As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 26
Em meio a uma chuva de flechas prateadas


Notas iniciais do capítulo

Um capitulo um pouco maior do que o anterior!
Gente sinto muito a demora em postar!
Aproveitem o capitulo.



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THALIA

Annie havia rolado pelo chão com a fera depois de ter o seu pequeno conflito interno. Ela havia conseguido fincar a faca no peito do animal que se desintegrou.

A menina estava fraca e cansada então desmaiou.

Eu teria corrido para ir até ela, mas não tive oportunidade.

Aquele maldito leão não parava de tentar me atacar. Eu me esquivava da maioria dos golpes. Meus raios não o atingiam. Eu não entendia muito bem como, mas a pele dele era como um escudo. Eu nunca conseguiria mata-lo.

A fera conseguiu morder o meu braço e teria conseguido muito mais que isso. Luke havia enfim derrotado o ultimo cão e viera me ajudar com aquele Leão. Ele havia me empurrado para o lado me afastando do leão.

Lutávamos lado a lado. Tirando o nosso pequeno conflito com as Fúrias, aquele bicho era o mais feroz que eu já enfrentara.

Minha maior preocupação era mantê-lo longe da pequena Annabeth. Olhei para a direção em que ela havia caído e pude ver seu pai tentando acorda- La.

Quase perdi a vida por esse minuto de distração. O Leão teria conseguido me matar se Luke não tivesse jogado seu corpo sobre o meu. Caímos no chão machucados porem vivos. Luke estava em cima de mim. Eu tinha certeza que suas costas deveriam estar totalmente rasgadas.

O leão tentou outro ataque feroz contra nós e fiz a única coisa possível no momento: segurei os ombros de Luke com firmeza e inverti nossas posições. Agora eu é que esta em cima. O leão estava com uma quantidade enorme de concreto na boca.

Levantamos-nos rapidamente e voltamos ao combate. 

Pense em uma luta violenta e incrivelmente mortal. Pensou? Pois nem isso chegava perto do que passamos. Experimente multiplicar isso por sete e você terá uma leve noção.

Estávamos ambos esgotados e eu não via um meio de sairmos vivos dessa.

Com a pata o leão jogou Luke contar a parede. A pancada havia sido muito forte, portanto ele só escorregou até o chão; caído inconsciente.

Antes que eu pudesse raciocinar direito o que vira, o leão de Nemeia jogou-me no chão com suas garras no mesmo local em que jogara Luke. Bati a cabeça com força e fiz um esforço enorme para me manter acordada.

Tentei em vão me levantar. Meu corpo já não aguentava mais aquela tortura. Eu sentia o sangue escorrendo por quase todas as partes do meu corpo. Meus braços e minhas pernas já não sustentavam meu peso.  Minha visão se encheu de pontos pretos tornando quase impossível distinguir formas e cores.

O Leão novamente jogou-me para o centro da sala de exposição como se eu fosse seu brinquedinho favorito. Ele me fez o favor de aprofundar ainda mais os cortes do meu braço esquerdo.

Como explicar o que aconteceu a seguir? Não sei como expressar isso em palavras, mas farei um esforço.

Uma chuva de flecha prateadas invadiu todo o salão. Isso mesmo, flechas prateadas e graciosas. Não faço a mínima ideia de onde elas vieram... Bom, não fazia. Meus olhos encontram olhos amarelos extremamente perigosos, mas graciosos ao mesmo tempo, do mesmo jeito quando você olha para a lua e sente uma serenidade invadir o seu corpo e ao mesmo tempo como te lembram dos perigos da escuridão.

Eu soube sem perguntar nada que estava olhando a deusa da caça e da lua. Ártemis, minha meia irmã.

Ao lado da deusa eram visíveis muitas garotas com roupas prateadas como o luar. Todas elas irradiavam uma áurea prateada. As garotas assim como a deusa estavam armadas com arcos e flechas. Elas disparavam sem dó nenhuma contra o monstro que começou a rosnar e novamente me jogou para um canto da exposição.

Eu senti meu corpo quebrar aquelas vidraças de vidro que protegiam as peças do museu. Se eu achava que estava fraca e que já tinha perdido muito sangue, agora eu parecia estar tendo uma hemorragia ou algo do gênero.

 Se eu ainda não tivesse controle sobre mim mesma teria desmaiado na hora. Mas não. Eu queria ficar de olhos abertos e ver o que exatamente acontecia ao meu redor. Com a visão ainda muito turva e embaçada vi a deusa correr até mim e me amparar em seus braços. Ártemis levantou meu corpo frágil com facilidade e preocupação.

As garotas de roupas prateadas disparavam flechas sem parar e o Leão de Nemeia continuava intacto; nenhuma das flechas causava dor nenhuma onde tocavam. As flechas acertavam as patas e toda a extensão das costas do animal. Nenhuma parte do pelo sedia as flechas... O Leão soltou um rugido furioso como se estivesse cansado de brincar.

Eu arregalei os olhos e compreendi o que talvez só a deusa soubesse. Desvencilhei-me dos braços de minha irmã, e juntando toda a pouca força física que existia em meu ser com toda a minha força de vontade, atravessei correndo toda a extensão do salão até minha lança caída.

Peguei-a e senti uma força maravilhosa vindo dela; uma energia que me era fornecida pela eletricidade. Isso manteve meu corpo esgotado de pé por alguns minutos. Mas era só disso que eu precisava.

Corri para frente do leão e de costas gritei para as meninas:

- Façam-no rugir. Mirem na boca! – minha voz saiu forte e confiante, muito o contrario do que eu realmente me sentia. Irônico, não?

Eu já sentia meu corpo fraquejar e durante meio segundo achei que elas não entenderiam meu plano insano que salvaria nossas vidas. Mas elas entenderam e fizeram exatamente o que eu pedi.

Três ou quatro meninas miraram nos olhos e isso foi excelente. O Leão Levou uma das patas ao olho ferido e soltou um rugido terrível. Se eu não estivesse desesperada para salvar Luke, Annie e até todas aquelas garotas que apareceram sabe-se La de onde, eu não teria me mexido. Concentrei-me em raios; em eletricidade e no próprio ar ao meu redor. Senti-me novamente forte; poderosa. Meus ferimentos embora graves e ainda existentes em meu corpo já não doíam mais.

 Não me lembro de ter visto algo tão incrível!

O raio que disparei com minha lança foi com certeza um dos mais fortes que já lancei. E ele não foi o único a entrar certeiro na boca da fera. Dezenas de flechas desceram pela garganta do monstro junto com meu raio.

Em uma explosão de cores e luzes, o monstro se desintegrou em cinzas em algo que me lembrou de muitos fogos de artifício.

Toda a minha energia se desfez junto com a explosão de luzes que cegou a todos. Finalmente cedi ao meu cansaço físico. Caí sentada no chão buscando com todas as forças um pouco do ar que há muito tempo fora roubado de meus pulmões.

As meninas se reuniram em um canto sem saber ao certo o que fazer e parecia, aos meus olhos, que esperavam ordens da deusa. Não tenho certeza se o que vi foi real, mas meus olhos cansados viram a sombra de um sorriso no belo e mortalmente perigoso rosto da deusa.

Não aguentei mais nada. O cansaço e as dores haviam me vencido. Então assim como Annie e Luke, meu corpo caiu no chão frio de mármore já inconsciente do que se passava ao meu redor.


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Notas finais do capítulo

quero comentarios!!!!
eu exijo comentarios!!!
rsrs =D