I Knew You Were Trouble escrita por Barbara Fuhrwig


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heeey pessoal, como vão? Bem... Sei que já faz um tempinho que postei, mas, pra ser sincera, eu não ia postar hoje. Mas decidi fazê-lo, já que ficarei fora no final de semana e já até vieram falar comigo por MP. De qualquer maneira, peço que, por favor, LEIAM AS NOTAS FINAIS, e explicarei melhor minha demora, certo?
Well, aproveitem :3



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Só espero que meus ouvidos funcionem direito depois de passar a tarde inteira com aqueles barulhos de secador.

Deus me livre dessa tortura novamente!

Certo, pelo menos eu tive a sorte de pegar a pessoa mais normal que vi por lá. Cinna era o nome dele. Ele não falava estranho, como a maioria, e tinha um estilo normal. Eu curti o delineador dourado dele. Ele foi super simpático e não ficava tagarelando toda hora sobre coisas inúteis, em minha opinião, mas tinha bom papo. Gostei dele, e se algum dia precisar voltar àquele salão, gostaria que ele ainda estivesse lá.

Depois de colocar o vestido que minha mãe escolhera, eu esperava, sentada no jardim de minha casa, pacientemente – ou nem tanto assim – a festa começar. É, a festa ia ser em casa.

Me sentei à mesa que fora designada para minha mãe, Henri, Cato, Katniss e eu e fiquei esperando o tempo passar.

Logo, os convidados começaram a chegar. Minha mãe ainda estava trancada no quarto, enquanto Henri, meu novo “papai”, e Cato cumprimentavam o pessoal. Cumprimentei minha família e outros que eu conhecia. Quando alguém que eu não fazia ideia de quem era chegava, eu abaixava a cabeça e fingia que estava dormindo ou, quando me viam antes de eu colocar o plano em prática, eu era apresentada a eles.

Já passava das nove quando a cerimônia começou. Todos se sentaram nas mesas em frente à pista de dança e Henri foi para a mesma, parando em frente ao padre que não era padre e a um balcão, que apoiava um livro.

Deus, quem se casa no meio de uma pista de dança?

Fiquei sentada entre Katniss e Cato e acho que eu babava. Ele ficava extremamente sexy e lindo naquele terno cinza, e quase me esqueci do garoto que ficou tirando sarro de minhas mensagens por eu dizer à Katniss que meus ovários estavam explodindo depois de assistir a um desfile de moda masculino.

Uma música, que não era aquela marcha nupcial clichê, começou a tocar. Logo vejo mamãe entrando no local.

Espera ai, o que fizeram com a minha mãe e quem é essa mulher?

Ela usava um vestido azul claro, justo e liso, que marcava seu corpo. Um coque despojado na cabeça. A maquiagem clara deixava a mulher de quarenta anos parecendo uma jovem.

Cato sorriu para mim, e não pude deixar de retribuir o sorriso de maneira sincera. Mamãe me deu o buque e postou-se ao lado de Henri.

O padre, que na verdade é um juiz amigo de minha mãe, começou a falar um monte de blá blá blá. Desculpe, não consegui prestar atenção porque estava ocupada quase tendo um orgasmo ao observar outro louro que se sentava a algumas mesas da nossa.

Uma meia hora depois, o falso padre disse que eles estavam casados, todos bateram palmas e eles deram um beijo que fez meu estômago se embrulhar.

Ainda sob palmas, Henri e minha mãe vieram para nossa mesa, e eu abracei-a, tentando segurar as lágrimas. É, eu queria chorar.

Chorar de tristeza! Esses dois caras estranhos iriam morar debaixo do mesmo teto que eu agora. Acho que vou pedir pra minha mãe me mandar pra um convento.

Mas eu também estava feliz por minha mãe.

Algumas músicas, que me davam vontade de dormir, começaram a tocar enquanto minha mãe e Henri recebiam os parabéns. Começaram a servir taças com bebida, e eu queria pegar algumas e encher a cara, pra poder acabar com a festa com a desculpa que estava bêbada.

Minha mãe e Henri foram à pista novamente, anunciaram que eles dançariam, e me preparei psicologicamente para a catástrofe a seguir.

Dançar com Cato já não é boa coisa. E do jeito que sou atrapalhada? Provavelmente eu pisaria no pé dele milhões de vezes antes de tropeçar e nos derrubar no chão.

Tentei ficar acordada enquanto mamãe dançava, mas quando um carinha fez sinal para que eu e Cato entrássemos na pista, pareci mais desperta que nunca.

- Senhorita, me concede está dança? – o louro diz, jogando charme, e me estende a mão.

- Cala a boca – sussurro, o puxando pela mão.

Posso escutar risinhos abafados atrás de nós.

Cato coloca uma mão em minha cintura e entrelaça nossos dedos com a outra. Apoio minha mão livre em seu ombro.

- Eu não sei dançar direito – sussurro.

- O quê? – Cato sussurra de volta. Como resposta, piso em seu pé sem querer.

- Entendeu?

Cato rola os olhos.

- Só me siga. Relaxa – ele sorri de lado.

Faço o que ele diz, o seguindo e, no fim, pisei em seu pé só mais uma vez.

A música acaba e escuto palmas. Encaro Cato por mais alguns segundinhos e percebo que tenho que me soltar dele. Desvio os olhos e me separo dele, sorrindo timidamente.

Corro de volta para junto de Katniss. Minhas bochechas esquentam por ver vários louros – da família de Henri, muito provável – me encarando.

Fico conversando com minha amiga, até mamãe pegar o buque, que eu havia deixado em cima da mesa.

- Por favor, todas as mulheres, venham aqui! Chegou a hora tão esperada! –ela anunciou no meio da pista de dança.

Cato, que até agora estava desaparecido, se materializou ao meu lado.

- Você devia ir lá pegar. Sabe, dizem que quem pegar é a próxima a casar e você está precisando mesmo desencalhar – ele ri.

E ele estava precisando de um tapa na cara. Que teria ganhado, se Katniss não tivesse se metido.

- Vamos lá, Clove. Eu tenho que pegar esse buque – o olhar determinado dela me deu medo e depois fui praticamente arrastada por ela.

- No três, hein? – minha mãe disse.

- UM, DOIS, TRÊS! – todas contaram juntas e ela lançou o buque.

E adivinhem? Não, eu não peguei o buque. Foi a vovó Greasy! Que saiu saltitando de alegria. Só faltava ela esfregar esse buque na cara das que estavam desesperadas para pegá-lo.

Me sentei à mesa com Katniss novamente. Ela tinha um bico do tamanho do mundo.

Conversávamos sobre assuntos banais, apreciando a música de fundo – que continuava me dando sono – até que vovó veio até nós.

- Tome, querida! – ela sorri, me estendendo o buque.

Confusa, o pego.

- Obrigada – sorrio de lado.

Vovó desmancha o sorriso e diz:

- E vê se arranja logo um namorado – e sai.

Até minha avó me chamando de encalhada.

Porra, chorei com essa!

Katniss começa a rir, e fecho a cara. Ela pare de rir após uns dez minutos mais ou menos.

- Como sua mãe e Henri se conheceram mesmo? – Katniss pergunta pela, sei lá, vigésima vez?

- Ah, ela me disse que ele foi fazer uma entrevista com ela sobre seu trabalho e etc. Ai eles se encontraram, por acaso, fora do prédio e começaram a conversar, e então minha mãe se apaixonou perdidamente por ele – rolo os olhos.

- Tão fofo, não é? – Katniss está toda risonha.

Fala sério! Só eu que achava esse clima de Cinquenta Tons de Cinza do relacionamento deles patético?

Só esperava que minha mãe não estivesse querendo viver um romance carnal masoquista.

Me dá ânsias pensar nisso, argh!

- Vou pegar uma bebida, quer também? – Katniss se levantou, e assenti.

Fui me virar para encarar a pista de dança e me sobressaltei ao perceber um louro com a cara quase grudada na minha. Quinze centímetros era muito.

- Ahn... – me afastei dele e percebi ser o garoto que eu observava antes – Tudo bem?

- Ótimo – ele sorri – Clove, não é?

- Sim.

Ele fica me encarando, sem dizer nada, ainda sorrindo.

- E você, tem nome? – digo.

- Ah, sou Peeta.

- Legal – sorrio amarelo enquanto Peeta se senta na cadeira antes ocupada por Katniss.

Pelo canto do olho, vejo que o louro continua me encarando.

- Algum problema? – pergunto, já me irritando.

- Não, nenhum – ele não desvia o olhar.

Caramba, qual o problema desse garoto?

Vendo que ele não desistiria, começo a encara-lo também. Ele não pisca uma vez sequer.

- Argh – gemi em frustração, apertando os olhos.

Enquanto meus olhos ardiam por ficar tanto tempo sem piscar, o tal Peeta nem sequer se mexeu.

- Peeta? – escuto a voz de Cato atrás de nós e suspiro, aliviada.

Acho que nunca fiquei tão feliz por vê-lo. Nos viramos para encara-lo.

- Sim? – o louro que antes me encarava diz.

- Seu pai está te chamando – Cato aponta para a mesa em que vi Peeta sentado mais cedo.

- Ok. Tchau Clove – ele diz se levantando, e dou um leve aceno.

- Quem é ele? – pergunto a Cato, que agora está parado ao meu lado com as mãos nos bolsos da calça.

- Meu primo – ele dá de ombros.

Claro, tinha que ser da família dele pra ser tão... estranho.

- Hm – balanço a cabeça – E o que ele tem?

- Como assim?

- Ah, sei lá. Ele parecia estranho. Ficou me encarando. Deve ter piscado no máximo quatro vezes nos dez minutos que ficou aqui.

- Bom... – Cato começa, batendo um pé no chão de maneira inquieta – É que ele teve um... pequeno acidente.

- Que acidente? – insisto.

- É... Tipo, um tempinho atrás quando... Quando éramos meio crianças – ele coça a nuca, em um gesto que já reparei que ele faz quando está nervoso – Estávamos brincando, e ele bateu a cabeça. Ele... Ele teve uma perda de memória temporária. Também teve alguns outros efeitos que... Que os médicos não conseguiram descobrir direito o que é. Aparentemente, só ficou um pouco mais retardado do que era antes – ele solta um riso fraco.

Sério que ele ficou nervoso só por falar que o primo bateu a cabeça?

- Ah – é tudo que digo.

- Mas ele é normal – Cato diz.

- Percebi – murmuro baixo, mas parece que o louro escuta.

- Ah, qual é. Ele às vezes é estranho, é verdade, mas quem não é? Sei que ele talvez tenha te incomodado quando ficou te encarando, mas ele é um adolescente normal como todos. Normal como você. Ele só...

O que deu nas pessoas hoje para ficarem me comparando com pessoas que acho estranhas, dizendo que elas são iguais a mim?

- Bom, eu... Eu tenho que... – Cato sai, deixando a frase pairando no ar.

Katniss chega logo depois de ele sair, segurando duas taças.

- Onde você estava? – pergunto. Ela podia ter chego quando Peeta ainda estava ai, me poupando de tanto constrangimento.

- Fui pegar as bebidas – ela rola os olhos, me estendo um dos copos de vidro que tem em mãos.

- Jura? Pensei que tinha ido fabricá-las pela demora – rebato.

Ela balança a mão, mostrando desdém, e se senta à mesa comigo.

O jantar é servido, sendo seguido pelo bolo, e logo depois começam a tocar as músicas que escolhi. Mas, ainda assim, não tenho vontade para dançar.

Katniss me abandona, indo dançar com o Sr. Bizarro – vulgo Peeta –, dizendo que não resistiu ao seu charme. Tudo bem, apesar de ele ser estranho, é lindo também.

Fico debruçada sobre a mesa, me empanturrando de docinhos enquanto observo Cato dançar com uma loura na pista de dança.

Viro minha atenção em duas crianças, com no máximo cinco anos, brincando de lutinha com garfos. E adivinhe? São louros!

Volto minha atenção à pista de dança, onde pessoas se mexem de formas bizarras que me fazem querer rir, e observo Cato.

Em certo momento, ele desvia a atenção da garota que dança com ele e me olha, me mandando beijinho.

Rolo os olhos e a única coisa que consigo pensar quando vejo uma daquelas criancinhas cair no chão, como se estivesse morta, é em que família minha mãe foi se meter!


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Notas finais do capítulo

Ok, vamos às explicações.
Primeiro, eu estava com um bloqueio esses dias, que estava me impedindo de escrever alguma coisa que eu gostasse mesmo.
Segundo, minhas aulas voltaram essa semana, ai juntando trabalho e escola fica complicado. Estava bem cansada essa semana /:
Sei que essas foram as desculpas que dei em minha outra fic também (se alguém acompanha), mas é a verdade, além de ter um outro problema que me chateou, fazendo eu demorar.
Gente, no último capitulo, nem metade das garotas que comentaram no primeiro capitulo apareceram nos reviews, poxa! Quer dizer, eu estou bem insegura quanto a esta fic, e por isso gostaria da opinião de vocês, então peço que comentem, certo? De qualquer maneira, obrigada de verdade para as meninas que comentaram :3
Bom, por ora é só, beijos e vejo vocês nos reviews, eu espero, rs.
P.S.: eu não tinha pensado em colocar o Cinna, mas como a Elleart me deu essa ideia, resolvi apresenta-la ai. Sei que ficou pequeno, mas era pra não estender muito o capitulo, tudo bem? c: