Dramas De Uma Obsessão escrita por Tricia


Capítulo 15
Revelação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! O capitulo está muito longo e triste, mas emocionante!
A música não foi escolhida por mim pela letra, mas porque sempre me deixa muito triste, então escrevi ouvindo-a.
November Rain - Guns N' Roses
http://www.youtube.com/watch?v=8SbUC-UaAxE
Espero que gostem!



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Narrado por Bella


Me despedir de Jake, aceitar que ele não estava mais ali para me amar, proteger, saber que nunca mais veria seus olhos negros tão bondosos ou que jamais escutaria sua risada gostosa novamente estava sendo muito, muito difícil . A única coisa que me mantinha em pé naquele momento, que me fazia ter forças para lutar contra a depressão, era minha vontade de proteger Derek.

Jasper havia explicado a ele o que tinha acontecido da melhor maneira possível, tentando amenizar os fatos, mas sem mentir. Eu não tinha tido forças para fazer aquilo. Então ele entendia que estávamos tristes porque o pai não estava ali, mas era muito pequeno ainda para compreender exatamente o que aquilo significava.

Quando no funeral, encontrei Carlisle, Esme e Rose não fiquei surpresa, eu sabia que eles tinham voltado para Forks e não tinha nada contra eles. Mas me deparar com Edward, num momento em que me sentia extremamente fragilizada não foi a melhor coisa que podia ter acontecido.

Levei um susto. Nunca imaginei que ele iria ao funeral. Não queria ele perto de Derek. Na verdade não queria que ele sequer tivesse olhado para o "meu" filho. Mas na hora não tinha pensado nisso, abalada demais com a dor que sentia. Só agora,sentada na sala da casa que Jake comprara para nós ali no centro de Forks, com Derek adormecido em meu colo, isso me passava pela cabeça.

Estavam todos ali. Meus amigos do FBI, Hotchner , David, Morgan e Spencer conversavam aos sussurros com meu pai, Billy, Emmett e Jasper.

Alice, Emily, J.J e Garcia estavam na cozinha preparando um lanche para todos. Querendo fugir da realidade e ainda analisando a casa que eu estava conhecendo agora , fechei os olhos e deixei minha mente vagar pelas lembranças...

*****Flashback*****

Jake tinha acabado de falar com Billy ao telefone, eu brincava com Derek no cercadinho, dando as mãos a ele, que estava tentando parar em pé sozinho.

Jake me abraçou por trás e deu um beijo em meu pescoço.

- Bells, meu pai ligou só para dizer todo animado que tem uma casa para vender lá no centro de Forks, pertinho do seu pai. Disse que é uma boa oportunidade e que é para nós comprarmos! - falou rindo.

-Para quê vamos querer uma casa em Forks? - retruquei cética.

-Ah, Bells! Ele tem esperanças que um dia a gente volte para lá! Ou que pelo menos passemos férias. - terminou dando de ombros.

-Sei - eu ri fingindo um arrepio - férias em Forks! Maravilha! Vamos passar frio e ainda ter aguentar os fofoqueiros de lá! - brinquei.

-Deixa de ser chata! - ele me fez cocégas - Eu falei para ele resolver tudo que eu mando o dinheiro! Vamos ter uma casa em Forks! - falou me zoando.

-Tudo bem, o dinheiro é seu - falei dando de ombros.

Ele riu em meu ouvido.

-Errado. O dinheiro é nosso. O que é meu, é seu.  Então a casa também!

Eu ia protestar, mas ele me virou e  deu um beijo, calando-me. Quando me soltou pegou Derek que nos observava quietinho, falando para ele:

- Vem comigo, lindinho! Você arranjou uma mamãe muito teimosa! Vamos deixá-la aí, quietinha, senão ela vai brigar com o papai! - piscou para mim brincalhão e foi com Derek em direção da cozinha...

*****Fim do flashback*****


Voltei à realidade, com o leve toque das mãos de Emily em meu ombro. Suspirei triste.

-Desculpe Bella, te acordei? - eu neguei - toma um pouco de café então  - ela falou me estendendo uma xícara.

Eu neguei novamente.

-Não quero, obrigada! Vou subir com Derek  e me deitar com ele. Fiquem à vontade. - estava sentindo que as lágrimas logo transbordariam novamente.

Ela assentiu.

No dia seguinte, acordei desorientada. Rolei na cama tentando me situar e quando me lembrei de tudo, gemi alto, desesperada. Comecei a chorar mas logo me lembrei de Derek, que deveria estar ali na cama comigo. Eu não sabia onde ele estava.

-Seja forte Isabella!  - falei comigo mesma - você tem um filho para criar! Coragem mulher!

Eu tentava me animar mas a verdade era que eu estava em frangalhos.

Desci e Derek estava na sala de tv com a babá e o restante do pessoal me esperava na sala de estar. Meus amigos se despediram e Hotchner prometeu que faria de tudo para convencer a polícia de Nova York, que  precisavam deles no caso. Pois só quando eram convidados, podiam participar efetivamente. Se despediram e foram embora, Jasper e Emmett os acompanhando até Port Angeles.

Tentava beber o café que Alice gentilmente tinha colocado para mim, quando a babá me procurou.

-Dona Isabella, Derek não me parece bem, acho que está com febre!

Fazia pouco tempo que eu tinha dado um beijo nele. Será que eu estava tão atordoada, que não tinha percebido? Corri para junto dele, que deitado no sofá, quietinho, estava assitindo a tv . Verificando a temperatura com a mão.

-Meu amor - falei carinhosa - está sentindo alguma coisa? - ele estava mesmo com febre.

-Só frio mamãe!

A babá chegou com um termômetro e eu verifiquei novamente a temperatura, ficando alarmada. Estava com 40 graus de febre. Peguei Derek no colo e gritei:

-Alice, por favor, chame um táxi, preciso levar Derek ao hospital!

Ela veio correndo esbaforida, uma chave nas mãos:

- Vamos, eu te levo, ainda bem que fui cedinho, na casa dos meus pais buscar um carro!

Peguei minha bolsa e saímos ligeiras. No hospital, a atendente me informou que o Dr. Cullen, ainda não tinha ido embora e me atenderia. Respirei aliviada. Carlisle era ótimo médico.

Mas quando entrei no consultório, não pude conter o meu espanto. Era Edward, não Carlisle, que examinaria meu filho. Involuntariamente apertei Derek contra o peito.  Alice me olhou dando de ombros.

-Ops, esqueci de contar que ele é o pediatra? - ela sussurrou para mim.

Edward que observava minha hesitação, falou sério.

-Por favor, sentem-se e me digam o que está acontecendo com o Derek - falou o nome do "meu" filho com tanta naturalidade, como se já o conhecesse, que meu estômago se contorceu.

-Acho que eu quero outro médico! - falei petulante ,não queria meu filho perto daquele desalmado.

Edward suspirou profundamente e sorriu cansado.

-Você tem essa opção, mas o único "pediatra" aqui sou eu. Deixe-me cuidar dele.  - pediu, e eu mordi  a língua segurando-me para não lhe dizer, que devia ter feito isso 5 anos antes .

Fiquei alguns segundos num debate íntimo, pesando os prós e os contras. Mas a saúde do meu filho era mais importante que tudo. Sentei contrariada, seguida por Alice e Edward, que esperou pacientemente que eu falasse.

-Ele está com febre de 40 graus, mas não se queixa de dor alguma, ontem ele estava bem... - me calei, estava a ponto de chorar, era muita tensão para suportar.

Edward me olhou pesaroso, e falou diretamente com Derek, que estava sonolento em meu colo, a voz carinhosa:

-Hei Derek, você não está mesmo sentindo nada? Fala para mim!

Meu filho, tão pequeno, se endireitou em meu colo e olhou diretamente para Edward, que percebi, se espantou com a cor dos olhos, olhando surpreso para mim.

-Quero meu papai - choramingou Derek - quero que ele brinque comigo!

Eu solucei. Edward se levantou e pegou Derek no colo, falando com ele condoído:

-Hei rapaz, eu sei que é difícil, mas você tem sua mãe, a Alice, seu tio, Jasper, os vovôs Charlie e Billy... - ele falava e ia examinando Derek,  a quem havia sentado em uma maca, delicadamente.

-Você conhece eles? - Derek perguntou com sua vozinha infantil - Conhece minha mamãe? Ela tá muito triste desde que o papai foi para o céu.

Edward sorriu para ele, os olhos lampejando para mim, que segurava o choro.

-Sim Derek, conheço-os há muito tempo!

Terminou o exame e se dirigiu à Alice, que como eu, observava em silêncio:

-Alice, você pode levar Derek? Eu preciso conversar com Isabella.

Alice assentiu e saiu:

-O que foi? É alguma coisa séria?

Ele se sentou, sendo totalmente profissional comigo. Suspirou:

-Seu filho não tem nada Isabella! A febre é totalmente emocional. Está com saudade do pai. Não entende, mas sente toda a tristeza em você e isso o está deixando abalado. Vou prescrever um antitérmico, mas o melhor é tentar distraí-lo, fazer com que se divirta. E você deve convencê-lo de que está bem.

Eu caí no choro. Como ia conseguir fazer aquilo se me sentia sem chão? E como Edward falava com tanto profissionalismo, mesmo sabendo que era o filho "dele" que estava sofrendo?

Me levantei atordoada e cambaleei. Edward, rápido, me amparou.

-Você está bem Bella? - falou preocupado - Aposto que não tem comido!

Eu me empertiguei. Como ele se atrevia a agir como se ainda me conhecesse? É claro que eu não admitiria que ele estava certo!

-Me solta! - falei humilhantemente chorosa - Eu não preciso de você! E Derek só precisou, porque aparentemente, é o único pediatra dessa cidade!

Saí do consultório, abalada e irritada, deixando para trás um Edward que me olhava confuso e espantado.


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Chegando em casa, dei o antitérmico a Derek . Jasper e Emmett, que já tinham retornado se prontificaram a levá-lo  ao parquinho, quando souberam do diagnóstico. Estavam saindo quando Derek voltou correndo.

-Mamãe, mamãe! Tem uma moça bonita aí querendo falar com você! - ele já estava melhor, só com a idéia de ir ao parque.

Fui atender e era Rose, que abraçava emocionada, Jas e Emm do lado de fora da casa. Nos abraçamos e fiz ela entrar.

-Ele é lindo Bella - falou Rose se referindo a Derek - ele parece muito com você , mas os olhos...

-São iguais aos da minha mãe - completei rápido, convidando-a a se sentar.

-Sim - continuou Rose - me lembro de algumas fotos dela, mas não era nisso que eu estava pensando...- ela hesitou -  Eu pensava, que os filhos de Edward também teriam olhos  assim - ela falava sem malícia, percebi, mas eu estava gelada quando ela terminou - mas nunca vamos saber, já que ele não pode ter filhos.

Alice, que tinha acabado de vir da cozinha, com um copo de suco, engasgou e eu senti meu queixo cair. Rose deu tapinhas nas costas de Alice que quando se recuperou, me olhou com os olhos arregalados.

-Como assim, não pode ter filhos? - ela peguntava para mim, mas Rose sem notar respondeu.

E explicou tudo.  Alice olhava para mim embasbacada e eu escutei muda. Aproveitou para se desculpar por nunca ter tido coragem de falar conosco, nos anos em que estivera longe, tinha medo de ser rejeitada por nós. Entendi. Por mim estava tudo bem.

Depois que ela foi embora, Alice e eu sentamos em silêncio por um longo tempo, pasmas demais para falar.

-Só pode ser castigo! - falou Alice por fim - ele renega um filho e depois descobre que é estéril! - me olhou apreensiva - Você entende que depois desse resultado de infertilidade, na cabeça dele, ele teve a confirmação de que Derek é mesmo filho de Jacob, não é?

Fiz que sim, aquilo se complicava cada vez mais. Mesmo achando que Derek era filho de Jacob, Edward tinha sido carinhoso com ele no consultório. Essa constatação me deixou confusa e envergonhada.

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Quando Derek voltou com os rapazes, depois de uma tarde no parque, estava completamente curado. Foi todo animado tomar banho com a babá.

Eu fazia o jantar e Alice colocava os dois a par da novidade.

-Você precisa contar a ele Bella - falou Jas - Coitado, ele pensa que nunca vai ter filhos e já tem um.

-Não muda nada Jas! Ele rejeitou o filho, mesmo antes de saber do problema! Nunca o quis! - respondi ríspida.

Meu irmão que andava muito quieto desde a tragédia, resolveu se pronunciar:

-Jacob ia querer que você conversasse com Edward, anjo. Sabe o que ele pensava sobre isso! Aliás, antes do atentado, ele foi na Surrender para me entregar três cartas, fazendo com que eu prometesse que as entregaria logo, se algo acontecesse à ele, e uma delas é justamente para Edward!

-O quê? - eu estava incrédula.

-É isso mesmo! Prometi que encontraria Edward a onde fosse, para entregá-la. Agora estou sentindo que chegou a hora!

Me recostei fraca, no balcão. Meu Deus! O que será que Jake tinha escrito naquelas cartas?


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Narrado por Edward


Desde o dia que tinha examinado Derek no hospital, não tirava Isabella da cabeça. Ela tinha raiva de mim. Isso era tão óbvio! O que me fazia pensar se era possível que estive errado todos estes anos? Será que ela era mesmo inocente...

Tantas coisas na minha cabeça... e agora isto? Emmett tinha ido até a nossa casa nos convocar para uma reunião na casa de Bella, no domingo à tarde, dizendo que era imprescíndivel a minha presença.

O quê mais poderia advir dessa história?


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Narrado por Bella


Domingo chegou e eu estava em pânico, pensando na reunião que teria a presença também do Dr. Paul, patrão de Emm no escritório de advocacia, trazendo o testamento. Tinha orientado a babá para que mantivesse Derek na parte de cima da casa, na sala de brinquedos.

Pouco antes da hora marcada, tive uma grata surpresa. Emily, Morgan e Spencer, chegaram sem aviso. Hotchner tinha conseguido colocá-los no caso e eles ficaríam ali comigo por um tempo, só Emily teria que voltar na terça. Acomodei meu amigos nos quartos de hóspedes com a ajuda da empregada da mãe de Alice, que estava nos ajudando agora.

No horário marcado estavam todos ali, sentados na enorme mesa da copa. Edward estava desconfortável, eu eu não queria estar ali ! Por ironia do destino ou simples acaso, estávamos sentados frente-à-frente.

Dr. Paul, foi o primeiro a falar. Discorrendo sobre a divisão dos bens. Jacob tinha dividido a herança, ou seja, todo o dinheiro que havia no banco, que por sinal  tinha aumentado, com o sucesso da Surrender, em três partes iguais. Para mim, Derek e Billy. Deixava as casas de Nova York  e Forks para mim e todos os demais bens, como jóias e carros.  Quanto à Surrender, deixava a parte dele, para Emmett e Jasper. Para Alice, deixou uma boa quantia em dinheiro, para que ela investisse naquilo que gostava, teatro e música.

Depois,  Emmett se levantou solene e começou a explicar:

-Bem pessoal, eu chamei vocês aqui, porque esse foi o último pedido de Jacob. No dia do seu falecimento, ele foi na boate apenas para me deixar responsável por estas três cartas  - mostrou as cartas para todos - e me fez prometer que uma, seria lida na presença de todos que participaram direta ou indiretamente dos fatos acontecidos à 6 anos. As outras duas cartas são particulares, sendo uma para Bella e outra para Edward. - falou nos entregando.

Meu irmão então passou a ler a carta:

"Para todos aqueles que estiverem interessados na verdade.

Se estiverem lendo esta carta é porque os meus pressentimentos estavam certos, e eu não estou mais nesse mundo. O objetivo desta carta, não é comovê-los e sim narrar os fatos de 6 anos atrás, mostrando a verdade de forma sucinta. Peço apenas que levem em consideração que são as palavras deixadas por um morto, com o objetivo de trazer esclarecimentos e paz a todos os envolvidos e que não tenho motivos para mentir após a minha morte."

Ele contou na carta, todos os fatos como realmente aconteceram, deixando de fora apenas, a mensagem que eu enviei para Edward e a resposta dada por ele, e terminou:

"O casamento foi necessário e por meses a fio acompanhei e participei do sofrimento de Bella, até que ela se recuperasse. E só então nos envolvemos verdadeiramente como um casal.

Bem , sem mais delongas, termino agradecendo aos meus amigos Emmett, Jasper e Alice por todo o apoio e carinho todos estes anos.

Pai, eu amo você e me perdoe por não ter voltado uma última vez para um abraço.

Charlie, sogrão, meu segundo pai, você sempre foi ótimo.

Rose,  Carlisle e Esme obrigado por ter acreditado em nós. É mesmo uma pena não termos tido chance de nos reencontrar.

E Edward, eu sempre quis dizer isso para você. Eu nunca o traí, sempre fui seu amigo, mesmo depois de me apaixonar por Bella, e fiz o melhor que pude."

E Bella, perdoe-me por isso, sabe que sempre achei necessário. Todo o meu amor para você e "nosso" filho. Amo vocês.

Quando Emmett terminou, todos choravam. Edward, duro como uma pedra, me encarava. Jacob não tinha falado diretamente sobre Derek, mas tinha deixado nas entrelinhas... e para um bom entendedor...

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Narrado por Edward

Eu tinha ouvido tudo em silêncio. Pedaços da carta, dançando em minha cabeça: "com o objetivo de trazer esclarecimento", "o casamento foi necessário","meses a fio", "e só então nos envolvemos verdadeiramente", revelando uma verdade aterradora!

Minha mãe reagiu mais depressa que eu.

-Quanto anos Derek tem? Em que mês nasceu?

Isabella hesitou, mas respondeu olhando desafiadoramente para mim.

-Ele tem cinco anos e nasceu no ínicio de maio.

Eu tinha feito a conexão, mas como era possível? Ainda assim, lembrando da cor dos olhos de Derek, sabia que era verdade. Levantei furioso encarando Isabella.

- Como você pode me esconder isso Isabella? Meu Deus! Derek é meu filho!

-Como é que é? - ela reagiu tão furiosa quanto eu, ficando em pé e batendo com as mãos na mesa - Não se faça de vítima agora! Você sempre soube e Alice está de prova! Ela viu quando eu mandei uma mensagem para você,contando da minha gravidez, depois de ligar diversas vezes e você não me atender! E você me mandou uma resposta, se lembra? E dizia que não queria esse filho, não poderia amá-lo, que com certeza era de Jacob e me mandou abortá-lo! - ela gritou.

-Está maluca! Eu nunca faria isso! Nunca recebi mensagem nenhuma! - gritei de volta.

-Não?  - perguntaram em uníssono Alice, Jasper e Emmett.

-Não  - eu confirmei arrasado, olhando para Bella - eu nunca soube. Naquele dia, que flagrei você e Jake juntos,  no desespero, eu perdi meu celular.

Bella pôs as mãos no rosto soluçando. Eu chorei também. Tomando uma consciência tardia de que tudo tinha sido uma armação realmente. Todos choravam. Como alguém podia ter planejado aquilo?

Ouvimos uma vozinha vinda da porta que parecia assustada.

-Mamãe você tá chorando de novo? Porque está brigando com o médico bonzinho?

Enxuguei as lágrimas, tentando me controlar. Bella e eu caminhamos automaticamente para  Derek, ao mesmo tempo.

-Não é nada meu amor - ela o acalmou - não se preocupe!

Eu a olhei suplicante, ela assentiu entendendo. Eu me ajoelhei perto de Derek.

-Hei rapaz! Você está melhor? - ele fez que sim - Será que eu podia te dar um abraço?

- Você está triste também?

Eu sorri para ele assentindo.

-Só um pouquinho, mas se você me der um abraço, vai me deixar muito feliz - falei rouco.

E ele, com a espontaneidade que só as crianças têm, se aproximou  me dando um beijo no rosto e me abraçou. Eu o apertei forte em meus braços, soluçando sem conseguir me controlar.

Atrás de nós, todos choravam também, emocionados com a cena.










 


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