Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 4
Confiança


Notas iniciais do capítulo

Quarto capítulo está aqui o/ não é tão longo quanto os outros 3, mas acredito que esteja bom ^^ agradecimentos nas notas finais. Boa leitura!



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4. Confiança


– Eu sinceramente espero que papai seja mais cuidadoso ao selecionar os candidatos a noivado – Blair bufou, irritada, e se jogou na cama.

– Mas você não está de olho em ninguém? – Kati perguntou, animada, e as outras garotas, sentadas na beirada da cama, deram risinhos. Serena revirou os olhos.

- É, que tal aquele garoto, Mike Greehne? Ele é o mais novo bilionário da cidade! – Isabel bateu palminhas

- Ele é “dinheiro novo” – Blair fez uma careta – Não é bom o suficiente.

- E Brian Petterson? Herdeiro da Petterson Enterprises, a família dele é de alto prestigio e são riquíssimos – Penelope deu uma piscadela e as garotas soltaram mais risinhos.

Penelope, Kati, Isabel e Serena estavam em seu quarto, em uma tarde de “apenas garotas”. A historia de Carter Baizen foi ouvida pelas meninas e agora elas tentavam adivinhar qual seria o próximo escolhido para casar com a filha do governador Harold Waldorf. Blair estava ficando irritada com todas as sandices que saiam da boca de Isabel, Kati e Penelope, mas decidiu apenas revirar os olhos para tudo que elas diziam.

- Bom, B, pelo menos você escapou dessa – Serena abriu um leve sorriso.

- É. – A morena concordou, lembrando do episódio lamentável que havia sido aquele jantar.

Serena havia aparecido de surpresa na cobertura dos Waldorf uma hora antes de todos saírem para o jantar na mansão dos Baizen. Ela casualmente deixou escapar fatos sobre Carter, o ex-futuro-noivo de Blair, que Harold e Eleanor simplesmente não puderam ignorar. Eles leram, horrorizados, uma matéria sobre uma gangue mexicana em um jornal de uma cidade pequena, e decidiram que compareceriam no jantar aquela noite apenas por educação. Seria rude desmarcar na última hora.

Os pais de Carter ficaram desapontados com a noticia de que “a jovem Waldorf tinha outros planos no momento que não eram o casamento”, e Carter rudemente deixou a mesa, soltando um desagradável palavrão ao levantar de sua cadeira. Blair fez uma careta de nojo ao lembrar do acontecido.

- Você ainda não me contou como conseguiu estas tão preciosas informações – Blair falou para Serena – Você com certeza não fez isso sozinha.

Serena mordeu seu lábio inferior, sem ter certeza do que fazer, porque certamente não podia falar de Chuck Bass e Nate na frente das outras garotas. Blair compreendeu a hesitação de Serena e se virou para as outras meninas, que estavam sentadas na beira da cama.

- Vocês, pra fora – Blair deu duas palminhas e apontou para a porta de seu quarto.

- O quê? Mas nós queremos ouvir a história! – Penelope protestou, e Isabel e Kati concordaram.

- Vocês não tem querer, tem obedecer. Dorota vai pegar os casacos de vocês e acompanhá-las até o elevador. – Blair abriu um falso sorriso – Tchau, tchau, meninas.

As garotas fecharam a cara, mas saíram do quarto.

- Agora conte – Blair falou, curiosa.

- Bem – Serena suspirou – Nate e Chuck tinham essas informações. Eu falei pra eles sobre o jantar, eles ficaram preocupados e me disseram pra contar para os seus pais sobre aquilo tudo. O jornal foi uma maneira de provar que o que eu estava falando era verdade.

– Carter tem algum envolvimento com a máfia? – Blair arqueou uma sobrancelha.

– Não com esta aqui de Nova York. – Serena deu de ombros - O “poderoso chefão” ameaçou dar um tiro na boca de Carter se ele fizesse algo de ruim para você.

- Chuck falou isso? – Blair mordeu o lábio para segurar o sorriso involuntário que queria abrir em seu rosto, mas Serena não perdeu este momento.

- É, Chuck falou isso – Serena deu risadas e jogou um travesseiro em Blair – Você quer sorrir! Olhe só para o seu rosto!

- Serena! – Blair protestou e jogou de lado o travesseiro – Eu não quero sorrir! Estava apenas confirmando os fatos.

A loira revirou os olhos.

- Ok, pare de fingir. Foi uma espécie de atração mútua entre vocês, não é? Eu vi vocês dois conversando naquela primeira noite! Pelo menos admita que ele é atraente.

Blair bufou.

- Vamos mudar de assunto, S.

Serena abriu um travesso sorriso.

- Admita, Blair.

Silêncio.

- Blair…

- Tudo bem! – A morena explodiu - Ele é maravilhoso, os beijos dele são maravilhosos e o cheiro dele é maravilhoso!

Blair tampou a boca com as mãos, percebendo que havia falado coisa demais, e Serena deixou escapar um gritinho.

- Vocês se beijaram?! – Ela ofegou – E beijos?! Foi mais de um?! Como você não me conta isso, B! Meu Deus, eu quero sair correndo!

Blair encarou suas unhas pintadas polidamente com esmalte rosa bebê.

- Eu também quero sair correndo. – E depois ela estreitou os olhos para Serena – Se você contar isso pra qualquer um, mesmo que seja Nate...

- Eu não vou contar, B – Serena deu uma risadinha, mas depois seu riso foi se tornando uma expressão mais séria – Escute, por mais que Chuck tenha sido legal em fornecer essas informações, e que você indiscutivelmente seja atraída por ele... Não sei se seria uma boa ideia se envolver com alguém como ele.

- Eu sei. E eu... não vou mais nestes speak easies que Chuck faz. – Ela falou, mas sua voz não carregava muita certeza.

- Você não precisa parar de ir lá, até porque eu gosto que você vá comigo. Só procure ficar um pouco mais afastada dele.

- Certo – E depois Blair colocou suas duas mãos no quadril – Mas quem é você pra falar? Seu noivo é melhor amigo do “oh, tão encrenqueiro Chuck Bass” e ainda por cima se envolve nos esquemas daquele grupo!

- Nate e eu já discutimos sobre isso – Serena fez uma careta – Ele me prometeu que não vai fazer parte de nada muito pesado. E além disso, eu vou casar com ele, B. E porque eu o amo. Essa coisa entre você e Chuck foi só de momento, não foi? Então, está ai sua resposta.

Blair se recostou em seus travesseiros e encarou o teto. Serena estava certa. Aquela “coisa” com Chuck foi apenas uma vez... ou duas, mas estava na hora de esquecer aquilo. Chuck Bass era o tipo de homem que ela devia ignorar e rejeitar.


XOXOXOXOXO


Chuck deu uma última espanada em seu terno Armani preto com cinza e abriu a porta do escritório do Victrola, entrando no speak easy que já estava acontecendo. Ele escaneou o público, procurando por uma morena pequenina acompanhada, sem sombra de dúvidas, pela loura alta, noiva de seu melhor amigo. Lá estavam elas, sentadas nas altas banquetas do bar e tomando copos de algum drink.

- Aproveitando a noite, senhoritas? – Ele se recostou casualmente entre as duas, no balcão. Elas trocaram um olhar que Chuck não soube interpretar, e Serena falou:

- Sim, estamos – Ela tomou mais um gole de sua bebida e olhou em volta, no salão. Blair pareceu ficar um pouco tensa, mas não falou nada. Serena não parecia que sairia dali em momento algum, então Chuck apelou para óbvio.

- Serena, Nate está procurando por você.

- Onde ele está? – Ela franziu o cenho.

- Procure nas mesas mais pra lá. – Ele apontou para o outro lado do lugar. Serena terminou seu drink e pulou de sua banqueta.

- Eu vou procurar por ele, então... Hey, B, não se esqueça do que conversamos. – Ela avisou antes de desaparecer pelas pessoas no meio da pista de dança.

- Ótima jogada, Bass. – Blair revirou os olhos. Chuck sentou na banqueta que antes a loura estava ocupando, ao lado de Blair.

- Obrigado, Waldorf. – Ele acenou para o bartender – Ralph, whisky puro, por favor. – E voltou seu olhar para Blair – O que foi aquela comunicação estranha entre você e sua amiga do peito? “Não se esqueça do que conversamos.”

- Nada demais. – Ela deu de ombros. – Aliás, obrigada por ter fornecido aquelas informações sobre Carter.

- Um “obrigada” não cobre nem metade do que eu fiz por você. Aquele cara é um lixo.

Blair terminou seu drink e desceu de sua banqueta.

- Eu preciso ir ao toalete. Se me der licença...

E ela rapidamente fez sua saída em direção aos toaletes no fundo do salão. Chuck piscou, pego de surpresa.

- Chefe, sua bebida – Ralph colocou o copo de whisky em cima do balcão.

O resto da noite, Blair passou desviando de Chuck. Ela sempre tinha alguma desculpa para ir atrás de Serena ou buscar algo para tomar no bar, e isso estava deixando Chuck intrigado e louco. Faltando meia hora para as cinco horas da manhã, ele conseguiu encurralá-la em uma das paredes do salão.

- Com licença – Ela falou, impaciente. Chuck tinha uma mão em cada lado de Blair, a prendendo ente ele e a parede.

- Não vou deixar você sair até que me diga por que esteve me evitando a noite inteira. – Ele foi direto ao assunto.

- Escute, Bass, eu simplesmente tive coisas melhores para fazer aqui dentro do que ficar presa à você. Agora, se eu puder sair...

Ela tentou passar por baixo dos braços de Chuck, mas ele não permitiu.

- Tudo bem, o que foi que eu fiz? Você queria casar com o nojento do Baizen e eu impedi, é isso? – Ele se controlou para não fazer uma careta ao imaginar tal possibilidade.

- Não, não foi isso – Ela respondeu e suspirou – Eu não posso ficar demais na sua companhia, é isso.

Por essa, ele não esperava.

- Eu posso saber o motivo?

- Por que você é má influência. Deu, tudo explicado, agora me solte.

Chuck abriu um sorriso e seus braços deixaram de se apoiar nas paredes para circularem o quadril dela. Ele pode sentir Blair ofegar.

- E porque eu sou má influência? – Ele sussurrou no ouvido dela.

- Porque você é mau. Você matou um homem... roubou... – A voz dela trancou em sua garganta quando Chuck deu uma leve mordida no lugar embaixo de sua orelha – Você pode manchar minha reputação.

- Mas você continua vindo pra cá, não continua? - Ele murmurou baixinho perto de seu ouvido.

- Sim... mas e daí – Sua boca de abriu um pouquinho quando Chuck deu outra leve mordida em seu pescoço.

- E daí que eu sei que você gosta do perigo.

Chuck saiu do pescoço de Blair e ficou por longos segundos admirando seu rosto. Ele estava prestes a beija-la, ela sabia, mas a risada de um grupo de bêbados perto deles a acordou de seu transe.

- Não se atreva, Chuck – Ela colocou suas duas mãos no peito dele e o empurrou com força – Não é assim que as coisas devem ser.

- Então me diga como “as coisas devem ser” – Ele falou frustrado, e colocou as mãos no quadril de modo a levantar um pouco o paletó de seu terno, deixando a mostra o cano do revólver. Os olhos de Blair desceram até a arma e Chuck notou – Você não gosta de armas?

- Eu não tenho problemas com elas. – Ela respondeu, dando mais uma olhada no revólver preso no cinto de Chuck antes de retornar seu olhar para o rosto dele – Eu queria saber... É verdade que você matou Ben Donovan?

Chuck fez uma careta de nojo.

– Ele era um verme...

–... Que merecia ser eliminado. – Blair completou, exibindo a mesma expressão de desgosto que Chuck tinha. Os dois trocaram um cúmplice olhar.

- Você conhecia o Donovan?

- Sim – Ela fez uma careta – Ben namorou Serena por algum tempo, quando nós ainda éramos adolescentes... 16, 17 anos. Ele fez muita sujeira enquanto permaneceu no Upper East Side, e fez Serena escolher entre ele e a mãe dela.

- Por quê?

- Porque Lily detestava Ben Donovan, e o sentimento era mútuo. Ele era o típico homem que se fazia de cavalheiro, mas era um nojento por dentro. Serena era muito apaixonada por ele, e sofreu horrores depois que ele terminou com ela no baile de debutantes. Ele teve a coragem de roubar cheques e algumas joias de dentro do cofre dos Van der Woodsen antes de ir embora.

- Está explicada a repulsa que Nathaniel sentia por ele... – Chuck esfregou o queixo com os dedos.

- Eu queria ter o seu privilégio de atirar nele. – Blair cruzou os braços. Chuck pode ver a raiva passar pelos olhos da morena em sua frente e teve uma ideia.

- Sabe, Waldorf, eu poderia ajudar você a descontar essa raiva toda em outro lugar.

Blair revirou os olhos.

- Não, muito obrigada, Bass.

- Eu não estava falando daquilo, embora eu não rejeite a opção – Chuck sorriu, travesso, e depois pegou a mão de Blair – Vamos comigo até os fundos.

Blair enrijeceu e ficou parada em seu lugar.

- O que você vai fazer?

Desta vez, foi Chuck quem revirou os olhos.

- Eu não vou estuprar você, maluca. – E depois ele suspirou – Você confia em mim?

Blair o encarou nos olhos. Por alguma razão, ela pôde sentir que confiava nele. Que Chuck não faria nada de ruim pra ela.

- Confio.

Ele sorriu. Um sorriso genuíno.

- Então vamos.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer à Mircela pela review do capitulo 3 e pela maravilhosa recomendação da Mari Aymoré! Vocês sabem como inspirar uma autora :') Para ter capitulo 5, espero as reviews de vcs pessoal! Todo mundo que deixar alguma coisa vai ser citado aqui. Beijoooo e até mais!



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