Pov. Edward

Despertei-me naquela manhã vazia. Espreguicei-me, escutando minhas costas estralarem e meus músculos relaxar pela noite nem tão boa.

Minhas preocupações ocupavam minhas madrugadas e meu medo ecoava meus pensamentos. Bella e a nossa filha estavam correndo risco de saúde, e teriam que ficar pelo menos mais 3 dias no hospital. Irina me disse que minha esposa terá que ficar de licença do trabalho e evitar esforço.

Fui até o banheiro e liguei o chuveiro, me enfiando embaixo do mesmo. A água morna ajudava a melhorar minha expressão chorosa e recuperar as energias pelas madrugadas perdidas e acordadas. Eu confesso estar com receio do que virá pela frente. Já havíamos perdido nosso primeiro bebê há 6 anos atrás e agora que estamos superando aquele sofrimento, acontece esse susto.

Graças a Deus nada de grave aconteceu, mas Irina deixou claro que se acontecer este ocorrido novamente o parto terá que ser antecipado e nossa filha correrá muitos riscos. Eu como médico já fiz partos prematuros e assisti bebês sofrendo por vários dias na UTI Neonatal, via mães e pais abraçados através do vidro sofrendo pelo seu bebê não estar em melhores condições. Daqui a meses eu e Bella seremos pais, estamos tentando nos preparar para o que pode vim.

Espantei pensamentos ruins, terminando meu banho. Enrolei-me na toalha, seguindo de volta para o nosso quarto e o mesmo continuava tão vazio. Seu cheiro inebriava a grande cama de casal e seu lado estava arrumado, porém, por um lado era ruim e pelo outro era melhor assim. Por nossa princesinha faríamos tudo e tomaríamos qualquer risco para vê-la nascer rica de saúde e de perfeito amor.

O seu quartinho estava começando a ser montado. Só pintarmos a parede de lilás, montar o berço e a cômoda, comprarmos mais roupinhas e colocar a plaquinha que compramos na porta. Pensar na minha filha, fazia-me sorrir emocionado, pois era o fruto mais esperado sendo gerado no ventre da mulher que amo.

Terminei de me enxugar e coloquei minha roupa branca. Minha mulher adora quando saio uniformizado de médico e quando lhe faço o ultrassom, é a maneira de ficarmos juntos curtindo essa maravilhosa fase de nossa vida.

Voltei ao banheiro, pendurando minha toalha e indo escovar os dentes. Fiz minha higiene, arrumei meu lado da cama e desci para tomar café. Estava muito ansioso para tomar café, então peguei uma xícara de café preto e tomei um pouquinho mais rápido do que o costume. Peguei meu jaleco, carteira, chaves do carro e celular, desci para o estacionamento do prédio.

Entrei em meu Volvo prata e rumei para o hospital. Estava doido para ver a minha mulher e ansioso para o ultrassom. O caminho todo fui escutando música e com os pensamentos felizes rondando minha mente.

Pov. Bella

Acordei nessa manhã sentindo minha pequena mover-se em minha barriga. Sorri aliviada por saber que ela está bem e que daqui a alguns dias estaremos em casa sã e salvas. Os bips de meus batimentos cardíacos ecoavam pelo quarto e também escutava os batimentos do meu bebê. O aparelhinho de ultrassom enfaixado em minha barriga dava sinais que minha filha estava maravilhosamente ótima de saúde.

Minha noite foi tranquila, mas fiquei muito preocupada. Confesso que também senti saudade do meu marido aqui comigo e de minha confortável cama grande, mas é para o melhor desempenho de minha filha e sempre estarei disposta fazer o que puder por ela.

Ansiava para o ultrassom que Edward fará daqui a pouco. Adoro quando ele faz isso por nós, porque é a maneira de ficarmos juntos curtindo a minha gravidez. Ele é um ótimo pai, faz carinho na barriga, conversa com ela e sempre costuma beijar meu ventre na hora de dormir. Nem preciso contar que meu marido deita na minha barriga e diz que a sensação de sentir a bebê se mover embaixo de seu rosto é o melhor presente de todo o mundo.

– Bom dia, mamãe - disse Irina entrando no quarto, junto com a enfermeira - Como passou a noite? – A enfermeira verificava os meus batimentos e o de Renesmee, o soro.

– Bom dia, Irina - disse - Passei bem, mas estou preocupada e com saudades do meu marido

– Bella, fique tranquila. Você e a sua filhinha sairão daqui sã e salvas - disse ela – Quanto a saudade do marido, até eu sinto – rimos do que ela disse.

– Estou ansiosa pela ultra - disse - Tomara que Edward chegue logo.

– Escutei meu nome - Disse ele entrando. Sorri

– My love, veio voando foi? - disse e ele riu. Aproximou-se da cama, me dando um beijo delicado e cheio de saudades.

– Quase paixão - disse ele parando o beijo com um selinho demorado - Precisava matar a saudade que senti de você. A cama ficou tão vazia esta noite.

– Eu também senti saudades suas - retruquei. Vi ele sorrir e depois acariciar a minha barriga

– Como nossa garotinha está? - perguntou ele beijando meu ventre.

– Ela está bem. Passou a noite tranquila - respondi com total satisfação.

– Que ótimo amor. E pelo que percebo através dos batimentos dela, está perfeitamente saudável. Não é Irina? - disse ele

– Claro papais. Vocês daqui a alguns dias irão voltar para casa sorrindo ainda mais - disse ela - E acho que está na hora de fazer o ultrassom.

– Sim. Ansiosa, paixão? - perguntou ele.

– Você não tem noção, love – disse e ele sorriu. Edward tirou o aparelhinho de minha barriga e me ajudou a descer da cama. Enlaçou minha cintura e seguimos para a sala de exames.

Ao chegar à sala, entramos e fechamos a porta. Irina foi atender suas outras pacientes, então ficamos só eu e Edward.

Deitei-me na maca e meu marido ergueu levantou a minha blusinha até abaixo dos meus seios, que estavam grandes devido ao leite. Espalhou aquele gel gelado na minha barriga, fiz uma careta e ele riu, depois começou a passear o aparelhinho pela minha barriga, logicamente sorrindo feito qualquer pai bobo ao ver sua filha.

Não conseguia conter as lágrimas de emoção. Era tão lindo ver aquele pequeno serzinho formando-se dentro de mim, seu coraçãozinho batendo forte e se desenvolvendo cada vez mais. Edward percebeu minha emoção e sorria de orelha a orelha. Na telinha nossa pequena Renesmee estava perfeita, com todos os dedinhos do pé e da mão, corpinho formadinho e dormindo feito um anjo.

– Olha paixão, ela está dando chupando o dedo – disse Edward apontando nossa pequena mostrava a mãozinha.

– Deus! É tão linda. Perfeita e emocionante – disse.

– Eu sei meu amor. Acredite, tudo vai dar certo daqui para frente – disse e sorri.

– Obrigada love – agradeci.

Terminamos a ultra e Edward limpou minha barriga, não resistindo ele depositou um beijo ali. Fechei meus olhos apreciando o carinho.

Era bom saber que a tranquilidade voltou a reinar nosso espaço e graças a Deus tudo não passou de um grande susto.