Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 27
Capítulo 27




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/320622/chapter/27

      O Salão Principal de Hogwarts nunca estivera tão lotado. As quatro mesas estavam cheias, alguns alunos com capas de viagem e outros ainda de pijamas. Os fantasmas sobrevoavam as mesas, tensos.

      A professora McGonagall estava em frente à mesa dos professores.

- A evacuação será supervisionada pelo zelador Filch. – disse ela e o salão caiu no mais profundo silencio – Monitores, quando eu der a ordem, peguem seus alunos em fila e os levem rapidamente para a saída na Sala Precisa.

- E se eu quiser ficar e lutar? – perguntou Ernesto Mcmillian na mesa da Lunfa-Lunfa.

- Se você for maior de idade pode ficar – respondeu McGonagall.

- O que houve com o professor Snape? – perguntou uma garota na mesa da Corvinal.

- Ele se mandou – respondeu McGonagall – Já fizemos uma proteção básica na escola. Mas não durará muito tempo.

      De repente um som se formou no castelo balançando suas paredes. E a voz de Lord Voldemort ecoou pelo lugar.

"Sei que estão se preparando para lutar."

      Vários alunos gritaram.

"Seus esforços são inúteis. Não podem lutar comigo. Não quero matar vocês. Tenho grande respeito pelos professores de Hogwarts. Não quero derramar sangue mágico."

      Todos ficaram em silencio prestando total atenção.

      “Entreguem-me Harry Potter e Hermione Granger! Entreguem-me os dois e não atacarei. Terão até a meia-noite”

      Tudo ficou quieto. Uma garota se levantou da mesa da Sonserina, era Pansy Parkinson e gritou:

- Mas ali estão eles! Potter e Granger! – ela apontou para Hermione e Harry – Agarrem-nos!

      Antes de Hermione raciocinar, várias pessoas se postaram frente a ela e a Harry como escudos humanos.

- Se tocar neles! – berrou Olívio – Estará ferrada Parkinson!

- Obrigada.– disse McGonagall – Srta. Parkinson. Será a primeira a deixar o salão com o Sr. Filch. Se os demais alunos de sua casa quiserem acompanhá-la...

      A mesa toda da Sonserina se levantou, menos Madison.

      Blase Zabinni e Emily Fall foram os últimos a sair, mas estacaram na porta.

- Sr. Zabinni? Srta. Fall? – chamou McGonagall.

- Vou ficar. – respondeu Emily e voltou a se sentar ao lado de Madison.

- Ficarei também. – disse Zabinni se sentando também.

- Lufa-Lufa, por favor! – berrou a professora.

      Vários alunos nem se moveram das cadeiras. E assim todos os menores e os que não queriam lutar deixaram o salão. Então, Kingsley se adiantou até onde McGonagall estava e tomou a palavra.

- Temos apenas meia hora até a meia-noite, portanto precisamos agir com rapidez! Os professores de Hogwarts e a Ordem da Fênix concordaram com um plano de batalha. Os professores Flitwick, Sprout e McGonagall vão levar grupos de combatentes ao topo das três torres mais altas: Corvinal, Astronomia e Grifinória; dali terão uma visão abrangente e ótimas posições para lançar seus feitiços. Nesse meio-tempo, Remo — ele indicou Lupin —, Arthur — ele apontou para o Sr. Weasley, sentado à mesa da Grifinória — e eu levaremos grupos para os jardins. Precisaremos de alguém para organizar a defesa das entradas das passagens para a escola...

-... Parece trabalho para nós – disseram os gêmeos juntos.

      Kingsley assentiu.

- Er... – começou McGonagall – Sr. Potter você e seus amigos não deveriam estar procurando algo...?

      Harry trocou um olhar curioso com Hermione.

- A horcrux – sussurrou Draco.

- É mesmo. – disse Harry – Gina! Vamos.

      A ruiva se soltou da mãe e seguiu Harry, Hermione e Draco, que já corriam e direção a porta do salão.

      Eles subiram dois andares correndo.

- O que vamos fazer? – ofegou Gina.

- Ele pensou que eu ia estar na Torre da Corvinal – constatou Harry.

- Lizzie e Tom falaram com o fantasma da Corvinal. – disse Hermione – Ela escondeu o diadema na Albânia. Minha avó o tirou de lá e o escondeu em Hogwarts.

- Tom o achou e o transformou em horcrux - completou Draco – e o escondeu em outro lugar.

- Mas... Onde?

      Hermione encarou seu reflexo em uma janela. O colar em forma de Floco de Neve brilhou, e atraiu o olhar de Harry.

- A estatua de Rowena Ravenclaw – disse ele – tem um colar igual ao seu.

- Serio? Eu não vi – respondeu a garota.

- Serio. É igual.

- Tenho que ver.

- Mas, Hermione e a horcrux? – questionou Gina.

- Gina, – disse ela - você vai com Harry atrás do fantasma da Corvinal. Draco vem comigo. Vamos dar uma olha nesse colar.

- E porque você quer vê-lo? – perguntou o loiro.

- Não sei. – respondeu ela seguindo pelo corredor enquanto Gina e Harry iam para o lado oposto. – Algo me diz que tenho que vê-lo.

      Eles correram o mais rápido possível de volta à torre da Corvinal. Passaram pela entrada e chegaram a estatua.

- Onde esta?

- Ali! – Draco apontou para os pés da estatua – Não é bem um colar.

      Hermione se abaixou e viu próxima a barra do vestido que Rowena Ravenclaw fora esculpida. Estava um floco de neve. Em relevo para baixo, como uma fechadura.

- É igual mesmo – constatou perplexa.

      Draco se abaixou e tocou o pequeno desenho.

- É uma cavidade – disse ele – como uma fechadura, sei lá.

- Você quer dizer que cabe algo ai dentro?

- Sim.

- E o que?

- Algo da mesma forma – ele apontou para o colar dela.

      Hermione tirou o colar que Dumbledore lhe deixara de herança e o encaixou na cavidade da estatua,  uma luz branca saiu da joia, passando para toda a estátua e cobrindo a todo o salão comunal da Corvinal.

- O que é isso? – questionou Hermione cobrindo os olhos.

- A parente é sua! – respondeu Draco sem enxergar nada.

      Eles ouviram um rangido e a luz branca se apagou.

- Hermione? – chamou Draco abrindo os olhos e encarando a estatua, onde o pingente estava pendurado – Eu disse que era uma fechadura.

- O que? – ela abriu os olhos e encarou a estatua.

      Seu pingente estava preso a cavidade, e o pedestal da estatua estava aberto, como se fosse uma gaveta.

      Hermione e Draco se aproximaram temerosos. E ele puxou a gaveta, abrindo-a por completo.

      Lá dentro, para a surpresa dos dois, havia dois pergaminhos e um frasco com um liquido prateado brilhante dentro.

      Hermione pegou o menor pergaminho e o abriu, pondo-se a ler em voz alta.

“ Minha querida herdeira.

      Sei que parece impossível e você achara loucura. Mas é seu dever fazer o Lorde das Trevas se arrepender de todo o mal que ele fez. Quando chegar a hora certa, coloque o verdadeiro Diadema de Rowena Ravenclaw.

O resto é comigo.

Lizzie.”

- O que ela quis dizer com: “o resto é comigo”? – questionou Draco – Desculpe. Mas, ela não esta morta? E também, o que ela quis dizer com o “verdadeiro” diadema? Existe algum falso?

- Também não entendi. – disse pegando o outro pergaminho.

Abaixo do negro esta a resposta

Criaturas místicas guardam o local.

Busque a resposta em seu coração,

E assim, por fim, terá o sinal.

Até o arco devera seguir

Passar pela forma, até sumir.

Seguira então uma criatura

E chegara a uma engraçada escultura.

Duas pirâmides marcam o local.

Abaixo da ilha que será uma morada final.

Procure então uma luz na escuridão

Vá até ela, e por fim, a solução.

- É uma charada! – exclamou Hermione.

- Maravilha! – resmungou Draco – Uma charada! Era só o que faltava não? E isso?

      Ele pegou o frasco e o analisou cuidadosamente.

- Esta parecendo... – disse ele.

-... Uma memória! – completou ela – Temos que ir a diretoria.

- Qual é! – disse ele – Podemos convocar a penseira.

      Ele estendeu a varinha, mas as paredes do castelo tremeram.

- Não fui eu! – disse ele.

      Hermione se levantou e correu para a janela mais próxima.

- Gigantes! – berrou ela – Temos que ir. Achar os outros. Vemos a memória depois.

      Hermione guardou a memória e os pergaminhos no bolso da calça enquanto Draco tirava o pingente da estatua, que se fechou e a cavidade em forma de Floco de Neve sumiu.

      Eles saíram da torre, e foram até o sétimo andar. Lá, na frente da sala Precisa, estavam Gina, Harry, Ron e Luna.

- Onde estavam pô? – questionou Harry para Ron, Luna, Hermione e Draco.

- Na torre da Corvinal de novo – respondeu Hermione – Contamos depois. E vocês?

- Câmara Secreta. – respondeu Luna mostrando os dentes de basilisco.

- O que? – questionou Harry sem entender,

- Algo para destruir horcruxes. – respondeu Ron sorrindo.

-  Mas como vocês entraram lá? – questionou Gina com repugnância ao lugar. – Tem que falar a língua das cobras.

- Ele fala! – exclamou Luna – Mostre a eles Ron.

      O ruivo soltou um chiado estranho de arrepiar a espinha.

- Foi o que você disse para abrir o medalhão – respondeu Ron modestamente – Bom, conseguimos.

- Ele foi incrível! – disse Luna sorrindo animada.

- Então...

- Uma horcrux a menos. – Luna tirou de sua bolsinha de contas a taça toda quebrada.

- Luna espetou-a – contou Ron – Achei que era a vez dela.

- Quem falta? Hermione, Draco e eu - perguntou Gina.

- Falta o diadema, a cobra e... – eles escutaram uma explosão e um grito distante.

- Sei como é o diadema e onde esta. – interrompeu Harry e abriu a porta para a sala Precisa que só era ocupada por Tonks, sua mãe, um pequeno bebe, e a avó de Neville.

- Onde esta o meu neto? – perguntou a ultima.

- Lutando.

- Vou ajudá-lo.

- Viram Remo? – perguntou Tonks.

- Estava levando um grupo de combatentes para o jardim. – respondeu Harry.

- Sra. Tonks- disse Gina com carinho – Precisamos da sala. A senhora deve se esconder em outro lugar.

      A velha assentiu, e com Teddy no colo, correu para outro lugar, sumindo por um corredor.

- Espera um instante! – exclamou Ron – Esquecemos de alguém!

- Quem?

- As criaturas! Os elfos, os testrálios, o Bicuço.

- Quer que os ponhamos para lutar? – questionou Harry.

- Não! Só deveríamos arrumar um jeito de protegê-los e...

      O som de suas palavras foi abafado pelo estrepito quando os dentes de basilisco que Luna carregava caírem no chão. Ela correu para Ron e se pendurou nele, tascando-lhe um beijo na boca.

      Ron largou os dentes e a vassoura que carregava para retribuir o beijo com fervor tirando a loira do chão.

      Gina e Hermione se entreolharam sorrindo. Draco assoviou. E Harry pigarreou constrangido.

- Isso é hora? Estamos em uma guerra!

      Luna e Ron se separaram.

- Eu sei colega! – respondeu o ruivo corado e ofegante – Era agora ou nunca não é?

- Deixa pra lá. – respondeu Harry – Será que podem segurar isso só até pegarmos a horcrux?

- Desculpe – murmuraram Luna e Ron.

- Obrigado – retrucou Harry e se virou indo em direção a porta da sala. 

- Onde ele a escondeu?

- A onde escondi meu livro de poções. Onde estava o armário sumidouro e aonde pessoas vem guardando coisas á séculos.

      Eles pararam a uma janela de vidros estourados e olharam para baixo. Lá, viam-se clarões verdes e vermelhos, anunciando que estava quase na hora dos Comensais invadirem Hogwarts. Gina apontou sua varinha e acertou em cheio um grupo de combatentes.

- Boa menina! – berrou uma voz e um vulto se materializou a frente deles. Era Alberfoth – Parece que eles estão rompendo as ameias no norte do castelo!

      E sumiu do outro lado do corredor. Harry passou três vezes frente à entrada da sala precisa, e uma grande porta se materializou a frente dos Escolhidos. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unidos pelo Destino 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.