Olhos Negros escrita por Sarah Cristini Andrejuk


Capítulo 28
Capítulo 28- "Lótus, minha razão de felicidade"


Notas iniciais do capítulo

Ei amores, Mais um Capítulo pra vocês! Comentem o que estão achando desse final surpreendente ta bom? Beijinhos



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Recapitulação: “-Então ela fala comigo porque...

–Porque você é a esperança dela de que eu mude.

Os dois se encararam em silêncio, em uma compreensão mútua.

–Bem – Angel quebrou o silêncio- se eu vou viver o resto da minha vida com você- Estendeu a mão, convidando-o a se levantar – Eu tenho que esquecer todo o resto.

Lótus olhou-a com espanto

–Quero que apague minha memória. Tudo. Minha família, amigos, amores, tudo! Eu nasci aqui e fui criada por você. Só conheço você! Você será tudo para mim e eu serei apenas sua. - o espanto tornou-se deleite, seu rosto se iluminou – Pode fazer isso?

–É o que você quer?

–Sim, é o que eu quero. Agora eu entendo. Eu nasci pra isso, pra você. Meu destino é você.

Lótus sorriu e segurou a mão estendida.

–Então eu farei.”

Olhos Negros, capítulo 28 – “Lótus, Minha razão de felicidade”

*Áquil*

Társis – normalmente não o acordaria. Há muito tempo Társis não dormia direito, mas tinha certeza de era importante o bastante pra ter de fazer isso - Társis!!!

–Áquil? O que foi? Aconteceu alguma coisa?

–Sim... nós t-temos... Problemas...

Társis saltou imediatamente do banco de aço e ficou frente a frente comigo.

–Ele a feriu?

–Não! Não! Quer dizer...

–Quer dizer o que? Desembucha!

–Na verdade eu não sei se ele a feriu porque... Angel... Sumiu.

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–Se ela estivesse morta eu também estaria –explicou.

–Droga...Droga –sussurrou Annet – Ele apagou a memória dela! Assim como fez conosco!

–Isso é mal –murmurou Falco.

–O que faremos? -Serena tinha uma expressão triste, sabia o que Lótus podia estar fazendo com Angel nesse exato momento.

–Se nossas memórias foram recuperadas as dela também podem –Disse Táris.

–Mas nossas memórias voltaram porque Lótus quis assim, como o faremos devolver as dela? –perguntou Annet.

–Não importa mais –eu disse– nós já chegamos.

*Angel*

Com muito esforço abri lentamente os olhos, parecia que eles não queriam abrir-se. Será que eu dormi tanto tempo?

–Bom dia dorminhoca. –Sussurrou sua conhecida voz musical.

–Senhor Lótus!

Levantei-me apressadamente da cama e o abracei, ele como sempre, retribuiu.

–Calma, calma anjinho! Não pode se mover tão depressa quando acabou de acordar!

Ele me guiou de volta à cama. Minha cabeça realmente girava pelo movimento repentino.

–Desculpe, é que... Estava com saudades.

–Não precisa sentir saudade, eu sempre estarei aqui, com você.

–Juntos- murmurei sorridente.

Senhor Lótus é tudo para mim, ele é todo o meu mundo, tudo o que eu conheço. É minha família, meu amigo, meu amante...

Quando ele me conta histórias sobre o mundo lá fora sempre me pergunta se eu quero sair, conhecer o que há lá e me lembrar de uma outra vida... Mas eu sempre digo não. Não há mundo sem o Senhor Lótus, e mesmo que ele fosse comigo eu sei que eu não quero ir. Eu tenho tudo o que preciso bem aqui. Eu tenho ele: Minha razão de felicidade.

Abri meus braços para que ele viesse até mim, e ele veio. Deitou-se sobre mim e eu o abracei.

É a melhor sensação do mundo. Eu poderia ficar assim para sempre... Mas nós queríamos mais...

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A criada enfaixava minhas costas enquanto cantarolava uma canção qualquer.

–AAAAAAAAAAAAAAAAI!

–Desculpe senhora, mas se eu não trata-las elas voltam a crescer!

–Tudo bem, tudo bem, só queria saber por que tiveram que arranca-las!

–Acho que o Senhor tem medo que você fuja dele...

–Mas quanta bobagem! Eu nem sei como voar!

–Então ele deve temer que você se lembre da sua outra vida.

–Uma bobagem maior ainda. Eu não tenho outra vida, minha vida é o Senhor Lótus!

–Não se exalte senhora, eu sei disso.

–Mas parece que ele não... Por que duvida tanto do meu amor?

Porque isso não é amor pensou a criada. Mas apenas murmurou em concordância com a jovem senhora.

*Áquil*

Descemos em uma clareira no meio da floresta. Já era possível ver as três torres de ônix claramente ao mirar o horizonte.

–Certo- disse Társis- Agora vamos nos separar – Serena, Falco e Éris vão pelo sudoeste. Annet e Áquil vem comigo.

Despedimos-nos dos outros e seguimos por uma trilha estreita entre a folhagem. Quando chegamos a um riacho, Társis, que tomava a frente subitamente parou.

–Por que parou? –perguntei

Ambos, Annet e Társis me olharam, sorrindo de lado.

–Do que é que eu não estou sabendo?

Mas que depressa me calei. Estava mortificado demais para proferir qualquer palavra.

Uma águia, maior que uma harpia, rápida como um raio e silenciosa como uma sombra pairou sobre nós e pousou no rochedo na margem do riacho. Mas não era uma águia, era uma... Pessoa?!

–OH CÉUS!- Gritei espantado - Onde vocês acharam um alado?

–Ele é que nos achou! –disse Társis, rindo do meu espanto.

O homem parado acima do rochedo sorriu.

–Meu nome é Siivet, eu sou descendente direto dos alados de Vas Neviden.

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–Quem diria... Lótus tem uma história tão triste... –Comentou Annet.

–Sim, infelizmente a história da nossa raça foi manchada quando os humanos interferiram, e estamos todos sofrendo as consequências, inclusive Lótus. Por isso temos de viver escondidos, mas estamos progredindo. Os humanos já não se lembram mais de nós, e nós voltamos a crescer. Sempre abrigamos os que foram abandonados, tratados como aberrações onde viviam. Mesmo misturados, depois de algumas gerações, o sangue volta a se purificar. Estamos nos fortalecendo, em breve, Vas Neviden retornará.

–E como você chegou até aqui?

–Aliss Ascek nos revelou o que andou acontecendo. Mandaram-me para ajuda-los a resgatar Angel e leva-los até nossa casa.

–A mãe do Lótus? Mas como isso é possível? –perguntei.

–Temos métodos para nos comunicar com os ‘anjos’. Ela nos contou sobre o interesse de seu protegido por Angel.

–Bem, sobre Angel, eu tenho novidades –Todos me olharam focados, hesitei –Bem, ela... Voltou.

–E isso não é bom? –Perguntou Társis, rindo –Por que essa cara?

–Bem, o que ela sente é... Estranho...

–E o que é? –Perguntou Annet.

–Felicidade...

*Serena*

–Hey Falco! Cuidado! São explosivos, não doces! Me dá isso aqui –Disse, tomando os fósforos das mãos descuidadas de Falco –Onde já se viu? Acender o fogo sobre uma mochila com explosivos?!

–Ah, fique quieta! –Disse ele bufando- São somente dois de qualquer forma, acenda isso logo! –Éris riu.

–Vocês não agem como se fossem matar alguém.

–Não vamos matar ‘alguém’ –Disse- Vamos livrar o mundo de um monstro.

–Bom ponto de vista! –Éris deu outro risinho – Quanto tempo teremos que esperar Falco?

–Até pouco antes do amanhecer.

–E isso vai demorar? –Perguntei

–É claro bobinha, nem escureceu ainda!

Mostrei a língua para ele e todos ficaram em silêncio.

–Será que ela está bem? –Perguntou Éris.

–Saberemos amanhã.

–Eu realmente espero que sim, sinto falta dela.

– Todos nós sentimos inclusive o Társis.

Eu sabia disso. Lembrei-me de como havia sentido amargura e saudades quando Falco fora raptado. Foi terrível e eu não desejaria isso á ninguém.


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam?????? OmG...Comentem e deixem seus palpites sobre a fic que está no final.... Se acharem merecedor deem Recomendações por favor...hihi' Beijinhos



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