As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 27
Gêmeos ao resgate.


Notas iniciais do capítulo

NÃO TO ACREDITANDO QUE TENHO UMA RECOMENDAÇÃO!!!!!
;)
Brigada de coração linda!
Capitulo narrado pelo diva Ártemis.
Bjs amores.



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ÁRTEMIS

Eu, como todos os deuses, observava com grande interesse a filha de Zeus. A menina tinha uma pureza muito grande e incomum nos mortais e semideuses por baixo de toda a sua personalidade forte.

Fora isso o que tanto impressionava os deuses era o como a menina cuidava bem da pequena filha de Atena. Ela agia de maneira correta e tinha ao mesmo tempo a postura de mãe e irmã mais velha. Atena, claramente, estava contente com sua decisão de deixar sua filha aos cuidados de Thalia.

Desnecessário dizer que ela estava encantando a todos: Atena, fora os bons tratos que sua filha recebia, estava impressionada com as atuações da garota, deixando claro que ela sempre teria alguma mentira bem bolada; Ares estava surpreso com a ferocidade da menina em uma batalha, algo que ele nunca admitiria sendo que Thalia não é sua filha; Apolo estava surpreso com sua mira perfeita; e eu estava encantada com o jeito da garota. Ela tinha exatamente o porte que eu esperava de minhas caçadoras.

 Antes mesmo das três crianças entrarem no museu, eu estava em uma clareira adorável na companhia de minhas caçadoras. Ordenei que recolhessem as barracas que teríamos uma caça importante por vir.

- Minha senhora, aonde vamos exatamente e por que é tão importante? – Zoe, minha fiel tenente perguntou.

Eu sabia que Hades mandaria novamente um monstro para atacar minha meia-irmã. Todas as caçadoras olharam para mim de forma curiosa e eu não vi o porquê de esconder a resposta

- Há meios-sangues em perigo e nós iremos ao seu auxilio. O monstro possui apenas um ponto fraco. Eu não direi a vocês o que fazer. Será como um teste para vocês e os três meios-sangues.

As caçadoras muito mais animadas com a ideia de um teste se apressaram a recolher as barracas e suas coisas. Assim que elas terminaram corremos na direção do museu.

Naturalmente fui a primeira a chegar e a me deparar com uma cena incrível. As crianças protegiam os mortais colocando próprias suas vidas em risco. A pequena menininha loira, que eu reconheci como a filha de Atena, havia caído desmaiada. Não se passou muito tempo e o rapaz caiu também. O grande Leão de Nemeia estava em cima de Thalia e ela estava fraca de mais para reagir. Então seus olhos muito azuis e conhecidos meus, encontraram meus olhos amarelos a beira do prateado e nesse instante minhas caçadoras chegaram disparando flechas.

Para minha total surpresa, o leão jogou Thalia longe. Seu corpo quebrou alguns vidros e ela caiu quase inconsciente. Corri até ela e a levantei no exato instante em que percebi que ela estava consciente. Amparei seu corpo sabendo que se saísse do lugar o corpo da garota cederia e esta cairia inconsciente.

Ao contrario do que pensei, foi Thalia quem descobriu o único ponto fraco do monstro e não minhas caçadoras. Thalia se mostrou forte e correu até sua lança. A menina deu ordem às caçadoras para que mirassem na boca da fera. E assim fizeram.

Assim que o monstro explodiu em cinzas, Thalia caiu no chão, exausta e puxando o ar com dificuldade. Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa à menina caiu desmaiada.

Zoe, minha tenente, olhou para mim abismada e trocamos um olhar que deixava claro que íamos conversar depois.

- Vamos montar o acampamento em uma floresta perto daqui. Vou pedir ajuda a meu irmão Apolo e vamos tirar essas crianças daqui. – comuniquei as caçadoras – Vocês se saíram bem hoje. – as parabenizei e elas deixaram sorrisos radiantes à mostra. – Zoe vamos conversar e as outras vão recolher as flechas caídas.

- Minha deusa, foi impressão minha ou a garota tem o dom da liderança? Nenhuma das caçadoras se quer parou para questionar o seu comando inclusive eu! – Zoe estava visivelmente impressionada e acho que ela pensou que eu a iria substituir. – E quem é ela?

- Minha cara não foi impressão sua. Thalia é minha meia-irmã. – Zoe olhou para mim abismada. – E não se preocupe. Thalia não se juntará a caçada conosco.

Zoe olhou para mim bastante confusa e pude perceber que ela estava em duvida se perguntava ou não:

- Mas acaso minha senhora não vai convida-la?

-Não Zoe. Farei o convite por formalidade e costume, mas sei que ela recusará.

- E por que exatamente a menina Thalia recusaria a honra de se juntar a nós?

- Porque ela não pode cumprir o juramento de nunca se apaixonar, pois seu coração pertence àquele jovem caído próximo a ela.

Zoe parecia perplexa com minha afirmação sobre Thalia e Luke.

-Mas eles não são muito jovens para se apaixonar? Acho que a menina não tem mais que 12 anos.

Não pude conter um sorriso.

- Sim Zoe, Thalia tem doze anos. E nem mesmo Afrodite sabe o porquê dessas crianças sentirem algo tão forte.

- Isso é muito estranho. – Zoe murmurou para ela própria, mas não pude deixar de concordar.

- Sim, é mesmo muito estranho. – falei no mesmo tom de voz da menina.

Afastei-me de Zoe e ouvi um estalar muito conhecido meu.

- Minha cara Ártemis, em que posso ajuda-la? – Hermes sempre agia de forma formal perto de mim. E este pensamento trouxe o esboço de um sorriso em meus lábios.

- Preciso que avise Apolo que preciso dele agora. – o esboço se desfez quase tão rápido quanto se formara e minha voz assumiu um leve tom de urgência.

- Mas qual seria a emergência, minha irmã? – Hermes perguntou agora muito mais sério.

Não estávamos na sala destruída pelos monstros. Estávamos na sala ao lado. Hermes por ser o deus mensageiro estava sempre atarefado de mais, e por essa razão não estava observando o seu filho mais querido. Ao invés de falar o guiei até a outra sala, onde a filha de Atena, seu filho e a namorada estavam inconscientes; e Thalia no caso com ferimentos até graves.

 Ao ver as três crianças caídas no chão frio de mármore, a expressão de Hermes mudou de séria a preocupada em questão de milésimos, o que era até compreensivo. Ele se virou para mim e disse com a voz um tanto falha, mas mesmo assim firme e confiante.

-Apolo chegará aqui em questão de segundos. – Ele deu-me um abraço rápido me deixando surpresa – Até logo irmã! – Com um sorriso um tanto triste Hermes se foi.

Eu ia voltar para próximo às caçadoras quando sinto o meu pulso sendo segurado firmemente por mãos muito tremulas. Assustei-me com aquele toque frio do humano e lancei-lhe um olhar claramente irritado.

- Você tem que salvá-la. – ele dizia com a voz fraca e tremula; uma suplica desesperada – Por favor... Minha menininha... Nunca quis magoa-la... Ajude-a... Cure minha princesinha, deusa!

Era o pai da filha de Atena. Eu sabia que a criança não fora cuidada como deveria e era visível que ele estava arrependido de não ter dado atenção suficiente para sua filha. Quando meus olhos encontraram os seus não pude manter a expressão irritada. Ele estava mesmo arrependido.

- Meu irmão esta a caminho. Ele vai curar todas as três crianças. Não tem porque se preocupar! – lhe garanti, para minha total surpresa, com a voz doce e gentil.

- Apolo? O deus curandeiro? – ele perguntou com os olhos marejados, mas com um vestígio de esperança crescendo.

- Sim. Apolo esta vindo. –essas foram às palavras chaves para o homem conseguir se acalmar. Ele se virou e seguiu para um canto onde uma mulher e duas crianças estavam encolhidas no chão. Ele começou a falar com a mulher e eu tive certeza de que ele estava mandado sua esposa e seus dois filhos para casa.

Antes que eu pudesse tomar qualquer atitude, senti braços fortes ao redor do meu corpo em um abraço por trás vindo junto de um gritinho escandaloso que me assustou.

- Irmãzinha! Quanto tempo! – Apolo exclamou feliz da vida e eu tive certeza que só não morri de susto porque sou uma deusa. Senti meu corpo se arrepiar e eu encolhi meus ombros.

Apolo percebeu o efeito de sua chegada e não conseguiu conter o riso.

- Que droga Apolo! Você não vai crescer nunca? – eu me livrei do abraço e encarei seus olhos azuis. – E quantas vezes eu tenho que repetir? Eu não sou sua irmãzinha!

Apolo ignorou minhas perguntas e como de costume me analisou por completo. Quando ele voltou a falar tinha um sorriso aprovador.

- Você esta linda irmã. Quero dizer, muito mais linda do que normalmente. Aquela aparência de criança não te valoriza nem um pouco. E com certeza esse vestido combina com você. Realça os seus olhos.

Melhor eu explicar: Normalmente eu tenho a aparência de uma menina de aproximadamente doze anos de idade e hoje eu aparentava ter os meus 16 anos. E a respeito do vestido ele era simples e de mangas curtas, para que eu possa melhor sentir o frio da noite, e de uma cor prateada. Por isso realçava os meus olhos.

 - Já acabou? – perguntei sem muito interesse em suas palavras.

-Sim, já acabei. – Ele disse e para minha surpresa assumiu uma expressão levemente triste – Puxa Ártemis, você nem sabe reconhecer um elogio?

- É claro que eu sei Apolo. Muito obrigada pelos seus elogios.

-Então, por que me chamou aqui? – ele perguntou mudando de assunto e muito mais animado.

- Se você prestasse mais atenção ao seu redor e não na minha aparência saberia exatamente porque eu te chamei aqui. – respondi levemente irritada.

Apolo olhou para os lados e viu as três crianças caídas no chão. Seu olhar divertido foi sumindo aos poucos e no instante em que ele viu Thalia no chão inconsciente seu olhar já era preocupado.

 Ele se dirigiu rapidamente até a pequena filha de Atena e só pousou sua mão sobre a cabeça da menina. Annabeth tinha apenas alguns arranhões e tinha a respiração levemente pesada. Ela havia desmaiado por sentir um cansaço muito grande para alguém do seu tamanho.

  Quando Apolo encostou-se aos cabelos dourados da menina, sua respiração normalizou-se e os arranhões começaram a cicatrizar rapidamente.

O pai da menina havia se aproximado no instante em que viu Apolo se dirigindo até sua filha. Meu irmão percebeu a preocupação do homem e se limitou a olhar para ele e sorrir de forma gentil.

- Sua filha esta bem. Esta apenas dormindo agora.

O senhor sorriu para a filha adormecida enquanto Apolo e eu nos dirigíamos até o filho de Hermes. Ele tinha ferimentos mais graves do que simples arranhões, mas nada de tão grave que pusesse sua vida em risco.

Apolo se abaixou para examinar o menino enquanto eu esperava seu relatório de pé ao seu lado. Ele se limitou a pousar sua mão na nuca do rapaz e murmurar baixinho, palavras que nem mesmo eu ao seu lado compreendi. Ele se virou para mim sorrindo como se gostasse de me ensinar certas coisas.

- Ele desmaiou porque bateu a cabeça com força demais. – sua expressão ficou mais séria e ele completou- Ele quase sofreu traumatismo craniano.

E então chegamos a Thalia. A menina estava pálida, com a respiração fraca e falhando. Isso para não mencionar seus vários cortes profundos.

Dessa vez eu me sentei no chão e Apolo levantou a cabeça da menina apoiando-a em meu colo. Ele estudou os ferimentos da menina enquanto eu acariciava os cabelos cacheados de minha irmã. Apolo disse em alto e bom som:

- Preciso de néctar e ambrosia.

Sua voz ecoou por todo o museu deserto e nenhuma das caçadoras ousou desobedecer meu irmão. Geralmente elas questionavam suas ordens, nas raras vezes em que nos víamos, mas hoje não. Elas pareciam entender a gravidade dos ferimentos da menina.

Zoe chegou o mais rápido possível com um pedaço de ambrosia e um cantil de néctar. Apolo recebeu as coisas das mãos da minha tenente e rapidamente abriu o cantil e deixou o liquido escorrer na boca da menina.

Alguns ferimentos começaram a desaparecer, mas apenas os ferimentos mais leves. Chamamos duas caçadoras para ajudarem a delicadamente tirar a jaqueta de couro do corpo de Thalia. Meu irmão pegou então uma pasta prateada e espalhou por todos os ferimentos visíveis e profundos. Como havia feito com o menino, Apolo murmurou algumas palavras e os cortes foram cicatrizando.

Apolo e eu soltamos um suspiro de alivio. Mas a preocupação não havia sumido de nenhum de nós. Ao contrario das outras duas crianças que apenas dormiam, Thalia continuava pálida e com a respiração fraca.

- Quer leva-los para uma clareira? – Apolo perguntou a mim.

- Acho que seria melhor para eles.

Apolo apenas assentiu e pegou nos braços uma Thalia fraca, pálida e inconsciente. Ele depositou seu corpo inerte com delicadeza no corro do sol.

-No carro sol só cabe Thalia. E acho que ela deve ir comigo caso seu corpo fique ainda mais fraco. Vou acomodar os outros dois na sua carruagem maninha.

Apolo pegou o corpo do rapazinho e o colocou calmamente na carruagem. Depois se voltou para pegar a pequena Annabeth.

- Deixe-me ir com vocês. Preciso falar com ela quando acordar. – O pai da menina disse com a voz fraca.

- Lhe asseguro que a menina não quer nenhum tipo de contato com o pai. – Apolo foi um pouco duro com as palavras, mas essa era a verdade. Annabeth não queria mais saber do pai.

O homem reprimiu um soluço e apenas balançou a cabeça em sentido negativo.

- Não. Não quero falar com minha filha. Eu quero... Eu preciso falar com a outra menina... A menina dos cabelos castanhos.

A cada frase um soluço. A cada frase Apolo e eu ficávamos cada vez mais chocados.

- Venha conosco. – chamei-lha novamente contendo todo o meu desgosto e surpreendendo a todos principalmente Apolo.

O homem pegou a filha nos braços e a levou até a carruagem. Assim que as caçadoras entraram depois do senhor e sua filha, partimos em direção a uma clareira distante.

Quando chegamos, as caçadoras montaram o acampamento e ajudaram a instalar os semideuses inconscientes. Acomodamos cada um com carinho e delicadeza. Cobrimos seus corpos com lençóis brancos para que eles não sentissem os ventos frios da noite.

Sentei-me no chão ao lado da cama de Thalia e fiquei assim observando a com cuidado. Apolo tocou meu ombro com um carinho de irmão que há muito tempo não permitia.

- Suponho que queira que eu vá embora. – Apolo disse ainda sem tirar as mãos do meu ombro.

Virei-me para ele para que assim pudesse encarar seus olhos azuis.

-Não. Ainda não. – Sorri para ele e sai da barraca deixando um Apolo confuso e sorridente La dentro.


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Notas finais do capítulo

Tadinha a Ártemis teve muitas surpresas e sustos!
Bom, pessoas lindas que eu amo: Comentem!!!
=D