We Are Never Ever Getting Back Together escrita por lumile, LunaSwan


Capítulo 6
My First Kiss


Notas iniciais do capítulo

OMG vocês devem estar querendo me estrangular certo? (Luna aqui p: ) Eu deixo, eu deixo.. ficaram muito tempo sem capítulo novo e sei como é horrível, decidi então tentar dar uma compensada com surpresas (*-*) e um capítulo maiorzinho.
Gente, terceiro ano do ensino médio é bem complicadinho p: Mas está aí, espero ainda não ter perdido o jeito e espero que gostem (:



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SAMANTHA PUCKETT

- Sam Puckett, pelo amor do santo Deus, será que você pode acordar logo? – Uma voz conhecida soa próxima ao meu ouvido, levemente alta, não sei se pelo fato de a dona dela estar perto ou por eu ter acabado de despertar de um belo silêncio, ou até os dois. – Finalmente! - a garota diz após me ver sentar ainda de olhos fechados.

-Carly, onde está o prendedor de cabelo que você ia me emprestar? – outra garota pergunta.

- Em cima da escrivaninha. Rápido Samantha, levanta daí e coloca o biquíni para a gente descer logo. – e então eu finalmente percebo que a garota sentada ao meu lado é a doce Carlota que sente um prazer imenso de me acordar de manhã, só pode.

-Biquíni? Que biquíni? Pra que? – digo, finalmente abrindo os meus olhos, e dando uma olhada rápida no quarto, que no momento está bem bagunçado, com roupas espalhadas por todo lugar.

-Vamos à piscina hoje. – Diz ela, se levantando sorridente e indo em direção à escrivaninha onde Cat está parada prendendo o cabelo num rabo de cavalo.

- Mas eu não trouxe biquíni. – Falo me levantando e indo em direção ao banheiro da suíte.

-A Luna tá no banheiro e ela, por sorte, trouxe um a mais. Está em cima da sua cama. – ela fala e logo meu rumo volta em direção ao lugar onde eu estava há poucos segundos. Em cima da cama, tem um biquíni branco com manchas de onça roxas e azuis. Bem pequeno para a minha humilde opinião.

-Como sabe que vai servir em mim?

-Vocês duas têm peitão e bundão, com certeza vai servir. Experimenta!

- Vai ficar ótimo em você. – Diz Luna, saindo do banheiro trajando um short jeans claro e uma regata simples azul escura. – Pode usar o banheiro.

-Leva um vestido ou um short para colocar por cima. Vamos tomar café antes. –Aconselha Carly enquanto passa gloss nos lábios, o que me faz revirar os olhos. Ela vai comer e ir na piscina com amigos, para que tudo isso?

Pego então minha blusa do Maroon 5 e um short jeans de lavagem escura e vou para o banheiro.

E como eu já havia dito anteriormente o biquíni fica minúsculo em meu corpo. A parte de cima até que não está tão mal, mas a de baixo? A parte lateral não tem largura nenhuma, é simplesmente um fio para amarrar ao outro. Mas como só tem esse, não tenho muita escolha, certo? Visto a roupa por cima, escovo os dentes e penteio o cabelo optando por deixá-lo solto. Quando já estou devidamente arrumada, saio do banheiro e me deparo com Cat, de saia rosa e regata branca, e Carly, com uma simples saída de banho, conversando sobre qual é o melhor lado delas para sair em fotos e Luna sentada na cama com o iphone na mão mandando mensagens.

-Vamos descer? – Pergunto.

-Claro. – Elas respondem em uníssono antes de sairmos do quarto e nos dirigirmos a cozinha.

Os quatro meninos já se encontram lá. Gibby fazendo bacon, Brad falando no telefone e Dan e Freddie jogando algum jogo de cartas.

-Hey boys. – Falo, me sentando ao na cadeira vaga entre os dois nerds.  Cat e Luna se sentam também após distribuírem um beijo de bom dia em todos e Carly vai ajudar Gibby no fogão. – Estão jogando o que?

-Mico.

-Nossa, o tédio é tanto? – Rio da situação deles.

-Pois é... – Dan dá de ombros e continua olhando, concentrado, para as cartas.

-Com quem o Brad está falando? – Questiona Cat, curiosa como sempre.

- Com uma amiga dele. – Dan responde novamente agora olhando para ela.

-Ex do Freddie também. – Gibby completa, recebendo um olhar mortal de Carly e Freddie.

O que? Freddie de namorada?

-Nossa, o nerd namorando? Não se vê isso todo dia. – Digo, debochada.

-Haha, engraçada você. Fala como se nunca tivéssemos ficado juntos. – ele revira os olhos e volta o olhar ao jogo e, por sorte, não me vê corar inteira.

-Por que ela terminou com você? – Pergunto. Não vou deixar que sua palavra seja a ultima.

- Por incrível que pareça, eu terminei com ela. – ele fala, largando as cartas em cima da mesa com certa força e se levantando para pegar os pratos e talheres, ato que faz com que um sorriso surja em meus lábios. Eu sempre vou amar irritar o Freddonho.

- E por que isso? – Digo, com a intenção de irritá-lo mais, e recebo em troca um olhar ameaçador da Carly.

- Por que ela era uma idiota. – Ele responde com certa raiva enquanto colocava os copos ao meu lado.

- Ela me beijou. – Explica Dan, levemente incomodado.

- O que? – Pergunto, incrédula.

-Pois é, sem mais nem menos.

-Sem mais nem menos nada. Depois de ver sua casa e saber quem seus pais são. – Retruca Freddie.

- Freddie não queria acreditar que a Amanda beijou o Dan, ele preferia pensar o contrário. Ficaram dois meses brigados. – Carly finalmente interfere no assunto. – O café está pronto. Quem quiser que venha se servir. – Anuncia, se sentando a mesa. E em silêncio todos comem, sem mais conversas interessantes, apenas sobre coisas como faculdade, esportes e tempo.

- Preparados para a água gelada? –Pergunta Brad depois de ter secado toda a louça.

-Finalmente. – Gibby sorri, tirando a blusa, o que fez todos rirem, com certeza não pelo físico atual, que está bem satisfatório, mas sim por ele continuar o mesmo Gibby de sempre.

Logo seguimos para a parte dos fundos da casa onde uma piscina enorme espera por nós.

O sol está forte e ilumina bem o local. Em questão de segundos, os meninos tiram a roupa e se “posicionam” na piscina, Brad e Gibby dentro dela e Dan e Freddie sentados na beirada.  É impossível eu e as outras três garotas não darmos uma leve olhada naqueles corpos, por que meu deus, que físico!

- A água tá tão fria assim? – Cat pergunta, molhando um dos pés na piscina. – Ah, sim. – ela mesma se responde, dando uma singela risada depois. – Então tem que ser de uma vez só, né? – diz, ao mesmo tempo em que tira a regata e a saia, deixando seu belo corpo a mostra.

Cat tem um corpo bem definido. Embora não tenha tanto peito, tem uma bunda de dar inveja, sem falar que não tem barriga nenhuma. A garota, depois de devidamente despida, dá um salto mortal para entrar na piscina, como ela sempre faz.

-Uau, nota 10! – Brad brinca e Cat ri com isso.

Logo Luna e Carly já estão tirando as roupas também. Os meninos e até Cat não tiram os olhos das duas, principalmente Dan que não para de encarar o corpo de Luna, que é maravilhoso. O único detalhe que realmente me aborrece é o fato das duas estarem de maiô. Mentira que elas tinham maiô e me fizeram usar um biquíni. Agora que eu não entro mesmo!

- Ai meu deus Sam, para de drama, você deve ter um corpo maravilhoso por trás dessas roupas. – Luna brinca, tentando a força tirar minha blusa.

-Digo o mesmo para o que tem debaixo do maio, por que não trocamos então? Sem falar que eu adoro lobos. – Faço referência a estampa em sua veste.

-Que coincidência! Eu também. Por isso não vou trocar. – Ela solta uma gargalhada, que devia soar como maligna, mas não é o que acontece. – Bom, quer saber, eu e a Carly vamos entrar e você fique aí. Sozinha de roupa. – Luna diz puxando a Carly para perto dela e a levando a beirada da piscina onde Freddie e Dan estão sentados e se sentando ao lado deles.

O silêncio se estabelece e todos ficam me encarando. Isso me desconcerta, claro. Odeio que fiquem olhando para mim.

-Okay, vocês venceram, que droga. – Digo, tirando a blusa e o short e logo os meninos começam a assoviar, talvez para me deixar mais envergonhada.

- Meu Deus, que corpo, hein? – Luna brinca entre gargalhadas.

- Nossa, muito gostosa, quero uma para mim. – Carly continua e todos caem na gargalhada. Eu, com certeza, estou mais vermelha que um pimentão.

-Vocês são muito chatos, sabia? – Reclamo, levemente irritada com aquela situação, mas os risos só continuam, o que me faz revirar os olhos (pela centésima vez no dia) e, quando viro de costas para colocar novamente a blusa, Carly praticamente berra.

-Espera um pouco. – Ela se levanta, com um sorriso maroto no rosto, andando em minha direção e, quando finalmente fica de frente a mim, agarra o meu ombro com certa força desconhecida para uma Carly e me vira fazendo com que eu fique de costas para ela. – Você tem uma tatuagem?

Não sei como, mas em questão de milésimos de segundo todos estão em volta de mim olhando descaradamente para a minha bunda, mais precisamente para onde Carly levanta o lacinho lateral para deixar a tattoo mais a mostra.

PQP! Parece que quanto menos atenção eu quero, mais eles me dão, não é?

-O que é isso? Quando fez? – Indaga Carly, um pouco histérica.

- Meu Deus, será que eu posso respirar? Dá para todo mundo abrir a rodinha e parar de olhar para o meu traseiro, por favor? – Pergunto, saindo violentamente do meio deles, para em seguida me virar e olhar aborrecida a reação de cada um.

A maioria está com um leve sorriso no rosto e com cara de quero mais, querendo saber toda a história da tatuagem e Carly e Freddie são os únicos que me olham como se estivessem zangados comigo. Os dois parecem até meus pais.

- Ela fez no Spring Break da faculdade. – Cat diz, dando de ombros, e soltando uma risada. E o silêncio novamente toma conta do local.

-E quem é Bran? – Luna pergunta, materializando em palavras o que todos querem saber. – O nome na tatuagem é Bran, certo? A do lado do coração vermelho?

Não posso deixar de reparar na reação do Freddie, que está quase roxo.

-É um ator que eu gosto. Só isso. – Desvio o olhar para as minhas unhas, que parecem bem mais interessantes agora.

-É o ex-namorado dela.

-Cat, você não tá ajudando. –Digo, aflita, passando a mão pelo rosto.

-Mas é verdade, ué.

-Sam, conta essa história direito.  – Carly diz séria.

- Ai Meu Senhor. Cat, aproveita que você está tagarela e conta logo a história toda.

- Okay. – Ela bate palmas, sorridente, como se fosse contar algo empolgante, uma história que todos fossem amar, o que não é verdade. – Tinha esse namorado dela, o Bran, que morava na mesma rua que a gente. Eles ficaram juntos por quanto tempo? Seis meses? Ah sim, isso mesmo. Mas aí não deu certo e eles terminaram. Fim.

- E a parte da tatuagem? – Gibby pergunta, confuso.

-Ah, eu esqueci. – ela responde, ficando quieta em seguida.

- Deixa que eu conto isso direito. Tinha esse garoto, a gente namorou por um tempinho, não deu certo, nós terminamos. No Spring Break de Cancún a gente se encontrou e, numa noite de loucuras com os dois completamente chapados, saiu isso daí.

-E por que você continua com ela? – Freddie pergunta, nervoso.

- Por que se você não sabe, é muito caro para remover uma tatuagem, e eu não tenho esse dinheiro. Simples assim.

-Você é louca? – Carly pergunta, indignada. – Dorme com alguém por uma noite e já faz uma tatuagem?

- Ah, com certeza foi mais de uma noite que eles passaram juntos, o quarto dela é grudado ao meu. Fiquei de recuperação em física vocálica por não conseguir dormir o suficiente.

-Cat! – Eu a repreendo com um quase berro.

-Okay gente, passarmos o dia inteiro aqui discutindo isso não vai fazer diferença alguma. Ela fez por que quis, qual o problema? Deixa do jeito que tá e vamos aproveitar o resto do dia. – Luna fala e com isso todos se afastam, exceto Freddie e Carly, que demoram um pouco mais, apenas ali me encarando. Por parte da Carly eu entendo, ela sempre agiu como minha mãe, já que esta não cuidava direito de mim. Mas a reação do Freddie? Por que tudo isso?

O assunto é rapidamente esquecido e o resto da tarde aproveitado na piscina.

MY FIRST KISS - 3OH!3 (feat. Ke$ha)

Tem de tudo um pouco: guerra de galo, competição de quem fica mais tempo debaixo d’água, campeonato de cantadas e muito mais. Para matar a fome comemos uns salgadinhos que havia na geladeira, e mais ou menos umas 17h saimos da piscina e vamos para os quartos. Tomamos um banho rápido, colocamos uma troca de roupa simples e descemos. Os meninos já estão na sala de TV, Gibby na poltrona, Brad e Freddie sentados em um sofá e Dan deitado no outro.

-Oh meu deus, ta passando Game of Thrones? – Luna pergunta, animada, indo se sentar no mesmo sofá que Dan, que logo se senta corretamente.

-Nossa, essa série é épica. – Digo, me sentando no chão e voltando meu olhar para a imensa televisão.

-Eu não gosto, é muito violenta. – Diz Carly se sentando ao lado de Freddie.

Cat pega uma das almofadas e deita ao meu lado.

-Não sei como você é minha amiga. – Luna fala com um sorriso maroto no rosto.

-O que vamos comer? – Perguntei já esfomeada, aqueles salgadinhos do almoço nem sequer tapearam meu apetite.

-E pra variar quem faz a pergunta é a Puckett. – Freddie brinca revirando os olhos e eu faço o mesmo.

- Já pedi uma pizza. – Dan fala, ainda concentrado no seriado.

- O que a gente vai fazer? –Carly se manifesta levemente entediada.

- Game of Thrones, lógico. – Luna responde, como se fosse óbvio. – Embora eu já tenha assistido esse episódio um milhão de vezes, é sempre bom ver o Joffrey levando um tapa na cara.

-Com certeza. – Eu e todos os outros garotos da sala falamos em uníssono.

-Ah não, é muito violento. Vamos fazer outra coisa. – Carly fala enquanto se levanta e vai em direção da TV para desligá-la. – Vamos ver um filme.

-Ninguém aqui curte romance, Carls – Freddie diz, entediado, o que faz com que o sorriso da morena desapareça.

- Eu gosto. – Cat interfere e Carly volta a sorrir.

-O que querem fazer então? – É só a morena terminar a frase que tudo fica escuro. Digo, literalmente escuro.

-Ótimo. Acabou a luz, agora a gente não vai assistir nada. – Falo. A sala não está completamente escura. A lua ilumina levemente o lugar, mas só o suficiente para localizar algumas coisas e os vultos dos outros corpos.

-Vou pegar lanternas. – Dan se levanta e sai da sala.

- Vamos evocar espíritos? – Luna diz, batendo palmas toda alegre, fazendo com que boa parte do grupo comece a rir.

-Não, nem inventa. – Carly fala quase gritando, ao contrário de Cat, que realmente deu um mini berro.

- Ai Carly, larga de ser chata. Quem concorda?

Levanto a mão, animada, em um gesto de concordância, e logo Brad e Freddie se animam também.

-Eu vou pro quarto então. – Carly fala, fazendo birra com um beicinho no rosto.

-Okay, a Carly venceu, faremos outra coisa. Que tal um jogo de perguntas e respostas?

-Muito simples. –Brad fala.

-Quem não responder tira uma peça de roupa.

- Vamos começar logo com isso. – Gibby diz se manifestando pela primeira vez na noite, e com certeza seu comentário faz com que todas as meninas revirem os olhos.

-Só uma observação: como vamos fazer isso nesse breu? Perde a graça, não acham? – Freddie comenta e no mesmo momento a resposta entra pela porta, e quando digo resposta quero dizer o Dan segurando duas lanternas. –Não precisam falar nada.

-O que vamos fazer? – Dan pergunta enquanto senta no chão e entrega uma das lanternas a Luna.

-Todos numa rodinha no chão. –Ordena e nós obedecemos.  – É o seguinte, a gente tira aqui nos dedos iguais para ver quem começa. Quem começar faz uma pergunta sobre qualquer coisa que queira saber sobre qualquer um daqui. Quem for “perguntado” tem duas opções: ou responde ou tira uma peça da roupa, e não vale ser meias ou sapato, ou presilha e essas coisas. Certo?

-Algo me diz que vou me arrepender, mas vamos lá. – Carly fala e logo começamos o “dedos iguais” e sabe quem começa? Eu, por sorte.

-Eu pergunto pra Carly. –Digo e Luna e Dan apontam as lanternas para ela que coloca as mãos na frente dos olhos, provavelmente incomodada com a luz. – Qual dos meninos daqui você acha que tem mais chances de rolar algo?

-Chata. – Ela fala, tirando a blusa de manga comprida preta e ficando com uma regata branca por baixo.

-Isso é não é justo, ela estava com duas blusas. – Argumento, indignada.

-A culpa não é minha se você não fez o mesmo. – Rebate a morena e eu bufo.

-Tudo bem gente. Carly, sua vez de perguntar.

- Minha pergunta é para o Hansel. – Dá um sorriso maligno. – Dan querido, quando vai admitir que é caidinho pela Luna?

Todos começam a gargalhar histericamente, menos os dois que devem estar completamente vermelhos.

Dan passa a lanterna para a Cat, que vira a mesma para ele, deixando-nos observá-lo tirar a camisa em silêncio. Nós, garotas, ficamos somente encarando aquele corpo bem definido.

-Minha vez. Sam, quem marcou mais: o famoso Bran, ou Freddie?

-Coisas diferentes. Não tem como comparar. – Respondo tranquilamente, afinal já esperava algumas perguntas desse tipo.

-Espertinha, se livrou bem.                                       

- Minha vez de perguntar de novo. – Digo, empolgada. – Cat, qual menino do grupo é o mais bonito?

- O Dan, claro. Mas fica tranquila, Luna, ele não faz meu tipo. – E mais uma vez sinto Luna ficar tensa ao meu lado.

- Certo, eu pergunto pro Freddie agora. – A ruiva sorri malignamente. – Qual o melhor beijo que você já experimentou?

Coro imediatamente. Ele não diz nada, apenas tira a blusa. E meu deus, que corpo! Não sei como não estou babando.

- Carly, é verdade que você ficou com o Brad no mês passado e que você gostou? – Pergunta Freddie.

-Isso não é de seu interesse, por isso eu não vou responder. – ela fala enquanto tira a blusa ficando apenas de sutiã.

- Sam, porque você e o Freddie terminaram?

Assim que escuto a pergunta, fico calada por um momento. Aquele assunto nunca mais havia sido comentado por mais ninguém e não seria num jogo que isso aconteceria. Tiro minha blusa e jogo em um canto qualquer da sala.

- Gibby, é verdade que você já ficou bêbado em uma festa e beijou um cara? – Rio da minha própria pergunta e os outros me acompanham. Claro que eu nunca ouvi nada do tipo, mas é sempre divertido ver a reação das pessoas em situações como essa.

- Eca, claro que não! – Responde. – Eu gosto é de mulher, entendeu?

Rimos ainda mais.

- Luna, como foi seu primeiro beijo com o Dan? – Gibby dá o troco.

-Vocês estão de sacanagem comigo, né? Isso é intimo e não é do interesse de ninguém. – Ela tira a blusa também e eu rio mentalmente da cara que o Dan deve ter feito. Faria de tudo para que a luz voltasse agorinha mesmo só para eu ver sua expressão.

- Brad, que meninas do grupo você ficaria?

-Não quero parecer meio tarado, mas já sendo, todas. – Responde, e novamente várias risadas ecoavam pela sala.

-Idiota. – Carly diz, ainda rindo.

-Vou perguntar para a Sam. – Diz, com um tom desafiador. – Como foi a primeira vez sua e do Freddie?

Okay, respirar, como é que se faz isso mesmo? O silêncio no lugar se torna tão grande que se pode ouvir as cigarras do lado de fora da casa.

Faço a única coisa que me vem à mente, me levanto, abaixo a calça ficando apenas de roupas intimas e saio do lugar. O silêncio continua palpável. Dirijo-me então para a cozinha e me sento em um dos banquinhos do balcão. Tudo me parece muito gelado; com certeza por eu estar quase pelada. Passo as mãos em um ritmo frenético por meus braços em uma falha tentativa de aquecê-los. Minha respiração está rápida e meu coração bate tão rápido que aposto que consigo até ouvi-lo. As lágrimas teimam em preencher meus olhos, mas não permito que elas transbordem e façam eu me sentir ainda pior.

- Desculpa. – Uma voz sussurra em meu ouvido e me arrepio toda, não sei como não tive um ataque do coração.

-Tá louco, Freddie? Quer me matar do coração?

-Me desculpe por isso também.

- O que quer? – Soo um tanto grossa.

-Devia ter te defendido. – Ele fala e eu, sem entender, permaneço quieta. – Foi uma pergunta idiota. Devia ter dado um corte rápido no Brad.

-Achei que ele soubesse a resposta. – Digo quase inaudivelmente.

- Achou que eu contaria para ele? Você não contou pra Carly.

-Como sabe?

-Ela acha que a gente, você sabe, já fizemos...

-Sexo. – Corto sua fala, e agradeço mentalmente por estar tudo escuro.  Sinto que agora ele olha diretamente pra mim procurando meus olhos, mas me recuso a olhar para ele. – Me desculpa.

-Por?

-Você sabe. Aquela noite que... – dou uma longa pausa para respirar – eu não quis.

- Sem problemas. Eu esperaria até o momento que você quisesse.

-Você e a Carly já... – Pergunto, deixando o resto da frase no ar, por que pronunciá-la é difícil demais e não tenho tanta certeza se quero ouvir a resposta.

- Não. Nosso namoro foi bem estranho, se é que podemos chamar de namoro. – Responde e voltamos ao estado “mude”.

Com a intenção de desvendar seu pensamento, viro meu olhar para encará-lo, e por causa da luz, enxergo apenas seus olhos brilhando e olhando diretamente nos meus.

-O que foi? – Pergunto, apreensiva.

-Não tenho ideia. – ele fala e, em seguida, me beija.

Suas mãos correm desesperadamente para minha cintura nua me tirando do banquinho e me fazendo ficar de pé a sua frente. Minhas mãos ficam paradas de início, estáticas em seus ombros, mas a necessidade me vence e colo nossos corpos, dando leves puxões em seu cabelo. O beijo é desesperado, como se estivéssemos precisando daquilo. Como se desejássemos isso desde nosso término. E por parte, é verdade.

É como a letra da música que estávamos escutando durante o banho de piscina mais cedo. Nunca terei o suficiente, porque ao mínimo toque, não há como parar.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar viiiu ?