Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 26
Mudanças


Notas iniciais do capítulo

BUM! Mais um capítulo de BK, dessa vez tão rápido quanto um gol da Alemanha hahaha Gostaria de agradecer às pessoas lindas que deixaram comentários igualmente lindos no último capítulo, e aos leitores novos que deixaram comentários espalhados pelos capítulos anteriores! Vocês são demais!

Vou deixar pra responder o povo todo nas notas do capítulo seguinte, porque hoje eu tô meio ZZZzzzzz mas não se preocupem, vou responder todo mundo sim!

Semana passada eu estava me sentindo meio down e escrevi essa oneshot aqui, de Blair e Serena:

http://fanfiction.com.br/historia/522995/Serena/

Se lerem, deixem seus comentários e tal, pra eu saber se continuo escrevendo ou se me enfio embaixo de uma pedra rsrs ai, ai, enfim...

Boa leitura!



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26. Mudanças

Depois de quase duas semanas em alto mar, o navio americano finalmente havia chego em terras italianas. Chuck havia orientado Blair para que encontrasse com Matteo e Nico, dois homens da máfia italiana que fariam sua escolta até a Casa Bass, em uma área mais distante de Veneza. Após descer do navio, auxiliada por empregados que carregaram sua bagagem para o porto, ela localizou os italianos segurando uma pequena placa escrito "Blair Waldorf" - ambos mantinham uma expressão séria, mas quando a viram abriram um gentil sorriso.

– Seja bem vinda à Italia, Senhorita Waldorf. - Um deles falou - Sou Matteo, e este é meu parceiro Nicco.

– Muito prazer, rapazes. - Blair cumprimentou. Naquele momento, os empregados largaram toda sua bagagem na calçada do porto e voltaram para dentro do navio. Blair estava prestes a erguer uma das malas pela alça quando Nicco a impediu.

– Nos deixe levar sua bagagem, por favor. Mulheres em sua situação não devem... - ele ergueu a mala e seu braço foi puxado para baixo por causa do peso - Mamma mia, o que carrega aqui??

Guardare la vostra lingua! - Matteo ralhou em italiano e tirou a mala da mão de Nicco - Perdoe-o, Srta. Waldorf, Nicco não é muito hábil fisicamente.

Nicco fez uma careta e Blair não pôde evitar de comparar Matteo e Nicco com Jeremy e Anthony. Ambos italianos tinham caras sérias e levavam seu serviço com mãos de ferro, mas portavam-se como garotos ao discutir por pequenas bobagens. Nicco, que tinha cabelos ruivos bagunçados, ajeitou sua boina na cabeça e abriu espaço para Blair passar.

– Vamos andando, Senhorita, o carro está nos esperando do lado de fora do porto.

XOXOXO

Nate largou seu paletó de linho azul no sofá vitoriano do escritório de sua casa e foi até Serena, que estava sentada em frente à escrivaninha com uma expressão pensativa. Ele a abraçou pelos ombros e plantou um beijo carinhoso em sua bochecha, o que a fez dar um pulo na cadeira.

– Você me assustou – Ela colocou a mão no peito e riu.

– Me desculpe. – Ele espiou a folha ainda em branco e o pequeno vidrinho de nanquim repousando na mesa – O que está fazendo?

– Vou escrever uma carta para Blair. Nós prometemos manter contato neste período que ela estiver fora para sabermos o que acontece uma com a outra – Serena colocou os cotovelos na madeira e pousou o queixo sob as mãos – Sei que faz apenas duas semanas que ela partiu, mas pra mim já é muito tempo.

– Não se afobe demais, querida. – Nate passou a mão no topo dos cabelos loiros dela – Blair vai ficar bem.

– Eu sei, mas... – Ela suspirou, exasperada – Os problemas dela me afetam de alguma forma também. Sempre foi assim, desde que éramos crianças.

Nate ajoelhou-se ao lado da cadeira de Serena e a encarou no olho.

– Não quero que se preocupe, certo? Eu também fico um tanto aflito com a situação que Chuck e Blair estão enfrentando, mas sei como tudo está nos conformes para que o filho deles nasça com segurança.

Serena pegou a mão do marido e abriu um pequeno sorriso.

– É, você tem razão... – E então o sorriso dela abriu-se mais ainda – Consegue imaginar como vai ser o bebê? Tomara que tenha a boca de Blair, sempre invejei aqueles lábios de boneca que ela tem!

– Pois eu espero que não tenha a teimosia dela. Blair é uma moça difícil!

– Pobre criança, pois ambos os pais são teimosos como duas pestes.

Nate riu e ergueu-se para ficar em pé, puxando Serena com ele. Os dois ficaram frente à frente, com as testas se tocando, e ele falou:

– Nosso futuro filho vai ter os seus olhos e o seu sorriso, eu sei que vai.

Serena passou o dedo polegar carinhosamente sob o lábio inferior de Nate e concordou.

– Um dia nós veremos.

XOXOXOXO

Dona Antoniella , a governanta da mansão rústica dos Bass e responsável por manter tudo nos conformes, era uma simpática mas firme senhora que cuidava da rotina de Blair e não descansava até ter certeza que o último grão de poeira havia sido limpo e que todo o jantar tivesse sido servido. Ela era linha dura com a outra empregada, uma moça mais jovem chamada Bibiana e que não sabia falar inglês, e o motorista, um senhor chamado Dotto, mas também agia com doçura e bondade quando lhe convinha. De um jeito engraçado, Dona Antoniella lembrava Blair de Dorota.

– A senhora já está com uma linda redondeza – Ela falou com um forte sotaque italiano, enquanto ajudava Blair a se vestir em uma manhã – Seus vestidos daqui a pouco ficarão um tanto apertados, não acha?

– Não pensei muito nisso. – Blair respondeu, olhando a própria imagem no espelho. Ela estava em pé e de costas para Antoniella, que fechava os botões de seu vestido DHNJ azul marinho. Ela não sabia se era pelo fato de a governanta ter tocado no assunto, mas realmente aquele vestido estava lhe sufocando ao redor da cintura e na barriga. Blair remexeu-se, irritada, e se virou para Antoniella. – Me ajude a tirar esta roupa.

A senhora franziu o cenho.

– Você especificou que queria colocar questo vestido, o que há de errado?

Blair grunhiu enquanto tentava abaixar a roupa pelas suas pernas, o que não estava conseguindo fazer muito bem já que ela havia trancado em seu quadril.

– Como conseguiu colocar isto em mim sem eu nem sentir? – A Waldorf questionou, ainda lutando contra o vestido. Antoniella balançou a cabeça, bem humorada, e com uma só puxada, conseguiu escorregar o vestido pelas pernas de Blair.

– Uma questão de prática, senhora. – Ela deu uma piscadela – Não quer que eu vá até o centro da cidade comprar roupas novas agora pela tarde?

– Acredito que sim. – Blair suspirou e colocou as duas mãos na cintura – Estou com fome.

BIBIANA! – A governanta gritou, e Blair fez uma careta para o som estridente da voz da italiana. Em menos de cinco segundos, a jovem magrinha e pálida de cabelos negros apareceu, ofegante por subir as escadas que levavam até o segundo andar e suíte de Blair.

Sí, signora?

– Vai al bazar e acquiste formaggio, panne e frutta per Ms. Waldorf, capiche?

Ma io non so se avrò il formaggio.

Enquanto a governanta e a empregada discutiam o lanche da manha de Blair, a mesma virou-se novamente para o espelho e colocou as duas mãos na barriga semi redonda. Ela agora estava na metade do quinto mês, e já estava acostumada com a ideia de ser mãe – pegava-se pensando em possíveis nomes e em cores para montar o enxoval, enquanto aguardava ansiosamente por algum movimento do bebê em sua barriga. Fosse menino ou menina, era uma criança de gênio forte: sendo tão nova, já se movimentava com vigor no interior do corpo de Blair e a acordava uma vez por madrugada com movimentos agitados. Pensando nisso, Blair decidiu que tomaria chás antes de ir para a cama, todas as noites.

– ... e macarronada com almôndegas de ervas. O que acha, Srta. Waldorf?

Blair piscou.

– O que disse, Antoniella?

– O almoço. Teremos pão, queijo colonial, molho pesto e de tomate com macarronada com almôndegas de ervas. Acha que é suficiente? – A governanta perguntou, com uma linha de expressão de verdadeira dúvida formada em sua testa. Blair arregalou um pouco os olhos.

– É comida demais para mim, Dona Antoniella.

– Não se esqueça que você come por due, uh? Agora vamos encontrar um vestido que a sirva.

XOXOXOXOXO

Meu amor

O que está achando da Itália? Gostou da casa? Não vou até Veneza desde os meus quinze anos de idade, então não tenho certeza se tudo continua como antes. Apesar disso, tomei as devidas providências antes de sua chegada e exigi à Dona Germana Antoniella que tudo estivesse na maior perfeição para receber você. A conhecendo como conheço, penso que ela tenha feito tudo na medida do possível, mas gostaria que me contasse o que achou mesmo assim.

Espero que esteja melhor de saúde. Tem passado bem ou ainda tem enjoos e tonturas? Escrevi para o Doutor Cecílio, um italiano que atendia meu pai quando ele passava as férias na Itália, e ele vai lhe fazer uma visita assim que puder para lhe ajudar com datas e todos os assuntos pertinentes à gravidez. A parteira que vai realizar o parto também vai acompanhá-lo para saber detalhes de sua situação. Quero que me conte tudo sobre como foi a consulta depois da visita deles até à mansão para examiná-la. Mantenha-me informado sobre meu filho.

Sua mãe me procurou para saber notícias suas. Eu disse que ainda não tinha falado com você e juro que ela queria me jogar aos lobos, mas pelo menos ela ainda procura saber de algo. Seu pai está em êxtase com a possibilidade quase totalmente certa de que vai ganhar as eleições, e Nathan Lewis Miller apareceu aqui para me ameaçar e me acusar de trapaça. Digamos que o escritório dele foi invadido, e todos os diamantes que ele ia oferecer de propina para a sabotagem dos votos foram roubados. Depois sou eu o trapaceiro, certo?

Estarei embarcando para a Itália no mês que vem. Já estou organizando tudo aqui em Nova York para que eu possa ficar duas semanas ao seu lado até que tenha que voltar e tomar as rédeas da carruagem novamente. Mal posso esperar para ver vocês dois.

Me dê notícias, sim? Sinto sua falta.

Com afeto,

CB.

XOXOXO

Querida B,

Me conte, como está?? Está tudo bem? Como é a Itália? Mamãe tem perguntado por você e eu respondi que está em uma viagem de estudos, assim como você disse para seu pai. Foi isso que disse à ele, não foi? Espero que sim.

Estou morrendo de saudades suas e não pude esperar até o mês que vem para lhe escrever uma carta! Sua barriga já deve estar grande, eu imagino. Procurei em livros e li que quando a mãe está próxima aos seis meses, a barriga já atinge quase 28 centímetros. Acho que não é verdade, porque então, deve parecer que você está com um melão dentro do vestido! Consegue ir até o centro de Veneza e visitar um daqueles senhores que tiram fotos para me mandar uma? Gostaria de acompanhar o desenvolvimento do meu sobrinho ou sobrinha!

Nate ralhou comigo por estar tão ansiosa por você, mas não consigo me conter! Sei que concordamos em nos comunicar normalmente, mas se qualquer coisa acontecer, não me interessa se você postou uma carta ontem, escreva uma nova hoje e me mande! Cartas com datas próximas costumam chegar juntas ao remetente e eu não sei se conseguiria esperar mais duas semanas para ter notícias suas.

Escreva logo, tudo bem? Aguardo retorno.

Com carinho,

Serena

XOXOXOXOXO

Blair observou as paredes ao seu redor, em um quarto que ficava ao lado de sua suíte no segundo andar da mansão. O ambiente com paredes brancas e cortinas amarelas estava especialmente mobiliado para a chegada de um bebê, com um berço contendo uma mosqueteira, um armário de madeira clara, uma mesinha para trocar a criança, uma poltrona para amamentação e uma estante ainda vazia, onde ficaria brinquedos e livros. Blair olhou para o ursinho de pelúcia que tinha em mãos e foi até a estante, o posicionando na prateleira do meio na altura dos olhos. Ela encarou o ursinho peludo e marrom e pousou as mãos sob a barriga redonda.

– Este é Tony, seu primeiro brinquedo. – Ela falou, ainda olhando o ursinho – Dona Antoniella foi ao centro de Veneza com minhas medidas para mandar fazer roupas e pedi que trouxesse alguma coisa pra você. Gostou?

Como se pudesse falar, a criança mexeu-se sob a palma da mão de Blair. Ela sorriu involuntariamente e correu a ponta dos dedos pela extensão de sua barriga, sentindo os lugares em que o bebê tocava. Após sentir um chute no canto inferior, Blair ofegou, e depois sorriu. Foi um chute forte.

–Reserve esta força para quando for sair dai, bebê.

XOXOXOXO

Doutor Cecílio e Dona Roseli chegaram cedo em uma manhã ensolarada de sábado. Blair já os aguardava no quarto, deitada em sua cama e vestindo um vestido leve de botões frontais para um bom exame em sua barriga, e sentiu-se um pouco nervosa ao ver o médico italiano e a parteira entrarem. Eles se apresentaram e deram bom dia à Antoniella, que estava em pé ao lado da cama.

– Vou verificar os batimentos cardíacos da sua criança e o possível tamanho dela, correto? – O doutor falou, colocando o estetoscópio. Ele pousou o pequeno circulo de metal por várias partes da barriga já bastante redonda de Blair, e balançou a cabeça com satisfação – Me parece que está tudo bem com o bebê. Agora diga-me, Srta. Waldorf, notou algo de estranho durante este tempo todo?

– Não, doutor.

– Certo. – Ele abriu uma maleta e tirou uma fita métrica de dentro. Esticando a fita sob a barriga, ele virou para a parteira e perguntou – O que acha?

Dona Roseli aproximou-se de Blair e tocou o local onde o bebê se encontrava. Depois de observar e sentir, ela concluiu:

– Mais três meses e você estará pronta para dar à luz, senhorita. Agora, mais do que nunca, deve descansar o máximo possível e comer apenas alimentos saudáveis.

Blair sentiu seu coração acelerar um pouco. Apenas três meses e não seria mais somente ela e Chuck, seria ela, Chuck e o filho deles. Mexendo-se nervosamente na cama, ela alternou o olhar entre a parteira e o doutor e perguntou:

– O que mais devo fazer? Como vai ser na hora do parto?

– Acalme-se, minha jovem. – Dona Roseli colocou uma mão tranquilizadora na cabeça de Blair – Não se preocupe com o parto, eu virei para cá assim que você sentir as primeiras contrações, e tudo ficará bem.

Blair concordou, sentindo-se melhor aos poucos. O doutor guardou sua fita métrica e estetoscópio e sorriu para ela.

– Sinta-se sortuda, seu bebê é o mais saudável possível e está no tamanho ideal para o atual período de sua gravidez.

Antoniella, que até aquela hora havia permanecido calada, ajoelhou-se na beirada da cama ao lado de Blair e falou:

– Você terá uma criança linda, mi bambina!

– Assim espero, Dona Antoniella.


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