I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei! Prometi que postaria na semana passada e já faz um ano que não posto, não é? Tudo bem, podem abaixar suas armas, porque tenho explicações! Não precisam matar a autora linda - só que não - apesar de ela merecer.Maaas, eu explico tudo nas notas finais certo? Então LEIAM lá embaixo. Ah, apesar de esse capitulo estar sem graça, ele é dedicado a todas as meninas que têm comentado, mesmo a babaca da escritora demorando anos pra postar. Obrigada, suas fofas :3 aproveitem!



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Não sei que horas ou como Henri entrou sem fazer barulho, tendo em vista que a porta de entrada faz um som que é capaz de ser escutado em meu quarto ao ser aberta.

Só sabia que queria jogar meu despertador contra a parede quando ele começou a tocar. Me levantei, peguei minhas coisas para um banho e segui para o banheiro.

Ao chegar lá, encontrei Cato fechando a porta em minha cara. Mas não sem antes bagunçar ainda mais meu ninho de rato, vulgo cabelo, e dizer:

– Perdeu, Clove.

Bufei, me sentando encostada a parede e cantarolando enquanto esperava o louro sair do banheiro. Fazia isso para passar o tempo. Até tinha outros banheiros na casa, mas um era no andar debaixo e não tinha chuveiro, e o outro era no quarto de minha mãe, e eu realmente não queria entrar lá.

E espera, Cato não estava na casa da mãe dele?

Uns vinte minutos depois, escuto o chuveiro ser desligado e, em seguida, Cato sai com apenas uma toalha enrolada em sua cintura. Com uma mão ele segura seu pijama, e com a mão livre bagunça os cabelos molhados, fazendo com que gotículas de água caiam sobre seu peitoral nu.

Deus, que visão!

– Ei, Clove! Feche a boca para não babar – Cato diz, me fazendo corar.

– Idiota – digo, tentando não demonstrar que estou constrangida.

– Ah, não precisa ficar vermelhinha – ele se abaixa, ficando com o rosto a centímetros do meu, e completa: – Maninha.

E sai, rindo, me deixando com a certeza que meu rosto está pegando fogo. Entro no banheiro, tomando um banho rápido e vou para meu quarto me arrumar.

Ao chegar à cozinha, encontro todos sentados ao balcão que há no centro da cozinha, comendo panquecas, e um prato com as mesmas esperando por mim.

– Bom dia – Henri e Samantha sorriem para mim.

– E ai, beleza? – digo, me sentando no lugar vago, que é ao lado de Cato.

Começo a comer, às vezes prestando atenção a pequena TV – que é fixada na fresta entre duas paredes –, até que o anúncio de um plantão de última hora chama a atenção de todos.

Uma repórter, que tem a cara obtusa e cabelos vermelhos, a qual eu e Katniss apelidamos carinhosamente de Foxface, aparece na tela. Ela está em frente à loja Mercy e começa a falar:

Ontem à noite, a loja de roupas Mercy sofreu um assalto. Pouco antes de as câmeras de segurança serem destruídas pelos assaltantes, elas conseguiram pegar algumas imagens, mostrando ser uma quadrilha.

Fazem um corte para umas imagens em preto e branco, de má qualidade em minha opinião, mostrando quatro pessoas vestidas de preto entrando na loja e atirando nas câmeras de segurança em seguida.

Já fui diversas vezes a esta loja. Ela possui apenas um andar e, se comparada a outras da cidade, pode ser considerada pequena, mas ainda assim tem um amplo espaço, de modo que possui – ou possuía – umas dez câmeras. Mesmo que não as quebrassem, era impossível reconhecer o rosto dos assaltantes. Estavam cobertos, ou qualquer coisa assim.

Fazem outro corte, desta vez mostrando outra repórter, agora no fundo da loja.

Aparentemente, a quadrilha invadiu a loja destruindo a porta dos fundos – ela mostra a porta quebrada – Eles roubaram todo o dinheiro que havia no caixa, que era em torno de quatro mil e duzentos reais. Quando a policia chegou ao local, a quadrilha já havia fugido.

Eles mostram um tenente da policia e fazem uma rápida entrevista com ele, que diz que eles já estão investigando o caso e vão fazer o possível para capturarem os assaltantes. Aquele mesmo blá blá blá de sempre.

– Parece que hoje terei bastante trabalho – mamãe suspira.

Ela trabalha como delegada, de modo que sempre tem que investigar esse tipo de caso.

– Que caras burros! – exclamo, tomando um gole de suco.

Mamãe me olha feio, mas Henri parece se divertir com a situação.

– Quem? – ele pergunta – Os bandidos ou os caras da loja?

– Os dois – respondo – Quero dizer, já é terceira vez que essa loja é assaltada, sendo que a última vez foi a duas semanas atrás! Eles deviam, pelo menos, reforçar o sistema de segurança, não é?

– Mas eles reforçaram – Cato ri – Antes, o alarme era só nas portas das frentes. Agora, também é na porta dos fundos e nas janelas. Além de eles terem aumentado o número de câmeras e... – ele para no meio da frase – Bom, pelo menos foi o que eu ouvi. Sabe, na TV – e volta a comer.

– E os assaltantes também são burros – digo – Se essa loja já foi assaltada, pra que assaltarem outra vez? Vão procurar outra loja!

– Vai ver queriam fazer uma geral. Ver se tinha algum cofre... – Cato diz, enfiando uma panqueca na boca e dando de ombros.

Voltamos a comer em silêncio, até que percebo.

– O que você fez no seu braço, Cato? – pergunto, olhando para o mesmo.

Ele possui arranhões e cortes superficiais espalhados entre a costa das mãos e o antebraço. Mamãe também olha.

Cato olha para o pai, que está sem expressão no rosto, enquanto explica.

– Ah, Peeta também... Também estava na... Na casa de Glimmer, você sabe. Aí estávamos brincando. Brincando de luta. E, sem querer... Eu acabei dando um soco em... Em uma mesa de vidro – ele expira o ar, e seu pai relaxa o semblante.

Por que Cato sempre gagueja?

– É bom tomar mais cuidado – mamãe sorri para ele – E, assim que subirem, Clove dá um jeito nisso.

Eu? Por que eu? Cato, por acaso, não tem duas mãos? Ele pode muito bem cuidar do braço machucado com a outra mão.

– Perfeito – Cato dá um sorriso presunçoso para mim, e me limito a rolar os olhos e terminar minhas panquecas.

Subo para meu quarto, sendo seguida pelo louro.

– O que você quer? – pergunto a ele, ao vê-lo parado encostado ao batente da porta.

– Sua mãe disse que você vai dar um jeito em meu braço – ele dá de ombros.

– Tudo bem, senta ai – suspiro, indicando minha cama com a cabeça, e o louro o faz.

Começo a vasculhar as gavetas de minha escrivaninha, onde tinha certeza que mamãe enfiou alguns remédios. Encontro eles junto com um punhado de algodão.

Molho um pedaço de algodão com água e me sento ao lado de Cato, limpando seus cortes que estão um pouco abertos. Depois, pego uma pomada cicatrizante.

– Você é forte, não? – solto um riso fraco, enquanto passo o remédio em seu braço.

– Pois é – ele dá um riso igualmente sem graça.

Continuo ajudando-o em silêncio, até resolver falar.

– Cato, você machucou seu braço na casa de sua tia, certo?

– Sim, por quê? – ele franze o cenho.

– É que seu pai tinha me dito que você estava na casa de sua mãe – estreito os olhos.

– E e-eu estava, na verdade. Só que... eu passei lá depois de ir na casa de Glimmer – ele responde.

– Mas se você estava com sua mãe, por que não passou a noite na casa dela?

– Entendo que não goste de minha presença, mas não precisava esfregar isso na cara, não é? – ele diz.

– Não... Não foi isso que eu quis dizer – tento consertar, sentindo minhas bochechas corarem. Até porque eu estava gostando da presença dele, no momento.

– Eu só estava brincando – ele sorri de lado.

– Mas então... Por que não quis ficar com sua mãe? – insisto.

– Ah – qualquer vestígio de sorriso some de seu rosto – Eu... Bom, eu só dei uma passada lá depois de... De passar a tarde na casa de minha tia. Nem tinha como eu dormir lá – agora ele força um sorriso.

– Hm, pronto – murmuro, vendo que já havia terminado o trabalho em seu braço.

– Onde aprendeu a fazer isso? – Cato pergunta enquanto guardo os remédios.

– Bom, eu só passei um remédio. Qualquer um sabe fazer isso.

– Eu sei. Mas é que... Parou de arder e coçar, e você tem que saber o que passar e tudo mais – ele rola os olhos.

– Meu pai sabia algumas coisas – minha voz sai um pouco mais alta que um sussurro – Então, ele me ensinou.

– O que aconteceu com seu pai? – ele pergunta – Você disse que ele sabia.

– Está morto – respondo.

– Morto? Como assim? – ele arregala os olhos.

Deus, como pode existir uma criatura tão burra quanto essa? Por favor, dai-me paciência antes que eu o espanque.

– Não sabe o que é morto, garoto burro? ELE NÃO ESTÁ MAIS RESPIRANDO, O CORAÇÃO DELE NÃO ESTÁ MAIS BATENDO, ELE NÃO TEM MAIS SANGUE NAS VEIAS, A CAMA DELE AGORA É UM CAIXÃO, ELE ESTÁ A SETE PALMOS DEBAIXO DA TERRA, ELE FOI PARA OUTRA DIMENSÃO, ELE ESTÁ MORTO! – gritei – Entendeu agora?

– Nossa, isso tudo é TPM? – ele debocha.

Não, isso tudo é vontade de meter a mão na tua fuça, garoto idiota!

Respiro fundo, controlando minha vontade de bater nele.

– Vamos, Cato. Acho que já está na hora de sairmos – digo.

Ao me dirigir à porta, tenho a proeza de tropeçar nas minhas roupas que estão largadas no chão. Cato se levanta rapidamente, me estendendo a mão. A pego, e o louro acaba me puxando com mais força que o necessário, me fazendo chocar-se contra seu peito.

Me pego encarando seus belíssimos olhos azuis quando ele esboça um fraco sorriso, que acaba me fazendo suspirar.

– É melhor irmos – ele diz, bagunçando meus cabelos, após alguns segundo em silêncio.

– É-é claro – murmuro debilmente e pego minha mochila antes de sair do quarto praticamente voando, apenas para não ter que encarar Cato.

Porque o mais estranho de tudo isso foi que eu gostei de ficar olhando para seus gélidos olhos azuis e imagino que poderia fazer isso por mais um bom tempo.

Balanço a cabeça enquanto entro no carro de minha mãe, tentando me livrar desses pensamentos que foram mais estranhos até que algumas atitudes de Henri e Cato.


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Notas finais do capítulo

Seguinte, eu tive 10 provas nessas duas últimas semanas. E pra depois do feriado era pra eu ter só uma prova, mas como não tive aula dia 28, tive 4, sem contar os trabalhos que tinha que entregar! Então eu estava exausta! Onde eu sentasse, eu dormia, inclusive na aula, e sim, eu acabei indo mal nas provas. Pra vocês verem, não dá pra ficar entrando na net pra estudar, e mesmo assim se dá mal D:Enfim, não acho que o final do capitulo tenha ficado muito legal, mas queria postar logo.Outra coisa: nem metade dos leitores estão comentando, o que me leva a ficar com pouco animo. Então, meninas que pararam de comentar: voltem, sinto falta de vocês rs. Meninas que comentam sempre: continuem assim, suas lindas, e muito obrigada por darem a opinião de vocês. E leitores fantasmas, apareçam! Preciso da opinião de vocês, certo?Se eu não ficar sem pc pelas minhas notas ruins, tentarei postar mais rápido, e reviews são bem vindos, ok? Beijos :3p.s: qualquer erro, me avisem!