Bad Kids escrita por NJBC Club


Capítulo 10
Brincando com a Máfia


Notas iniciais do capítulo

Oie! Eu sei, atrasada de novo. Desculpem. Mas espero compensar o atraso com este e o próximo capítulo que vou postar. Já aviso que o drama com Carter não vai terminar neste chapter aqui, e sim no próximo. Maasss espero que vocês gostem ^^ Por favor, se virem algum trecho estranho (faltando falas, pontuação inadequada), me avisem! Não pude reler este capítulo, postei aqui assim que terminei. Como sempre, respostas pras reviews nas notas finais. Bjos!



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10. Brincando com a Máfia

Estava tudo escuro, a não ser pela lâmpada solitária no teto acima de sua cabeça. Os capangas olhavam-no com um misto de desprezo e glória, como se estivessem rindo por dentro pela desgraça prestes a acontecer. Carter Baizen olhou para o alto, suas mãos e pés completamente atados. Sua visão já cedia, o suor frio corria por seu rosto e, assim que viu a forma cilíndrica do cano da arma apontar para sua testa, ele soube que era o fim.

Dois dias antes

– Hey, Jeremy. Está muito quente aqui dentro, por dio. – Anthony reclamou, passando seu lenço de seda na testa - Vamos lá fora.

– O patrão não precisa de nada? - O guarda-costas americano loiro perguntou, passando a mão em sua barba espessa .

– O Sr. Bass está bem lá dentro. - Anthony gesticulou para a porta de saída - Vamos.

Os dois saíram do Victrola e pararam na calçada em frente ao estabelecimento. Anthony tirou um cigarro de seu paletó e ofereceu um ao companheiro, acendendo-os com um isqueiro de prata. Os dois se recostaram na parede, fumando tranquilamente. A noite estava bonita, e não havia nada de errado em sua volta.

– Oras - Jeremy enrijeceu de repente e olhou diretamente para o outro lado da rua - Aquela não é Srta. Waldorf?

Anthony olhou para onde Jeremy apontava. Um homem e uma mulher haviam acabado de dobrar a esquina, apressados, e estavam agora fora do campo de visão dos mafiosos. Anthony deu uma última tragada em seu cigarro e o jogou no chão.

– Não tenho certeza, mas acho melhor irmos atrás... Aquele homem não era o Sr. Bass.

Os dois homens atravessaram a rua e logo estavam no encalço do casal desconhecido. O homem desconhecido levava a jovem pelo braço, e em um momento, Jeremy e Anthony a ouviram gritar.

– Você não ganha nada com isso, Carter! Me largue!

Carter Baizen riu.

– Ganho a minha honra... e você perde a sua. Acha que agora que anda pra cima e pra baixo com o capenga do Bass pode meter este seu narizinho empinado em todos os lugares que não deve e sair ilesa? Está enganada, querida.

– Carter, me solte!

– Nossa carona chegou. Entre.

Havia uma limusine preta esperando na calçada. Carter abriu a porta traseira e empurrou Blair para dentro do carro. Em seguida, ele entrou junto. O veículo deu partida e saiu andando pelas ruas.

Nuestra mamma, Baizen sequestrou a Srta. Waldorf! - Anthony puxou seu revólver - Vamos voltar para o Victrola! Enquanto eu chamo o Sr. Bass, você pega o carro e alguns homens e tenta achar pista deles!

XOXO

Carter Baizen era um homem orgulhoso e sagaz, porém nada mais lhe restava além da miséria. Seu pai comandava a empresa de petróleo da família com mãos de ferro e tentou introduzir o único filho nos negócios, porém, quando descobriu a laia de seu herdeiro, não deu mais nenhum centavo nas mãos de Carter. A mãe tentou casá-lo com moças ricas de família, mas as notícias corriam mais rápido do que o vento no Upper East Side, e mais nenhum pai queria a filha casada com um homem envolvido em negócios do submundo.

A última gota para Carter foi a insolência dos Waldorf. Eles o rejeitaram como se rejeita um cão de rua, e isso ele não podia engolir. Aquela nojenta, filha do governador... Não passava de uma vadia, se o perguntassem. Podia disfarçar muito bem para a sociedade externa, mas o mundo da máfia já sabia que ultimamente ela andava intima com Chuck Bass. Ela o trocara por ele, e com certeza pagaria por aquilo.

Blair olhava para a janela do carro onde os dois agora estavam. Ela estava rígida, pálida e sua face trazia uma expressão de raiva. Carter escorregou para perto dela e lhe beijou a bochecha.

– Não fique assim, querida. Logo logo você estará bem alegre. - Ele riu dissimuladamente, e ela limpou o local onde ele havia beijado, furiosa.

– Não me toque.

– Ah, desculpe. Esqueci que apenas Chuck Bass tem permissão para colocar as mãozinhas em você.

– Eu e Chuck não temos nada. - Ela murmurou, e pela primeira vez a sua voz traiu alguma emoção. Carter fez uma careta de desgosto.

– Mentirosa. Vi você dançando com ele nas festas do Victrola, vi o jeito que você olha pra ele, vi como ele a beijou no rosto no jantar do Met... Você não passa de uma pervertida, e ele, um verme.

– Não fale assim dele. - Ela falou, entre dentes, e Carter lhe deu um tapa no rosto. Blair tentou revidar, mas ele segurou seus pulsos.

– Nem tente partir pra cima de mim. - Ele ameaçou - Ou o nosso passeio não vai ter um final feliz.

– Eu prefiro ter um final trágico agora mesmo do que passar mais um minuto ao seu lado.

– E eu prefiro me divertir um pouco com você antes deste final. - Carter correu os dedos pela marca vermelha que havia deixado na bochecha de Blair e tentou beijá-la nos lábios, mas ela virou o rosto. Carter grunhiu de desprezo e bateu no vidro do motorista. O empregado baixou a janela e olhou para trás.

– Sim, Sr. Baizen?

– Pode parar por aqui mesmo, Lewis. Estou sem paciência para irmos até o Bronx. Espere aqui até eu voltar.

A rua naquele momento estava completamente deserta, a não ser por dois ou três sem tetos que passavam na calçada em busca de abrigo. A limusine negra modelo 87 encostou no meio fio, e dela saiu Carter, puxando Blair pelo braço. Ela relutantemente saiu do veículo, tentando ao máximo evitar de acompanhar Carter, mas ele era mais forte que ela; antes de se afastar, ele bateu na janela do carona e falou com o motorista.

– Cuide as redondezas e me avise se alguém se aproximar demais. Não vou demorar.

O motorista fez sinal afirmativo e fechou a janela.

– Carter, para onde estamos indo? - Blair perguntou nervosamente.

– Segredo. - Ele sorriu friamente, e Blair sentiu seu estômago se virar em um nó.

Os dois entraram em um beco, e no final dele, havia uma porta de ferro velha. Carter empurrou a porta e eles entraram em uma sala pequena e sem janelas, com uma lamparina iluminando fracamente o ambiente e uma cadeira e uma mesa com cordas como móveis.

– Sente ali. - Carter apontou para a cadeira, porém Blair permaneceu estática.

– Eu falei pra você sentar. - Ele arreganhou os dentes e empurrou Blair para que ela sentasse no cadeira. Ela sentou e, tremendo por dentro, manteve a cabeça erguida para encarar o demônio que era Baizen. Carter foi até a mesa e pegou as grossas cordas de marinheiro que se encontravam ali, e agindo rapidamente, amarrou os pés e os punhos de Blair. Depois se levantou e parou em frente à ela.

– E então, como estamos hoje à noite?

– Péssimos, eu diria. - Blair respondeu, e foi quando sofreu a segunda agressão: outro tapa no rosto.

– Bom, eu diria que me sinto melhor agora. - Ele flexionou os dedos da mão e riu de forma doentil - Ah, como eu queria ter feito isso naquela noite, no jantar em minha casa. Você e sua família de vermes me humilharam em frente aos meus pais!

Blair, apesar da ardência em sua bochecha direita, revirou os olhos debochadamente.

– Você mesmo se humilha, se coloca pra baixo. Não vejo como pode esperar casar comigo sendo quem você é.

– Ah, ela acha que é a excelência em pessoa! - Ele apontou um dedo para Blair - Pois você não passa de uma vadia! Isso que você é! E seu pai é um otário, o maior que já vi! Não pense, nem ouse pensar... - Ele suspirou pesadamente para controlar a raiva - Nem ouse pensar que vocês, Waldorf, estão acima de todos. Especialmente você. Pensa que eu não sei que dorme com o estúpido do Bass?!

– De onde você tirou isso? - Blair franziu as sobrancelhas, furiosa com os dizeres de Carter - Você nem sabe do que está falando!

– Sim, eu sei! - Ele gritou - Você diz que eu não sou bom o suficiente, mas olhe pra você, com essa carinha de anjo, com toda sua falsa inocência! Quem diria que anda envolvida com os podres!

A esta altura, Carter já berrava, suas mãos se fechando em punhos e seus olhos encarando furiosamente Blair. Ela engoliu em seco, sentindo o medo mergulhar em seu corpo pela primeira vez, Enquanto Carter discursava, ela escaneou a sala com os olhos; não havia qualquer meio de fugir dali. Ela teria de tentar acalmar Carter.

– Carter, por favor, me ouça - Ela o olhou com olhos suplicantes - Não é assim que vamos resolver as coisas. Me solte e vamos conversar.

– Ainda não está na hora do intervalo - Ele retrucou - Estou longe de soltar você, bonitinha.

– Mas não é assim que vamos resolve-

Carter avançou sobre Blair e colocou a mão em cima da boca dela, fazendo-a parar de falar.

– Assim que eu terminar de fazer o que quero com você, as coisas voltarão ao normal.

Blair gelou.

– O que você vai fazer?

– Nada que você não goste - Ele se inclinou sob ela e a beijou na bochecha. Blair se encolheu, enojada, e isso foi o suficiente para deixar Carter ainda mais furioso. Ele espalmou a mão contra o rosto de Blair, mais violento do que o primeiro e o segundo tapa, forte o suficiente para cortar o lábio inferior de Blair. Ela gemeu com a dor, o que deixou Carter um tanto receoso.

– Droga, eu a machuquei - Ele colocou o rosto marcado dela entre suas mãos, e de repente seu humor mudou de bravo para preocupado - Prometo que de agora em diante só lhe darei carinho.

– Carter, me largue... - Blair chorou, sentindo a primeira lágrima escorrer pela sua face.

– Hoje à noite vou lhe dar o que você merece - Ele murmurou em seu ouvido. As mãos de Carter correram pelos braços de Blair, e ele baixou uma das alças do vestido de seda vermelho que ela vestia para expôr o seu ombro. Blair se retraia com cada toque de Carter em seu corpo, e tentava ao máximo desviar dele, mas não conseguia. Suas mãos e pés estavam amarrados.
– Se eu fosse você, não me atreveria a resistir. - Carter rosnou, seu humor violento voltando à tona.

– Não faça isso. - Ela tentou mais uma vez, sua voz agora fraca e baixa. Baizen secou uma lágrima que rolava pela bochecha de Blair, e depois a beijou na boca forçadamente. Ela fechou os olhos com força e comprimiu seus lábios, tentando impedir que a língua dele entrasse em sua boca, e Carter bufou, frustrado, se afastando dela por um momento. Quando Blair se permitiu dar um suspiro de alívio, Carter avançou sobre ela mais uma vez. Puxou as alças do vestido de Blair com tanta força que o tecido frágil rasgou, e assim seus ombros, sutiã e barriga ficaram expostos. Ele riu ao vê-la assim.

– Ah, finalmente estou vendo parte do que Chuck vê o tempo inteiro!

– Eu nunca dormi com Chuck. - Ela rebateu, se debatendo na cadeira e tentando, sem sucesso, se cobrir com os braços presos.

– Mentirosa.

Blair não entendia esta obsessão que Carter tinha pelo seu relacionamento com Chuck, mas seus pensamentos logo foram interrompidos quando sentiu os lábios de Carter beijarem seus ombros, indo em direção aos seus braços. As lágrimas transbordaram novamente pelos cantos de seus olhos enquanto Carter tentava se livrar do vestido de Blair, sem que fosse necessário desfazer os nós das cordas que prendiam suas mãos e pés.

– Pare. - Ela murmurou, sem esperanças, em meio à voz embargada e o rosto úmido de lágrimas. Carter riu. Estava quase conseguindo despi-la por completo.

– Desculpe, mas parar é algo que não posso fazer.

XOXOXOXO

Chuck enxergava tudo em vermelho, tamanha era a raiva que sentia naquele momento. As palavras de Anthony soavam embaralhadas em seus ouvidos e Nate repetia "Acalme-se, acalme-se", enquanto ele e mais cinco homens entravam no cadilac da máfia. Chuck sentou-se no banco traseiro e sua mão agarrava firmemente o revólver dentro de seu bolso.

– Senhor Bass, Jeremy está na pista de Baizen. Vamos encontrá-lo. - Anthony falou, tentando apaziguar os ânimos do chefe. Chuck respirou fundo. Precisava se controlar.

– Você tem alguma noção de onde está indo?

– Estamos seguindo para o Brooklyn, Senhor. Jeremy telefonou dizendo que está à paizana.

– E eu me pergunto PORQUE DIABOS VOCÊS PERDERAM BLAIR! – Chuck perdeu os nervos. Anthony tremeu e balbuciou algumas palavras, mas justificativa alguma saiu de sua boca.

– Cara, precisamos nos manter firmes - Nate falou, e tirou a própria arma de dentro de seu paletó - Vamos fazer justiça.

– Assim espero. - Chuck respondeu rudemente.

Com as instruções que Jeremy havia fornecido, Chuck, Nate, Anthony e os outros cinco capangas da máfia chegaram à um beco sem saída. A rua estava escura e deserta, e havia uma limusine estacionada em frente à um beco. Chris, um dos capangas da máfia e que estava dirigindo o carro, deu meia volta para que o motorista da limusine não os visse, e, estacionando uma quadra antes, os homens saíram do carro e caminharam de volta até o endereço procurado. Jeremy os aguardava, escondido nas sombras de um beco sem saída, portando um revólver em uma das mãos.

– Aquela é a limusine de Baizen? - Chuck sibilou, olhando para o outro lado da rua onde o veículo estava estacionado.

– Sim, senhor. Não quis fazer nada até que os senhores chegassem.- Jeremy assentiu para Chuck e Nate.

– Perfeito - e se virando para Chuck, Nate colocou uma mão no ombro do amigo - Mantenha a cabeça fria, pelo menos enquanto estamos aqui. Não sei se Carter não está acompanhado de um de seus homens.

– Pouco me importa. - O mafioso respondeu. - Precisamos passar pelo motorista sem que ele nos veja. Anthony, por favor.

– Sim, Sr. Bass?

– Mate o homem.

Anthony retirou o revólver de dentro de seu paletó e assentiu, obediente, atravessando a rua em direção ao veículo logo a seguir. Os homens esperaram na escuridão do beco até que ouviram o estouro surdo da bala da arma de Anthony.

– Vamos. - Chuck ordenou.

Charles, Nathaniel, Anthony e mais dois capangas entraram no beco logo à frente da limusine. Depois de conferir o corpo sem vida do motorista, Nate seguiu em frente e sinalizou para que todos o acompanhassem. Da única porta que havia naquele lugar escuro, eles puderam ouvir um grito feminino, seguido por um choro.

– Blair - Chuck murmurou. Com o sangue subindo à cabeça, ele sacou sua arma e atirou no cadeado que mantinha a porta trancada. Com o estouro, a porta voou e, com o caminho livre, ele e os outros quatro homens invadiram o ambiente. A imagem que se seguiu chocou tanto Nate quanto Chuck: Blair estava sentada em uma velha cadeira, com as mãos e pés amarrados, seu rosto úmido de lágrimas com várias marcas vermelhas e seu lábio inferior manchado de sangue. Ela estava vestida apenas em suas roupas intimas, seu vestido estava rasgado no chão, e Carter Baizen a beijava nos lábios quando a máfia invadiu seu esconderijo. Ele se sobressaltou, assustado, e correu para trás de Blair, colocando uma faca contra o pescoço dela.

– Um passo a mais e a sua querida morre. - Carter falou entre dentes, seu olhar alternando entre Chuck e Nate. Os capangas olharam para o chefe, questionando o que deviam fazer. Chuck mantinha sua arma no ar, apontada para Baizen.

– Acho melhor você se afastar dela - Nate falou primeiro - Será melhor para nós, e principalmente pra você.

Blair e Chuck trocaram um olhar desesperado através do tumulto. Ele podia ver o medo nos olhos castanhos dela, respirando ofegantemente, fraca e com dores pelo corpo. Chuck respirou fundo, e depois de contar mentalmente até dez, resolveu falar.

– Carter, nós podemos negociar isso. Você não sairá prejudicado. Nós podemos ir até minha base no Brooklyn e você faz sua oferta para se manter longe daqui. Nós, da máfia, podemos nos retrair.

Era isso. Os capangas ouviram a palavra mágica da máfia Bass. O RETRAIR. Distraído com o que Chuck dizia, Carter não percebeu quando os recrutas italianos Chris e Giuseppe o cercaram e o puxaram pelo braço, o afastando de Blair. A faca que ele segurava arranhou a fina pele do pescoço dela, fazendo com que uma linha de sangue escorresse por sua nuca, e por um segundo de distração com os gritos de Blair, Carter escapou dos braços dos seguranças e correu até Chuck. Tentando se defender, ele atirou em Baizen, porém sua pontaria falhou e a bala acertou a parede. Com um sorriso de vitória, Carter enterrou a faca afiada no abdômen de Chuck.

– CHUCK!!!!! - Foi a última coisa que Charles ouviu antes de fechar os olhos.

XOXO

Na noite seguinte

– Boa noite, querida - Harold Waldorf beijou a bochecha da filha, e, antes de fechar a porta, olhou para ela mais uma vez - Tem certeza de que está tudo bem? Você tem estado um tanto estranha estes dois últimos dias, Blair.

– Eu estou ótima, pai. - Ela forçou um sorriso - Boa noite para o senhor.

Harold deu de ombros e fechou a porta do quarto da única filha. Blair esperou ouvir os passos do pai se distanciarem, e quando ouviu a porta do quarto dos pais fechar, ela soltou um suspiro de alívio. Blair foi até a mesa de mogno branco que usava como escrivaninha e pegou o telefone, deslizando o dedo pelo disco para acertar os números.

– Telefonista, Stence Fields, Apartamento 506, Brooklyn. - Ela murmurou no bocal do telefone. Alguns segundos depois, ela ouviu a voz do gangster italiano que a acompanhava em todos os lugares - Anthony, preciso que venha me buscar.

– Senhorita Waldorf, o Sr. Bass pediu que eu a mantivesse segura.

– Não interessa o que Chuck pediu. - Blair falou entre dentes - Venha me buscar e me leve até ele.

Depois de um longo suspiro, Anthony respondeu.

– Tudo bem... Mas que vou ser xingado, ah, eu vou.

– Não se preocupe, eu conversarei com ele.

Blair colocou o telefone de volta no gancho e rapidamente se aprontou para esperar Anthony e Jeremy. Em poucos minutos, o cadilac característico da máfia já a esperava no meio fio. Blair saiu, em silêncio para não acordar os pais, e desceu até onde se encontravam os mafiosos. Com um rápido murmurio de "Boa Noite", os três e o motorista seguiram em silêncio para o QG onde todos os outros estavam reunidos. Jeremy acompanhou Blair até a porta de um quarto, no segundo andar, e antes de abri-la para que ela pudesse entrar, falou, em um tom afável

– Srta. Waldorf, o Sr. Bass...Ele não está completamente recuperado. A facada foi forte. E ele não queria a senhorita aqui. Pensa que é perigoso pra você.

– Eu entendo. - Blair engoliu em seco e desviou o olhar para o chão - Mas eu preciso vê-lo.

Sem olhar pra trás, ela mesma entrou no quarto e fechou a porta. O ambiente estava escuro, com apenas uma vela quase inteiramente derretida iluminando os arredores da enorme cama king size, e a poltrona ao lado continha uma camisa e um paletó, cuidadosamente dobrados. Blair podia ouvir a respiração lenta e duradoura de Chuck, e caminhou até a cama, onde ele se encontrava, olhando para a sua figura desacordada. Chuck tinha um lençol cobrindo-o até a cintura, seus cabelos castanhos estavam fora de ordem devido ao sono e seu corpo estava de lado na cama, uma das mãos escondida embaixo do travesseiro. Blair levantou um pouco a fronha e viu que Chuck dormia segurando uma arma. Ela suspirou e passou os dedos pelos cabelos dele.

– Ah, Chuck.... - Blair falou baixinho, com a voz embargada. Enquanto seus dedos corriam suavemente pelos cabelos escuros do mafioso, os olhos dele foram abrindo lentamente, e ele gemeu de dor quando se mexeu para poder vê-la melhor.

– Blair... você devia estar em casa.

– Não se mexa, você pode se machucar. - Ela colocou as mãos nos ombros de Chuck, delicadamente, para evitar que ele mexesse o corpo. Ela podia ver o largo curativo na barriga dele, e pelas fracas manchas vermelhas na gaze branca, sabia que ainda não estava curado. - Eu quero que você fique bem.

Chuck, agora totalmente acordado, sorriu fracamente para Blair. Ela retornou o sorriso.

– Eu... Me desculpe por ter sido tão estúpida. Mas eu não tive escolha naquela noite. - Blair prosseguiu, e seus olhos fitaram o chão, envergonhada - Você se arriscou demais.

– Você não deve pedir desculpas, pois a culpa não foi sua.

– Não, eu....

– Tenho uma surpresa pra você. - Chuck falou, de repente. O olhar de Blair rapidamente encontrou-se com o seu.

– Surpresa? Eu não quero nada, esqueça.

Chuck pegou uma das mãos de Blair e beijou a palma de forma carinhosa.

– Esta eu tenho certeza de que você vai querer. Além disso - Ele a puxou para frente, de modo que Blair ficasse inclinada em sua direção, e seus dedos masculinos acariciaram a bochecha vermelha dela - Ninguém machuca aqueles que eu gosto. Ele a marcou... A humilhou... - Chuck pausou para respirar fundo e se recompor - E a machucou. Ele merece o inferno.

Blair engoliu em seco.

– Eu também estou com muito ódio de Carter, Chuck. Mas tudo bem. Conversamos sobre isso mais tarde. Agora você deve descansar. - Blair puxou o lençol até a altura do peito de Chuck e lhe deu um beijo na bochecha - Eu vim apenas ver como você estava.

Blair estava prestes a levantar da cama quando Chuck puxou seu pulso.

– Passe a noite comigo.

Blair o encarou por um momento, e depois de pensar no assunto, se entregou.

– Certo... Mas eu voltarei pra casa cedo. Você sabe disso.

Chuck foi para o outro lado da cama, de forma que abrisse espaço para Blair deitar, e ela tirou os sapatos boneca dos pés, entrando embaixo dos lençóis. Ele estava prestes a envolvê-la com os braços quando ela o impediu.

– Você está machucado, esqueceu? - E gentilmente, colocou os seus braços ao redor do pescoço dele - Neste caso, sou eu quem me abraço em você.

Chuck suspirou, satisfeito, e um enorme sorriso cresceu em seu rosto quando ele sentiu a boca macia de Blair lhe beijar levemente os lábios. Quando o beijo acabou, ele grunhiu.

– Beijos de boa noite costumam ser mais animados do que estes. - Chuck falou, sua voz rouca com um pouco de sono.

– Pois este beijo de boa noite foi animado o suficiente. - Ela replicou, e antes de fechar os olhos, uma dúvida apareceu em sua mente- Chuck?

– Sim?

– Onde está Carter?

Ela sentiu o corpo de Chuck ficar tenso.

– Ele está bem guardado, não se preocupe. Darei um jeito nele.

– Não. - Ela falou, firme. Chuck se apoiou nos cotovelos e olhou para o rosto de Blair. Estava sério.

– O que você quer dizer com "não"?

– Quem vai dar um jeito nele sou eu.


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Notas finais do capítulo

Respostas pras reviews!Karina Bass: Eitaaa valeu hahahaha aqui está o capitulo, espero que tenha gostado o/ Daniele Lemos: O esquema do Chuck contra a Lily você vai ver no próximo capítulo! Muito obrigada por comentar :*Mayara: Oi xará! Hahahaha Obrigada por comentar, que bom que vc gostou! Bjooos :**Bruniinha Wild Rose: Desculpa por fazer isso, parar na melhor parte hahaha mas era necessário :P Obrigada por continuar comentando, volta sempre aqui hein o/ Polyana: Awn muito obrigada ♥ Espero que tenha gostado desse capitulo!Gercisales: E lá foi o Chuck salvar a Blair hahahaha Valeu por comentar, bjos :*Jessica Sperandio: Aaaaahhhh muito obrigada ♥333333 Volta sempre, viu!Mari Barbosa: Leitora nova yayyyy!!!!! Nossa, amei sua review! Obrigada mesmo! São pessoas como você que motivam as autoras a continuar suas histórias ♥ Espero que tenha gostado do capitulo :)))))Mia: E aqui está o novo capitulo hahaha obrigada pela review, bjooss :**AmandaBass: Ahhhh que você gostou da parte da lemon hahahahaha muito obrigada por ler a BK, volta sempre aqui, viu! Bjooosss