Pollyanna escrita por Satine


Capítulo 15
Capítulo 15 - a linha tênue entre amor e ódio


Notas iniciais do capítulo

Oláá minhas lindas, bom aqui está mais um capitulo como prometido, eu realmente espero que gostem, mandem suas criticas, sugestões, leitores fantasmas apareçam O/ e Enjoy



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A morte do garotinho do 1º Ano foi publicada no profeta diário como ataque de lobisomem, eu lia a edição do jornal bruxo enquanto tomava meu café da manhã na manhã seguinte das provas. As N.O.M.s não foram tão difíceis quanto eu pensava e acho que dá até pra tirar um Aceitável em aritmancia.

– Bom dia Polly. - disse a voz sonhadora de um amigo meu da grifinória, Samuel Lovegood.

– Bom dia Sam. - eu disse sorrindo e abaixando o profeta diário.

– Eu li o profeta. - disse o loiro. - É uma pena o que aconteceu com o garoto não é? Mas fico contente que você tenha se salvado do ataque do lobisomem.

Eu sorri, ensinei a todos os meus amigos como jogar o jogo do contente, mas a maioria deles não sabe jogar, não há nada para se ficar contente com a morte de outra pessoa, a menos que ela vá se encontrar com pessoas importantes para ela e tenha tido uma morte tranquila e depois de uma vida longa e feliz, mesmo assim assenti.

– Como foram as suas provas? - perguntei a Sam enquanto me servia de mais bacon.

– Não foi tão difícil, mas acho que vou levar um belo de um Trasgo em transfigurações. - eu ri.

– Aposto que se sai bem, mas é verdade, estava um pouco difícil, o professor Dumbledore pega pesado às vezes.

– E como. - disse Sam. - Não fui bem em poções também, não sei o que acontece nessa matéria, acho que zomzobulos entram em minha cabeça e não deixam eu me concentrar.

– Zomzo... O que? - foi à vez de Sam rir.

– Zomzóbulos Pollyanna, entram em sua cabeça e embaralham sua mente, são invisíveis a olho nu. - eu ergui as duas sobrancelhas muito impressionada.

– Isso é sério?!

– É sim. - ele assentiu veemente. - É muito esperta de acreditar em mim Polly, a maioria das pessoas não acreditam, acham que eu sou pirado.

– Você não é pirado Sam, você é muito legal. - eu sorri bagunçando os cabelos louros de meu amigo e me levantando. Sam é tão gentil e divertido e é bonito também, as pessoas o acham estranho e apesar de ser um pouco, ele é muito leal e bom, me peguei em um momento pensando em como seria mais fácil gostar de Sam, ele é tão transparente, nada de enigmas, nada de magia negra. Ainda pensativa cruzei a porta do salão principal indo para o saguão de entrada que estava vazio, eu ia admirar o belo tempo que fazia lá fora, mas antes que pudesse sair do castelo, notei alguém atrás de mim.

– Como foi nas provas Pollyanna? - perguntou Tom olhando-me inexpressivo, sua voz aveludada me fazendo esquecer Sam.

– Nada mal. - eu disse apenas e me virei para seguir meu caminho. A verdade é que tem sido muito difícil estar contente ao lado de Tom, ele vive cercado de seus amigos malignos e eu sei muito bem que aquele anel em seu dedo é uma horcrux, ele me parece muito mais... Sombrio.

Eu saí do castelo e ele me seguiu, andamos pelo jardim, onde haviam alguns poucos alunos.

– Pollyanna. - ele começou receoso. - Há algo que queira me contar?

– Sério? Leu minha mente de novo para descobrir isso?

– Não preciso ler sua mente para saber que algo lhe incomoda. O que te aflige Pollyanna?

– Derek MacQueen, 11 anos, estudante de Hogwarts da casa da lufa-lufa, nascido trouxa, assassinado por um terrível lobisomem. - repeti exatamente as palavras do profeta diário.

– Os alunos têm que aprender respeitar as regras e não entrar na floresta proibida. - ele disse com um ar debochado. - Isto também serve para você.

Eu me virei para encará-lo, já estávamos mais afastados dos outros alunos, o sol brilhava de leve enquanto um vento gélido batia em nossos rostos.

– Agora mentes para mim? Tudo por sua preciosa horcrux. - eu soltei sem pensar, Tom tapou minha boca com sua mão, meu peito subia e descia rapidamente e eu podia sentir sua respiração e seu perfume a me confundir.

– Tente dizer mais alto Pollyanna. - repreendeu-me destapando minha boca, mas sem se afastar.

– Eu não queria me intrometer em seus assuntos Tom, mas...

– Então não se intrometa. - ele disse firmemente, num tom de ameaça e arqueou uma sobrancelha.

– Ah é! Eu sou um empecilho em seu caminho para a imortalidade, um empecilho para Voldemort.

– Eu nunca disse isso.

– É isto então, Voldemort é apenas um garotinho com medo da morte. - ele me olhou, indignação e raiva definiam seu olhar.

– Diga isto novamente e... - ele sussurrou de modo gélido e sombrio.

– E? - continuei corajosamente.

– E... Arcará com as consequências de desafiar Lord Voldemort.

– Não tenho medo. - foi a minha vez de sussurrar em seu ouvido, Tom suspirou com raiva antes de me prensar contra uma árvore e beijar-me, eu correspondi ao beijo entrelaçando meus dedos em seu cabelo, seu beijo não era carinhoso e gentil como sempre, era raivoso e violento, nossas línguas travavam uma guerra, meus dedos puxavam seu cabelo enquanto suas mãos apertavam minha cintura, contudo o ar se fez necessário e nos separamos em buscar de ar sem nos soltarmos, ofegantes e decididos a não abrir mão de nossos ideais.

– Então acho que não devemos mais ficar juntos. - disse Tom e eu fui mais fraca, desviei os olhos dos seus, a tristeza se apoderando de mim, eu o afastei. - Eu não sou bom como você diz Pollyanna.

– Você está terminando comigo, minha nossa, só... Por quê?

– Nunca daríamos certo, você sabe disto.

– Você escolheu as Artes das Trevas.

– Escolhi ser o maior bruxo de todo o mundo. - ele disse com um sorrisinho sombrio. - Não posso ter uma sangue ruim ao meu encalço se quero isto.

Quando ele disse isso deixei que uma lágrima caísse, fechei os olhos e os punhos.

– Eu te odeio Tom Riddle. - eu disse secando a lágrima e abrindo os olhos. - Estou contente de isso ter acontecido, agora posso ver quem você é de verdade.

Achei ter visto uma pontada de arrependimento em seus olhos, mas isto logo passou e ele voltou a estampar no rosto sua mascara inexpressiva, tão gélida quanto o vento daquela manhã.

– Se é assim que quer Srta. Whittier.


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Notas finais do capítulo

AHHH capitulo triste eu sei, mas Polly não ia ver Tom matar um garotinho do 1º ano e ficar quieta neh.. eu espero que tenham gostado e reviews?

bjinhoss