Annabeth Pov

-Percy, cheguei. - Falei, assim que cheguei em casa.

Então o vi sentado no sofá, com um sorriso de orelha a orelha, olhando um carta.

-Oi amor.-Ele disse.

-O que foi?-Falei, largando minha bolsa no sofá, e indo até ele.

Ele se levantou e olhou para meu rosto.

-Eu consegui uma bolsa na faculdade da UNH!(N.A:inventei isso ta) de biologia marinhas!

-Ah meu deus, Percy!

Pulei no pescoço dele, e o beijei.

-Eu estou tão feliz, pena que eu não vou aceitar. -Ele disse.

-EU sei, eu também estou... Como é que é?-Disse, saindo do seu abraço.

-A universidade fica em Seattle.

-Ah é, eu me lembro, agora. Percy, você não vai, por causa de mim?-Perguntei receosa.

-Annie, eu não vou porque eu não quero. Eu não suportaria te deixar.

-Mas Percy...

-Shh...-Ele disse, me dando um selinho.

Fiquei quieta, mas claro, não parava de pensar que eu não deixava Percy viver.

Então assistimos a um filme, e na manhã seguinte, fiz o que tinha que fazer.

Por mais que isso acabasse comigo, eu não podia deixar Percy parar de viver por causa de mim.

E naquela manhã, falei com ele.

-Percy, temos que conversar. -Disse, ao acordar do seu lado.

-Hum, sobre o que?-Ele disse sonolento.

-Eu acho que nós temos que...terminar.-Balbuciei a ultima parte.

-Oi?Por que?-Ele falou, se levantando.

-Percy, eu não sinto mais aquilo. Nosso amor era de adolescente. Percy, eu sinto muito. Mas a gente não pode se prender um ao outro. Eu sinto tanto.

-Annie, você só diz isso por causa da carta da universidade. Pois saiba que eu nunca te deixaria.

Então as lagrimas já caiam.

-Eu não te amo mais. Não é por você, é por mim. Eu quero viver. E você me ama demais, eu não posso conviver com isso.

Ele se virou para janela, e eu vi ele baixar a cabeça.

Então falou:

-Eu vou fazer as malas.

E foi como se cortasse meu coração em pedaços.

Fui ao banheiro me arrumar, e assim que saí, não havia mais Percy naquela casa.

Só havia o amor dele por mim, que Percy havia deixado para trás.

Então me deitei na minha cama, e chorei. Sem me preocupar em acordar algum dia.

DIAS DEPOIS

Percy Pov

“PASSAGEIROS DO VOO 163, SEATTLE, SE DIRIGAM AO PORTÃO 3”

A mulher dizia no alto-falante do aeroporto.

Então me dirigi ao portão 3.

Annabeth havia me deixado então. Eu sabia que o que ela dizia não era verdade. Mas se ela não me queria mais, eu não iria continuar.

Afinal, porque eu estou indo para essa droga de faculdade? Se eu sei que não vou aguentar um dia sem ela. Sem seus beijos, seus toques, abraços, sua voz. E cada briga nossa.

De repente percebi que eu realmente não conseguia viver sem a minha sabidinha.

Saí daquela fila idiota e peguei meu celular. Liguei para ela e então só de ouvir sua  voz, me acalmei.

-Oi, deixe seu recado. Devo estar ajudando Percy na lição.-E ouvi sua risada melodiosa. Ela não mudou seu recado ainda.

Isso me deu mais coragem de falar tudo que tinha.

-Oi, faz tempo que não nos falamos. Eu sei que você não quer me ver mais, nem me ouvir. Mas eu precisava dizer isso. Eu te amo. E eu não consigo viver sem você. Por que eu ainda tento? Acho que o único motivo de eu estar aqui ainda é por que eu te amo. Eu quero passar minha vida inteira com você. E não importa o que, nem quem, eu nunca irei te deixar. Eu fiz uma promessa não fiz? Eu posso ser o cara mais lerdo pra perceber que alguém gosta de mim, o cara mais idiota do mundo, que vive falando bobeiras. Eu posso não entender nada do que você fala de arquitetura. E quando você fala sobre coisas que você gosta, eu fico que nem um bobo olhando nos seus olhos que brilham. E quando você ri, e me beija, eu sinto que meu cérebro derreteu. Mas eu sei que você me ama. E porque eu ainda estou nesse aeroporto, eu não quero estar aqui. Porque eu te amo. Eu preciso olhar nos seus olhos uma ultima vez, e ouvir sua risada somente uma ultima vez. Para eu ter certeza de que vou te deixar.

Desliguei o telefone e peguei um taxi.

Cheguei na casa de Annabeth, bati na porta do apartamento dela varias vezes, mas nada.

Liguei para ela, só caia na caixa postal.

Eu ainda tinha chances com ela?

Annabeth Pov

Eu estava na sala, sentada no sofá, comendo sorvete. Com os olhos inchados de tanto chorar, quando ouço o barulho do telefone.

Continuo sentada até cair na caixa postal. Então ouço a voz de Percy. Me levanto rapidamente e ouço seu recado.

- Oi, faz tempo que não nos falamos. Eu sei que você não quer me ver mais, nem me ouvir. Mas eu precisava dizer isso. Eu te amo. E eu não consigo viver sem você. Por que eu ainda tento? Acho que o único motivo de eu estar aqui ainda é por que eu te amo. Eu quero passar minha vida inteira com você. E não importa o que, nem quem, eu nunca irei te deixar. Eu fiz uma promessa não fiz?-E ele seguia falando.

Meus olhos lacrimejaram, e eu não sabia mais respirar. O que eu fiz? Tinha deixado meu amor ir embora.

Escutei o recado até o final, e corri para meu carro.

E fui em direção ao aeroporto. Liguei para Percy, ele não atendeu. Droga!!

Cheguei em 5 minutos no aeroporto, e corri para dentro.

E vi que estava chovendo. Nossa, que clichê.

Perguntei para um segurança onde ficava o portão de Seattle. Ele disse que era o número 3, e corri até ele.

Só que aquela mulher me barrou, falando que eu só podia entrar com a passagem. Voltei para trás e ela se distraiu, quando eu sai correndo para o portão três.

Parecia uma louca correndo.

Então, só pude ver o carinha fechando a porta que levava para o avião.

Perdi minhas esperanças. Fui até o estacionamento que estava vazio. Caminhei até meu carro, não me importando com a chuva.

As lagrimas que caiam eram confundidas com as gotas da chuva. Perdi minha única chance com ele. Mas agora ele estava dentro de um avião, indo para seu futuro. Enquanto eu seguia chorando para meu carro, porque não tive coragem de falar com ele antes.

Agora eu não via motivo pra viver.

Então ouvi uma voz atrás de mim, dizendo:

-Eu prometi que nunca te deixaria, não prometi?

Sorri ao ouvir essa voz.

-Percy. -Disse, e me virei. Percy estava a uns três metros atrás de mim. Todo molhado, e seu cabelo caia no seu rosto. Ele sorriu, e eu corri para seus braços.

Ele me levantou no ar e eu olhei nos seus olhos.

-Me perdoa... Eu queria que você seguisse sua vida. Mas eu não consigo viver sem você. Eu te amo.

-Eu te amo. E eu sempre vou ser seu cabeça de algas apaixonado.

Ele tocou meu rosto, e eu fechei os olho, aproveitando seu toque.

Aproximei-me dele, e então o beijei com toda força que podia.

Era como se ele fosse desaparecer se eu o largasse.

Ele me beijava com a mesma intensidade, e eu podia sentir que nunca mais deixaria ele  ir.