Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles
- Ron! – exclamou Luna sendo arrastada por um corredor – Aonde vamos?
- Para o banheiro da Murta-que-Geme.
- Por quê?
- Luna. – disse ele – Temos uma horcrux, mas não temos como destruí-la. Porque a espada já era. E qual é a outra coisa que destrói as horcruxes? O veneno do basilisco! Que esta na Câmara secreta! No banheiro da Murta-que-Geme!
- E pra que a vassoura?
- Você vai descobrir.
Eles adentraram correndo o banheiro e Ron parou frente a pia.
- Agora eu preciso me lembrar de como o Harry fez para entrar.
Ele emitiu alguns chiados estranhos que deixaram Luna apavorada. Até que a pia soltou um rangido e a Câmara começou a se abrir revelando um túnel circular.
Ron montou na vassoura que pegara na Sala Precisa e estendeu a mão para Luna. Ela hesitou por um segundo, mas pegou a mão dele e montou na garupa o segurando pela cintura.
O ruivo criou voou, deu duas voltas pelo banheiro antes de mergulhar no túnel escuro. Luna soltou um berro.
- Tente ter calma.
- Tente fechar a matraca seu mocorongo! – disse ela o apertando.
Ao ver claridade, Ron freou. E eles foram parar no centro de vários túneis também em forma circular.
- E agora gênio? – perguntou Luna – Para que lado?
- Ali.
Ron apontou para uma pequena abertura no meio de varias pedras.
- Houve um desabamento? – perguntou Luna.
- Quase em cima de mim.
Eles voaram pelo buraco e foram parar em uma grande Câmara, onde a sombra de uma enorme cobra jazia morta no meio.
Parte dela estava sendo decomposta.
- Nossa! – exclamou Luna admirando o animal – É incrível!
- Você esta parecendo o Hagrid! – disse ele apontando a varinha para os dentes podres do bicho.
Eles se partiram e os dois começaram a recolhê-los.
- Será que vai dar certo? – perguntou à loira enquanto eles voltavam a pé rapidamente pela Câmara.
- Só tem um jeito de descobrir.
Ron jogou as presas que ele carregava no chão, tirou a taça do bolso, depositou-a no chão e se ajoelhou. Luna se ajoelhou ao seu lado, lhe estendendo uma das presas mais afiadas. Mas Ron negou.
- Faça você.
- Eu? – questionou surpresa – É um ataque de cavalheirismo ou o que?
Ron deu os ombros.
- Eu já destruí uma. Como só estamos os dois aqui. Acho que é a sua vez.
Luna pegou uma presa afiada e mirou a pequena taça.
Como um pequeno objeto tão bonito e tão indefeso poderia ser tão perigoso?
- Vamos Luna – disse Ron – Faça.
Luna segurou a presa com as duas mãos e as levantou, tomando impulso. Foi quando a pequena taça emitiu um brilho dourado que iluminou o túnel. As paredes refletiram o dourado dando a ilusão de que estavam em uma mina, e havia pedaços de ouro nas paredes. Luna encarou o teto com admiração.
- É tão... Bonito – suspirou ela.
- Luna? – chamou uma voz doce.
A loira se virou para Ron pensando que ele a havia chamado. Mas ele estava com a boca fechada, a testa ligeiramente franzida.
- Luna? – chamou a voz outra vez.
Luna encarou a pequena taça.
Di-Lua. Lovegood. Porque você vai fazer isso? Por quê? Isso vai te ajudar em alguma coisa? A destruição não leva a nada. Você sabe!
Luna sentiu seus braços vacilarem e os deixou cair ao lado do corpo.
- Luna? – chamou o Ron ao seu lado – Vamos.
Acha que com a destruição dessa taça seus sonhos vão se realizar?
- LUNA! – gritou Ron – Espete-a! AGORA!
Acho que com a destruição da taça ele será seu? Acha que ele vai ligar para você? Uma louca como você? Você sabe que Ronald esta apaixonado, não sabe? E não é por você Ele a ama! Hermione Granger! ! Só ela.
Luna arregalou os grandes olhos azuis que se encheram de lagrimas.
Quem é você perto dela? NADA! Absolutamente nada. Só uma louca qualquer!
Só mais uma. Uma nada! Uma ninguém! Você nasceu para ficar sozinha. SÓZINHA!
- Luna! – disse Ron em seu ouvido – Não de ouvidos a ela! Vamos! Eu estou aqui! Nunca vou te deixar sozinha!
Luna encarou Ron curiosa, as lagrimas caindo por seus olhos. Ele tocou sua bochecha com a ponta dos dedos. Ela então pareceu cair em si e fez uma cara de raiva. Levantou os braços com a presa do basilisco e com um rápido e sutil golpe, perfurou a taça.
O objeto emitiu um grito horrível.
Luna se jogou para o lado tapando os olvidos, Ron fez a mesma coisa. Então, a horcrux emitiu um brilho ofuscante e tudo voltou ao normal.
Ron a fitou, ela estava suada, deitada no chão, com as mãos nos ouvidos e os olhos bem fechados.
- Luna? – chamou ele puxando-a para cima, até deixá-la sentada – Está tudo bem. Acabou.
- C-como eu fui? – perguntou ofegante.
- Perfeita. – ele sorriu – Você conseguiu, Destruiu a horcrux.
- Consegui?
- É claro que sim.
Luna encarou a taça em pedaços a sua frente.
- Acho melhor voltarmos – disse Ron – Temos uma guerra para vencer.
Ela sorriu fracamente e se levantou, pegou os restos da taça e guardou em sua bolsinha de contas. Ron pegou algumas presas e subiu na vassoura, ela subiu na garupa e ele então criou voo.
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