Olhos Negros escrita por Sarah Cristini Andrejuk


Capítulo 21
Capitulo 21- Wislek


Notas iniciais do capítulo

Heey! moças, desculpe a demora :c estou muito envergonhada, mas fiquei sem tempo e totalmente sem criatividade.. Por isso a história será escrita pela minha amiga Larissa quando meu cérebro não colaborar...
Capítulo escrito por: Lhama Liú (Larissa)
Espero que gostem :3



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No capítulo anterior....‘’ Uma árvore enorme. Suas raízes pulavam fora da terra, em busca de algum lugar para se instalarem. Angel pulava-as indo ao encontro de Giles. Ele ainda estava com aquele seu lindo sorriso inocente. De braços abertos ele corria em sua direção. Mas algo puxou-o para trás e seu semblante mudou. Não era mais Giles, e sim Lótus que corria de braços abertos ao encontro de Angel. Ela deu uma meia volta e correu para o sentido oposto, porém as raízes fechavam seu caminho. Cada vez mais ele se aproximava, ela apenas fechou os olhos e apertou-se contra as paredes até que...’’

–Angel! Angel! Acorda! – Serena e Társis olhavam-na preocupados.

–Pesadelos de novo? – Perguntou Társis.

– Sim, eu não sei mais o que eu faço para isso parar. Toda vez que durmo sozinha, ou preocupada com algo, eu sonho com ele. Não aguento mais! – Disse bufando e com lágrimas de raiva em seus olhos.

– Calma... - Confortou-a Serena, passando as mãos em sua testa para retirar o suor.

– Gente, Chegamos! – Disse Dylan olhando pela pequena janelinha. Logo todos sentiram o aero abaixar-se até tocar o chão. Eles haviam chego em Wislek.


Boooooooooom! Escuro... Escuro... Silêncio... Frio... Muito frio... Era como se estivesse... Caindo...

Angel abriu os olhos, sim, estava caindo, por quê? Por quê? Onde estavam todos? Ajudem-me... Ajudem-me!

De súbito Angel se lembrou, um segundo estava segura no chão de Wislek e no outro... No outro... A explosão, o aerodeslizador explodiu... Mas como ela estava viva? E... Caindo? Annet... só um momento antes da explosão Annet se agarrou a ela e as teletransportou para... o céu? Ela a salvou? Para mata-la com a queda? Asas – uma voz sussurrou em sua mente- Sim, ASAS! Angel tinha asas, ela podia voar e se salvar... – lembre-se de como usa-las, você sabe, sempre soube, é parte de você, lembre-se!

–Sinta-as, sinta suas asas- lembrou-se de Góor lhe falando- Concentre-se!

De repente Angel estava... Planando no ar, suas asas se movimentavam, eram como membros, parte dela... Sim! Ela sabia voar! Olhou para baixo e viu... Wislek rastejando abaixo dela... E se lembrou...

–Tenho que achar meus amigos, tenho que salva-los, não estão, mortos, não podem estar... Eles tem... Tem... Olhos Negros!

Uma coragem imensa e arrebatadora tomou conta de Angel, de seu corpo, suas asas, da sua mente, da sua alma. Sentia-se completa, o sussurro tinha razão, ela sempre soube voar, era parte dela, ela amava ser livre, planar, por isso nadava nos riachos, mas nadar não era nada comparado com voar. Fora feita para voar, os céus foram feitos para ela... Angel...

Angel inclinou seu corpo para baixo, cortando o ar, até chegar bem perto do solo, então movimentou suas asas, pressionando o ar, endireitou o corpo direcionando os pés para o chão, então pousou. –Fácil- se sentia uma tola por ter temido aquilo.

–Agora tenho que ir até a Instituição Ascek, meus amigos com certeza estarão lá, e eu vou salva-los. Áquil, Góor, Serena, Falco, Éris, Lissa, Ranny, Annet, Dylan, Logan... Társis... Esperem por mim!

Angel pousou em uma espécie de ruela revestida por paralelepípedos. Haviam casas dos dois lados da rua e todas com as portas e janelas fechados, ela seguiu andando pela rua, observando. Não demorou pra chegar a uma esquina, duas na verdade, não havia caminho para a frente mas cada lado da rua formava outras ruas, e outras esquinas, tão longe que ela não conseguia ver o fim.

Seguiu para a esquerda e continuou andando, olhando cada esquina que passava, todas as ruas, as casas... Estão tão quietos... Talvez fosse o frio, nevava tanto que a respiração de Angel formava vapor no ar, era um lugar frio e triste, as casas a muito não haviam sido pintadas , todas tinham ficado escuras pelo tempo, as pequenas lascas de tinta seca eram tudo o que restara de cor no lugar.

Toc..Toc..Toc – Ela bateu na casa menos sombria que encontrou, e mesmo assim sentia arrepios por chegar perto- Toc..Toc..Toc – Ninguém atendeu, ela girou a maçaneta e a porta abriu.

– Certo... Coragem Angel, seus amigos dependem de você- disse para si mesma.

A porta dava para uma grande sala. Cheirava a mofo e parecia não ser usada à anos, as paredes tinham cor de canela com a moldura um tom mais claro, ao lado da porta tinha um cabide de pendurar casacos cor de café, na outra extremidade da sala havia uma escada subindo e mais a direita uma lareira enterrada em neve. Bem no meio da sala havia um grande sofá de veludo vermelho-escuro, posicionado estrategicamente próximo a lareira e a grande estante de livros que ocupava a parede direita inteira.

Infelizmente no cabide de casacos, não havia casacos, então Angel subiu as escadas em busca de algo para aquecê-la. Ao fim dos degraus se estendia um longo corredor para a direita, com duas portas de cada lado e uma porta no fim dele. Ela abriu a primeira porta e descobriu um quarto em ruínas, a cama fora quebrada ao meio, os travesseiros e o colchão reduzidos a penas e o guarda-roupas estava no chão com as roupas espalhadas pra todo o lado.

Angel prosseguiu assustada, abrindo as portas do corredor, todas revelando as mesmas ruínas.

– Isso é horrível! Tinham crianças aqui, e foram tiradas a força! Aquele monstro do Lótus! Isso é coisa dele!

Um misto de raiva e tristeza tomou conta dela, chorava compulsivamente só de imaginar o que aquelas pessoas passaram.

– Meus amigos, eles vão me ajudar a salvar essas pessoas - se é que ainda estão vivas – Lótus tem que ser derrotado!

Angel voltou para as ruínas do quarto e encontrou um grosso casaco de pele de urso e um cachecol de lã preta. Dobrou suas asas embaixo dos braços e vestiu o casaco, então foi até a ultima porta do corredor que revelou uma escada em espiral para cima, ela subiu as escadas até chegar ao telhado da casa.

Era bom ver a luz do dia novamente, mesmo com um céu tão cinza e triste, com uma pontada de dor no coração Angel se lembrou dos dias em Mind Oklan, dos seus pais, seus irmãos, seus amigos... O que será que eles estão pensando agora?

Ela se apoiou na chaminé e olhou a cidadela, era um labirinto de casas, ruelas e esquinas, muito, muito grande. Lá no horizonte ela viu uma grande torre, com outras menores em volta, parecia uma espécie de fábrica. Era negro e enorme, mesmo de longe. Definitivamente era ali. Instituto Ascek.

–Meus amigos estão lá, e todo o povo que morava aqui, estão todos lá, sofrendo...

É bonito, não acha anjinho?

Anjinho

Angel se virou tão depressa que quase caiu do telhado. Aquela voz, aquele sorriso diabólico e aqueles olhos penetrantes cheios de pensamentos desprezíveis.

–L...Lótus?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.. Deem reviews ^.^