PV. Edward

Parada 4 de Julho.

— Eu odeio essas paradas idiotas! - Falei entediado.

— Qual é cara não é tão chato assim, e você bem que podia melhorar essa cara. – Meu irmão Emmett chamou a minha atenção. — Pois se a Nissie descobre o que você está planejando ela não vai ficar nem um pouco feliz!

— Edward pela primeira vez eu tenho que concordar com o Emmett, você poderia deixar pra fazer isso outro dia. – Jasper o irmão da minha ex tentou me fazer mudar de ideia.

— Não posso cara, a minha carreira já não é uma das melhores e não vou dispensar essa oportunidade. - Isso, eu sou um fracassado. Edward Cullen 30 anos prazer. O policial expulso da corporação de Nova York por mau comportamento. Como se eu ligasse pra isso.

Quando tinha 27 anos alguns problemas surgiram e por conta deles minha carreira como policial foi por água abaixo e junto com ela o meu casamento. Na época da minha demissão eu fiquei desolado e cai na bebedeira e na jogatina. Chegava em casa sempre tarde e ainda por cima bêbado . Minha mulher não aguentando mais aquilo me mandou a real, ou eu mudava ou era divorcio na certa. E o que o esperto aqui fez? Nada, continuei do mesmo jeito e não foi supressa para ninguém o que aconteceu dois anos depois.

Flashback ON:

— Bellaaaa, abre a porta agora! – Gritei no corredor de nossa casa. Meu estado não era um dos melhores.

— Cala a boca panaca, você quer acordar Renesmee? – Uma Bella enfurecida veio ao meu encontro.

— Amor eu não tenho culpa se você não me ouviu. – Sorri cinicamente.

— Edward quer saber de uma coisa, eu cansei, não quero mais saber disso. – Bella gritou enfurecida. — Quero o divorcio!

— Vai ficar querendo Isabella, porque se depender de mim você nunca o terá! – Provoquei.

— É o que vamos ver Cullen idiota. – Ela disse.

— Você também é uma Cullen Bella. – Retruquei.

— Não por muito tempo. - Dizendo isso ela me deu as costas e se trancou em nosso quarto.

Flashback OFF.

Bem estamos separados há um ano, não oficialmente, pois não sou tão mole assim, estamos divorciados de boca, mas perante a lei ainda somos casados.

— Papai! – Escutei a doce voz da minha princesinha, o que me fez sair do meu devaneio.

— Você veio mesmo! – Disse Renesmee toda contente ao pular no meu colo.

— Mas é claro que eu vim, não tinha te prometido isso meu anjo? – Perguntei a ela lhe dando um grande beijo.

— Prometeu e cumpriu, e depois daqui a gente vai lanchar né papai? – Ela me perguntou.

— Claro meu anjo. – Percebi os olhares de Emmett e Jasper sobre mim, supondo que essa era mais uma promessa que eu iria quebrar.

— Olha só que está aqui Alice! – Minha cunhada Rosalie disse.

— Vejamos se não é o cabeçudo do meu irmão. – Alice disse tirando onda com a minha cara.

Rosalie tem 26 anos e é casada com meu irmão Emmett que tem, ela e Jasper são irmãos de Bella. Eles são gêmeos e foram adotados quando eram bem pequenos. Minha irmã Alice tem 25 anos e é casada com Jasper. Conhecemo-nos na época de escola e somos amigos até hoje.

— Fala loira, e ai fofolete. – Disse eu a elas.

— Edward meu querido irmão, se você continuar a me chamar assim poderá acordar um dia desses sem alguma parte do seu corpo. – Alice disse (me ameaçou).

— Isso é uma ameaça maninha? – Perguntei

— Talvez sim, talvez não, isso só depende de você irmãozinho. – Dizendo isso ela abriu seu sorriso do mal.

— Jasper meu amigo, como você teve coragem de casar com esse duende? – Perguntou Emmett nos fazendo rir. — Ela não te assusta não cara?

Jasper abriu a boca para responder, mas foi interrompido.

— Se você responder Jasper Hale coisas ruins podem te acontecer. – Minha doce irmãzinha ameaça ate seu próprio marido, gostaria muito de saber de quem ela herdou isso!

— Olha tia Rose, lá vem o Tio Sam e ele tá usando pernas de pau! – Renesmee disse empolgada. Minha princesa tem oito anos e é muito inteligente.

— Princesa, vem pro colo do tio que eu te ponho no meu pescoço. – Emmett disse me dando um olhar significativo.

Então olhei em direção a rua e avistei o meu objetivo, e sem me conter abri um grande sorriso torto indo ao seu encontro.

— Papai a onde você vai? – Escutei Renesmee perguntar, mas não respondi. — Tio Emmett a onde o papai vai?

— Não sei princesa. – Respondeu Emmett em tom de reprovação.

— Bingo! — Sussurrei. — Ei Sam! – Gritei no meio do desfile.

— Oi! – Gritou o idiota de volta sem nem me olhar.

— Ei panaca, venha aqui. – Gritei o fazendo se assustar e olhar para mim.

— Supressa! – Gritou Tanya aparecendo de repente na minha frente.

— Agora não Tanya. Estou ocupado. – Disse para meu pesadelo particular.

— Edward isso é jeito de falar com sua namorada? E além do mais você deve pro meu chefe. – Disse ela. Como se eu tivesse me esquecido.

Conheci Tanya Denali na mesma noite em que Bella me pediu o divorcio, ela bem que tentou algo comigo, mas eu sempre respeitei a minha “ex-esposa”, só que já tem um ano que não estamos mais juntos e sou homem e não aguentei ficar sem uma mulher por muito tempo.

— Tanya, eu devo dinheiro pra muita gente. – Disse a ignorando e me afastando dela.

— Bem nesse caso, me desculpe Ed! – Tanya falou e Vincent apareceu na minha frente.

— Com licença! – Pedi educadamente, mas ele apenas sorriu e me deu um murro na barriga.

— Mas que inferno! – Gritei. — Já que é assim. – Dei um soco nas suas partes e uma cabeçada o empurrando em seguida na multidão.

— Palhaço. Você bateu na minha perna! – Um cara disse esmurrando o panaca do Vincent. Mas nem dei muita importância, pois o retardado do Sam estava fugindo.

— Vai mesmo me fazer persegui-lo? – Gritei pra ele ainda sentindo dor por conta do murro, o panaca nem olhou pra traz de tão assustado que estava continuou correndo.

— Você não me deu muitas escolhas então! – Eu disse correndo atrás dele.

Sai correndo passando pela banda que desfilava ali, e todos me abriam espaço sem saber o que estava acontecendo. Esbarrei num cara que estava com um isqueiro acendendo um cigarro, ele tropeçou e caiu em um carro alegórico colocando fogo no próprio.

— Seu Filho da P***! - Gritou ele.

— Desculpe! – Gritei de volta.

— Socorro! Alguém ajude. Fogo! - Escutei alguém gritar, mas não parei.

O tio Sam parou em frente a um prédio sem ter pra onde ir, sorri vitorioso, agora eu pego esse infeliz.

— Você não tem escapatório moleque! – Disse debochado. Puxei suas pernas, mas o infeliz passou por uma janela do prédio. Meu sorriso morreu na hora.

— Mais que merda! – Gritei.

Entrei no prédio as presas parando em uma porta com intenção de arrombar. Tentei uma, duas vezes, mas não consegui ter sucesso. Desci as escadas e voltei pra rua puto da vida, parece que nunca fui policial, nem consigo arrobar uma porta.

Sai correndo pelas ruas quando avisto a minha caça nos telhados, pego um atalho dando de frente com ele, que se assusta e volta de onde veio. Mas se ele acha que vou desistir assim fácil, está redondamente enganado.

— Volte aqui praga! – Gritei atrás dele. Mas o idiota nem me deu ouvidos e continuou a correr pulando do prédio e eu atrás dele. Caímos os dois em cima de uma viatura policial indo ao chão logo em seguida.

— Mãos na cabeça! Agora! – Gritou um policial, e logo em seguida fomos cercados por vários dele.

— Pegue leve Skippy – Disse eu no chão. — Estou trabalhando! – Dizendo isso peguei meu distintivo e entreguei a ele.

— Olhe isso pessoal! Caçador de Recompensas. – Falou o panaca do Skippy com descaso fazendo os outros policiais rirem. — Imagina. Por que não arruma um serviço de verdade? – Perguntou o panaca.

— Por que não beija o meu saco? - Eu rebati pro panaca do meu ex-parceiro. Levantei-me pegando o imbecil do tio Sam no chão e o algemando.

— A sua mãe deve estar muito orgulhosa de você. – Disse para ele.

— Estou ofendido... – disse o tio Sam. – Sabe, para a sua informação nem sei quem é a minha mãe. Então, as brincadeiras são...

— Vire-se e mãos para trás. – Disse Skippy para mim interrompendo o tio Sam.

— O que? – Perguntei.

— Você me ouviu. Vamos logo com isso. – Disse Skippy me algemando.

— Você só pode estar brincando comigo. – Falei indignado.

— Se ferrou caçadorzinho barato! – Disse o cara vestido de tio Sam rindo de mim.

— Isso vai me provocando. Quando eu puser minhas mãos em você, esse seu sorriso não será mais o mesmo. – Ameacei o mané.

— Calem a boca. Os dois estão presos. – Disse Skippy.

Isso é uma grande merda. Essas coisas só acontecem comigo. E agora o que eu vou fazer?