The Princess And The Pirate escrita por MsMimiMarquez


Capítulo 1
I will always choose you


Notas iniciais do capítulo

Bom, essa é a primeira fic captain swan que eu posto! Cheers!
Serão one-shots não relacionadas diretamente umas com as outras de prompts que me vem a cabeça.
PROMPT: Emma descobre que Hook está com a adaga de Rumpelstiltskin e pretende usá-la para matá-lo, ela tenta impedi-lo.



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Emma corria pelas ruas de Storybrooke, seu coração falhava algumas batidas e ela temia que seu maior medo tivesse se concretizado e que não houvesse mais volta.

Sentindo o vento gélido bater contra o seu rosto, ela correu com maior velocidade, ignorando o olhar de algumas pessoas que ainda estavam no Granny’s  ou pelas ruas da cidade.

Uma tempestade se formava vindo do norte para o sul e as primeiras gotas da precipitação já caiam sobre a cabeça da Sheriff. Mary Margaret – mãe, ela corrigiu-se mentalmente – tinha pedido que ela ficasse em casa, sob o argumento irrefutável de que ela já se envolvera demais com toda aquela história. Mas poderia Emma deixar de se importar? Não era sua função manter a lei no lugar?

Ainda era estranho pra ela ocupar a função de “salvadora” e representar a “lei” num lugar onde, obviamente, havia uma lei própria e diferente, mas Emma sentia a necessidade de ser útil, de poder de alguma maneira fazer o que se encontrava ao seu dispor para manter a ordem, para fazer o que julgava certo. “Eu sou a filha da Snow White e do Prince Charming, afinal de contas, eu preciso acreditar que o bem sempre vence” – Ela tentava se convencer de que estes eram os motivos – os únicos – pelos quais ela estava indo ao encontro de Hook para impedir que ele cometesse um ato que destruiria não apenas a vida de Mr Gold, mas a do próprio Hook.

Não era como se ela se importasse com o maldito Pirata, nem de longe. Ela deveria proteger a cidade e se isso implicava em Gold e Hook deles mesmos, então que assim fosse.

Foi por isso que a contra gosto de Snow, Emma estava agora parada diante do Jolly Roger observando as velas se agitarem pelo vento. Sem pensar muito, ela entrou no navio sorrateiramente e avistou Hook parado perto da proa. A adaga em punho, o brilho do metal ainda maior sob a luz da lua, em destaque o nome Rumpelstiltskin.

- Então essa é a adaga que você procurava? – Ele virou em seus calcanhares ao ouvir sua voz.

Hook a encarou profundamente, os olhos pareciam duas pedras sem vida, porém no fundo de sua íris, um brilho estranho bailava, Emma reconheceu aquele brilho como o ardor da vingança quase finalizada.

-Aparentemente, Princesa. – Ele respondeu irônico, ainda analisando a adaga. – Pra ter certeza, eu ainda preciso enterrá-la no coração de um certo Crocodilo.

Um arrepio percorreu a espinha de Emma, seu sangue congelou-se em suas veias, ela pensou que fosse desmaiar ali mesmo. Ela torcia os nós dos dedos em um gesto de extremo cansaço e nervoso. As ondas se quebravam no casco do navio e Hook a encarava friamente, esperando que ela falasse algo, a adaga repousando calmamente em suas mãos.

Recobrando sua sensatez, Emma mudou de expressão, aparentando uma calma que ela estava longe de ter naquele momento.

- Você sabe quais são as consequências dessa escolha, não sabe? – Ela questionou.

Ele ficou em silêncio.

- Sabe que se você seguir com este caminho de destruição e vingança, além de acabar com a vida de Gold e Belle, você vai destruir a sua também e de todos que se importam com você. – O tom de voz de Emma era de desespero a essa altura.

Hook deixou um sorriso sarcástico escapar de seus lábios, mas ao observar a expressão de pavor da mulher a sua frente, voltou a fechar o cenho. Não poderia ser possível que Emma estivesse usando justamente esse argumento com ele. Ela, de todas as pessoas, era aquela que sabia que ele não tinha nada a perder, que nada lhe restava a não ser a culpa e o desejo de vingança.

- Eu não posso contar nem em uma mão todos que se importam comigo, amor. – Ele falou entre dentes. – Porque não existe mais ninguém que se importe comigo. Rumpelstiltskin matou a única pessoa que se importou comigo em toda a minha vida, é justo que ele pague por isso.

Emma passou as mãos pelo cabelo. Enquanto no exterior, ela tentava mostrar firmeza, por dentro se debatia em meios aos seus sentimentos. Ela sabia que aquele Pirata a traria problemas desde o momento em que o viu e a partir de então passou a lutar para se afastar da sensação que ele transmitia a ela.

A sensação de reconhecimento, de familiaridade, a perigosa sensação de estar ligado a uma pessoa de alguma maneira e era por isso que ela poderia deixar que ele cometesse um erro pelo qual ele pagaria para o resto de sua vida, era por isso que ela tinha que impedi-lo de desistir de tudo. Ela precisava disso, não pela cidade, nem mesmo por Gold, mas sim por ela. Ficava claro que desde o momento inicial era com Hook que ela se preocupava e era por ele que ela estava ali agora.

- Há um ano quando eu cheguei aqui em Storybrooke, Gold me disse que sabia reconhecer uma alma desesperada. – Hook a encarava. – Você sabe porque isso? Porque ele era uma alma desesperada. O poder dele pode ser sedutor, mas vai te levar para um abismo. Você está pronto pra lidar com o vazio?

-Eu não sou um covarde! – Hook retalhou. – Eu posso lidar com qualquer coisa.

-Ah, é? – Emma riu com ironia. – Mesmo sabendo que você se tornará no homem que mais odeia?

Hook abaixou a cabeça, seus olhos mais azuis que o oceano refletiam o peso de seus conflitos, de suas dúvidas. Exasperado, ele sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto, virando-se para a proa novamente, ele tentou limpar os olhos para que Emma não o visse tão frágil. Aquela mulher não apenas o desafiava, mas também enxergava o que era mais vulnerável nele. Ele não queria parecer fraco diante dela, não agora que estava tão perto de cumprir sua vingança.

- Eu não tenho nada a perder. – Ele disse em um tom frio. – Aquele maldito tomou tudo o que me era caro. Eu não tenho motivos pra viver, eu vivi por essa vingança, Emma. É justo que ele tenha alguém que o ama? É justo que até mesmo você se importe com ele o suficiente pra tentar me impedir de dar cabo nessa história toda?

Emma sentiu a chuva torrencial cair sobre sua cabeça finalmente, mas não conseguiu se mover, ela encarava os olhos de Hook, procurando por algum sinal de vida dentro deles. Ela se sentia incapaz de fazê-lo perceber. Suas forças pareciam se esvair junto com a água que descia caudalosa.

- Toda magia vem com um preço. Você está disposto a pagar por ter feito a escolha de se transformar no novo Senhor das Trevas? – Ela questionou, suas lágrimas se confundindo com a água da chuva.

- Eu não tenho escolha. – Ele respondeu.

- Sempre há uma escolha, você sabe disso, Killian. – Ela disse aproximando-se dele e colocando as mãos sobre a adaga. – Qual é a sua?

Os olhos dele faiscaram ao sentir as mãos dela sobre a sua, a adaga entre suas mãos. Ele encarou o nome de seu inimigo entalhado no artefato antes que seus olhos voltassem para os olhos de Emma. O olhar dela era um reflexo do olhar que ele próprio lhe havia dado antes de ser abandonado no pé de feijão. Um olhar que implorava por confiança e que prometia lealdade. Ele sabia que ela estava sendo honesta com ele e quando a palavra “Killian” saiu de seus lábios, ele teve certeza que Emma, sua princesa Emma, estava ali por ele e ninguém mais.

- Killian...? – Ele perguntou reassumindo a expressão de zombaria de repente.

Exausta e exasperada, Emma soltou as mãos de Hook, fazendo com que a adaga caísse aos seus pés. A tempestade caia com força, raios já dividiam os céus do Maine.

- Você é frustrante, Killian. – Ela gritou, brandindo o dedo indicador em sua direção. – Maldito Pirata!

Sem que ele pudesse responder a ofensa, Emma diminuiu violentamente o espaço entre os dois, ao colar seu corpo ao dele e tomar seus lábios com fúria. Ele respondeu ao beijo com igual ardor, pedindo passagem com sua língua e sentindo as mãos de Emma trilharem um caminho por seus cabelos e costas.

A chuva caía lavando a ambos, mas eles não pareciam se importar. Seus corpos se encaixavam de maneira perfeita e harmoniosa, cálidos e sedentos.

Hook mentiria se dissesse que nunca tinha sonhado e esperado por aquele momento. Desde o momento em que Emma encostara uma faca contra seu pescoço, ele a havia desejado. Inicialmente ele pensou que não passaria de uma atração. Levando em conta seu histórico, era normal que pensasse assim, atração era algo que ele sentia com frequência, mas com Emma foi diferente.

A atração não se desvaneceu com o tempo, ao contrário, qual fogueira quando incitada pela brisa leve só faz aumentar, assim Hook assistiu o que era uma atração transformar-se num sentimento frutífero e forte, mas para aumentar sua tragédia, ele sentia que o objeto de suas afeições não lhe dedicava sequer um pensamento que demonstrasse que ela poderia correspondê-lo.

Porém, ali, na proa do seu navio, em meio a uma incessante chuva, com Emma em seus braços, ele sentia que encontrava seu lugar. O homem do mar encontrava finalmente um cais para aportar. Um lar, uma razão, uma escolha.

Ele soube ao sentir os lábios da Princesa perdida que ele teria de renunciar sua vingança, ele teria que deixar viver e deixar viver, ele teria que lutar pelo seu final feliz e ele estava disposto a isso, por Emma, ela estava disposto a tudo.

Quando já sem fôlego eles se desvencilharam, Emma o encarava com os olhos verdes de mar aguados, porém esperançosos, ele tomou seu rosto com sua mão direita e deixou-se perder no olhar dela por alguns instantes.

- Você é minha escolha, Killian, qual é a sua? – Ela sussurrou.

Ele a beijou intensamente.

- Eu escolho você. – Ele sorriu. – Eu sempre vou escolher você.

Desta vez, ela saltou em seus braços, selando seus lábios em um doce beijo.

Sentindo a tempestade se dissipar, Killian pegou a adaga do chão e a lançou ao mar, Emma segurando sua mão e acariciando suas costas.

No horizonte o sol surgia atrás das montanhas e um arco íris começava a se formar. O passado era enterrado no fundo do oceano e Killian e Emma sorriam diante do cenário.

- Eu acho que esse é o meu final feliz, Princesa.  – Ele sussurrou próximo aos lábios dela.

- Não. Este é apenas o começo. 


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Notas finais do capítulo

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