Jessica Chloe - Vitoriosa escrita por MidnightDreamer


Capítulo 47
Nossa família


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo - ahhhh :((((
Mas lembrem-se de conferir a minha nova fic - Connected Spirits!



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— Sica? - Hector bate três vezes na porta, sorrindo tanto que faz com que seus olhos fiquem espremidos. - Nós vamos embora hoje, está sabendo?

— Sim, o médico me falou. - Sorrio, amarrando o lenço na cabeça. Alguns fios encaracolados estão nascendo onde tive que raspar. Olho para o relógio na parede. - Oh, são sete e meia!

Abro um sorriso, e vejo que a enfermeira entra com meus meninos. Hora de amamentar.

— Bom dia, mamãe... - Ela me entrega meus meninos. Depois de três dias no hospital, as horas que eu tinha mais ansiedade eram as horas de amamentar. Apesar de eu não poder, de certa forma, fazer isso.

Hector se senta ao meu lado, na poltrona. Sento-me na cama, com a ajuda da enfermeira, e olho meus bebês. A menina, Stephanie, está maiorzinha - me espanto em como eles conseguem engordar em tão pouco tempo! - com seus cabelos loiros quase vermelhos e olhos verde-azulados olhando para Hector, que mexe em sua mãozinha. O menino Bob, ou melhor, Robert, está com os olhinhos verdes me encarando. Ele está tão grande agora, e bem melhor da icterícia (que deixa a pele meio amarelada), que me dá um certo alívio.

— Aqui estão as mamadeiras. - A enfermeira me entrega.

Eu infelizmente não posso amamentá-los. Pode até ter sido há muito tempo, mas por causa da maldita - e bendita, também - quimioterapia, não vou poder fazer isso. Quando me avisaram isso, minha vontade era de chorar muito, mas já me conformei. Tudo para o bem deles. Hector pega Stephanie e a mamadeira dela.

— Oi, bebê... - Ele a balança nos braços, meio desajeitado. Assim como eu, pra falara a verdade. - Com fome?

Ela bate sua mãozinha nele.

— Eu acho que isso foi um sim! - Brinco com ele.

Ele põe o bico da mamadeira na boquinha dela. Oh, eu queria tanto poder amamentá-los... Faço a mesma coisa com Robert. Ele é o mais guloso, só não mastiga a mamadeira por que não tem dentes! Em poucos minutos ele termina. Entrego-o a Hector, que me dá a menina.

— Ela precisa sentir você. - Ele diz, e eu beijo a testa dela.

Esses últimos dias foram assim, eu e ele nos dividindo nessa maravilhosa tarefa. Bem, pelo menos nos dois últimos, por que no dia seguinte ao parto eu não conseguia nem falar direito, mas agora eu ando pelos corredores e fico o máximo de tempo com eles. Enfim, hoje nós vamos embora.

— Eu queria poder leva-los conosco. - Sussurro, aninhando Stephanie.

— Eu também quero, mas no ritmo que eles estão, em menos de um mês eles vão estar com a gente. - Hector tenta me consolar, mas sei que ele também tem o mesmo desejo que eu. – Eu amo tanto esses bebês...

Stephanie faz sons de bebê para nós, e sinto uma onda de fofura inundar meu coração. Antes mesmo que eu perceba, Robert adormece nos braços do pai, que beija a testinha dele com cuidado. Eles são tão pequeninos, tão fraquinhos e indefesos... Eu os amo também.

— Eu sei. - Caminho até Hector e o beijo na bochecha. - Mas vamos vir aqui todo o tempo, né?

— É claro! - Ele me dá um selinho. - Não vamos tirar o pé daqui até eles virem com a gente.

Ele começa a cantar para Robert, que havia acordado com o movimento. Sua voz soa forte, mas tem uma doçura em seu tom que me faz sorrir. Ele não é um cantor muito bom, mas a sua tentativa de acalmar nosso filho me faz querer agarrá-lo. Aproximo-me deles, fazendo com que meus meninos se encostem. Do nada eles enroscam seus bracinhos. Hector e eu rimos da cena.

— Eu te amo. - Ele sussurra para mim.

— Eu também te amo.

Uma enfermeira entra no quarto e parece estar triste por ter que interromper o único momento que realmente temos com nossos filhos. Ela pigarreia de leve e anda até mim.

— Precisamos levá-los para outra sessão de fototerapia. - Ela fala, arrancando meus filhos de nossos braços.

— Mas... - Ela não me deixa terminar, já está na metade do corredor. Eu sei que eles precisam de todos os cuidados necessários para que logo eles estejam em casa conosco, mas ainda assim dói ter que deixá-los aqui.

Hector suspira, abraçando-me de leve.

— Acho melhor irmos para casa. - Ele beija o topo da minha testa.

Resmungo, mas ele consegue me convencer. Arrumo minhas coisas (que Carlie havia trazido para mim) em uma bolsa e ele me ajuda a andar até o final da maternidade. Ele começa a conversar sobre as novidades do emprego que ele havia conseguido na empresa de um primo dele, mas antes...

Vejo meus bebês voltando da fototerapia. A enfermeira os coloca na incubadora, e noto que eles estão dormindo. Grudo na janela, junto com uma infinidade de pais que também observam seus filhos. Robert está quieto, como se nada estivesse acontecendo, mas Stephanie começou a chorar.

— Hector! - Exclamo. - A Stephanie está chorando!

— Onde? - Ele pergunta.

Aponto para a incubadora dela. Ela havia começado a diminuir o choro, porém ainda conseguia ver algumas lágrimas minúsculas nos olhinhos dela.

— Acho que ela já está com saudade da gente... – Ele sorri, me segurando pela cintura e me puxando para um abraço. – Mas nós não podemos pegar eles agora. Você sabe que será melhor assim.

— Eu sei. Não vejo a hora de levá-los para casa.

Ele me segura pela mão e me conduz até a saída.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam ----> Leiam minha nova fic "Connected Spirits"!



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