Abri a porta da cozinha esperançosa, rezando para que ele estivesse em casa, mas todas as luzes estavam desligadas. Liguei a luz e fechei a porta vi um bilhete que dizia o de sempre: “problemas na empresa, vou ter que chegar mais tarde de novo.”

Suspirei, de novo esse bilhete... Comecei a fazer algo para mim.

(...)

Enquanto estava tomando banho fiz a maior besteira do mundo, comecei a pensar nos últimos dias. Afinal nos últimos dias só descobri ou percebi coisas incrivelmente, por exemplo: pela primeira vez eu reparei que eu não era tão famosa quanto eu pensei e com Damon trabalhando ate tarde ou tendo que fazer o turno da noite isso fez com que um buraco começasse a se abrir em meu peito.

Desde que saímos do hospital ele anda meio afastado e triste. Claro que a gente tinha ainda nosso momento de namorados, mas aquilo não parecia o bastante, pois ele parecia tão longe de mim...

Sem perceber eu comecei a chorar, balancei a cabeça para afastar aquele horrível sentimento. Fiquei um tempo debaixo da agua e quando estava seca saí do boxe e me sequei, vesti-me rapidamente e quando estava pronta deitei na cama.

Mas por mais que eu tentasse eu não conseguia dormir e não me restava nada além de pensar e para piorar ultimamente eu só pensava em coisas triste como no fato de como eu sentia falta dos beijos longos que eu tinha com Damon que agora eram selinhos, sentia falta de ouvir todo dia um eu te amo...

Ouvi passos e foi quando senti o amargo gosto das lagrimas as limpei e puxei o cobertor para que cobrisse meu rosto e fingi dormir.

A porta se abriu e ouvi seus passos, senti seu peso na cama e logo depois senti ele puxando o cobertor, o ar frio me atingiu, mas me mantive imóvel.

–Droga eu não queria faze-la chorar... – ele sussurrou. – Desculpe Elena, mas ainda preciso superar isso primeiro antes de voltarmos a ser o que eramos.

Mas do que ele está falando? Superar o que? E que droga preciso me controlar não posso chorar agora! Ele beijou a minha testa e saiu da cama. Eu queria segura-lo e falar com ele, mas era obvio agora não era o momento certo. Ele saiu do quarto e ouvi seus passos e logo em seguida uma porta se abrindo e depois se fechando. Parei de segurar o choro e comecei a chorar.

Eu precisava urgentemente saber o que estava acontecendo, pois aparentemente ele não vai me responder com sinceridade, pelo menos não agora.

(...)

Ouvi um barulho e acordei, olhei o relógio, que merda só dormi 1 hora! O sol já nascera levantei-me, podia ouvir ao longe um barulhão, era do caminhão de lixo. Praguejei.

É pelo jeito hoje eu não vou dormir... Peguei meu celular e nem quis saber, liguei para uma das poucas pessoas que eu conheço que sei que sabe todos os segredos do Damon, talvez ate mais que eu.

–Alô... – disse Russeu com uma voz sonolenta.

–Oi Russeu é a Elena. – eu disse.

–Elena você sabe que horas são? – ele disse agora em bravo.

–Claro que sei, mas preciso falar com você urgentemente, posso passar ai?

–Claro, estou na casa da Vanessa.

–Ok, daqui a pouco estou ai.

(...)

Ultimamente eu andava muito triste e não era só por causa do Damon é que eu andava numa maré de azar e ainda tinha aquele sonho... Na verdade aquilo estava mais para pesadelo/lembrança da morte da Juliet todo dia esse pesadelo me atingia. Damon não sabia que eu tinha esses pesadelos devido ao fato de ele estar tão longe de mim.

–Elena? – ouvi ele me chamar e não pude evitar de sorrir. Virei-me e o encarei. – Nossa você acordou cedo. – ele disse surpreso.

–É a Vanessa esta precisando de ajuda em casa e eu vou ajuda-la.

–Entendo. – ele disse parecendo obvio que ele não prestara nenhuma atenção.

–Bem estou indo ate mais tarde. – eu disse e sai correndo.

Não tentei nada, pois sabia que era o certo, apesar de cada parte do meu corpo dizer para eu dar pelo menos um selinho.

Dirigi o mais rápido que pude para a casa da Vanessa eu precisava urgentemente saber o que estava acontecendo.

(...)

–Caraca mano Elena calma e vai se ferrar. – disse Russeu muito bravo.

–Você já sabia que eu estava vindo não reclame. – eu disse entrando.

–Reclamo sim, olha o horário que você aparece mulher! – ele disse fechando a porta com tudo.

Virei-me para encara-lo.

–Que tal me dizer qual é o verdadeiro segredo que o Damon está escondendo de mim? – eu disse cruzando os braços e vi ele fazer uma careta.

–Ele já te contou...

–Ah Russeu eu não acredito mais nessa historia! Damon anda me evitando algo está errado eu posso sentir e você sendo o melhor amigo dele sabe qual é a verdade. Então conta logo!

–Russeu se você não contar eu conto. – olhei para o lado e vi a Vanessa com uma cara bem brava. – Ela já está sofrendo de mais e você sabe, na verdade ambos estão, ele precisa da ajuda dela e ela precisa da ajuda dele.

Afinal do que o Damon precisava da minha ajuda? Que bosta ela estava falando?

–Ok, o que aconteceu foi o seguinte...

(...)

Oh meu Deus! Em parte Damon tinha razão isso que tinha acontecido com a Minerva era minha culpa!

–Elena... – Chamou Russeu.

–Eu preciso ir. – eu disse segurando o choro e correndo para ir embora.

Dirigi um pouco e chorei. Quando parei de chorar fui ate o hospital. Cara que merda é tudo isso é minha culpa.

Droga eu só ferro a vida do Damon! Eu só o deixo preocupado e sem querer faço com que ele tenha problemas com a família.

(...)

–Oh! Minerva me desculpa. Por favor, acorde! Olha eu prometo que se você acordar eu me separo do Damon. Por favor, acorde! Se estiver me ouvido se esforce um pouco para tentar acordar. Vamos acorde pelo Damon, ele está sofrendo. – Eu implorava sem conter o choro.

Respirei fundo e comecei a pensar de forma racional. E logo cheguei a conclusão de que não adiantava nada ficar lá implorando para que ela acordasse ela não iria acordar, mas talvez...

Mas só talvez se eu rezasse ela iria acordar... Eu sabia que às vezes pessoas podiam melhor de alguma doença, não sabia se isso se aplicava ao carma, mas vai que funcionava assim como funcionou comigo.

Fechei meus olhos e juntei as minhas mãos.

–Deus eu sei que você deve estar ocupado fazendo alguma coisa, ou deve ser difícil para você me ouvir com outras pessoas falando, mas te imploro traga a Minerva de volta, tire-a do coma, eu lhe imploro, juro que se for de vossa vontade ate me separo do Damon, só quero que você a traga de volta e não faça isso por mim faça pelo Damon, pela família dela e por todos que gostam dela. Do pai, do filho, do espirito santo, amém. – Separei as mãos e a fiquei encarando por um tempo, mas nada aconteceu.

Suspirei, talvez não fosse da vontade Dele. Levantei-me e fui embora me sentindo vencida... Ouvi um barulho e me virei vendo que esse barulho vinha do aparelho dela... Comecei a sentir pessoas esbarrando em mim, tudo se passava lentamente e uma enfermeira me empurrava para longe.

Não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas presumi que ela estava acordando, na verdade eu queria acreditar nisso. Por mais que me doesse talvez ter que me separar dele, eu queria que ele fosse feliz e se livrasse da culpa, não o queria mais triste do que já se encontrava.

Observei a cena que se desenrolava lentamente na minha frente e vi que ela estava acordando. Senti uma certa dificuldade em respirar essa era a confirmação do que eu mais temia...

–Maldita promessa... – Sussurrei. Voltei a chorar.

Eu não queria me separar do Damon, mas parecia a coisa mais correta. É talvez fosse melhor assim, talvez assim coisas ruins parariam de acontecer com ele.

Odeio admitir, mas eu estava certa aquilo não eram obstáculos, eram avisos, avisos de que não devíamos ficar juntos... É parece que esse é o nosso destino.