O Tempo Dirá escrita por Bibelo


Capítulo 16
Pânico


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava sem isnpiração e tempo.

Além do que, estou me dedicando mais com outra fic e essa, portanto, fiica meio sem ideia.

Vou postar agora de 2 em 2 semanas ok (=

Desculpem quaisquer erros.

Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321106/chapter/16

Capitulo 16 - Pânico

O céu estava negro. A chuva caia fortemente enquanto uma fina neblina formava-se ao solo. Já passava-se da meia-noite, não havia nenhuma luz acesa e nenhuma alma a andar por entre as ruas nebulosas e molhadas, exceto 5 jovens que se encontravam no centro do parque de Gotham.

O silêncio se instalava por todo o local. Ninguém dizia nada, não ouvia-se barulho de nada a não ser o tilintar da chuva ao solo árido. Os 5 ficaram um de costas aos outros observando o arredor. Um campo negro cobria-lhes a cabeça não deixando a chuva molhá-los mas do que já estavam. O moreno arfava, algo estava errado.

Seus olhos começaram a ficar pesados, teimando em fecharem-se por completo. O mesmo levou a mão aos olhos prensando-os evitando que se fechassem. Não somente ele mas, todos ao seu redor estavam igual. Como se um grande sono lhes abatesse os deixando com a visão turva e desconexa. O moreno encarou o chão que girava rapidamente o que o fez enjoar-se ligeiramente antes de fechar os olhos e cair no terreno árido.

Todos ouviram o barulho encarando o companheiro ao chão mas, acabaram caindo logo em seguida fazendo o campo se desfazer e todos se entregarem ao cansaço.

0ooo0ooo0ooo0

Abria seus olhos lentamente observando o local. Nada o qual pudesse reconhecer. Sua visão ainda se mantinha turva e, portanto, a confusão o invadia. Encarou suas pernas amarradas por cordas de aço, justamente para que não pudesse cortá-las. Seus olhos azulados observavam novamente a sua frente com uma visão mais clara e nítida arregalando-os.

Todos os seus amigos estavam presos pelos braços a cerca de 1 metro do chão. O sangue escorria por seus cortes profundos e carcomidos, como se tivessem sido feitos a dias. As poças de sangue eram enormes, gotas daquele líquido vermelho pingavam uma a uma nas poças ao chão. Marcas de socos e arranhões eram visíveis por todo o corpo deles.

Seus olhos não acreditavam no que via. Fitou a garota de cabelos róseos que estava com ambos braços em carne viva, o vermelho de seu sangue brilhava como luz enquanto as correntes rangiam-se entre si pelo pequeno e tímido movimento de seu corpo inerte. Suas roupas rasgadas por completo e seu corpo completamente violentado. Um grande ódio invadiu o coração do garoto.

Os outros três estavam em melhores condições encontrando-se mais ao fundo. Rangia os dentes com cada gotejar do sangue da garota ao chão. A mesma se mexe um pouco o fazendo voltar a raciocinar.

-ESTELAR! - grita ele a garota que se mexia vagarosamente abrindo seus olhos esmeraldinos. A mesma levanta a cabeça encarando o capaz que engasga com sua própria saliva. Não era ela.

-Di..ck! - murmura a rosada encarando-o com os olhos marejados. - Me salve! - diz ela entre os gemidos de dor e as lágrimas que desciam por seu rosto avermelhado e machucado. O rapaz arregalou os olhos cerrando os punhos.

-Ko...ry!

0ooo0ooo0ooo0

A azulada estava deitada ao chão. Seus braços e pernas amarrados com selos anti-magia que a impediam de se mexer. Seus olhos abriram-se lentamente enquanto observava o seu arredor devorado por chamas. As pedras avermelhadas e queimadas pelas chamas se despedaçavam enquanto o chão abria-se ao poucos dando lugar a grande pressão sair de dentro expelindo lava e elementos venenosos.

A mesma gemia um pouco enquanto tentava, ao menos, sentar-se. Seus olhos ardiam com o calor imenso que se encontrava no local, suava bastante fazendo seus cabelos encharcarem pelo calor. Sentou-se com dificuldades encarando o local destroçado. Arqueou as sobrancelhas enquanto o teto deixava pedaços de pedra cairem em sua direção por pouco não a acertando.

A mesma arfa. O barulho de ferros se mexendo a vez virar-se para trás encarando quatro orbes avermelhadas. Arregalou os olhos engolindo em seco.

-Pai...?

A figura se mexe esticando um gigantesco braço vermelho em sua direção sendo segurado por correntes brancas e purificadoras. O ser ruge e grita enquanto tenta freneticamente acertá-la.

-Você vai me libertar minha filha. O dia está chegando. - murmura ele com uma voz estrondosa e ameaçadora a fazendo arrepiar-se por completo.

0ooo0ooo0ooo0

O esverdeado abriu lentamente os olhos enquanto mexia seu corpo. Seus braços estavam presos para trás por um astral de energia que o impediria de fazer transformações. Encarou o local que mais parecia um laboratório, cheio de coisas estranhas e pessoas amarradas como cobaias. Sua visão melhorou encarando duas figuras a sua frente, dois cientistas, o fazendo arregalar os olhos ao fitar a mulher de cabelos loiros.

O mesmo abriu a boca para falar mas, sua voz não saia. Fechou novamente a boca encarando a mulher que pegava um bisturi andando até uma garota de cabelos azuis. O mesmo gela. A garota lhe era familiar. Tentou novamente se mexer enquanto observava horrorizado a mulher aproximar-se da garota cortando a sangue frio seu torax.

A menina grita e esperneia de dor enquanto a mulher, sem dó nem piedade, cortava sua pele alva. Seus olhos roxos eram tomados pela dor e medo fazendo o rapaz remexer-se no lugar freneticamente enquanto tentava chegar perto das duas. Queria gritar para a mulher parar, ver a menina gritar era demais para ele, ainda mais sendo a garota mais importante para ele.

-PARE COM ISSO MAMA! - conseguiu ele, enfim, gritar para a mulher loira que, instantaneamente para virando rosto ao rapaz. A mesma lhe sorri psicoticamente prensando o bisturi contra a pele da garota a fazendo gritar e cuspir sangue. - RACHEL! - grita ele desesperado ao ver o sangue desta descer ao chão.

-Vamos brincar um pouco, meu filho.

0ooo0ooo0ooo0

A rosada socava a parede de ferro freneticamente enquanto as algemas especiais que prendiam seus pulsos não se quebravam. Seus olhos já assumiram a tonalidade verde a fazendo irritar-se com o não sucesso. Parou por instantes suspirando pesadamente enquanto seus braços penderam para baixo criando um excesso de peso pelas enormes algemas.

Virou-se a 360º graus chutando a parede para extravasar a raiva que sentia ao se ver novamente presa. A garota rangi os dentes em desagrado se afastando da parede que não possuía um arranhão sequer. Encarou a porta novamente que antes tentara derrubar inutilmente. Desta um enorme lagarto entrou segurando um grande utensílio de tortura em suas mãos. A mesma gela.

-Seja bem-vinda novamente, cobaia 21. - afirma o ser monstruoso enquanto se aproximava dela. A mesma recuou temerosa enquanto um enorme ódio a invadia.

-Não... - murmura ela baixinho fazendo o lagarto observá-la. - Não... NÃO VOU VOLTAR A SER COBAIA DE VOCÊS!

0ooo0ooo0ooo0

O homem de metal se encontrava em uma mesa de aço com seus braços e pernas presos mas beiradas. Encarava o lugar com curiosidade, não reconhecia-o. Assim tentou se soltar inutilmente chamando a atenção de duas pessoas que estavam ali. Estas tinham roupas brancas com alguns utensílios em mãos meio "estranhos".

O homem encarou eles enquanto se aproximavam com uma serra elétrica. O mesmo arregala os olhos.

-O QUE VOCÊS PENSAM QUE VÃO FAZER COM ISSO? - esbraveja ele enquanto os dois riam  divertidos.

-Vamos te dissecar Victor.

0ooo0ooo0ooo0

A azulada não acreditava no que via. Era um pesadelo sórdido, só poderia ser um pesadelo. Não era o momento ainda, não poderia ter chego a hora da profecia. Esta recuava o pouco que conseguia para seu pai não poder alcançá-la. O mesmo gritava, rugia e se debatia entre as pedras e correntes que impediam sua passagem.

-Você querendo ou não irá me libertar. O fim está próximo. - afirma ele com uma voz estrondosa. A menina engole seco abrindo a boca inúmeras vezes antes de pronunciar algo.

-Não irei te libertar meu pai. O fim não está próximo, não irei cumprir a profecia, não agora! - grita ela com a voz firme. O mesmo ri sadicamente.

-Você não tem de querer nada. Você é minha filha, fruto do pecado de uma humana imunda, a chave para o fim deste mundo obsoleto. Não importa a sua vontade, não importa o seu desejo está comprometida desde o seu nascimento sobre a profecia. Mesmo que você não queira, irei forçá-la. -  indaga o grande ser assombroso e demoníaco enquanto as paredes, cada vez mais, caiam e se despedaçavam.

A menina estava sem argumentos. Não sabia o que dizer, o que responder diante aquelas palavras proferidas por seu pai. Apertou a mão em punho abrindo os olhos que continham a cor escarlate. Deste dois olhos, mais dois surgiram de mesma tonalidade, seus cabelos cresceram em certa rapidez, ela se levanta quebrando as correntes com pura força física.

-Não será você que decidirá nada. Mesmo que seu seja fruto de um pecado ainda sou uma mestiça. Não importe quem você mande contra mim, tenho poderes assombrosos o suficiente para destroçar quaisquer de seus lacaios, meu pai. - proferiu a menina com a voz grossa e tenebrosa. Seus olhos avermelhados emanavam a pura e grotesca raiva que a mesma sentia.

-Você pode até ter alguns poderes meus, mas acha mesmo que poderá me deter sendo somente uma meio-demônio Rachel? - vocifera o monstro fazendo a garota ranger os dentes. - Você é minha filha e tem como dever obedecer seu pai. Aprecie seus últimos meses nesta terra profana, pois o fim deles está mais do que próximo e será você quem desencadeará o caus.

Assim o grande ser avermelhado desaparece em meio ao fogo deixando a azulada sozinha com seus pensamentos mórbidos enquanto retorna a sua antiga forma, sua forma humana. Suspirou pesadamente enquanto encarava o chão a seus pés rachar-se.

-Vamos ver se não consigo te deter. - assim a mesma cai no grande buraco devorado pelo fogo desaparecendo em meio ao breu.

0ooo0ooo0ooo0

O rapaz não sabia como reagir ao ver, cara a cara, sua mãe depois de 2 anos de sua morte. Para ele, ela não passava de um fantasma que veio atormentá-lo após aquele acidente. O pior de tudo era vê-la continuar suas pesquisas em cobaias, mas nunca imaginou que partisse para seres humanos - ou melhor, que uma das cobaias fosse sua namorada.

A Mulher se levantou aproximando-se do rapaz sentado a sua frente. Ambos se encararam por um certo tempo, mesmo que fosse estranho, ainda sim era um reencontro entre mãe e filho. O rapaz não sabia o que dizer a ela, poder novamente a ver foi mais do que gratificante a sua alma chorona.

A mulher o olhou com um lindo sorriso colocando uma de suas mãos sobre o rosto do rapaz acariciando e o consolando, como uma mãe faz. Não evitou de fechar os olhos e receber as carícias da mãe falecida, uma tímida lágrima se formou descendo por seu rosto de pele esverdeada. A mulher beijou-lhe a testa carinhosamente enquanto observava-o olho no olho.

-Por que... - começa ela chamado a atenção do rapaz. - ... por que me substituiu por outra mulher? - pergunta ela semicerrando os olhos fazendo o rapaz indignar-se.

-O...que...você? - refletia ele enquanto a mulher se levantava e apontava a garota de cabelos azuis que possuía o olhar de sempre, somente com um misto de dor.

-Você me substituiu. VOCÊ DEU MEU AMOR A ELA! - vocifera a mulher dando um tapa no rosto da azulada. O rapaz pende o corpo para frente tentando se desamarrar.

-PARE COM ISSO MAMA. - grita o rapaz desesperando ao ver o rosto da menina se pintar com lágrimas e com sangue. A mulher o olha com repulsa.

-Viu só! Você defende ela, nem pensa em meus sentimentos. Nunca imaginou como eu me sentiria ao te ver com outra menina, ver que todo o amor que era para ser direcionado a mim foi a essa vagabunda manipuladora? - impôs a mulher se virando e pegando um pequeno utensílio reluzente e - aparentemente - cortante. Agachou-se sobre a garota enfiando o pequeno utensílio no pescoço da menina. A mesma gritou exasperadamente de dor.

O rapaz enlouqueceu. Por que torturá-la? Qual o motivo para aquilo tudo? perguntava-se ele enquanto via a menina agonizar no chão enquanto observava a mulher que sorria sádica e friamente a ela. A mulher olha a reação do filho, o vendo arregalar os olhos e chorar perante aquela cena. A azulada não evitou essa chance e deu uma rasteira na mulher que caiu ao chão.

A azulada soltou-se das amarras retirando o pequeno utensílio de seu pescoço ocasionando uma crescente perda de sangue, quantidade suficiente para levar qualquer um a inconsciência. Levantou-se e ficou em posição de luta, seus olhos perderam o brilho enquanto observava a loira levantar-se e pegar o bisturi novamente.

-NÃO BRINQUE COMIGO PIRRALHA. - vocifera a mulher odiosamente enquanto tenta acertá-la, a azulada desvia sentindo seus músculos rejeitarem seu pedido, como se houvessem atrofiado. Conseguiu - no ultimo minuto - desviar do objeto que passara a centímetros de seu rosto. A mesma apoiou as costas na parede.

-Eu coloquei um veneno em você, daqui para frente seus músculos irão se desintegrar, seus órgãos pararão de funcionar, e você morrerá de dentro para fora. - indaga a mulher rindo deliciosamente.

O rapaz não sabia como reagir. Observava horrorizado a cena a sua frente, não acreditava, não aceitava, não poderia ser verdade! Tinha de ser mentira, ele encarava a mulher a sua frente que agia por puro instinto, mas sua mãe nunca fora daquele jeito. Semicerrou os olhos levantando-se aos poucos.

-PARE COM ISSO SUA LOUCA! - grita o rapaz à mulher que paralisa. Esta observa-o derramar grossas lágrimas e olhá-la odiosamente.

-O que...?

-Você não é minha mama! - indagou o rapaz exasperado. - Você é uma lunática. Minha mama nunca machucaria a mulher que amo! - termina ele fazendo grossas lágrimas descerem ainda mais por seu rosto. - Além do que... Minha mama... Está morta! - assim a mulher ficou sem reação.

-Eu...Mor...ta? - a mulher gaguejava enquanto tentava absorver o que o rapaz lhe dizia. A mesma encara-o absorta em pensamentos desconexos. A que ele se referia? A mulher apoia na mesa a seu lado enquanto fitava o chão do laboratório, ao poucos algumas memórias lhe atingiam a fazendo observá-lo apavorada e sair da sala deixando-os ali.

O esverdeado se ajoelhou ao se controlando para inibir as lágrimas que já invadiam seu rosto. Observou a azulada na intenção de lhe dizer que havia acabado, mas o que viu não foi o que queria. A menina se encontrava contorcendo-se pelo veneno, de sua boca um pequeno filete de sangue descia pelo canto desta, fazendo-a ter dificuldades de respirar.

O rapaz tentou dizer algo mas suas voz não saia, suas pernas tremiam de medo. "Ela vai morrer", era só isso que se passava em sua cabeça confusa e inerente. A menina esticou sua mão a ele num pedido de ajuda, sua mão cheia de sangue a um metro de distancia dele. Este tentou se desamarrar mas não podia. As lagrimas dela já se misturavam com o sangue de seu rosto alvo.

Sua feição mudou para dor e desespero a fazendo semicerrar os olhos. Ele não podia salvá-la. Esta fechou os olhos vagarosamente pendendo o braço ao chão bruscamente e afundado-se em sonhos mórbidos.

O rapaz entrou em desespero.

-RACHEEEEL! - grita ele ao perceber que a mesma não respirava mais, gritou e se debateu em desespero antes de toda a sua vista ficar negra e entregar-se a escuridão profunda e nebulosa:

O medo.

0ooo0ooo0ooo0

-Eu já disse, e repetirei quantas vezes mais... NÃO VOU VOLTAR A TRABALHAR PARA VOCÊS! - Vocifera a rosada deixando seus olhos tomarem a cor esverdeada. O lagarto somente riu arduamente enquanto a menina mantinha uma distancia segura do ser escamoso a sua frente.

-Não é um pedido garota. Ou você acha que chegamos em nossas cobaias e pedimos a elas para serem experiências ilegais? - zomba o grande ser verde quanto soltava um gozo de deboche.

A rosada não sabia o que dizer a ele. Somente entendeu que ele não estava ali para brincadeiras. Tentou -mais uma vez - soltar-se das algemas, tinha de sair dali. O lagarto avançou contra ela segurando seu pescoço contra a parede, a mesma cuspiu sangue.

-Sem truques, você trabalhará para nós como sempre fez, sua tamaraniana desgraçada. - dizia enquanto apertava o pescoço dela de tamanha força que, se fosse humana, teria se quebrado.

Um pequeno sorriso formou-se nos lábios róseos da alienígena. A mesma fecha os olhos lentamente antes de chutar a boca do estomago do monstro lançando-o para a parede oposta a eles. Mesmo com isso a parede continuou intacta.

A rosada abriu os olhos novamente, os quais assumiram uma cor avermelhada, de um tímido sorriso tornou-se monstruoso. Levantou os braços na altura da cabeça batendo com as algemas no chão com tamanha brutalidade fazendo-as partirem-se em dois.

Seu sorriso cresceu e, imediatamente, voou para cima do ser esverdeado segurando-o pelo pescoço. O enorme ser segurou seu fino braço na intenção de ameninar o estrago, mas de nada adiantou.

Sua mão apertava, de pouco em pouco e pescoço gosmento e viscoso do lagarto o fazendo revirar os olhos.

-Sabe a diferença entre eu, e os outros Tamaranianos? - perguntou a rosada com a voz tenebrosa e venenosa. O alien somente observou-a - aliás não podia falar.

-A diferença é que eu não tenho piedade. - Assim dito, a cabeça do lagarto foi separada de seu corpo rolando pela sala metálica. A menina levantou-se lentamente encarando o teto curiosa.

-Sabe, sei que isso não é real. Porque, o que matei foi uma ilusão! - Assim a menina anda em direção a porta que dava a uma parede negra e traspassável, a mesma sorriu. -Até, senhor ilusionista.

Ela passa pela porta desaparecendo da sala, do lugar e da suposta ilusão.

0ooo0ooo0ooo0

-VOCÊS SÃO LOUCOS, VIREM COM ESSA SERRA PARA LÁ! - gritou o homem metálico que se retorcia na cama de metal. Os dois cientistas observavam-no curiosos.

-Ora Victor, não seja grosseiro. Todos queremos saber como você funciona com somente poucas partes humanas. - indagou a mulher zombeteiramente com um enorme sorriso no rosto.

-Hã? Como assim? - exasperou-se o homem de aço enquanto parava de se remexer dando atenção as figuras a sua frente.

-Hora, Victor, já esqueceu por todo o drama que teve de passar? Ninguém acredita que você funcione sendo mais de 70% aço. - afirmou o homem fazendo Cyborg observá-lo odiosamente.

-Como se eu fosse passar por aquilo de novo. Mas nem sonhando, me desprende logo para eu chutar sua bunda! - esbravejou o homem de metal enquanto sentia se sangue ferver, aquelas lembranças não lhe eram uma das melhores.

-Sem violência, Victor, vamos fazer do modo menos indolor. - dito isso a mulher aproximou-se dele com uma furadeira ligada, pronta para perfurar a carapaça de metal de Cyborg. O moreno trinca os dentes encarando seu braço que piscava.

Encarou-o melhor vendo sua medida de força passar a 100%. Um sorriso brotou em seu rosto.

-Desculpem, mas a dissecação eu deixo pros sapos! - disse ele zombeteiramente arrancando as pernas dos prendedores que impediam o movimento das mesmas, levantando-as dando impulso a seu corpo a se sentar. Soltou os prendedores de seus braços encarando os cientistas.

Esticou os braços batendo com o punho no rosto de cada um lançando-os ao longe. Ficou de pé andando até o monitor da sala, antes de chegar lá a dimensão começou a se despedaçar o fazendo observar o monitor novamente vendo uma forma diferente, identificando somente um "S" em formado gozado.

Assim, acabou sendo consumido pelo breu desaparecendo da sala, juntamente com tudo nela  - exceto o monitor que piscava descontroladamente.

0ooo0ooo0ooo0

-KORY! - esbravejava o moreno tentando soltar-se da cadeira que o prendia, vê-la naquele estado consumia seu psicológico de um modo calamitoso. A menina tinha o olhar perdido direcionado ao rapaz que enlouquecia.

A garota mordeu o lábio inferior abafando os soluços presos em sua garganta seca, não queria chorar na frente dele sabia que o mesmo se incomodaria. Apertou os olhos enquanto as lágrimas salgadas desciam por sua pele machucada ardendo e pinicando.

O moreno não cessava suas tentativas de se soltar e poder tirá-la dali.

-"Por que isso? Qual os sentido de ela estar aqui nesse estado? Por que? POR QUE?" - pensa o rapaz exasperado. O desespero em seu rosto era mais do que evidente. A garota ouviu alguns barulhos abrindo bruscamente os olhos pintados de medo. Sua boca tremia junto de seu corpo.

-"é ele de novo". - pensa ela levantando bruscamente o rosto fitando os olhos turquesa do moreno. As lágrimas começaram a surgir por seus olhos.

-SAI DAQUI DICK! - grita ela em plenos pulmões, e rapaz estaca. - ELE ESTÁ VOLTANDO, VAI ACABAR TE MACHUCANDO TAMBÉM! - esbraveja ela mexendo-se bruscamente. O rapaz aperta os olhos.

-E TE DEIXAR AQUI? NUNCA! - replica o moreno.

-ANDA LOGO! - repete a rosada o fazendo ranger os dentes.

-POR QUE VOCÊ ACHA AQUE VOU TE DEIZAR AQUI KORY? - vocifera o rapaz a fazendo apertar os olhos enchendo-os de água.

-Porque... Porque... NÃO POSSO TE VER NESSE ESTADO TAMBÉM. - disse ela por fim o fazendo calar-se. - Não posso, não dá! - Assim ela afunda em lágrimas. O rapaz ficou boquiaberto, não sabendo como reagir aquilo.

A menina vira o rosto bruscamente para trás arregalando os olhos para depois uma pequena lâmina atravessar a lateral de seu abdômen, a mesma grita de dor. O moreno não acreditou no que viu. De trás da menina saiu um homem mascarado, o mesmo da festa dos Wayne.

-Você... - rosna o moreno fazendo o mais velho sorrir.

-Ora, ora, mas que grosseria. Fazia tempo que não nos víamos, pensei que me receberia bem. - zomba o homem fazendo o rapaz trincar os dentes. O homem somente sorri mexendo na lâmina aumentando o buraco no abdômen dela a fazendo gritar mais e mais alto.

-PARE COM ISSO! - exaspera o rapaz sentindo algumas lágrimas brotarem em seus olhos.

-Ora, não é assim que se fala Grayson. - nisso o homem retira a lâmina perfurando pela frente o estomago da menina, a mesma arregala os olhos perdendo o fôlego. O mesmo não acreditava no que via.

-Eu havia te dito, Grayson, se não se desapegasse das pessoas, ela iria morrer. - Nisso retirou novamente a lâmina perfurando o peitoral da menina, dali não tinha mais o que se fazer.

O rapaz desesperou-se, ficou sem reação, sua voz não saia e seu corpo não se mexia. As lágrimas não cessaram, pois ele sabia, ela ia morrer. Assim que a menina fecha os olhos de cansaço ele explode.

-KOOOOOOOOOOOORY!

Tudo fica escuro, assim o mesmo entregou-se ao desespero.

0ooo0ooo0ooo0

-Robin? Robin? - dizia uma voz mais ao fundo, a qual o rapaz não identificou de primeira até ver a semelhança com a de Kory. Será que havia morrido também?

O mesmo abre os olhos encarando as orbes esverdeadas da amiga alienígena, o mesmo senta-se bruscamente colocando uma das mãos nos olhos.

-O que...? - tentava dizer ele, mas as lembranças o invadiam de um modo que seu coração chegava a doer.

-Foi tudo uma ilusão! - ao dizer isso, um peso saiu dos ombros do rapaz brotando nele um sorriso de alívio.

-Ainda bem... - sussurrou ele.

Todos estavam reunidos na mesma praça e, pelo visto, o sol dava sinais de nascer. O rapaz encarou o rosto da amiga e, por breves instantes, viu o rosto de Kory compatível ao dela. Retirou isso de sua mente, mas não perdeu a chance de puxar a amiga pelo braço a prendendo num caloroso abraço.

Ele não queria mais soltá-la e ela sabia disso.

0ooo0ooo0ooo0

-Então doutor, como eles se saíram? - pergunta o homem mascarando encarando um senhor de idade.

-Até que bem, mas temos de ficar de olho naquelas duas meninas. São mais do que perigosas. - responde o senhor fazendo o mascarado encará-lo pensativo.

-Isso pode ser promissor, vou usar isso a meu favor já que sabemos seu pontos fracos, e estão ali entre eles! - implica o homem fazendo o mais velho observá-lo curioso.

-E o que são?

-Quem são, doutor. A maior fraqueza das duas se chamam : Garfield e Richard.

~TO BE CONTINUED~


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada a quem leu.

Espero que tenham gostado.

Beijos, até o proximo.