Pov. Edward

Aproveitamos mais um pouco o fim de tarde na casa dos meus pais e depois viemos embora para o nosso apartamento. Bella estava cansada, pois fora um dia cheio e especial.

- Finalmente em casa – disse Bella após sair do banho – Foi um dia e tanto hoje.

- Foi sim, eu adorei cada segundo – disse para ela – Gostou amor?

- Amei. Principalmente o berço que você colocou no seu antigo quarto e do macacão, sei que Renesmee irá ficar linda vestida nele – disse Bella e sorri.

- Me encantei por aquela roupinha e não resistindo a fofura, comprei para te dar de presente – disse e ela sorriu – Eu amo vocês – beijei sua barriga.

- Nós também te amamos, papai – retrucou ela e ri. Trocamos um beijo longo e quente. Separamo-nos com selinhos – Acho que vou descansar um pouquinho.

- Certo, descanse. Qualquer coisa estarei na sala vendo TV – disse e beijei sua testa – Bom descanso, anjo.

Bella deitou de lado na cama, colocando a mão no topo da barriga. Joguei um coberto em cima dela e depois fui para sala assistir algum programa, pois não estava com sono. Sentei no sofá e liguei a TV, colocando no canal de filmes, estava passando “Os Mercenários” e então fiquei assistindo.

Pov. Bella

Cheguei em casa super cansada do chá de bebê. Então tomei um banho e deitei na cama, pegando no sono rapidamente.

Quando despertei já passava das 11 horas da noite, virei para o outro lado e vi que Edward dormia profundamente. Devagar, levantei-me da cama e fui ao banheiro, senti um incomodo no baixo ventre. Ignorei de primeira, pois deveria ser Renesmee me movendo.

Quando voltei ao quarto para dormir. O incomodo voltou depois de 20 minutos, gemi baixinho para não acordar Edward e deitei na cama.

E a dor continuava voltando. Sem mais pressa decidi acordar meu marido.

- Ed, acorde – o chamei. Ele resmungou e voltou a ressonar – Amo, acorde, por favor.

- Huum, que foi Bella? – perguntou ele sonolento.

- Estou sentindo um incomodo no baixo ventre – disse e ele sentou na cama rapidamente, acendendo o abajur. Ajeitei-me na cama devagar e dor voltou – Ai – gemi baixo.

- São as contrações – disse ele – A dor está vindo de quanto em quanto tempo?

- Entre 20 minutos – disse e fiz uma careta quando dor voltou. Respirei fundo.

- Isso, faça como eu te ensinei – disse ele – Respire fundo e relaxe. É só o começo.

Meu marido ficou comigo, segurando a minha mão. Com a outra mão ele acariciava as minhas costas, encostei minha cabeça em seu ombro, porque estava com dor de cabeça.

- Ai. Dói – disse começando a chorar – Por que trabalho de parto tem que ser dolorido?

- Hey, shiiiu, meu amor. Porque tem que ser assim – disse ele enxugando minhas lágrimas.

- Temos que ligar para a Irina. Ou você quer fazer o parto? – perguntei.

- Não, quero te acompanhar neste momento. Mas depois irei ajudar Irina nos exames da nossa garotinha – disse ele me dando um selinho – Já volto – ele pegou o celular e foi para sala ligar para Irina. Com dificuldade levantei da cama, indo sentar na bola que compramos na semana retrasada. Fiz movimentos circulares, acariciando a barriga, que já estava dura quando outra contração me atingiu.

Edward voltou ao quarto alguns minutos depois. Ele me viu sentado na bola, dando sinal positivo para o que eu fazia e veio me ajudar com as massagens nas costas.

- Está diminuindo o intervalo das contrações. Agora estão vindo de 15 em 15 minutos – disse e fechei os olhos quando outra dor veio – São cólicas 5 vezes pior que as normais.

- É sim. Queria passar essa dor para mim, mas infelizmente não é possível – disse ele – Nem acredito que vamos ter Renesmee hoje.

- Nem eu. Huuum – gemi por conta de outra contração – Acho que agora foi para 10 minutos o intervalo. Me ajuda a levantar, amor – pedi e assim ele fez.

- Vamos para a Maternidade. Ligo para nossa família no caminho – disse ele. Edward colocou uma roupa e depois me ajudou a colocar um vestido para irmos a maternidade – Pronta, anjo?

- Sim, mais do que pronta. Não importa o tanto de dor que virá, desde que nossa menina venha perfeita – disse e ele sorriu emocionado.

- E assim será, meu amor. Agora, vamos, antes que eu faça seu parto aqui mesmo – disse ele, enlaçando minha cintura para me ajudar na descida do estacionamento. Edward pegou as bolsas que estavam no sofá, as chaves do carro e o celular, então saímos.

[...]

Minha bolsa estourou assim que chegamos ao estacionamento. Se a dor já estava ruim, agora havia piorado. A cada 6 minutos eu gemia e apertava a mão livre de meu marido, que estava calmo e tranquilo, tudo para não me apavorar.

- AAH MEU PAI, COMO DÓI – berrei – Desculpe, amor.

- Não tem problema, querida. Eu sei que dói – disse ele ternamente calmo.

Foi só sairmos de casa, que Edward ligou para nossos pais e familiares. Acredita só que todos comemoraram, porque finalmente iriam conhecer a princesinha mais esperada de todas. O caminho do hospital era totalmente cheio de gemido, berros e calmaria, por parte do meu lindo maridinho.

Chegamos, Edward estacionando o Volvo e saindo para buscar uma cadeira de rodas. Ele não demorou muito para voltar, por ser médico, ele tinha autorização de fazer isso. Ele pegou as nossas bolsas, abriu a porta do passageiro e me colocando na cadeira de rodas. Até que ele não tinha pressa, foi me levando devagar.

- Collin, Dra. Irina já chegou? – perguntou Edward ao chegar à recepção. Eu gemia e chorava por causa das fortes contrações.

- Já sim, Dr. Cullen. Ela está terminando uma cesárea agora – disse Collin.

- Tudo bem, irei levar Bella para o quarto e prepara-la para o parto – disse Edward. Fomos então em direção ao quarto.

Como agradecer a Deus por me proporcionar um momento maravilhoso como esse? E a Edward, por sempre estar ao meu lado e ainda me ajudando muito nesta fase? Eu não tinha palavras e descrições para dizer naquele momento. Renesmee estava chegando e eu vou trazer ela ao mundo com todas as forças possíveis.

No quarto, meu marido me ajudou a tirar o vestido e colocar a camisola que escolhemos para dar a luz. Ele todo empolgado para o nascimento da filha, enrolou o aparelho de ultrassonografia na minha barriga para verificar os batimentos cardíacos de nossa pequena. Sentei na cama com as pernas abertas e cobertas por um lençol branco.

- Vou colocar a minha roupa especial e já volto – disse ele.

- Não demore, amor – disse e ele sorriu me dando um beijo na testa, e saiu do quarto; Logo em seguida entrou uma enfermeira.

- Olá, senhora Cullen. Meu nome é Elena e sou enfermeira da equipe da doutora Denalli – disse ela – Vou medir sua pressão arterial e ver como está sua dilatação, certo?

- Certo – disse. Ela então começou com os procedimentos e por fim mediu a dilatação.

- Olha só, está com 7 cm. Daqui a 1 hora voltarei – disse ela tirando a luva e saindo do quarto. A dor era horrível e ao mesmo tempo boa, porque já já conhecerei minha filha.

- Voltei anjo – disse Edward entrando no quarto com sua roupa de centro cirúrgico.

- Bom, ainda estou com contrações e 7 cm de dilatação – disse e outra dor ardente veio. Apertei a mão de Edward naquele momento.

Pov. Edward

Caramba, finalmente vamos conhecer a nossa filha. Eu estava extasiado com tanta emoção, que não cabia no peito. Passamos 8 meses ansiosos para ver o seu rostinho, pegá-la nos braços, ninar e dar carinho.

Senti outro aperto na minha mão. E Bella suava em bicas da dor que vinha. Peguei um paninho verde e comecei a enxugar seu rosto.

- Eu não aguento mais. Dói pra caramba – disse ela chorando.

- Hey, respire, fique calma. Estou aqui meu amor – disse. A porta se abriu e vi Irina passar com a roupa azul de cirurgia.

- Olá casal. Perdoem a minha demora, mas é que houve complicações na cesárea da minha paciente. Mas agora está tudo bem – disse ela – Prontos para conhecerem a princesinha de vocês?

- Esperamos por esse momento há meses, Irina. Estamos mais do que prontos – disse. A enfermeira entrou no quarto e novamente mediu a dilatação de Bella.

- Senhora Cullen, sua dilatação é de 10 cm. Chegou a hora de fazer força – disse a enfermeira sorrindo.

- Vamos lá então, querida? – disse Irina se sentando no meio das pernas de minha mulher. Entrelacei nossas mãos e acariciei sua bochecha – Outra contração, empurre.

Era um momento mágico. Já havia feito muitos partos, mas todos eles nem se comparava quando era com você. Estava ali pertinho, assistindo a chegada do nosso milagre e logo depois iria pegar ela em meu colo para dizer o tão esperado “oi”.

- AAAARGH – Bella fazia força. Eu ajudava empurrando sua barriga para baixo.

- Vamos lá, meu amor. Força – incentivava-a. Mais uma vez empurrou com a energia que podia.

- Força, Bella. Estamos quase lá – disse Irina. Pressionava o pano em sua testa por conta do suor que escorria – De novo, vamos.

Bella empurrava com a força que podia. Respirava fundo e voltava para a sessão de gritos.

- CÉUS! NÃO ESTOU AGUENTANDO MAIS. ESTÁ DOENDO – berrou ela.

- Aguente, meu amor. Você consegue. Vai, força – disse e ela sorriu fraco. Ela empurrava o quanto podia.

- Ela está coroando. Vamos, mais um pouco Bella – disse Irina. Minha esposa chorava e empurrava.

- Vai, meu amor. Você está conseguindo, Renesmee está vindo – disse. Nossas mãos se apertaram e a força que Bella fez foi surreal. Foi então que escutei o melhor som do mundo.

- Nasceu – disse Irina. Nossa filha veio ao mundo chorando forte e alto, mostrando que estranhava as coisas fora da barriga da mãe.

- Oh meu Deus, nossa princesa, Ed – disse Bella chorando. Trocamos um selinho demorado, comemorando o grande passo que demos – Eu te amo e obrigada.

- Eu é que tenho que agradecer, meu amor. Eu também te amo – disse beijando seus lábios.

- Vem fazer as honras, papai – disse Irina. Ela me entregou a tesoura.

- Bem vinda ao mundo, Renesmee – disse emocionado e cortei o cordão umbilical. Entreguei a tesoura para Irina e uma enfermeira enrolou minha filha em um campo azul, entregando-me em seguida – Como você é linda. Papai, te ama princesa – olhava para ela intensamente.

Levei ela para que minha mulher conhecesse nosso pequeno milagre.

- Diga oi para a mamãe, filha. Hein? Diga – disse e a coloquei nos braços de Bella.

- Oi, minha lindinha. Finalmente nos conhecemos, sim? Esperamos por você e agora nós a temos – dizia Bella chorando. Ela segurava suas mãozinhas sujinhas de sangue – Eu amo você. Eu e o papai.

- Esse com certeza é o melhor presente que podia ter ganhado em toda minha vida. Hoje não poderia ter sido mais especial que isso. Eu amo vocês e vou amar para sempre. Obrigado meu amor, por tudo e agora por me dar a filha mais linda de todas – declarava olhando para as duas mulheres da minha vida.

- Eu também amo vocês. Para sempre – disse Bella. Beijei a testinha de minha filha, sem se importar com o pouco de sangue que havia e ficamos olhando aquele milagre que havia acabado de chegar.