um possível sequestro.

- Waldorf, a fortuna do seu pai não pode ser nem comparada à minha. - Chuck se recostou preguiçosamente no banco de couro - E pode ter certeza que, quando entrar neste galpão, não vai mais querer sair.

- Veremos. - Ela fez uma careta debochada. Arthur, o motorista, saiu da limusine e abriu a porta do veículo para Chuck e Blair. Jeremy abriu as pesadas portas de ferro do lugar e as fechou assim que os dois. Blair piscou os olhos para tentar enxergar algo dentro da imensa escuridão, mas nada conseguia ver.

- Eu sinceramente espero que você não tenha me trago aqui para fazer alguma coi-

Blair se interrompeu assim que Chuck acendeu as lâmpadas do galpão. Inúmeras estantes contendo vasos de porcelana, estátuas de refinadissimo gostos e jóias para todos os lados foram reveladas, junto com jogos de chá, louças de prata e outros artigos de luxo. A boca de Blair se abriu em um grande "O" enquanto ela passava os olhos por toda aquela beleza e Chuck envolveu a cintura dela com seus braços.

- Gostou? - Ele perguntou ao pé de seu ouvido.

- Os vasos... As jóias... Meu Deus... - Ela murmurou. Depois ela se virou para ele e franziu o cenho - De quem é isso tudo?

- Meu.

            - Não pode ser.

- Acredite se quiser, minha dama. - Ele piscou e pegou a mão dela - Vamos fazer um tour por aqui.

Os dois caminharam entre as estantes, Chuck sempre levando Blair pela mão. Ela soltava um gritinho de excitação ao ver quadros e estátuas belíssimas guardadas em alguma prateleira alta, e não se conteve ao ver um lindo espelho com moldura de ouro.

- Isso é maravilhoso. - Blair falou, perplexa, passando os dedos delicadamente por cima das bordas douradas. Chuck colocou as mãos na cintura dela e a posicionou bem em frente ao espelho.

- Consegue ver a mesma coisa que eu? - Ele perguntou, os dois se encarando no reflexo. Ela arqueou uma sobrancelha em questionamento.

- Depende... O que você vê?

- Eu vejo uma mulher. Muito bonita, por sinal. - Blair corou ao ouvir as palavras dele - E esta mulher ficaria perfeita com isso aqui.

Chuck delicadamente fechou um colar de ouro branco com pingente de diamante ao redor do pescoço de Blair. Ela arfou, encantada, e colocou a mão no colar, sentindo a pequena pedrinha brilhante em seus dedos. Ela permaneceu hipnotizada pela beleza do colar, mas logo depois se virou para que pudesse olhar Chuck nos olhos.

- É lindo. - Ela murmurou. - Mas eu não posso aceitar.

Ele a encarou, confuso.

- Por que?

- Porque é muito valioso... Como vou explicar para meus pais onde consegui isso?

- Diga que um admirador lhe presenteou - Ele sorriu e Blair riu baixinho -  Algo tão bonito assim merece ser visto em alguém que mereça a sua beleza.

Os dois sorriram um para o outro, e Blair fez a primeira coisa que passou na sua cabeça naquele momento; colocou seus braços ao redor do pescoço de Chuck e levemente encostou seus lábios nos dele, dando um, dois, três pequenos beijos. Chuck fechou seus braços ao redor da cintura dela e aprofundou o beijo, tomando sua boca como se nunca mais tivesse outra chance de beijá-la. Blair correu sua mão pelo cabelo escuro e macio dele, e sentiu seu lábio inferior tremer ao sentir a lingua dele passeando lentamente em sua boca. Os dois trocaram um longo e caloroso beijo pelo que pareceu uma eternidade, até que se separaram em busca de ar. Blair correu os olhos pelas estantes para evitar o olhar penetrante que Chuck lhe lançava, até que percebeu algo em uma prateleira.

- Hey - Ela apontou para um quadro - Aquele é o Três mulheres na fonte, do Pablo Picasso. Os policiais espanhóis estão loucos atrás deste quadro!

Chuck riu e pegou a mão de Blair para que continuassem sua tour.

- Tem tanta coisa aqui que você ainda não viu. Vem, precisamos recolher alguma coisa para o chá de louça de Serena.

                                 

                                               XOXO

Nate abriu uma pequena sacola de camurça e jogou todo seu conteúdo em cima da enorme cama de Serena. Ela levou a mão à boca, incrédula, e pegou um dos vários diamantes que pousaram em seus lençóis.

- Nate... - Ela murmurou, e analisou um diamante azul turquesa em seus dedos - Onde conseguiu isso tudo?

- Você realmente quer saber? - Ele sorriu, e Serena o olhou de cara feia.

            - Eu já falei pra você: uma hora vocês vão acabar sendo presos!

Nate revirou os olhos e envolveu a cintura de sua noiva com seus braços.

- Vai ficar tudo bem, Serena. Nenhum de nós será preso.

Serena nada falou, e Nate aproveitou a oportunidade para beijá-la. Passos foram ouvidos no corredor e os dois se separaram rapidamente, Nate escondendo todos os diamantes embaixo dos travesseiros de Serena. Segundos depois, Lily Van der Woodsen entrou no quarto.

- Nate. - Ela cumprimentou educadamente o genro, e depois olhou para os dois - Por favor, prefiro que não fiquem sozinhos no quarto.

- Mãe, nós não estávamos fazendo nada. Nate só passou por aqui para dar um oi.

- Tudo bem... - Ela estava prestes a sair, quando seu olho percebeu algo na cama de Serena - O que é aquilo?

O sangue fugiu do  rosto de Nate e Serena. Lily se aproximou da cama e pegou o pequeno diamante que escapou do esconderijo atrás do travesseiro.

- Onde conseguiu isso? É muito valioso. - Lily murmurou, analisando a mesma pedra que Serena tinha em mãos minutos antes.

- Eu comprei para Serena, Sra. Van der Woodsen - Nate respondeu, com a maior calma possível. - Planejava mandar cravejar e fazer um colar para ela.

- Então porque não deu o colar ao invés da pedra pura? - Lily olhou para Nate, desconfiada - Nathaniel, eu sei dos seus "passatempos" passados... Espero que não tenha retornado à eles.

Lilian Van der Woodsen sabia que seu genro uma vez fora membro da máfia americana. Apesar disso, pensava que ele havia parado com suas atividades, uma vez que apenas permitira o casamento com sua filha se largasse a máfia de uma vez por todas. Mal sabia ela que Nathaniel Archibald se encontrava mais ativo do que nunca no grupo liderado por Chuck Bass.

Nate engoliu em seco e evitou olhar na direção do travesseiro na cama de sua noiva.

- Não, senhora. Encerrei todas as atividades com a máfia.

- Ótimo. - Depois ela largou o diamante de volta na cama e abriu um sorriso para sua filha e genro - Doroty preparou um café da tarde esplêndido para nós lá embaixo. Porque não se junta à nós, Nathaniel?

- Seria uma honra, Sra. Van der Woodsen.

                                                           XOXO

As sacolas contendo utensílios de porcelana e cristal foram carregadas até o quarto de Blair em segredo por Jeremy e Anthony. Todos os presentes se encontravam no closet, e Blair abriu um largo sorriso quando viu sua melhor amiga entrando em seu quarto.

- Finalmente! Por quê demorou tanto para chegar? - A morena perguntou. Serena suspirou e se sentou em uma poltrona rosa bebê ao lado de uma estante.

- Nate passou a tarde comigo e com mamãe, ele foi embora não faz muito tempo.

- E porquê esta cara de quem viu um fantasma? - Blair se sentou em poltrona oposta à da amiga.

- Nate me mostrou alguns diamantes que comprou, roubou... Não sei. Apenas sei que eram vários. Diamantes grandes, pequenos, de todas as cores. Ele largou tudo em cima da minha cama e minha mãe quase os viu. - Serena colocou o rosto em suas mãos - Blair, se minha mãe descobrir que Nate ainda está na máfia....

- S, se acalme. - Blair se levantou e ajoelhou-se ao lado da amiga - Ela não vai descobrir. Você vai casar com o homem dos seus sonhos. E, falando em diamantes, olhe só.

Serena levantou o rosto e olhou para o colar que Blair tinha nas mãos.

- B, é lindo! - Ela sorriu e pegou a jóia. Após analisar a pequena pedrinha brilhante que pendia do cordão de prata, um pensamento lhe ocorreu - Chuck?

Blair abriu um sorriso tímido e concordou com a cabeça. Serena revirou os olhos e soltou uma risada.

- Não falarei mais nada. Como foi a tarde?

- Passei a tarde com Chuck. Mas não se preocupe, trouxe muitos presentes pra você também.

Serena soltou um gritinho de excitação.

- Quero ver! Agora!

                                               XOXO

Doroty entrou no quarto da jovem senhorita Van der Woodsen para arrumar o cômodo. A filha mais velha de sua patrona era um tanto desordeira, portanto seu quarto estava sempre um caos. Ela retirou os lençóis da cama para que pudesse lavá-los e, qual foi a sua surpresa quando inúmeros diamantes caíram no carpete do quarto.

- Minha nossa - A empregada murmurou, e se abaixou para olhar as pequenas pedras brilhantes. Lily passava no corredor, quando viu a jovem criada abaixada, fazendo algo de curioso.

- Doroty? O que houve? - Ela perguntou, parando logo ao lado da porta.

- Senhora, achei estes diamantes no meio dos travesseiros da Senhorita Van der Woodsen... Talvez sejam seus? - A empregada apontou para o chão, onde os diamantes jaziam. Lily encarou as jóias e suspirou.

- Nathaniel...

- Desculpe, senhora?

- Nada, Doroty. Por favor, providencie uma ligação para a casa dos Waldorf. Quero minha filha em casa o mais rápido possível.


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