Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 25
Adeus, Nova York


Notas iniciais do capítulo

Palmas pra quem teve o pen drive roubado e teve que escrever este capítulo mais de 3 VEZES!!! O azar andou de mãozinhas dadas comigo nestas últimas semanas e o querido ou querida que roubou meu pen drive do laboratório de informática da faculdade tem agora 2 capítulos lindos e prontos de BK que eu nunca mais vou ver e que vocês nunca vão ler. Pois é. Enfim, tô puta, mas não podia deixar vocês esperando mais ainda. Muito obrigada pelos comentários lindos no último capítulo, e vamo que vamo que BK está indo pra reta final. Beijocas!



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25. Adeus, Nova York

Chuck, apesar de ser um homem confiante, se sentia um garoto sob o olhar acusatório e amargo de Eleanor. A mulher havia dito, ou melhor, sibilado pouquíssimas palavras desde a sua chegada à cobertura dos Waldorf e o olhava diretamente nos olhos enquanto o ouvia falar, como se estivesse preparada para detectar qualquer mentira que pudesse ser dita. Chuck terminava de explicar como seria a estadia de Blair em Veneza quando ela o interrompeu:

– Você já pode ir.

Chuck franziu o cenho, pronto para questionar a interrupção abrupta de Eleanor. Ao invés disso, ele optou pelo mesmo caminho da Waldorf mais velha: curto e direto.

– Já que a senhora está me dispensando, penso que tenha feito sua decisão.

– Sim, eu fiz. – Ela cruzou os braços – Blair ir para a Itália e ficar sob sua responsabilidade é o mínimo que você tem de fazer, Charles. Apenas peço que mantenha uma ponte de comunicação entre mim e minha filha.

– Você quer dizer...

– Endereço e número telefônico do local onde ela vai estar hospedada.

Chuck pigarreou.

– Tudo bem. – Ele retirou do bolso interno do paletó um bloco de notas e uma caneta nanquim – Vou deixar aqui as informações que a senhora pediu. Peço apenas que me comunique antecipadamente se decidir visitar Blair na Itália, assim posso providenciar os devidos preparos.

Eleanor revirou os olhos e foi até a porta do escritório para destrancá-la.

– Não creio que preparo algum será necessário, mas de qualquer forma, você já deixou seu recado. Agora, por favor... – Ela indicou a porta. Chuck deixou o papel com endereço e telefone na escrivaninha e saiu, dando um leve aceno com a cabeça em sinal de cumprimento. Eleanor não retribuiu.

XOXOXOXO

Serena estendeu uma manta de tricô amarelo na cama de Blair e observou o bonito trançado que os fios faziam. Ela sorriu ao ver um pequenino B bordado no canto da manta.

– Imagine só, um dia você foi tão minúscula que sua mãe enrolou você inteirinha com apenas este quadrado de tricô. – Ela levantou o pano no ar com as duas mãos – E agora quem vai usar é o seu bebê.

– Ah, esta foi a primeira manta de Miss Blair! – Dorota comentou, sorridente, enquanto colocava alguns sapatos de Blair no fundo de um baú de madeira – Mister Harold não sabia se era um menino ou menina, então pediu para comprar uma manta de cor neutra. Dorota então comprou amarelo! Cor feliz e neutra.

Serena riu.

– Mamãe me contou que comprou muitas roupas de criança assim que soube que estava grávida. Ela sentia que seria uma menina, então arriscou e comprou alguns vestidos. Não é que ela acertou?

– Miss Eleanor mandou pintar o quarto de azul e rosa para fazer graça do gênero do bebê. – A polonesa olhou para as paredes do quarto de Blair, que ainda eram pintadas daquelas cores – Comprará mais roupinhas, Miss Blair?

Blair não deu muita atenção para a conversa emocional da amiga e fiel empregada.

– A manta foi o único item infantil que eu pude pegar sem precisar sair para comprar. – Ela respondeu distraidamente enquanto colocava vestidos em uma mala enorme de couro - Minha mãe tinha esta manta guardada no armário e como sei que vou precisar, acabei pegando emprestado. Dorota, ajude-me a fechar esta mala, por favor? Ela está estourando.

A empregada foi até a mala e a fechou em segundos. Blair foi até o baú que Dorota estava organizando e olhou dentro.

– Todos os sapatos que mais uso estão aqui, Dorota?

– Sim, Miss Blair.

– Ótimo. – Ela esfregou as duas mãos junto, como se tivesse terminado algum trabalho – Acho que está tudo pronto para semana que vem.

– B – Serena pegou sua mao – Quanto tempo exatamente você vai ficar fora?

Blair torceu o nariz.

– Um ano.

Os olhos de Serena arregalaram-se um pouco.

– Um ano? Porque tanto tempo?

– Ah, Serena... – Blair suspirou e sentou-se ao lado da melhor amiga – Eu preciso me estabelecer, decidir o que vou fazer. Depois que meu filho nascer eu... Eu sinceramente não sei o que vou fazer.

Dorota foi até as duas garotas e colocou a mão na cabeça de cada uma de uma forma carinhosa.

– O bebê de Miss Blair precisa ficar forte para poder voltar para casa, Miss Serena. Por isso tanto tempo. – E olhando para a Waldorf mais nova, ela disse – Você vai conseguir, será uma mãe maravilhosa.

Blair abriu um sorriso triste.

– Espero que sim.

XOXOXOXOXOX

Harold Waldorf estava satisfeito com o rumo de suas negociações com a Máfia Bass. A campanha eleitoral já havia começado e as pesquisas já começaram a apontar um leve favoritismo para seu lado. Ele tinha de admitir que, apesar de não achar adequada a posição de Chuck, o rapaz estava fazendo um bom trabalho.

Ele agora estava em seu gabinete no centro de Manhattan, terminando de preencher uma papelada. Mais uma hora e ele iria embora para casa, para que finalmente pudesse descansar e conversar decentemente com a filha, que andava um tanto estranha ultimamente. Ele estava fechando pastas de certificados e ações quando uma batida em sua porta foi ouvida.

– Senhor Waldorf – A secretária colocou a cabeça para dentro da sala – O Sr. Bass está aqui, e diz que é importante.

Harold franziu o cenho.

– São nove horas da noite, por Deus! – Ele reclamou, mas depois bufou, sem escolha – Mande-o entrar.

A secretária assentiu e desapareceu pela porta. Segundos depois, Chuck entrava no gabinete, com a expressão séria e composta de sempre. Harold assinalou para a cadeira em sua frente, mas ele balançou a cabeça, recusando.

– Vim apenas entregar o balanço dos resultados desta ultima semana, como prometido. – Ele largou uma pasta azul marinho de couro em cima da escrivaninha – Você está há um passo da reeleição, eu me arrisco em dizer.

– Bom. – Harold pegou a pasta e retirou os papeis que havia dentro. Lendo as análises, ele falou – Vou depositar o dinheiro na conta internacional do seu... grupo. Depois do próximo mês, que será o de divulgação do resultado, estaremos quites certo?

Chuck retirou um cigarro do bolso interno de seu paletó e o colocou na boca.

– Certíssimo. – Ele murmurou enquanto acendia a nicotina – Espero que esteja tudo de seu agrado.

Harold não detectou a ironia no tom de Chuck, e por isso falou:

– Rapaz, sente-se por apenas um minuto antes de ir, por favor.

– Já disse que vim apenas entregar os papeis.

– Tenho uma pergunta para lhe fazer, e será coisa breve. – Ele tornou a indicar a cadeira em sua frente. – Sente-se.

Chuck relutantemente se sentou. Ele deu uma última tragada no cigarro que havia arrecém acendido e o jogou na lata de lixo ao lado da escrivaninha. Colocando os cotovelos sob a mesa, ele inclinou-se um pouco para a frente e perguntou:

– O que deseja, governador?

Harold inclinou-se para a frente também, e agora os dois homens se encaravam.

– Como conheceu minha filha?

Chuck sentiu a tensão e seriedade no tom de Harold, e respondeu como se estivesse falando a maior das verdades:

– No jantar do Met em que doei um bom dinheiro para caridade. Porque o senhor pergunta?

O Waldorf mais velho analisou a expressão do rapaz em sua frente, procurando por qualquer traço de mentira. Não encontrando nenhum, ele finalmente falou:

– Você sabe que cheguei em você e aos seus serviços através de Blair, correto? – Chuck assentiu, e ele continuou – Pois bem: minha filha é o bem mais precioso que tenho, e tenho altas expectativas em relação à ela. Tenho muitas coisas planejadas para Blair, e espero que ela possa passar o nosso nome para futuras gerações com a honra e destreza que sei que ela possui.

Chuck mexeu-se em sua cadeira, desconfortável.

– Não entendo onde quer chegar, Sr. Waldorf.

– É muito simples, meu rapaz. – Harold uniu as duas mãos em sua frente – Fico grato pelos negócios de sucesso que estamos fazendo, mas não quero você perto de Blair. Meus planos para ela incluem os estudos e uma boa família, e preciso ter certeza de que você não atrapalhará isso. Posso contar com você?

Chuck ergueu uma sobrancelha, questionador.

– Sua filha sabe que você toma decisões por ela?

Harold recostou-se em sua poltrona de couro caramelo.

– Eu sempre tomei decisões por ela, mesmo que inconscientemente. Blair tem um gênio forte, mas no fundo ela sente que sou eu quem sabe o que é bom para ela.

Chuck levantou-se da cadeira e sorriu.

– Às vezes ganhamos a batalha, mas não a guerra, caro governador. - E antes de ir embora, acrescentou – Blair tem uma voz também.

XOXOXOXOXO

Blair pegou a escova de sua penteadeira e começou a pentear seus cabelos castanhos e ondulados, enquanto encarava a própria figura no espelho. Ela já conseguia ver as mudanças físicas acontecendo em seu corpo, e seu coração apertava cada vez que ela descia os olhos para sua barriga. Os dias corriam depressa, e como se o tempo quisesse prová-la como ele era rápido e irreversível, a protuberância estava lá, visível através de sua camisola de seda fina e rosa bebê. Blair parou os movimentos de vai e vem com a escova em seus cabelos e colocou uma mão em cima de sua barriga, como se esperasse sentir algo. Após uma longa pausa, ela suspirou e olhou para baixo.

– Acho que você ainda é um tanto novo para mexer dentro de mim. – Ela murmurou – Mas espero que consiga se mexer logo. Quero saber se está tudo bem ai dentro.

Ela esperou mais um pouquinho, e correu a mão pela protuberância pequena.

– Mais alguns meses e vou poder ver o formato do seu nariz e a cor dos seus cabelos. – Blair pousou a mão no centro da barriga - Espero que você tenha os traços do seu pai e que seja uma boa garotinha, ou garotinho. Vamos precisar de força para enfrentar os seus primeiros meses nesse mundo pavoroso.

A serenidade do seu quarto e a tranquilidade sob a palma de sua mão fizeram com que Blair fechasse os olhos, tentando imaginar como seria o rosto de seu filho. Uma batida leve na porta a trouxe de volta à realidade e ela logo vestiu o robe, para esconder o que já havia de visível da sua barriga.

– Quem é? – Ela perguntou, levantando do banquinho em frente à penteadeira.

– É o seu pai, Blair. Vim lhe desejar boa noite.

Blair apertou o robe contra o seu corpo e abriu a porta para Harold. Ele deu dois passos dentro do quarto e deu um beijo na testa da filha.

– Como está? – Ele perguntou – Não vi você hoje o dia inteiro.

– Estou um tanto cansada, mas não há nada com que se preocupar. Acredito que mamãe tenha falado com o senhor?

Harold fez uma careta de desagrado.

– Sim, ela falou. Não sei o que pensar desta sua viagem de estudos para a Itália, Blair.

– Será maravilhoso, o senhor verá. Literatura estrangeira e poesia, duas grandes artes que tenho certeza que irei amar. – Ela pegou a mão do pai – A Itália tem uma das melhores escolas de literatura do mundo, vou voltar com uma enorme bagagem de conhecimento.

– Prometa-me que vai voltar e finalmente arrumar sua vida. E sim, por vida quero dizer marido e filhos. Há rapazes que você precisa conhecer, são à sua altura.

Blair forçou um sorriso.

– Prometo, papai. Mas por hora, limitarei-me em Itália e estudos.

Harold suspirou, e deu um delicado aperto na mão da filha.

– Espero que seus planos deem certo, minha querida. – Ele foi para fora do quarto – Bom, vou para a cama. Boa noite, Blair. Eu amo você.

– Boa noite. – Ela deu um beijo na bochecha do pai – Eu também amo o senhor.

XOXOXOXO

Uma semana depois

As malas estavam prontas, os tickets estavam guardados de forma segura em um envelope, e Blair e Chuck passavam a última noite juntos antes do embarque definitivo de Blair para Veneza, na Itália. Os dois estavam enrolados em lençóis na cama dela, após fazerem amor com a janela aberta para deixar a luz da noite entrar no quarto escuro, e aproveitavam o silêncio confortável que zunia entre eles. Chuck correu a palma da mão pelas costelas de Blair e parou em cima da barriga descoberta dela, que refletia o brilho fosco da lua brilhante lá fora. Ele sorriu com o volume já aparente.

– Não quero perder o crescimento do nosso filho. – Ele comentou, acariciando a pele branca e firme do estômago dela. Blair estava acomodada com os dois braços cruzados atrás de sua cabeça, e virou o rosto para olhar para Chuck.

– Eu queria falar sobre isso com você, sabe.

– Sobre o crescimento do bebê?

– Sobre você não perder o crescimento dele. – Ela cobriu a mão de Chuck com a sua em cima da barriga – Eu não quero que seja um ano de você aqui em Nova York e de mim com um bebê na Itália, sozinha.

Chuck inclinou-se para baixo e beijou delicadamente os lábios de Blair. Ela sorriu no beijo dele e ele a puxou para mais perto.

– Eu estou me organizando com a máfia. Não posso deixar tudo nas mãos de Nathaniel, mas com a ajuda de nossos outros homens, acredito que ele possa passar alguns meses por conta própria com a administração de nossos negócios.

Blair ergueu-se com os cotovelos no colchão para olhar de forma direta para Chuck.

– Está me dizendo que vai passar algum tempo comigo em Veneza?

Ele balançou a cabeça, positivamente, e ela lançou os braços ao redor do pescoço dele. Os dois caíram para trás no colchão e riram baixinho.

– Eu mal posso esperar pra você ver a carinha dele.

– Eu também. – Chuck sussurrou no ouvido dela e inverteu as posições, ficando sob o corpo nu dela – Mas julgando pela mãe, posso afirmar que será uma linda criança.

Blair sentiu sua respiração ficar mais forte e puxou a boca de Chuck para a sua. O único barulho ouvido no quarto agora era o som dos lençóis sendo mexidos na cama e o estalo de lábios selando-se uns contra os outros, que logo evoluiu para pequenos gemidos que escapavam da boca de Blair enquanto os dedos de Chuck encontravam seus seios massageavam os picos macios dela, com delicadeza. Ela abraçou a cintura dele com as pernas e sentiu o membro dele a cutucando na parte interna das coxas.

– Chuck... – Ela respirou pesado, enquanto sentia a boca dele explorar o seu pescoço e ombros – Bem devagar.

Ele deu uma pequena risada contra um dos seios dela e provocou a entrada da intimidade de Blair com a ponta de seu membro.

– E quando que eu não faço... – Chuck ofegou, escorregando sua ereção para dentro dela lentamente -...algo que você me pede?

Blair cravou as unhas nos ombros dele e se deixou afundar contra o travesseiro e os lençóis macios. Ela perdeu-se na sensação de prazer que ele a estava fazendo sentir e pode apenas apertar mais o seu abraço ao redor do pescoço e da cintura de Chuck, deixando-se levar pelo momento de intensidade entre os dois. Daquela noite em diante ela tinha uma certeza:

Tudo ficaria bem.


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