Gotas De Vinho escrita por Babs Toffolli


Capítulo 13
Edward - Busca e Regreção


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoaal ^_^ mais um capítulo prontinho aqui pra vocês, aproveitem!



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Eu estava sentado em uma pedra pensando em o que eu tinha feito. 'Edward, seu completo inútil, porque foi aprontar uma coisa dessas?', pensei comigo mesmo. Eu não sei. Não sei o que deu um mim naquela hora, eu enlouqueci. Apenas pensei que não era certo matar a garota. 'Mas desde quando você liga para o que é certo?', pensei novamente. É verdade, eu nunca liguei mesmo para esse detalhe. Eu devia esquece-la e tocar com essa minha vida de solidão e assassina.

Assassina.

Eu não era mais um assassino. Bom, eu ainda era porque todo o sangue humano que já derramei nunca deixará de manchar minhas mãos. Mas desde o dia que eu ataquei minha última presa humana - a última presa que me escapou e que só escapou porque eu fui fraco e deixei-a ir -, eu deixei aquela vida de tortura e matança.

Faz mais ou menos uma semana desde que procurei e voltei para minha antiga família. Eu nunca havia reparado em como eu estava com saudades. De todos eles. Princialmente Alice, minha baixinha encrenqueira. Meu pai Carlisle, ficou feliz e satisfeito em me receber de volta. Minha mãe Esme, recebeu-me de braços abertos e se pudesse chorar, estaria em prantos até hoje.

Fazia muito tempo que eu não caçava animais, há quase uma vida atrás. Ninguém da minha família me recrimina por eu ter sido quem era esses anos todos. Nenhum deles sabem o que fiz em minha última e inacabada caçada por uma humana que até hoje tento decifrar o que fez para eu ter reagido daquela maneira. Ninguém, a não ser Alice...

Ela viu o que eu ia fazer. Mas viu apenas eu torturando e matando a garota. Não conseguiu prever o que eu faria quando eu olhasse em seus olhos - aquele olhos que até hoje me assombram a cada piscada que dou -, aqueles olhos castanhos-chocolate, anormalmente grandes, me olhando de uma maneira tão intensa, que me assustou. Aqueles olhos não demonstravam medo. Nuca vi uma presa reagir daquela maneira, fria e madura como ela reagiu.

Sem contar sua mente, que era tão silenciosa quanto quem a carregava. Como ela conseguiu esconder seus pensamentos de mim? O que ela era, afinal? Uma humana, aparentemente comum e completamente imune ao meu dom.

Mas o que fiz foi muita incompetência. Meu ato foi insano e inconsequente. Eu não devia te-la largado! O que fiz com a pobre garota? Como ela deve estar agora? Deve ter virado uma completa selvagem. Mas se esse fosse o caso, estaria passando em todos os canais de TV, algo como alguma espécie de chacina na cidade. Todas as tardes eu ficava sentado no sofá da sala - depois de expulsar Emmett que nunca queria perder um jogo -, pegava o controle remoto e ficava passando diferentes canais de jornais nacionais e estaduais a procura de alguma pista de onde eu poderia encontrar a garota e talvez explicar à ela.

– Você foi um completo irresponsável, Edward Cullen! - Disse Alice, certo dia quando contei o que realmente aconteceu. - Você acabou com uma vida tragicamente e ainda não saiu para limpar a sujeira! Devia sentir vergonha de si mesmo. E se os Volturi descobrirem?

Ela me sugeriu que eu saísse à procura da garota. Sem contar que se os Volturi descobrirem mesmo, nós dois (eu e a garota) corremos um risco seríssimo de vida.

Eu usei a desculpa de que eu não fazia ideia de onde ela podia estar, que depois de transformada iria estar enlouquecida pela sede de recém-criada e sumiria no mundo. Bom, isso era verdade, mas não era meu último motivo.

Eu não tinha coragem de como encara-la. O que ela pensaria de mim? Um vampiro completamente pirado que enquanto tentava mata-la, fugiu. Mesmo depois de te-la mordido. Deixei-a lá, para as moscas enquanto se transformava em um monstro como eu. Não! Ela nunca seria um monstro como eu. Ela com certeza não sairia por aí, torturando suas presas antes de bebe-las. O monstro em toda essa história sou eu. Sempre fui eu. Eu destruí uma vida do pior jeito que já fiz com tantas outras.

Eu precisava consertar o que eu havia feito. E já! Mas como? Ainda havia o fato de que eu não sabia como encontra-la. Eu devia pelo menos esperar o menor rastro de assassinato pela península de Olimpic por enquanto. E então, sim, eu iria atrás dela.

–Hey, Edward! - Emmett me chamou. Estávamos em uma expedição de caça a um urso que estava dando problemas a um pequeno vale perto de Seattle. - Você não vem me ajudar?

– E porque eu deveria? Você consegue sozinho, pode ir lá. - Disse sem emoção, eu não estava com vontade de competir.

– Cara, você está muito estranho desde que voltou. - Respondeu, vindo se sentar na pedra ao meu lado. - O que está acontecendo? Deve ser algo grande pra só você e Alice saber.

Arregalei meus olhos pra ele - meus olhos já dourados pelo sangue animal. Como assim, ele sabia que algo estava acontecendo?

– Não sei do que você está falando - Retruquei.

– Ah sem essa, mano. Sabe que não pode ficar escondendo isso de mim. - Insistiu ele 'E você sabe que pode contar comigo.', ouvi em sua mente.

– Eu sei, mas não é nada tão importante. - Menti. A garota tinha se tornado um ponto importantíssimo pra mim nos últimos dias.

– Bom, se precisar... - Desistiu.

– Obrigado.

Depois que assisti Emmett acabar com o urso em um minuto, corremos pela floresta de volta pra casa. Eu não me surpreendi tanto por Emmett estar desconfiado. Ele sempre sabe quando há algo de errado comigo, embora ele sempre ache isso.

Sua mente estava vaga, enquanto ele apenas ia observando os pequenos detalhes das folhas e pequenos insetos que se escondiam quando percebiam nossa aproximação. Emmett não pesaria muito a barra comigo sabendo que eu não falaria. E eu não falaria. Não era algo que eu precisasse preocupa-lo, era um problema meu que eu mesmo iria resolver, mais cedo ou mais tarde eu acharia a garota. A garota que graças ao seu olhar de curiosidade, fez com que eu parasse de matar. A garota que depois de abandona-la no meio daquela floresta, fez eu voltar para minha vida com a minha família e que por isso, eu deveria à ela por toda eternidade - o que por sinal, agora nós dois tínhamos. Ela era a garota que me surpreendeu desde quando a vi voltando pra casa a pé e sozinha no meio da noite. A garota que não gritou quando eu a raptei. A garota que neste momento, deve estar sozinha, vagando por ai, matando pessoas e não entendendo o porque depois. A garota que eu acharia. Bella...


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Notas finais do capítulo

Entãao, o que acharam??? Acompanhe os próximos capítulos, já estou preparando! ;D



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