The four rituals escrita por Dreamer


Capítulo 7
You were not supposed to be here


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais postei, xoxo.



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Acordo com Jhonatan perto de mim, estou desesperada, estou tremendo a cama esta toda molhada de suor.

– O que aconteceu? Foi um pesadelo? – Disse Jhonatan tentando me acalmar

– É, meu Deus, aquela imagem da Ashley não sai mais da minha cabeça, minha cabeça esta doendo muito – digo quase chorando.

– Olha, eu também to assustado com o que ta acontecendo, aquilo que você viu ontem, a morte de Ashley, eu também estou desorientado nessa situação – termina me dando um abraço.

– Eu to toda molhada, eu posso tomar banho aqui?

– Claro mais, você não tem roupas não é?

– Não.

– Tudo bem, vou até a sua casa pegar uma peça pra você.

– Não vai não – digo o encarando e olhando para o relógio da cabeceira ao lado da cama dele, já são três da manha.

– Então o que vamos fazer? Você vai acabar ficando doente se não tomar um banho.

– Não sei – digo corando

– Larga de ser teimosa, eu vou à sua casa e volto bem rápido.

– Não!

– Olha você vai tomando banho enquanto eu vou à sua casa, Victória provavelmente vai estar acordada eu pego uma peça de roupa e logo volto.

– Desisto, tudo bem, mais volte logo.

– Certo, vou falar pra minha mãe ir preparando a banheira pra você.

– Mais você vai acordar sua mãe só por causa disso?

– Acordar? Minha mãe fica acordada o tempo todo acho que ela não sabe o que é dormir a muito tempo – finaliza Jhonatan.

– Como assim “ela não sabe o que é dormir a muito tempo”?

– Bom ela dorme bem pouco, no máximo duas horas por dia.

– Por quê?

– Porque ela trabalha muito quatro horas da tarde ela vai para o trabalho, e o resto do dia ela fica fazendo coisas em casa.

– E seu pai?

– Idem.

– Hm. – murmuro

– Em fim, eu vou á sua casa e já volto vou falar com a minha mãe – finaliza.

Estou me sentindo péssima, odeio que as pessoas tenham que fazer algo pra mim, odeio, e de certa forma estou com medo pelo Jhonatan, já está muito tarde, será que a Rose pode fazer alguma coisa? Não sei, provavelmente não, mais só de pensar isso já me sobe um frio na espinha.

Desço rápido as escadas, Jhonatan já está ligando o carro, quando a mãe dele me entrega uma toalha branca, o pano é bastante macio e suave, quando estou vendo a toalha, a mãe de Jhonatan fala comigo:

– A sua banheira já esta pronta.

Obrigado! – respondo

– Bom já estou indo tomar banho e... – Ela me interrompe pegando no meu braço.

– Fique longe do meu filho! – berra ela. O que? O que ela esta fazendo? Ah de novo eu julgando errado as pessoas, ela parecia uma pessoa boa, o que ela vai fazer agora me expulsar da casa dela e me fazer andar a pé até em casa tremendo de frio e com febre? Eu quero ficar calada, mais não aguento:

– O que?

– Isso mesmo que você ouviu, não quero que você fique perto dele.

– Ah é? Por quê?

– Fiquei sabendo o que houve na sua casa hoje, bom tentaram matar suas amigas, obviamente vão tentar matar meu filho também.

– O que? Isso não faz o MENOR sentido!

– Olha isso não importa, só fique longe dele, já temos problemas de mais, se acontecer alguma coisa com meu filho a culpa é sua!

– E o que são esses “problemas de mais” você não conseguir ser uma mãe direita para o seu filho? Aposto que você não sabe nada o que acontece com ele, ele deve sofrer muito por ter uma mãe ausente e louca como você! – finalizo entrando no banheiro. Eu estava tão nervosa que esqueço que meu tornozelo ainda está doendo muito, eu começo a me despir enquanto ficam manchas de sangue no chão por causa do meu pé machucado, entro na banheira, e uma sensação ótima percorre no meu corpo, a água esta quente e sinto meus músculos aliviados com aquela água, a mãe de Jhonatan pode me odiar, mais ela preparou muito bem o meu banho, meu pé não esta doendo tanto dentro da água, mesmo assim dói, fico um tempo deitada pensando em tudo que tinha me acontecido hoje, aquelas marcas no Jhonatan, a morte de Ashley, Laura quase morta, aquele interrogatório, mais tento deixar minha mente fora desses pensamentos e tento me lembrar de só de coisas boas, meu beijo com Jhonatan, ele me abraçando depois do pesadelo, pesadelo, eu não deveria ter mencionado essa palavra, eu tento me lembrar no meu pesadelo, Rose estava lá, me assustando, eu não deveria ter a desafiado, será que isso foi um sinal? Um sinal para que eu não faça mais aquilo que fiz na delegacia? Não sei só tento relaxar pelo menos por cinco minutos nesse dia terrível.

Quando termino meu banho, meu pé ainda está doendo, ao lado da banheira tem um roupão pra eu vestir, mas prefiro me enxugar primeiro, também tem uma pomada perto do roupão que um tipo de fita não sei para eu colocar no pé, enxugo meu cabelo idem ao resto do corpo bem rápido e cuido do meu pé quando ouço alguém batendo na porta

– Sou eu. – pronuncia Jhonatan num tom de voz leve. – Trouxe suas roupas.

– Tudo bem, obrigada.

– Vou trocar o lençol da minha cama pra você voltar a dormir enquanto você se veste ok?

– Certo! – finalizo. Saio rápido do banheiro e visto minhas roupas.

Passo pela cozinha, o pai e a mãe de Jhonatan estão sentados na mesa, com um monte de papeis, obviamente estão trabalhando, a mãe dele me encara por alguns segundos, mais logo para ao perceber o que o marido o esta fazendo o mesmo. Subo as escadas e olho no relógio do lado da cabeceira de Jhonatan, são três e meia da manha.

– Nossa! Ainda três da manha? O tempo quase não passou – comento.

– Pois é! – diz ele. – Em fim a cama está pronta, você esta melhor? Quer me contar como foi o seu pesadelo?

– Não, agora não, só quero deitar e dormir.

– Entendo.

– Mais acho que vai ser uma coisa difícil, eu não consigo tirar tudo isso que aconteceu da minha cabeça, até quando esses flashbacks na minha cabeça me vão perturbar? – digo

– Você vai ficar bem – diz ele tentando um abraço, mais eu rejeito, mesmo eu sabendo que tudo que preciso agora é de um abraço, não quero a mãe dele no meu pé.

– O que foi? “Amigos” não podem mais se abraçar?

– Por que usou aspas? – digo corando.

– Bom você sabe, acho que duas pessoas que se beijam e sentem algo além de amizade não podem ser consideradas amigas não é?

– É... Em fim, vou tentar dormir boa noite – finalizo entrando debaixo das cobertas, percebo que o ele trocou o colchão aquele provavelmente ficou muito molhado...

– Desculpa destrui o seu colchão.

– Sem problemas, tenta dormir um pouco agora, você ta parecendo exausta. Cheia de olheiras...

– Nossa! To tão mal assim?

– É... Sim, desculpe.

– Ah eu nunca fui muito atraente mesmo...

– Para com isso – começa ele sentando na cama perto de mim, ainda estou sentada – Você é muito linda – diz ele mexendo nos meus cabelos tentando me beijar, os olhos dele estão bem perto dos meus agora.

– Para Jhonatan – sussurro.

– Tudo bem, vou deixar você dormir, boa noite – finaliza ele me dando um beijo no rosto.

Acordo bem cedo no outro dia, Jhonatan me convida pra tomar café com a família dele, e eu não recuso, olho no relógio são dez horas da manha, e me lembro de que hoje não vai ter aula porque a escola vai entrar de luto, mais ignoro, só quero ir pra minha casa logo.

– Me passa a geleia Heather? – diz o pai de Jhonatan, e eu passo imediatamente, eu só como umas torradas, bom eles até parecem uma família normal, a mãe fazendo café, o pai lendo um jornal, bom acho que eles não são tão estranhos e possessivos quanto eu pensava.

– Depois do café eu vou te levar embora Heather.

– Tudo bem. – O tempo passa rápido pego as minhas roupas que usei na noite passada e entro no carro, chego rápido em casa, meu pé não está doendo tanto mais ainda dói.

– Aqui é a sua parada mocinha – diz Jhonatan tentando me alegrar um pouco.

– Até mais! – termino.

A porta da minha casa esta cheia de seguranças e tem câmeras espalhadas por todos os lugares, temos poucos vizinhos, mais o que temos está olhando nossa casa com o olhar mais torto possível, até entendo, houve um assassinato aqui, eu ainda não sei como vou dormir nesse lugar pensando em Ashley e naquela cena terrível da noite passada.

– Oi filha – Victória diz as pressas quando entro, ela vem me dar um abraço, ainda estou com raiva dela, mais não recuso um abraço.

– Vou para o meu quarto ok?

– Eu vou dormir lá agora, já mudei até as suas coisas para o meu. Acho que você não vai se sentir confortável dormindo onde... Você sabe, em fim. – termina Victória.

Os dias passam normalmente, quando alguém morre parece que toda a cidade fica em luto por aqui, na noite passada não consegui dormir, não tive nenhum pesadelo, apenas não consegui dormir, e chega o dia do enterro de Ashley.

Uso um simples vestido, e minha mãe arruma meu cabelo, não quero parecer muito bonita, minha mãe sabe disso, mas mesmo assim ela deixa escapar um elogio:

– Você esta linda filha.

– Não quero parecer bonita para um enterro!

– Tudo bem, você esta pronta, eu te espero lá fora.

Estou me olhando no espelho, estou toda de preto, eu quero ir ao velório e de certa forma não quero, será que eles, os pais da Ashley vão pensar que eu tenho alguma coisa a ver com o que aconteceu com a filha deles? Não duvido nada, o pai de Laura já teve uma reação inesperada do que eu previa. Laura será que ela vai ao enterro? Provavelmente não, acho que ela ainda deve estar deprimida, só eu sei como ela estava na naquela noite.

Eu e minha mãe caminhamos até o cemitério onde vai ser o velório, tomara que não demore, odeio cemitérios, já são cinco horas da tarde, logo vai escurecer, tenho pavor a lugares como esse. Chegando lá eu vejo toda a minha escola, Murphy vem me dar um abraço e Laura esta do outro lado, acho que é melhor eu não falar com ela.

– Que coisa horrível que aconteceu não é... Lamento muito pela sua amiga, eu não falava muito com Ashley mais ela era uma ótima pessoa, tirava notas boas em fim, lamento – Murphy diz pra mim

– Tudo bem, ah o padre vai começar a falar. - digo - Ashley vai ser enterrada de forma simples, nem presto muita atenção no que o padre esta falando, fico olhando para os outros, mais ninguém olha diretamente pra mim, um bom sinal, para saberem que eu não tenho nada a ver com isso, vejo Jhonatan perto de Laura mais também não é uma boa eu ir falar com ele, por isso não desgrudo de perto de minha mãe, a não ser quando eu vejo um garotinho bem no fundo na direção leste do cemitério, eu não consigo ficar parada e começo a segui-lo falo a minha mãe que já voltarei e ela concorda.

O garoto é bem baixo, deve ter aproximadamente doze anos eu vou correndo atrás dele e ele se esconde nas arvores, eu entro no meio delas a procura dele, e vejo duas covas bem velhas cheias de terra, eu tento prosseguir, e acabo caindo, machucando ainda mais meu pé que não estava em boas condições, caio em cima dos caixões que estão enterrados na terra, limpo a terra que mostra a foto e os nomes dos indivíduos, eu reconheço esses rostos de longe, minha mãe já me mostrara os rostos de ambos, são os pais dela! E não sei por que as fotos deles estão marcadas de sangue, e no caixão da mãe de Victória está escrito de sangue: “Não era pra você estar aqui, vá embora antes que se machuque”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado, me siga no twitter @dreamereverdeen, favorite e comente =D, o próximo capitulo vira num outro dia (eu mudei o modo de escrever de " substitui por " - " pois acho que vai ficar mais fácil dos leitores entenderem)



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