Entre Anjos E Demônios escrita por Nubia


Capítulo 17
vocês matariam a paula ou camila?paula com certeza


Notas iniciais do capítulo

hj será só um capitulo. e quero dizer que só recebi um comentario em cada capitulo que postei. cdk a mulherada que comenta aqui? apareceram e deixem uma autora feliz. e vcs tbm leitoras fantasmas, comentem e deixem uma autora feliz.



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A chuva havia voltado e mais grosa dessa vez. Ela batia contra seus corpos deixando uma sensação fria neles. Os raios de sol que espreitavam por entre as nuvens negras, deixam pequenas frechas de luz para colorir a paisagem cinzenta. Camila se atreveu abrir seus e olhar para baixo, somente para ver o chão a quilômetros de distancia. Ela voltou a fechar os olhos e abraçou Marcos com mais força, aonde que ela poderia imaginar que estaria voando pelos céus com um anjo a segurando? Nem na sua imaginação. Marcos percebendo o medo por de Camila, voou mais alto, para cima das nuvens e da chuva, onde o sol brilhava em toda sua gloria.

-Não se preocupe. – Marcos cochichou no ouvido de Camila. – Não vou deixa-la cair. – ele falou com convicção que não chegou até Camila.

Mas mesmo com as palavras doces de Marcos ela não se atreveu a voltar abrir seus olhos.

Passaram-se mais alguns minutos de voo, e quando Camila sentiu Marcos posar e ficar de pé no solo, ela abriu os olhos viu que estavam na beira de um lago com agua turva. Agora, a chuva grossa não passava de uma garoa persistente, que encharcava a areia e deixando vários desenhos em espiral na água.

-Melhor do que a primeira classe de avião não acha? – Marcos disse ao soltá-la tentando quebrar o clima tenso que ficou entre eles.

Camila no entanto, nem teve coragem para encara-lo. Afastou-se dele e sentou em uma pedra na margem do lago, e colou suas mãos feridas em cima do seu colo. Marcos vendo a decepção e a frieza de Camila, se culpou em pensamento por não ter contado a verdade a ela.

-Marcos, temos que resolver o nosso problema. – Paula disse interrompendo a lamentação de marcos.

-Agora não, Paula. – tudo que ele queria era pedir desculpas a Camila.

-Mas é ela quem está os ajudando, temos que...

-Eu disse que agora não. – Marcos disse com a voz alterada cortando a frase de Paula que bufou irritada. Ele caminhou até Camila e devagar, se ajoelhou na frente dela.

-Você é um anjo? – Camila perguntou olhando para os mosaicos no lago por cima do ombro de marcos. – Eu mereço saber a verdade. – ela falou firme perante o silêncio de marcos diante de sua pergunta.

-Sim, eu sou. – Marcos respondeu de cabeça baixa.

-Você também quer os poderes da irmã do David. – Camila o acusou.

-Mas eu não os quero para mim. – Marcos falou em voz alta a encarando. – Mandaram Paula e eu aqui para que eu a encontrasse e retirasse seus poderes. – Marcos explicou.

-Você está do lado deles? – Camila perguntou já sentindo as lagrimas se acumularem em seus olhos.

-Não Camila. – Marcos negou veemente. – Acredite em mim. – Marcos falou e segurou as mãos de Camila. Uma luz azul brilhou entre elas e Camila viu que Marcos tinha curado suas feridas.

-E você esta do lado de quem, então? – ela voltou a insistir. Ela tinha que saber se marcos estava do lado errado dessa historia.

-Estou do seu lado, Camila. – Marcos respondeu apertando mas as mãos de Camila, que ficou surpresa ao receber a resposta. – Os poderes da irmã do David são fortes demais. Ele tem que ser destruído antes que caia em mãos erradas. Mas não queremos matá-la. – Marcos voltou a confirmar.

-O que você e a Paula iam fazer comigo, quando descobrissem que era eu que os ajuda? – Camila perguntou se lembrando, do que Paula havia falado quando ela o interrompeu para que não atacasse Caio.

-Nosso superior, nos deu ordens expressas em relação à pessoa que estivesse ajudando a familia albatroz. – Paula se intrometeu naquela conversa tediosa. – Para matar! – Paula explicou ao ver o rosto de confuso de Camila.

-Você teria coragem de fazer isso comigo, Marcos? – Camila perguntou de olhos arregalados e se levantando num rompante.

-Não, claro que não. – Marcos disse segurando as mãos dela para que não fugisse dele.

-Mas eu teria. – Paula falou ao atingir Marcos com uma esfera de fogo rosa. – Desperdicei muito tempo nesse trabalho e não vou deixar que uma humana estrague tudo. – Paula falou furiosa.

-Não toque nela. – Marcos tentou se levantar mais não conseguiu.

-Eu avisei a você para que se afastasse do meu namorado. – Paula com tom de ameaça para Camila. – Agora, você terá o que merece. – Paula começou a recitar algo e encarava Camila que começou a se sentir ser sufocada por uma mão invisível.

Camila colocou a mão na garganta e tossiu, lutou para respirar mais não conseguia. Seu rosto começou a ficar rubro e caiu de joelhos na areia sujando sua calça jeans e apoiou as mãos no chão. Ela sentiu ânsia de vomito, e quando vomitou... Sangue saiu de sua boca o lugar do seu café da manhã digerido. Camila olhou para baixo e viu a poça de sangue que saiu de sua boca. Ela olhou aterrorizada para Paula e viu que ela sorria diabolicamente com que fazia com ela, enquanto falava em uma língua estranha que Camila não conhecia. A dor em seu peito era insuportável. Camila engasgava com seu próprio sangue que saia cada vez mais.

Seu corpo começou a se entregar. Camila deitou-se na areia sem conseguir continuar a manter seu corpo sustentando pelo braço e ficou sem se mexer. As coisas ao seu rodar, tornaram-se não mais que borrões pretos, mais ela estranhou ao sentir algo cair do seu lado, e como um milagre Camila voltou a respirar.

-Você está bem? – Marcos perguntou preocupado ao ajuda-la a se levantar. – Venha, temos que sair daqui. – Marcos a pegou no colo.

-Como pode ficar ao lado dela? – Paula perguntou tentando se levantar em vão. Era ela caída em cima da poça de sangue de Camila na areia. – Ela não passa de poeira sob os nossos pés. Ela... Não é nada comparada a mim. – Paula dizia tentando se levantar. Camila virou seu rosto e viu que Paula tinha a mão esquerda em volta de uma seringa com o mesmo liquido vermelho que estava fincada em seu ombro.

-Pensei que você fosse melhor que isso, Paula. – Marcos disse triste. – Mas todos cometem erros! – e Paula desmaiou caindo de vez com o rosto na areia molhada. – Vou tirar você daqui. – Marcos dirigiu-se a Camila. A última coisa que viu, foram as asas brancas de Marcos se desenrolando atrás de suas costas.

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-Você está com fome? – Amélia perguntou colocando uma tigela de macarronada em cima da mesa. – Fiz seu prato favorito. – ela falou com um sorriso enorme.

-Estou faminto. – Carlos enfatizou.

-Você viu o David? – Amélia perguntou ao notar a ausência de seu filho. – Não o vejo desde que saiu de manhã.

-Não. – Carlos respondeu servindo Amélia. – Talvez ele esteja com a Jessica. – Carlos deduziu.

-Mãe? – David a chamou ao entrar na sala. – Mãe? Preciso conversar com Sra. mãe? – David gritava pela mãe enquanto a procurava por todos os cômodos da casa.

-Na cozinha. – gritou Amélia ao chamado do filho. David entrou na cozinha e viu seus pais a mesa. – Ainda bem que chegou, filho. – Amélia falou sorrindo. – Esta na hora do jantar.

-Mãe, precisamos conversar sobre a Camila. – David disse hesitante.

-O que tem ela? – Carlos perguntou já desconfiado.

-Ela... – David pausou sem coragem para terminar e sentiu Jessica segurar sua mão o encorajando. – Com a ajuda dela, poderemos encontrar a minha irmã. – ele falou encarando o centro da mesa, sem coragem para ver as expressões dos pais.

-O quê? – Amélia e Carlos perguntaram em uníssono.

-O que está acontecendo aqui, David? – Amélia perguntou ao se levantar.

-A Camila por algum motivo, tem uma ligação com sua familia, Sra. – Jessica explicou. – Ela consegue ver o passado de vocês. – ela completou vendo a incredulidade do casal a sua frente.

-Ninguém consegue ver o passado, isso é impossível e proibido. – Carlos falou de cenho fechado frisando sua última palavra.

-Então veja isso. – David disse e colocou uma folha de papel em cima da mesa e Carlos arregalou os olhos ao ver o desenho.

-Onde você conseguiu isso? – Amélia perguntou pasmada ao ver o desenho.

O desenho descrevia uma cena de um casal se beijando e atrás deles, um lago de aguas cristalinas. A garota estava com a testa sangrando e com seu vestido branco manchado de sangue, já o homem vestia uma calça preta com uma blusa branca e um sobre-tudo preto coberto de pó.

-Como a Jessica já disse, ela desde pequena tem visões do passado da nossa familia. – David respondeu. – E ela só quer que elas parem.

-Fizemos um trato. – Jessica comentou por alto. – Ela nos ajuda a encontrar a minha cunhada e vocês tirarão seus poderes.

-No nosso mundo ninguém pode ver o passado, só o futuro. – Carlos falou olhando para o desenho. Foi naquele dia em que ele beijou Amélia pela primeira vez, depois de tê-la salvado de um demônio. – Sabe quantas pessoas matariam para saber o passado dos seus inimigos? – Carlos perguntou para os três, indignado por Camila querer se livrar dos seus poderes.

-E ela mataria para se livrar deles. – David disse sério ao lembrar da tristeza nos olhos de Camila. – A única coisa que ela quer, é ter uma vida normal e sozinha não conseguirá.

-Não podemos coloca-la no meio do fogo cruzado. – Amélia rejeitou a ajuda de Camila.

-Vocês têm duas opções. – David falou sério dando um passo na direção de sua mãe. – Ou vocês aceitam a ajuda dela e também ajuda e assim encontramos minha irmã com vida ou vocês continuam nessa merda de esperança e encontramos minha irmã sem vida. – David falou com a voz alterada. – Eu já aceitei a ajuda dela e irei fazer de tudo para encontrar a minha irmã. E farei com ou sem ajuda de vocês. – David falou deixando os pais sem reação e saiu dali puxando Jessica consigo.

~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~X~~~~~~~~~~

Marcos escovava os cabelos de Camila, quando ela acordou assustada e Marcos a abraçou.

-Está tudo bem. – Marcos disse a estreitando em seus braços.

-O que aconteceu? On-onde estamos? – pergunta Camila confusa olhando ao seu redor.

Ela olhou em volta e viu que estavam em um quarto com as paredes pintadas de azul, havia duas cômodas brancas perto da janela e entre elas uma escrivania, um guarda-roupa branco que estava de frente para a cama, e uma estante de cor marfim com uma televisão de lc´d de 42 polegadas e um aparelho de som e uma cama de casal em que Camila estava deitada.

-Está na minha casa. – ele disse vendo a examinar o local. – Ninguém vai nos encontrar aqui.

-Marcos... – Camila se lembrou da Paula. – E a Paula? A língua que ela estava falando...

-Era um ritual. – ele explicou a interrompendo. – Ela estava apagando sua memoria.

-E aquela seringa que estava no ombro dela e na do Caio? – ela perguntou depois de se lembrar desse fato.

Marcos levantou e pegou uma seringa com o conteúdo vermelho em cima da cômoda e entregou a Camila.

-O que é isso? É veneno? – Camila perguntou examinando o liquido com seus olhos.

-Para nós anjos, sim. – marcos respondeu pegando a seringa de volta com cuidado. – É sangue de um assassino morto. – ele explicou e Camila uniu as sobrancelhas. – Por nossos corpos serem algo espiritual, ele não aceita muito bem algo que está condenado ao inferno enquanto vivo. Quando entra em nosso corpo é como se fosse veneno, nos deixando tontos e desorientados. O efeito de uma seringa dura apenas vinte minutos, tempo suficiente para que um inimigo possa nos matar.

Morte! Era uma das palavras que ela não aguentava mais ouvirem dizer.

-Mas por que vocês querem destruir o poder da filha da diretora? – ela perguntou se lembrando da conversa na floresta.

-Quando um anjo tem filhos com outra pessoa do mesmo mundo, é raro alguém herdar os poderes dos dois lados. – marcos começou a explicar depois de guardar a seringa e voltar a sentar ao lado de Camila na cama. – E sendo filha de uma bruxa com um anjo... Seus poderes vão além da nossa imaginação. Se ela ainda for virgem seu poder é triplicado.

-Essa parte eu ainda não entendi. O que tem haver a virgindade como os poderes dela? – Camila perguntou. Não fazia sentido.

-Pelo simples fato de ela ser filha de um anjo e ter conseguido herdar os poderes do pai, seu sangue é sagrado. Sendo virgem seu corpo é puro, e seus poderes também. – marcos explicava tudo sem esconder nada.

-Mas se ela... Hum. – Camila limpou a garganta envergonhada. – Se entregou alguém, o que acontece com os poderes? – Camila questionou.

-Nada. – ele respondeu dando de ombros. – A única coisa que acontece é que seu poder diminui. Mas se ela ainda for virgem e ela resolver se juntar as forças do mal, não teremos outra escolha a não ser matá-la. – Camila sentiu seu coração pesar dentro do peito.

-Então ela terá que permanecer virgem para resto da vida se não quiser diminuir seus poderes. – Camila comentou depois de um minuto pensativa. – Por que Caio tem de matá-la para depois roubar seus poderes? – Camila continuava com seu interrogatório. – Ele poderia rouba-los e deixar ela em paz. – essa era uma boa ideia.

-Não é tão facil assim como você vê em filmes fictícios. Conseguir roubar o poder de alguém. – marcos falou sério. – Os corpos dos humanos nascem com uma proteção própria, que só é corrompida conforme suas atitudes erradas. Já nós anjos, bruxos de demônios e outras criaturas, temos nossos poderes reunidos em nossas almas. Quando o corpo e alma se conectam o poder é transmitido para o corpo e para fora dele. Eles não vêm do corpo como todo mundo pensa. – marcos olhou para janela e suspirou. – Para conseguimos chegar na alma de quem queremos roubar, temos que deixar a alma fraca e só assim teremos êxitos. – marcos explicava e Camila permanecia calada. – E isso só acontece, quando a alma está fora do corpo. É nesse momento, na troca de planos espirituais, seja para o seu ou inferno, que a proteção dela esta vulnerável. E ainda não sabemos como retirar a alma da pessoa para fora do corpo, sem matá-la. Caio também não sabe como fazer isso, e mesmo se ele soubesse... Acho que ele não deixaria a garota viva. – Marcos tinha razão. Caio é uma pessoa doentia. – Acho que agora é sua vez de dar explicações. – marcos falou ela abraçou suas pernas.

-Tudo começou quando tinha nove anos. – Camila começou a contar a da sua vida. – A minha primeira visão foi sobre a morte dos meus pais. – ela sentiu vontade de chorar. – Sabe como é difícil para uma criança ver a morte dos próprios pais? – ela perguntou e depois acrescentou mentalmente. ´´É claro que não``. Ela respondeu por ele em sua cabeça. – Quando contei para minha tia, ela não acreditou. E chegou a me levar ao medico que disse que eu estava em depressão. Ainda guardo todas as caixas de remédios em duas gavetas do meu guarda-roupa. – Camila riu sem humor. – Por 5 anos vivi a base de remédios, todos tinham medo de mim por que eu ´´via coisas``. – ela fez aspas com os dedos. – Mas elas pararam quando fiz 14 eu vi ai, uma chance der uma garota normal.

Camila hesitou ao chegar naquela parte. Tudo aquilo era doloroso para ela.

-Quando fiz 15 anos, conheci o kelvin. – pronto. Não foi só ela que se retesou ao ouvir aquele nome. – Ele fazia o tipo de garoto mais velho rebelde que a maioria das garotas tem uma paixão platônica. – ela disse se esforçando para não se lembrar dele.

-E você também. – Marcos falou baixinho.

-Namoramos escondidos por 2 anos, já que minha tia não permitiu e eu não queria ficar longe dele. – ela tentava resumir ao máximo. – Ele tentou me matar depois que contei o que podia fazer, mais eu descobrir que ele só queria o meu dom para encontrar a filha da diretora. – ela fechou os olhos, ela o odiava, mas ele ainda mexia com ela. Mais da forma errada. - Agora sobre eu ajudar o David... – ela mudou de assunto. – Na primeira noite que cheguei tive uma visão, em que Caio tentou matar Amélia e Carlos. E depois todas as outras vinheram como chuva grossa de alguns minutos em que pegam você desprevenido. Assim como também, a morte do professor Alexandre. – Camila falou olhando diretamente para ele. – Foi por isso que pedir que me levasse lá, só queria ter certeza se eu estava enganada.

-Mas infelizmente não estava. – marcos falou passando a mão pelo cabelo.

-Lembra quando do dia em que quase me afoguei? – Camila perguntou depois de ficar em silêncio.

-Como poderia esquecer. – ele falou lembrando dos olhos brancos dela. – Quase que não consigo chegar a tempo.

-Tive uma visão sobre você. – marcos arregalou os olhos. – Foi do dia em que seu mestre ou seja lá o que ele é, avisou a você e a Paula que viriam para Amélia Albatroz. – marcos se levantou e ficou de costas para ela. – Você disse que foi para lá com onze anos. Como isso é possível? Já que você deve ter milhões de anos.

Marcos tirou de dentro da sua camisa, um colar dourado com uma pedra preta e deu a Camila.

-Esse colar nos permite ficar com a aparência que quisermos. – marcos falou de cabeça baixa. – Todo anjo tem um igual a esse. – ele a encarou. – Assim podemos entrar em qualquer lugar, sem sermos reconhecidos. Mas não precisei usa-lo para entrar na escola.

-Por que não? – ela perguntou confusa.

-A escola Amélia Albatroz, é para todos que possuam um dom especial e que estejam correndo perigo. – agora tudo fazia sentido na cabeça de Camila. – Mais quando eu percebi que você não sabia de nada, resolvi não contar para você com medo de que você achasse que eu era um maluco ou uma aberração. – marcos falou um pouco envergonhado.

Essa era uma boa razão! Ela admitiu.

-O que vai acontecer comigo? – Camila perguntou ao levantar da cama e ficar de costas para ele. – A Paula deve estar furiosa com você por ter me protegido. Tenho certeza que ela vai querer se vingar. E ainda por cima tem o Caio querendo os meus poderes. – ela começou a chorar. Ela não deveria está metida nessa historia. – Eu não sei o que fazer, Marcos. Estou com medo. Era para eu está estudando e não fugindo de um anjo maníaco e invejoso.

-Não vou deixar que nada lhe aconteça. – Marcos disse ao abraça-la fortemente.

Ele sabia que Paula voltaria para se vingar, e que Caio queria os poderes dela para encontrar a filha de Amélia. Ele tinha que protegê-la. Não podia deixar que ela se machucasse.

Camila ainda abalada voltou a dormir e ele aproveitou para ir até lá fora. Encarou o mar por alguns segundos, observou as nuvens negras acima de sua cabeça. Depois de respirar fundo, olhou para a janela do quarto onde Camila dormia, ele desenrolou suas asas brancas, flexionou os joelhos e seus pés saíram do chão e voou para longe. Para longe de sua casa e para longe dela.

~~~~~~~~X~~~~~~~~~X~~~~~~~~

Marcos voou em direção ao penhasco e viu que a Paula já estava o esperando. Ele parou em pleno ar na frente dela, suas asas batiam levemente para deixa-lo no ar. Paula cruzou os braços e o olhou com uma expressão séria, e ele bufou já sabendo o que ela ia dizer. ´´O que você fez? Está louco? Ela sabe demais temos que mata-la``.

-Espero que esteja feliz. – Paula o provocou.

-Não do jeito que gostaria, mas em breve serei. – ele provocou de volta.

-Marcos, as coisas saíram do nosso controle. – Paula falou séria. – Ela sabe demais, você sabe o que temos que fazer.

Marcos ficou ainda sério, ele bateu suas asas e posou ao lado dela.

-Não vou mata-la se é o que está insinuando. – Marcos falou com a voz baixa a ameaçadora.

-Se não o fizer... – ela se aproximou dele. – Eles o faram. O que você prefere? – ela tentou explicar a situação pra ele.

-Ninguém vai machuca-la. – ele falou se afastando de Paula. – Não vou deixar. – marcos falou firme.

-Camila é só uma garota humana que sabe alguns truques, ela vai se cansar de você e de tudo isso. O que não vai demorar pra acontecer, o que você irá fazer? Chorar? Ficar a vigiando de longe? – Paula perguntou debochada.

-Você não sabe de nada. – marcos falou furioso. Ele faria de tudo para ficar com a Camila, mas não poderia obriga-la a ficar com ele.

-Pense bem, Marcos. – Paula disse se aproximando dele. – Você trabalhou duro nesse caso a gente poderia fazer com que Camila no dissesse onde garota está. – Paula disse tentando persuadi-lo. – Você e eu sairíamos dessa com bastante dinheiro. – ela tentou tocar no ombro dele, mais Marcos se desviou dela.

-Não vou usa-la para que você possa ficar com dinheiro. – Marcos disse com nojo da Paula.

-Pense muito bem, mais muito bem mesmo. – Paula o avisou. – Você vai jogar fora tudo o que lutou para conquistar para ficar com uma humana que pode morrer a qualquer momento? – Paula disse impaciente. – Pode ser hoje, daqui dez minutos, três anos, uma década e você vai ficar aqui chorando pela sua partida. Não vale a pena fazer tamanho sacrifício, Marcos. Você é imortal e ela não. – Marcos não queria admitir, mais ele sabia que Paula estava dizendo a verdade, Camila iria partir e ele ficaria para sempre terra lembrando-se dela.

-O que eu sei... – Marcos falou com a voz apaixonada. – É que eu vou fazer de tudo pra ficar com ela, e não importa quanto tempo dure. Se forem duas semanas, um ano ou cinquenta anos. Vou ficar com ela. – Marcos disse seguro do que dizia.

-Então quer dizer que vai ama-la mesmo quando ela estiver com a cara enrugada, uma velha caquética? – Paula disse zombando de marcos.

-Com certeza. – Marcos disse firme, para não deixar nenhuma duvida. – Pois eu prefiro ficar com Camila mesmo ela estando velha... Do que ter que ficar com você estando jovem. – Marcos sorriu quando percebeu que Paula tinha ficado irritada com o seu comentário.

-Irei encontra-la e vou mata-la o mais lento possível. – Paula disse elevando a voz.

Marcos a segurou pelo seu pescoço e jogou seu corpo contra a árvore com força que fez com que a arvore sacudisse e soltasse algumas folhas à cima da cabeça deles.

-Toque em um fio de cabelo dela e farei você se arrepender por toda a eternidade. – e ele a soltou. – E você sabe do que sou capaz de fazer. Fique longe dela e fora do meu caminho, não me obrigue a machucar você. – ele avisou.

Ele se virou para ir embora, quando ele desviou do punhal de Paula, ele girou oitenta graus exatos pegando a mão dela e virou seu pulso para que ela acertasse seu próprio ombro. Paula gritou de dor.

-Da proxima vez, não vou errar. – Marcos disse afundando mais o punhal no corpo dela. – Já estou sendo muito benevolente com você até agora. – marcos a olhava malévolo. – Na proxima vez, matarei você sem nem pensar duas vezes. – marcos a empurrou para longe de si, a fazendo cair no chão com a mão ombro esquerdo e caminhou até a beirada do penhasco calmamente.

-Eles não vão deixar você sair assim tão facilmente. – Paula gritou raivosa tirando o punhal.

Ele olhou para Paula que já estava como ombro curado e sem nenhuma cicatriz.

-Eu sei. – Marcos falou para ela e depois pulou da beira do penhasco, segundos depois ela o viu voar para longe.


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Notas finais do capítulo

a historia esta se encaminhando para o fim e deixarei uma prévia para vcs como presente. DE MOMENTOS DE AMOR, PARA MOMENTOS DE GUERRA. será o título do proximo capitulo. acho que deixa a imaginar.
será que finalmente o burro do caio, matará seu irmão e sua amada cunhada? só lendo para saber. até mais.