O Tempo Dirá escrita por Bibelo


Capítulo 23
EXTRA: Ano Novo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora de quase dois meses, mas a inspiração havia me abandonado Ç.Ç

Para compensá-los, esse capítulo é de quase 6.000 palavras. Esse capítulo é um extra.

TODOS OS CAPÍTULOS EXTRA contaram o passado deles, nesse vou contar o dia em que a Estelar chegou na Terra, em outro momento como contar como era o relacionamento do Mutano e da Terra, ou sobre o acidente dos pais de Dick, enfim, os extras são capitulos do passado!

Espero que gostem.

Já estou escrevendo o próximo, mas darei um intervalo para postá-lo, ou seja só ano que vem uehuehuehueheuheuhueehu, mas não amanhã u.u

boa leitura!



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EXTRA: Ano Novo


Era uma vez...

Minto, melhor começar essa história de outro modo, para melhor narrá-la. Deixe-me iniciar com um: Era véspera de Ano Novo; toda Gotham se preparava para a virada do ano com várias decorações ainda de Natal espalhadas pelas casas e lampiões. A cidade se cobria com grossas camadas de neve recém caídas, inaugurando o novo ano com o famoso branco.

O céu enegrecia preenchendo-se de vários pontos brilhantes e luminosos, dando vida à noite silenciosa. As pessoas se reuniam em suas casas juntamente de familiares, sendo próximos ou não, se vendo somente em eventos comemorativos. Deveras seja, tal momento não se tarda sem uma digna ceia, com uma mesa repleta de enfeites, comidas de vários tipos e gostos, e o famoso peru, o qual não falta em quaisquer mesas americanas.

Naquele ano, cheio de esperanças para um próximo repleto de expectativas e anseios, uma jovem acabara de chegar, com algemas pesadas e grossas impossibilitando o movimento de seus braços pendendo-os para baixo, aterrissava em uma das ruas do centro criando uma enorme cratera a sua volta. Camadas de neve foram lançadas ao longe, cobrindo partes ainda virgens naquela noite gélida.

Uma grossa e espessa fumaça se formou a seu redor, impossibilitando a visão nítida, criando uma imagem catatônica da jovem. De longas madeixas ruivas pendendo ao rosa, roupa lembrando armadura medieval e com uma coroa de metal presa à sua face, a pequena observou o horizonte cheio de pessoas eufóricas e extasiadas; esta não lhes negou um sorriso mórbido.

Desceu do amontoado de cimento feito por sua queda, escorregando suave até a rua tomada pelo branco ficando de frente às pessoas curiosas e exaltadas. Cochichos e reboliços se encontravam em torno de si a irritando de modo abrupto; seus olhos arderam em sua cor esverdeada chacoalhando seus braços ao ar na intenção de espantá-los para longe de si. Num movimento involuntário, colide a enorme algema ao chão criando um tremor parecido a um terremoto de escala mínima.

Correu em direção a objetos de aparência rígida socando-os com voracidade na intenção, apenas, de se soltar das algemas grossas e pesadas. Após alguns bruscos movimentos, a casca de seu pequeno empecilho cai ao chão liberando suas mãos. Esticou os dedos ouvindo-se o pequeno estalar deles, sorriu vitoriosa retornando seu olhar ao objeto em suas mãos.

Afastou os braços tencionando seus músculos a romperem aquele aço puro. Sem sucesso algum, a menina grunhiu de modo desgostoso caindo ao chão de joelhos em sinal de desistência. Um súbito frio a alcançou pela neve, mas o ignorou como se aquela massa gélida não lhe incomodasse; pende a cabeça para trás encarando as estrelas que brilhavam e se mexiam como se zombassem de sua desgraça. Retornou o olhar para a algema retornando seus olhos a cor normal, ou ao menos ao padrão de sua raça, de orbes verdes esmeraldas, e fundo de um verde mais fosco.

Levantou-se vagarosamente pegando voo e saindo do pequeno centro de curiosos. Sobrevoou a cidade toda em busca de um prédio em especial, o qual lhe fora indicado momentos antes de sua fuga, naturalmente não teve tempo de absorver as informações o que ocasionou num simples fato: perdida. Já tinham se passado cerca de uma hora, faltando trinta minutos pra virada do ano; não que isso lhe importasse algo.

Em uma das mansões de Gotham, a enorme mesa de cerca de 15 metros de comprimento estava dispondo de várias guloseimas, pratos típicos, comuns, alguns ainda vindos da época de Natal, a qual não se passara a tanto tempo, e outras mais aguardando a vinda, não só dos anfitriões da casa, mais sim de alguns de seus convidados típicos da época.

Um dos anfitriões era um rapaz de aparência juvenil, cabelos pretos desdenhados, olhos turquesa e vestido com um fraque; chique e mau-humorado. Sua cara não era uma das melhores, este se encontrava em um canto qualquer da Sala de Jantar com os braços cruzados e o olhar vagante; aparentemente não era uma de suas épocas favoritas.

Da enorme porta principal, entrou uma garota de Cabelos ruivos longos presos com um tic-tac de cor azul, olhos verdes e possuidora de um vestido simples de corpo colado e saia rodada; Bárbara Gordon, colega de trabalho e amiga da família. Após se dirigir ao dono da casa, Bárbara se locomove até onde estava o rapaz que nem ao menos percebeu a sua entrada.

–Boa Noite, Dick. - chamou a ruiva curvando seu corpo para frente a fim de ficar a altura do pequeno amigo. Dick rolou os olhos.

–Boa Noite, Bárbara. - falou por fim desviando o olhar dos dela. A Gordon sorriu.

–Aparentemente fui a primeira a chegar. - começou ela retornando a posição ereta e levando seus braços à cintura: - Que coisa triste, se atrasar para um evento tão importante. - continuou não se importando se o rapaz a escutava ou não. Dick resmunga:

–Eles não possuem nenhuma obrigação conosco, nem são nossos parentes. - comentou descruzando os braços e apoiando no parapeito da janela a qual estava sentado. Bárbara suspirou:

–Também não sou sua parente e nem por isso recusei o pedido de seu pai. - afirmou com seu tom de voz irritado.

–Ele não é meu pai, é meu tutor. - resmungou Dick como se a palavra pai o afetasse de algum modo.

–Que seja, mas não se esqueça de que se não fosse por ele teria se matado após o incidente. - relembra Bárbara com tom autoritário.

–Eu sei, desculpe. - disse ele parando-a antes que retornasse à mesa: - Não estou com pique hoje. - encerrou baixando o olhar com culpa.

–O que houve? - insistiu a ruiva se sentando a seu lado na janela. Ele a olhou de canto suspirando:

–Garfield sofreu um acidente no laboratório. - começou ele: - soube que sua mãe faleceu no ocorrido, e ele está internado em estado grave. - terminou fitando o chão. Bárbara não tinha uma resposta para dar.

–Sinto muito. - fora tudo que disse, permanecendo o momento tenso entre eles. O rapaz se levantou:

–Vou dar uma caminhada no jardim enquanto os convidados não chegam. - comentou Dick se virando de costas à Gordon.

–O senhor Wayne não vai gostar. - provocou Bárbara. O rapaz sorriu debochado:

–Provavelmente. - assim, ele se retirou indo até o enorme jardim dos fundos.

Tudo estava coberto pela neve, o frio não era tão intenso naquele dia, mas o suficiente para se notar o fino vapor sair de sua respiração pesada e ofegante; agarrando o próprio corpo, caminhou até o grande jardim.

As plantas haviam sido aparados naquela manhã antes da neve chegar para começar o ano com quintal impecável; alguns arbustos tinham formas de animais, os quais foram escolhidos pelo próprio Richard. Ao longe, se vê uma fonte com uma pequena sereia esculpida em pedra, entretanto, com o frio, não soltava água por sua concha como de costume. Ele caminhou até a beirada da fonte sentando-se nela afastando porções de neves localizadas. Tombou o corpo para trás pendendo a cabeça para cima fitando as estrelas e a grande lua que ajudava a iluminar a noite.

Deu um sorriso depois de muito esforço naquela manhã, não estava com muito ânimo após saber do acidente do amigo. Não se conformava, seus pais eram cientistas renomados, com laboratório próprio para suas pesquisas particulares; respeito e capacidade eram o que caracterizavam o casal. Então, por quê?

Um barulho de folhas se mexendo lhe chama a atenção o fazendo se levantar abruptamente e encarar um dos arbustos atrás da fonte. Este se mexia muito, se fosse um ladrão, de certo não era bom em sigilo. Tirou de seu fraque um cinto amarelo prendendo-o em sua cintura. Caminhou até o barulho ficando a cerca de um metro de distancia, se pôs a sibilar:

–Saia daí! - falou ele em tom de ordem reparando que o arbusto parou rapidamente de se mexer. Este rolou os olhos: - Não adianta fingir que não está ai, já te vi. - resmungou Richard.

A figura atrás do pequeno amontoado de plantas e neve se levantou revelando suas curvas femininas em meio ao breu. O rapaz, que antes possuía um punhal na mão, o abaixou. Assim que o fez um brilho verde e ofuscante se mostrou presente revelando parte de sua armadura e algema. Antes que ele pudesse reagir, uma rajada de luz verde o atingiu lançando-o contra uma das paredes da mansão.

Antes de se colidir ao chão, o rapaz retira de seu bolso uma máscara colocando-a no rosto e, com um pequeno utensílio em forma de morcego, lança uma corda se arremessando até a garota. Ela sorriu levantando voo e saindo do campo de visão do rapaz. Esse se pôs a grunhir, retornou a casa recebendo várias perguntas dos convidados e olhares de reprovação do Wayne; ignorando todos, Richard chega até sua garagem abrindo uma passagem de emergência para a habitual Batcaverna.

Desceu até ela subindo em uma moto vermelha e amarela, ignorando a roupa chique que usava, acelerou a moto cantando pneu e saindo as pressas pelas ruas de Gotham.

A garota ria em extasia enquanto saltitava de prédio em prédio com um simples impulso da ponta de seus pés. Radiante e cantarolando, caminhava sozinha pela cidade que agora, mais do que antes, estava vazia. Dez minutos para a virada, era isso que o relógio marcava naquele momento. De um momento para outro, a garota parou de andar reparando em sua barriga que suplicava por comida. Ela sorriu.

Encarou os lados de modo curioso, como se buscasse por seu alimento. Retornou o seu andar, desta vez apurando o olfato para não se deixar passar nada. Não caminhou muito encontrando uma loja de locação de dvd's, facilmente derrubou a parede ao lado da porta, provavelmente não conhecia a função daquele objeto. Chegou frente à bancada com vários doces espalhados por ela, sem demora começou a devorar tudo, sem retirar o papel ou qualquer outra coisa não comestível.

Com a algema era difícil de pegar as coisas, mas estava com mais prática do que há uma hora antes.

Frente ao local, a moto estacionou com brusquidão riscando o chão negro como se fosse giz; naquele dia haviam limpado as ruas com caminhões de neve para garantir a circulação da população pela cidade. Descendo da moto, Richard arranca a parte de cima de seu fraque ficando somente com sua camisa branca. Andou até a loja topando com a figura feminina que devorava todos os doces. Dick arqueia a sobrancelha:

–É melhor sem as embalagens. - afirmou ele a fazendo parar e se virar a ele.

Quem é você? - trovejou a garota com as mãos apontando ao rapaz. A língua que proferia era típica de seu planeta, consequentemente o rapaz não a compreendeu.

–Calma, não precisa de tanta violência. - resmungou Dick com as mãos levantadas em sinal de rendição. A garota grunhiu:

O que esta dizendo? Quem é você, terráqueo?– perguntou mais uma vez a garota.

–O que? - se queixou Richard percebendo naquele momento as algemas nas mãos da garota: - Está presa? - perguntou ele se aproximando dela. Se afastando do rapaz, a menina aponta-lhe as mãos fazendo-as brilharem igualmente seus olhos esverdeados.

Ele continuou a se aproximar e pegando um pequeno aparato de seu cinto, pegou em sua algema mexendo em algo parecido com um buraco de fechadura. Ela encarou-o curiosa, mas ao perceber o que fazia se tranquilizou. Assim que a algema se soltou, caiu com violência ao chão fazendo parte do piso ceder e afundar.

Esfregando os punhos pelo aperto, ela o puxa pelo pescoço selando seus lábios aos dele. Dick se assustou de imediato com o súbito beijo da garota. Antes que retribuísse, ela o lança ao chão.

–Agradeço a ajuda, terráqueo, mas peço que não se menta em meu caminho. - após lhe dizer isso, na língua nativa terrestre, saiu do aposento desaparecendo na escuridão fúnebre deixando Dick atordoado.

Ainda no chão, Richard tentava compreender a mudança súbita do idioma dela e o tal beijo que ainda o abalava. Do lado de fora, outra moto estacionou descendo dela a própria Bárbara com uma singela mascara em seu rosto e um grosso cachecol contornando seu pescoço. A passos largos chegou até Dick agachando-se em sua frente segurando a barra de seu vestido para que esse não revelasse algo inapropriado. Sorriu ao perceber que o mesmo nem sequer a viu chegar.

–Está bem avoado hoje, Dick. – comentou Bárbara gargalhando recebendo um aceno do rapaz concordando: - Qual o motivo para estar no chão? – continuou exalando sua curiosidade e o fino vapor que saia de sua boca.

–Na-Nada de mais. – gaguejou Richard pelo frio se levantando vagarosamente. Ela riu zombeteira:

–Ora, desde quando virou gaguinho? – criticou pegando na mão do rapaz que a ajudou a se levantar.

–Não virei. – respondeu ele suspirando: - O que faz aqui? Está me seguindo? – falou mudando de assunto.

–Lógico, seu pai me pediu para vim vê-lo. – afirmou ela tirando um grunhido do rapaz.

–Meu tutor ou o morcego? – insistiu Dick a fazendo rir:

–Os dois! – encerrou ela: - Vai atrás da garota? – perguntou Bárbara. Dick arqueou a sobrancelha:

–Como sabe que era uma garota? – murmurou lembrando-se do pequeno beijo.

–A vi indo embora daqui, mas como percebi que você não saiu atrás dela entrei. – balbuciou a ruiva.

–Entendo. Ainda vou atrás dela, volte pra casa. – ordenou Dick recebendo um olhar medonho da garota.

–Quantos anos acha que eu tenho? – ralhou Bárbara dando as costas para ele: - vou com você, e nem pense em me dar ordens de novo, Robin. – terminando o assunto, ela se virou para sua moto ignorando qualquer insistência por parte de Richard.

Bárbara, ou Batgirl, era a única menina que poderia falar assim com Robin; a amizade que nutriam era forte o bastante para terem revelado suas identidades há pouco tempo, criando um afeto suficiente para a mesma fazer parte da família de Dick. Ambos se alfinetam o dia todo, mas na “hora H” fazem bem o trabalho juntos; uma equipe a parte.

Os dois corriam com as motos pelas ruas desérticas procurando pela misteriosa garota de armadura. Um alto estrondo foi ouvido do alto fazendo-os pararem e encararem o céu que se tingia de laranja. Uma explosão gigantesca derrubava parte de uma nave aparentemente extraterrestre que caia com velocidade ao chão da cidade.

Robin e Batgirl gelaram acelerando novamente as motos tentando despistar-se do enorme ser de metal que caia violentamente. Não sabiam como pará-lo e, devido a isso, só poderiam tentar evitar serem esmagados. Antes da colisão iminente, um campo de força de cor negra com um formato de corvo cobriu toda a área de risco fazendo a explosão o correr acima deste campo.

Em seu centro, um pequeno vórtice se abriu sugando todos e quaisquer restos de metal e do fogo que se formava desaparecendo permanentemente retornando a rua ao silencio anterior. Tanto Dick quanto Bárbara olhavam estupefatos o ocorrido.

–Isto é... – começou Richard catatônico.

–Magia. – encerrou Bárbara descendo de sua moto e se aproximando do pequeno campo que se dissolvia e, por detrás, mostrava uma figura feminina escondida em uma capa azul. Este era o máximo que se viam dela.

Dick se aproximou curioso:

–Quem é você? – perguntou angustiado se aproximando dela, em contra partida, a menina se distanciou.

–Obrigada por nos salvar. – agradeceu a Gordon.

A garota levantou o olhar abrindo um pouco de sua capa a fim de andar até eles. Aproximando-se um pouco, parou retornando a posição anterior.

–Nã-Não precisa agradecer. – afirmou ela desviando o olhar para o lado. Os dois riram disso.

–Claro que precisamos. – vociferou Robin aproximando-se: - Qual seu nome? – pediu esperançoso.

–Ravena. – disse ela.

–Muito gosto. Me chamo Batgirl, e esse é o Robin. – falou Bárbara omitindo seus reais nomes, não sabendo se ela havia feito o mesmo.

–São pupilos do Batman? – perguntou curiosa tirando um riso desgostoso deles.

–Sim e não. – comentou Robin deixando um ponto de interrogação se formar no rosto dela.

–Robin deixou de trabalhar com o morcego a cerca de um mês, e eu nunca fui sua pupila, só me apossei do nome! – afirmou Bárbara dando de ombros com o simples comentário. Robin suspirou:

–Ou seja, estamos trabalhando juntos nesse meio tempo. – confirmou Robin encerrando o assunto.

–Compreendo.

–Pois bem, sabe o que foi que explodiu lá em cima? – perguntou curiosa a Gordon.

–Foi estranho. Uma garota explodiu aquela nave com apenas um chute. - explicou Ravena.

–Um chute? Ela é o que, o Hulk? - ralhou Bárbara cruzando os braços, o frio retornava.

–Deve ser aquela alienígena. Ela é forte, além de poder voar. Não seria estranho que ela tivesse sido prisioneira deles. - comentou Robin com uma das mãos em seu queixo pensador. A Gordon se remexeu:

–Prisioneira? Como sabe? - falou enquanto esfregava suas mãos em seus braços desnudos.

–Ela estava algemada, e eram extremamente pesadas. - confirmou Robin. Ravena retornou a falar:

–Se ela estava algemada, possivelmente é perigosa. - concluiu a empata aproximando-se cautelosamente da dupla.

–Concordo. Melhor acharmos ela e encerrarmos esse assunto de vez. Faltam menos de dez minutos para a virada, não quero passar meu ano novo caçando uma alienígena. - zombou Bárbara irritadiça. Robin assentiu:

–Iremos atrás dela. - começou Robin: - Você vem, Ravena? - perguntou fitando a jovem escondida atrás de seu capuz. Esta somente assentiu: - Então sobe na moto. - terminou o rapaz subindo na sua enquanto Bárbara se apossava da dela. Ravena negou:

–Eu os acompanho. - assim, levantou voo partindo para frente deles como se planasse. Ambos riram.

–Mais uma heroína que voa, estamos ficando desfalcados. - ralhou Bárbara dando partida na moto e arrancando sem esperar uma resposta de Robin. Tinham pouco tempo para achar a garota alienígena.

A pequena menina que havia destruído a nave estava sentada em um terraço do aglomerado de prédios enquanto se martirizava por não saber onde ficava a tal casa que havia sido informada:

–Droga, preciso achar a Komander, mas todas as casas estão iguais, cheio de coisas brancas e piscantes. - grunhiu ela irritada ao não conseguir encontrar sequer uma casa. Suspirou deitando no terraço forrado de neve: - Quero saber que porcaria branca é essa. - resmungou pegando um punhado de neve e deixando cair e ser levado pelo vendo.

–É neve. - falou uma voz fina a fazendo levantar com tudo. A sua frente, estava um papagaio verde. A garota aproximou-se dele.

–Você falou, pequenino? - perguntou ela curiosa. O animal fechou os olhos:

–Sou o Mutano. - respondeu ele e, antes de qualquer coisa, já havia sido agarrado pela garota.

–aaah! que coisa mais fofa. - gritou ela apertando-o forte quase saltando os olhos do pequeno para fora: - Os animais de Tamaran não são tão fofinhos assim. - terminou ela soltando ele e sorrindo radiante.

–Qual seu nome? - perguntou mais uma vez o animal.

–Me chamo Koriand'r. - respondeu a garota de cabelos rosa avermelhados cruzando as pernas em posição de índio: - O que você é? - comentou curiosa.

–Um papagaio. Sou treinado para falar. - completou Mutano na maior cara de pau.

–Legal.

–Eu me transformo em outros animais. Quer ver? - propôs ele. Koriand'r assentiu.

Mutano voou alto se transformando em um gato e caindo no colo da garota que, por instinto gritou pelo susto. Ao se deparar com o pequeno sorriu radiante agarrando ele.

–Como se chama esse? - perguntou ela não recebendo uma resposta: - Mutano?

O animal retorna a um papagaio: -Só eu sei falar, koyandnd. Os outros animais não. - afirmou ele tirando o sorriso do rosto da menina ao ver sua cofusão em pronunciar seu nome: - Posso voltar a minha forma normal? - Ela assentiu e o papagaio, em mais uma transformação, retornou a forma humana a fazendo recuar irritada:

–Me enganou! - gritou ela com os olhos em chamas.

–Não, espera! - vociferou ele levantando as mãos ao alto: - Não vou te fazer mal. Só achei que você não iria se assustar se eu fosse um animalzinho fofo. - resmungou: - as pessoas não gostam de mim. - terminou ele baixando o olhar por detrás de sua máscara roxa. Koriand'r voltou ao normal:

–Por que não gostam de você? - perguntou ela curiosa se aproximando.

–Porque eu sou diferente, sou verde. E me transformo em animais. - concluiu Mutano.

–Por que você é verde? É de outro planeta? Qual? - curiosamente, Koriand'r se aproximou.

–Na verdade não. Sofri um acidente com radiação e resolveram se livrar de mim. - mentiu Mutano criando um olhar doloroso na rosada.

–Entendo. - assim ela desviou o olhar encarando o céu que era riscado por uma estrela cadente. Um sorriso brotou em seu rosto: - Já sei, por que não faz um pedido para a estrela cadente? - perguntou ela tirando um ponto de interrogação no rapaz.

–Como você sabe disso, não é terráquea. - afirmou Mutano.

–As estrelas cadentes são as esperanças dos prisioneiros da Cidadella. Elas riscam o universo cada vez que algum de nós consegue fugir, como se ela fosse uma espécie de alarme, ou um raio de esperança. - contou Koriand'r: - Quando eu consegui fugir, vi uma estrela riscando o horizonte no momento em que quebrei a parede da nave. Foi lindo. Ela só aparece se você conseguir fugir com sucesso. - concluiu ela radiante. Aproximou-se de Mutano pegando em sua mão: - Faça um pedido, elas são caridosas.

Mutano não sabia o que responder. Nunca ouvira falar em estrelas cadentes de presos, ou melhor, não imaginava que ela era uma fugitiva. Sempre disseram que ela realizava desejos, mas nunca soube o porque; provavelmente a história humana nãos será a mesma dela. Num suspiro pesado, o rapaz fecha os olhos e faz seu pedido, num sussurro inaudível pede um pouco de esperança, e o livramento da dor da perda.

Abrindo os olhos, ele sorri à garota que, também de olhos fechados, fazia um desejo.

–Tomara que o seu se realize. - comentou ela ainda de olhos fechados: - Quem sabe ela não é piedosa com pessoas sofredoras como você. - concluiu abrindo-os e se afastando dele.

–Posso fazer uma pergunta? - disse ela recebendo um aceno de Koriand'r: - Por que você era prisioneira? O que você fez? - curioso, o rapaz se aproxima aguardando uma resposta. Abaixando o olhar, ela começou:

–Todos que trabalham pra Cidadella são escravos de guerra. Meu planeta é de paz, mas quando eles nos atacaram exigiram um escravo real, que tivesse super força e capacidade de voo. Minha irmã mais velha não voava, por isso foi recusada por eles. - falou ela tristonha: - e como eu era a segunda, e tinha essa capacidade, quiseram levar a mim e meu irmão caçula. Meus pais imploraram para que levassem somente a mim e, como um tratado de paz, virei escrava deles. - murmurou com a voz chocha: -Escapar de lá não é por um crime, é pela liberdade que um dia já tivemos e queremos de volta. - concluiu desviando o olhar dos de Mutano.

Num impulso, o rapaz a abraça forte consolando a pequena criatura que se encontrava desolada. Ela acaba cedendo ao abraço ficando agarrada a ele por alguns momentos antes de se afastar.

–Sinto muito por você. Boa sorte daqui por diante. - afirmou ele sorrindo.

–Pra você também. - comentou ela dando meia volta e se preparando para ir embora, quando um pequeno escudo apareceu em sua frente: - Mas o que? - falou inconformada. Mutano a puxou para trás antes que fosse engolida por aquela forma.

–Parada ai. - gritou Robin autoritário. Batgirl estava mais atrás encarando a garota abaixo.

–Você de novo? - resmungou Koriand'r irritada: - O que quer? - gritou ela ficando ao lado de Mutano.

–Você é uma fugitiva, nada mais justo do que te entregarmos de volta. - afirmou Robin convicto. Mutano se irritou:

–Cara, por acaso você sabe do que ela está fugindo? - comentou de forma rápida.

–Ela mentiu pra você, isso sim. - continuou Robin.

–E como pode saber, conhece ela? - continuou ele mudando o tom de voz para sério. Uma pontada de nostalgia atingiu em cheio Robin que, num súbito momento, riu zombeteiro.

–Nem preciso, meu caro. - fazendo o mesmo jogo, Robin desceu do prédio mais alto caindo frente a garota: -Eu te soltei, acho que um pouco de respeito seria bom. - sua paciência estava no limite, e isso era visível. Creio que o frio ajudava nisso.

–Soltou porque quis. Agora, se me der licença, vou embora. - disse ela: - Vamos Mutano. - Pegou ele pelo pulso e se pôs a caminhar e, novamente, aquele campo de força os rodeou: - De novo?

–Por que não tenta se explicar para eles? - pediu Ravena com a voz autoritária. Num suspiro pesado, Koriand'r se voltou a eles.

–Eu era uma escrava. ok? Estou fugindo para não ter mais de trabalhar para aqueles lagartos nojentos. - esbravejou ela deixando-os estupefatos: - felizes? - de seu modo mais arrogante, encerrou a conversa se retirando do local arrastando Mutano consigo.

O relógio acabara de Soar meia-noite. A virada estava mais animada do que imaginariam que seria. No parque central, várias pessoas reunidas encarando a enorme bola que acabara de descer e concretizar a virada. Não tão comum, mas em algumas cidades era tradição. Fogos de artifício foram lançados ao céu colorindo-o de várias cores e formas criando em Koriand'r um olhar de criança.

–Gostou? - perguntou Mutano.

–Sim, é lindo, mas não estamos sendo atacados? - perguntou preocupada. Ele negou:

–Não, são fogos de artifício. - assim eles continuam o andar entrando em um apartamento onde um homem de cerca de 20 anos, jovem, com metade de seu corpo de metal, estava sentado com um controle de videogame nas mãos. Levantando o olhar, ele sorriu:

–Olha só, se o verdinho não trouxe uma amiga para eu conhecer. Vê se não faz bagunça no quarto. - de um modo malicioso, o homem sorriu. Mutano rolou os olhos:

–Cale a boca, Cyborg. Esta é a... - tentou apresentá-la, mas seu nome era complexo. Ela sorriu-lhe:

–Koriand'r. Saudações.

Cyborg riu se levantando.

–Muito gosto, minha cara. - assim ele a leva ao sofá: - de onde você é? Esse tipo de roupa é novidade. - zombou ele recebendo um olhar reprovador de Mutano.

–Sou de Tamaran. Outro planeta. - afirmou ela.

–Que legal! - disse Cyborg tirando um enorme sorriso de Koriand'r.

Antes que a conversa continuasse, um enorme tremor se apossou do prédio todo, derrubando-os do sofá; num súbito momento, o apartamento tem sua porta arrancada por duas garras monstruosas, revelando seres medonhos; enormes dentes amarelados, rabo lembrando vagamente um crocodilo e cor de pele verde. Em suas mãos, uma lança com a ponta eletrificada; em seu cabo, se percebe uma imagem contorcida, como se fosse um símbolo de algo.

Ao pairarem seus olhos amarelos em Koriand'r um alto grunhido saiu de sua boca gosmenta, um grito semelhante a um chamado de reagrupamento. Rapidamente, Koriand'r pega Mutano e Cyborg voando para fora da casa tomada pelos alienígenas.

Parando mais ao longe, se mostrou ofegante caindo ao chão cansada; não comia a cerca de 5 dias devido a solitária que vivera antes de fugir. Sua visão estava meio turva. Mutano andou até ela colocando uma de suas mãos em seu ombro.

–Está bem? - perguntou preocupado.

–Estou!

–Ótimo, porque eles estão vindo! - afirmou Cyborg apontando seu punho a eles transformando-o em um canhão de laiser, em segundos um disparo azul saiu de sua mão atingindo vários lagartos que voavam em sua direção. Koriand'r se virou apontando-lhes as mãos lançando-lhes vários raios verdes que explodiam fortemente com o impacto.

Se levantou correndo para longe deles juntamente dos rapazes a seu lado.

–O exército veio atrás de você? - perguntou Mutano em tom de brincadeira.

–Isso mesmo. Eu sou dada como perigosa para todos os seres que habitam a Cidadella e o mundo dos soldados, os Gordanianos. - explicou ela enquanto acompanhava o ritmo dos rapazes: - Tem coisas que não posso contar agora, vamos nos concentrar em chegar na nave central.

–E como fazemos isso? - desta vez, a pergunta veio de Cyborg.

–Eu irei até ela voando. Como ela nunca entra na atmosfera dos planetas, só quem não precisa de ar pode ir até lá, ou que tenha uma nave. - disse ela: - Por isso eu irei, e vocês tentem distraí-los aqui embaixo. Eles não vão se espalhar pela cidade seu acharem que estou aqui. - terminou ela pulando de um prédio para outro.

–Ok. - responderam em uníssono.

Em um dos vãos que compõe os prédios, Robin, Ravena e Batgirl estavam sentados enquanto tentavam entender o que a garota havia lhes dito minutos antes, enquanto isso Batgirl reclamava pelos cantos:

–Sério, não acredito que perdi a virada. A comida, os fogos, a comemoração, tudo. - Martirizou-se: - E tudo por eu ter de seguir você. - comentou fazendo Robin se irritar:

–Olha aqui, eu não pedi pra que viesse. Quem vive pagando de Stalker é você. - trovejou ele.

–Não me venha com ladainhas. Estamos juntos nessa, nem que eu tenha que perder algum evento. Fizemos uma promessa, lembra? - comentou ela o fazendo amenizar a raiva e sorrir.

–Tem razão.

–Desculpe interrompê-los, mas acho que temos de ajudar a garota. - disse Ravena tirando pontos de interrogações dos dois.

–Por que acha isso? - perguntou Bárbara.

–Olha. - apontou ela ao prédio de frente para eles onde a Koriand'r, Mutano e Cyborg se encontravam atirando e lutando contra monstros indecifráveis.

–Mas o que... - antes que Robin respondesse, um enorme escudo envolveu ele e Batgirl. A garota deu um soco no escudo a fim de tentar quebrá-lo, mas sem efeito. Ravena, que se encontrava do lado de fora, recomeçou seu andar.

–Espera, o que está fazendo? - gritou Robin fazendo-a parar.

–Aqueles monstros são estranhos, e vocês não possuem super poderes. A menos que sejam o Batman, irão só atrapalhar. - do modo mais grosso possível, Ravena lhes cuspiu uma verdade que lhes doía a alma, serem comparados com Batman.

Assim, a menina voa em direção ao grupo que se enfrentava enquanto o pequeno escudo se dissolvia no chão devorando suas pernas e os sugando para baixo, antes que tivessem plena noção do que ocorria, já haviam desaparecido.

Após correrem muito, pararam para lutar contra aqueles monstros. Quanto mais eles derrotavam mais apareciam, como se fosse uma colmeia; Ravena havia acabado de chegar criando um enorme campo os segurando e lançando longe. Isso fez os três encararem-na.

–Mais uma ajuda. - disse alegre Mutano.

Koriand'r sorriu e assim novamente lhes lançou Starboolts - os pequenos raios que saem de suas mãos - atingindo-os. Naquele meio tempo, criando uma enorme e grossa fumaça, com a ajuda da escuridão da noite, ela avançou contra o céu em direção à nave principal a fim de destruí-la.

Os três permaneceram no chão destruindo aqueles que estavam ali, enquanto alguns haviam ido atrás dela. No céu, a batalha era mais violenta, sem olhares terráqueos, Koriand'r arrancava-lhe as cabeças, estripava, destruía, enfim, criou uma carnificina no ar.

Assim, sem mais nenhum Gordaniano ousado o suficiente para enfrentá-la sozinha, avançou até a nave principal com uma velocidade tão alta que com o impacto dividiu a nave ao meio. Com a destruição da nave principal, todos os Gordanianos são obrigados a se retirarem.

O silêncio novamente retornou ao local. Os derrotados e os mortos foram recolhidos pelos Gordanianos e, naquele momento crucial, Koriand'r deu um aviso a um deles:

–Avise ao rei Krocus que se ele ousar vir à Terra me procurar eu irei pessoalmente arrancar-lhe a cabeça. - dito isso, ela se retirou indo ao encontro de Mutano que tentava conversar com Ravena que simplesmente o ignorava.

Naquela hora eles se separaram, com somente um ponto de encontro caso tivessem quaisquer problemas: a casa de Cyborg.

Na mansão dos Wayne, Dick e Bárbara estavam sentados a mesa, mais atrasados do que nunca, saboreando a comida junto de várias pessoas de influências e puxa-sacos de Bruce. Um não falava com o outro, somente comiam quietos e irritados.

Quando o aquele escudo se dissolveu, eles apareceram no outro lado da cidade com suas motos e, mesmo se quisessem, demorariam a chegar; decidiram retornar à mansão. Richard se martirizava. Não que o apresso pelo Batman fosse pouco, mas ser considerado inferior lhe doía. Não tanto se fosse alguém próximo, mas doeu.

Ao terminar, os dois saíram novamente, desta vez com os uniformes postos e procuraram pela equipe os pegando em cima de um prédio prontos para se despedirem. Pousaram ali chamando a atenção dos quatro. Robin e Batgirl ignoraram Ravena.

–Acho que chegaram atrasados. - zombou Mutano. Robin não evitou o riso. Estendendo a mão ao garoto ele começa:

–Sou Robin. - disse: - E ela é a Batgirl. - concluiu. Voltou seu olhar à Koriand'r: - desculpe os problemas que causei, mas não é fácil acreditar em alguém de primeira. - Afirmou ele envergonhado.

–Não tem problema. - tranquilizou-o.

–Quais seus nomes? - perguntou Btagirl.

–Sou o Cyborg.

–Eu o Mutano.

–Ravena.

–Bom, acho que na língua de vocês é Estelar. - afirmou ela ao se lembrar da dificuldade de Mutano e Cyborg em pronunciar seu nome.

–Muito gosto.

–Bom, sabe o que eu pensei aqui agora? - falou Cyborg extasiado. Todos o olharam: - Como vocês dois não trabalham mais com o Batman, e o resto não faz nada,poderíamos trabalhar juntos, como uma equipe. - terminou ele com os olhos brilhando em ansiedade.

–Gostei. - disse Mutano.

–Desculpe, mas depois que desfizemos o grupo quero me manter sola. Caso eu possa ajudar o faço, mas vou insistir um pouco nessa carreira sozinha. - comentou Bárbara sorridente. Robin não evitou um riso orgulho.

–Não tem problema. O mesmo vale pra nós. Eae? Robin, Ravena, Estelar? - insistiu Cyborg.

–Seria glorioso. - disse Estelar mudando drasticamente seu modo de falar, mas nada comentaram.

Ravena assentiu e Robin, que antes queria manter a carreira solo igualmente como Bárbara concordou:

–Irei entrar sim. - desse modo, os cinco dão as mãos, ou melhor seis com Robin puxando a mão da Gordon, e naquele momento o grande grupo de super heróis acabara de nascer.

Qual seria o nome? - perguntou Estelar.

–Cara nós somos titânicos, então que tal Turma Titânica? - perguntou Mutano. Cyborg e Robin ponderaram. Já a Gordon desprezou.

–Que tal, Jovens Titãs? Porque convenhamos Turma titânica é tenebrozo. - Ela sugeriu e zombou ao mesmo tempo.. Todos concordaram com ela.

–Isso ai lindinha. - falou Cyborg recebendo um olhar reprovador de Robin: - foi mal cara, não sabia que era sua namoradinha. - provocou ele fazendo o rapaz rolar os olhos.

–Ele é como se fosse meu irmãozinho. -zombou ela apoiando seu braço no topo da cabeça de Robin. Este afasta seu braço irritado.

–Chega né? - pediu ele.

–Temos o nome, o local de encontro. Agora é só eu criar alguns apetrechos e voilá. - terminou Cyborg.

Assim, todos se despediram naquele momento deixando uma pequena e nova marca na história de Gotham City. O mais novo grupo quebraria tantas barreiras que nem mesmo eles estariam preparados para elas.

Novos desafios os levando a seu máximo, o quanto o pequeno grupo resistirá?




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Notas finais do capítulo

Gostaram? Tem muitos erros? Se tiver peço perdão, mas 6.000 palavras passa erro fácil!

Esse capítulo merece algum comentário? Não? Sim? Talvez? euheuheuhuehu

Agradeço a quem leu e a quem comentou! Um próspero ano novo, Feliz natal atrasado, Boa páscoa, feliz Hanukkah euheuehueheue -qq

beijos e mordidas



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