Unidos pelo Destino 2 escrita por Camila Dornelles


Capítulo 22
Capítulo 22




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      Os planos estavam traçados, tudo estava organizado, dois únicos fios de cabelo jaziam dentro de um frasco, um loiro platinado e um negro como a noite.

- Sairemos amanhã cedo – disse Harry se deitando em seu saco de dormir seguidos pelos outros.

      As luzes do Chalé se apagaram.

- Esta nervosa? – sussurrou Draco para Hermione.

- Estou – admitiu.

- Vai dar tudo certo. Você vai ver.

- Tomara – ela sorriu.

- Boa noite. – disse ele e lhe deu um beijo na testa.

- Boa noite. – repetiu ela sorrindo e fechou os olhos.

      As seis da manhã em ponto, Hermione acordou, seguida de Harry. Os dois silenciosamente acordaram os outros. Eles trocaram de roupas. Hermione, Draco e Ron usavam vestes negras que trouxeram da casa de Sirius. Hermione redesenhou a marca de Draco em seu próprio braço para ser mais convincente. Grampo desceu as escadas lentamente com Luna – que subira para chamá-lo – enquanto Gina preparava as poções.

      A de Hermione ficou roxa escura.

      E a de Draco ficou marrom.

      Luna transfigurou o rosto de Rony enquanto Draco e Hermione bebiam a poção.

- Argh! – disse a garota – Ela tem um gosto horrível!

      Em segundos os cabelos de Hermione cresceram e escureceram. Suas feições ficaram severas e ela cresceu alguns centímetros.

      Draco ficou alguns centímetros mais alto, suas feições envelheceram, e seus cabelos cresceram.

- Você deixou a carta agradecendo a Gui e Fleur? – perguntou Hermione a Harry.

- Sim.

- Então esta bem. Eu vou com Draco e Ron. Harry vai com Grampo, e Gina e Luna vão juntas. Para o Caldeirão Furado.

      Draco segurou Hermione pela cintura, e Ron pelo braço. Ela girou e desapareceu.

      Eles reapareceram frente ao bar. Adentrando-o rapidamente. O barman quando viu Hermione e Draco fez uma reverencia.

- Madame Lestrange. Senhor Malfoy.

- Ola – disse Draco secamente puxando Hermione pele cintura, mas logo a soltou. Se os vissem assim, poderiam pensar que estavam tendo um caso.

      Eles saíram do bar, e adentraram o Beco diagonal. A maioria das lojas estava destruída. O lugar, antes colorido e cheio de vida, agora com aparência de abandonado a anos.

      Andaram por um tempo.

- Ora se não é madame Lestrange. – disse uma voz e Hermione se virou.

- É Travers - disse Harry em seu ouvido - é outro Comensal.

- Sr. Malfoy – ele hesitou – Estou surpreso de vê-los aqui.

- E por quê? – perguntou Hermione com azedume.

- Ouvi dizer que vocês estavam confinados na Mansão dos Malfoy. Depois da fuga...

      Harry, Gina e Luna congelaram temendo que Hermione fizesse algo errado.

- O lorde das trevas – disse com uma voz rouca e assustadora – perdoa os que lhe são leais.

      O bruxo pareceu surpreso e assustado ao ouvi-la e se virou para Draco.

- Onde esta sua esposa?

- Não que fosse da sua conta – respondeu com azedume igual ao pai – Mas minha mulher esta em casa.

- E seu amigo? – ele apontou para Ron.

- Este é Dragomir Despard – disse Hermione – Veio da Bulgária para conhecer nosso novo regime.

- E o que os trazem aqui?

- Temos que ir ao Gringotes – respondeu Draco – Vamos Bella?

- Vamos – ela se virou.

- Se importam se eu for junto? Tenho que pegar ouro também.

- Venha – respondeu Hermione simplesmente.

      Eles rumaram rapidamente para o banco e subiram as escadas praticamente correndo.

- Mas você acabou de fazer isso – disse Hermione quando o comensal que estava de guarda a parou.

- Você já nos revistou – disse Draco ameaçadoramente.

- Perdão. Podem entrar – disse o comensal amedrontado.

      Eles caminharam pelo longo saguão em direção a um duende que escrevia rapidamente em um pergaminho.

- Madame Lestrange! – guinchou ele – Céus! Que posso fazer pela senhora hoje?

- Quero visitar meu cofre. Eu e Lucio.

- Os senhores têm... Identificação?

- Como? – questionou Hermione.

- Que palhaçada é essa? – perguntou Draco – Nunca nos pediram identificação antes!

- P-perdão – respondeu ele – Ah sim. É claro, seu cofre. Venham por favor. – ele sorriu e saltou de seu banquinho.

- Harry esta usando a maldição Imperius – disse Gina no ouvido de Hermione.

      Apareceu na outra extremidade do balcão com um saco cheio de coisas de metal.

- Eles desconfiam... – sussurrou Ron.

- Temos que ser rápidos – sibilou Harry abaixo da capa.

- Faça Brogode chamar o vagonete. – disse Grampo – E não sei se teremos espaço para todos.

- Damos um jeito – respondeu Draco.

      Harry apontou a varinha para o duende e ele com um assovio fez o vagonete aparecer. Luna, Brogode e Grampo foram na frente. Gina, Harry e Ron sentados atrás. Draco de pé preso a lateral, e Hermione ao seu lado, segurando sua cintura.

      Com um tranco, o vagonete deu partida e começou a acelerar:, depois o veículo começou a serpear e fazer curvas por um verdadeiro labirinto, sempre descendo. Ninguém não conseguia ouvir nada com o barulho do carro sobre os trilhos: seus cabelos voavam enquanto evitavam estalactites, se aprofundavam em alta velocidade na terra.

Estavam mais fundo do que jamais penetrara no Gringotes; fizeram uma curva fechada em alta velocidade e viram, tarde demais, uma cascata jorrando com violência sobre os trilhos. Harry ouviu Grampo gritar "Não!", mas não houve tempo de frear: eles a atravessaram disparados. A água encheu os olhos e a boca de Hermione: não conseguia ver nem respirar; então, com uma guinada súbita e irresistível, o vagonete capotou e eles foram atirados para fora. Draco ouviu o veículo se despedaçar contra a parede do labirinto, ouviu Hermione gritar alguma coisa e se sentiu planar de volta ao chão, como se não tivesse peso, e aterrissar sem dor no piso da passagem de pedra.

- Feitiço amortecedor – disse a morena.

      E eles viram, Draco e Hermione não eram mais Belatriz e Lucio. Já tinham voltado ao normal. Usando vestes largas e encharcadas.

- A Queda do Ladrão! – berrou Grampo - Lava todos os encantamentos, todos os disfarces mágicos! Já sabem que há impostores em Gringotes e acionaram as defesas contra nós!

- Império! – gritou Harry para Brogode – Nos leve ao cofre dos Lestrange!

      Grampo então começou a correr. Os Escolhidos o seguiram. Gina e Ron na frente.

- Falta muito Grampo? – gritou Harry.

- Não muito, Harry Potter, não muito... – ofegou o duende.

      Logo eles chegaram uma depressão, Hermione parou estática. Um enorme dragão guardava a entrada do cofre.

- Ele é parcialmente cego – contou Grampo e se virou para Hermione – É ali – apontou para uma porta de madeira de aparência velha – Sua chave abre a porta e depois o cofre.

      Hermione assentiu e correu em direção a grande depressão.

- Hermione? – berrou Gina – O que...?

- Vejo vocês em um minuto.

- Vou com você – disse Draco.

      Hermione e Draco rumaram para a grande porta. Ela era toda trabalhada em detalhes incríveis. A morena tirou de dentro do bolso do jeans a chave que Dumbledore lhe deixara e colocou no buraco da fechadura.

      A porta soltou um rangido e se abriu revelando um corredor negro e estreito.

- Não temos muito tempo – disse Draco.

      Hermione assentiu, respirou fundo, acendeu sua varinha e adentrou seguida pelo loiro. Eles caminharam pelo corredor e chegaram a outra porta. Hermione colocou a chave na fechadura e a virou. A porta se abriu revelando um amplo salão com aparência antiga porem bem iluminado.

      Vários quadros que se moviam decoravam as paredes em ordem, do mais antigo para o mais recente. O primeiro e mais antigo deles era de Rowena Ravenclaw. Seguido pelo de sua filha, e do filho de sua filha, e assim por diante. Entre os quadros, grandes armaduras de metal davam um ar medieval ao cofre.

      O ultimo e mais novo quadro era de Elizabeth.

- Olha! – Hermione apontou para ela – É minha avó.

- É muito parecida com você – disse o loiro e deu um paço a frente.

      Neste instante, uma flecha enorme atravessou o salão em direção a Draco e por pouco não o acertou.

- Epa! – exclamou ele – O que é isso?

- Deve ser anti-intrusos. – sibilou Hermione – Talvez só os descendentes possam entrar. Você fica aqui.

- Ficou doida? – ele a segurou pelo cotovelo – Não sabe o que tem lá!

- Esta tudo bem – respondeu parecendo calma – Tenho a chave. E não temos muito tempo.

- Tenha cuidado.

      Relutante, ele a soltou. Hermione adiantou um pé e o firmou no chão, nada aconteceu. Então deu outro passo olhando para os lados. Nada. Deu mais dois passos e as armaduras dos cavalheiros abaixaram suas armas, bloqueando a passagem.

- Sou uma das descendentes! – exclamou Hermione – Tenho a chave! Sou uma Jean!

      Pareceu que a palavra “Jean” era uma espécie de senha, porque eles retiraram as armas e voltaram à posição antiga.

- Vai! – sibilou Draco.

      Hermione correu ao outro lado do salão. E chegou a uma grande porta onde gravados, estavam os dizeres: Sabemos muito pouco o que nós somos e menos ainda o que podemos ser. Em letras arredondadas e elegantes.

      Hermione colocou a chave na fechadura e a porta se abriu com um rangido. Ela adentrou dando uma ultima olhada para Draco.

      A morena se viu diante de milhões de pilhas de moedas de ouro, prata e bronze. Algumas coroas descansavam em pedestais, e outros objetos também.

      Era muito ouro. Ela jamais vira tanto ouro em sua vida.

      De repente a porta atrás dela se fechou em um baque escandaloso.

      Correu e tentou a todo o custo abri-la, mas não conseguiu.

- DRACO! – gritou – ESTOU PRESA!

- COMO? – berrou o loiro de volta.

- NÃO CONSIGO SAIR! – gritou Hermione la dentro.

- Draco! – gritou Luna do lado de fora – Temos que ir! AGORA!

      Draco encarou a porta do outro lado do salão, onde Hermione dava socos e gritava. Adiantou um pé, e uma saraivada de flechas passou raspando por ele. Então, ele ouviu a voz de Dumbledore, ecoando em seus ouvidos. O que dizia no testamento.

“ Para o Sr. Draco Malfoy deixou meu canivete, na esperança de ser usado só quando for realmente necessário e de fazê-lo lembrar que por amor se faz de tudo, por amor se rompe barreiras e se enfrenta de tudo, tudo o que for necessário para salvar o que se ama.”

- PROTEGO! – berrou e um escudo se formou a sua volta como uma bolha. – Que Merlin me ajude!

      Ele correu. As armaduras criaram vida na mesma hora, e os quadros começaram a berrar. Flechas começaram a atacá-lo, e atravessaram o feitiço escudo. Uma delas passou raspando por sua perna e a outra acertou seu braço direito, queimando-o diretamente na Marca Negra, feitiço abrasador, pensou. Ele parou na metade do caminho, apontou seu canivete para a porta. O objeto brilhou e a porta se abriu. Hermione correu para abraçá-lo, mas bateu de encontro com o feitiço escudo e foi arremessada para longe. Draco assustado, correu ao seu encontrou e a amparou. Juntos, fugindo das armaduras saíram do cofre. Bem a tempo de ver Grampo aparatando com a espada de Godric Gryffindor nas mãos.

- O que houve? – perguntou Hermione a Luna.

- Não temos tempo! – gritou Harry soltando com Ron as correntes que prendiam o dragão. – Subam!

      Ele saltou e agarrou o pescoço do animal, seguido por Luna. Ron arrastava Gina que tinha uma queimadura enorme no calcanhar.

- Leve Hermione – disse Draco a Ron puxando Gina – Eu levo sua irmã.

- Não confio em você. – retrucou o ruivo.

- Vá Ron – mandou a ruiva.

      Ron saltou com Hermione e Draco segurou Gina pela cintura. Antes de conseguir segurar o dragão, ele levantou voou.

      Draco sentiu que estava flutuando e segurou Gina com mais força. Eles voaram até estarem ao lado de Hermione sobre as costas do dragão.

- Wingargiun Leviosa! – disse a morena para os dois apontado a varinha para o teto e gritando – BOMBARDA!

      O teto explodiu e o dragão subiu.

      Luna entendeu e pegou sua varinha. As duas explodiam o caminho, ajudando o dração a sair do subsolo.

- Ajudem! – sibilou Hermione para Ron e Harry. Os dois pegaram suas varinhas e os quatro apontaram para o teto.

- BOMBARDA! – gritaram.

      O grande saguão dourado cheio de mesas desabou em pedaços. Os bruxos e os duendes gritaram ao ver o enorme dragão. Hermione explodiu o teto de vidro do banco e o dragão se lançou em direção ao céu.


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