Graças as vacinas de Carlisle aplicara, Reissy e Ray já estavam aptas à pegar um avião e voltar a cidade. Não tinha notícias do resto da família, não sabia se Renesmee já tinha voltado pra casa, e nem se Edward e Bella insistiram mesmo na idéia de guerra fria. Ao pensar nisso eu senti um frio na espinha, “será que vamos conseguir educar nossas filhas corretamente?”.

            Não tinha como eu não pensar nisso, era preocupante. Tínhamos que nos impor a elas antes que algo aconteça, e acho que o Emmett vai fazer bem o papel dele. Mesmo não sendo o mais ‘adulto’ de todos, pelo menos ele tinha a força ao seu favor. Elas não iriam bater de frente com ele, primeiramente porque elas não sabiam a força que elas tinham, e segundo que deixamos bem claros que somos os pais e responsáveis por elas.

            No avião, e dividi minha poltrona com RAY, enquanto Emmett dividia a dele com Reissy. Não entediamos o porquê, mas elas que sempre foram unidas quando humanas, parecem se estranharem a todo o momento. Temos que ficar por perto pra evitar que elas se matem, pensando no sentido literal da idéia.

            Carlisle nos acompanhara pra garantir mesmo a integridade física das pessoas ao nosso redor. Ele ficava de olho em cada comportamento delas e anotava em uma caderneta. Eu não gostei muito da idéia de minhas filhas serem fontes de pesquisas, mas, não tinha como não deixar.

            Ao chegarmos a Seattle, Carlisle ligou para Jasper e Alice, e pediu para que viessem em carros separados. Eles não entenderam bem o motivo de ter mais duas garotas ao lado de nós, mas não questionaram nada. Provavelmente, Alice já tinha enxergado-as, mas não as viu como sobrinhas.

- Quem vem nos pegar mãe? – RAY perguntou ao meu ouvido.

- Sua tia Alice e seu tio Jasper. – falei.

- Quer dizer que eu vou conhecer a tia Alice? – Reissy estava com os olhos brilhando, como jóias reluzentes em uma joalheria.

            Quando eles chegaram lá, Alice veio em nossa direção com o olhar confuso, e depois parou e ficou fitando o teto, ela estava tendo uma visão, uma visão sobre...

- MINHAS SOBRIIIIIIIIIIINHAS! – ela gritou e veio correndo abraçá-las. As minhas pequenas a abraçaram, e estavam super feliz em conhecer sua tia Alice.

- Sobrinhas? Eu ouvi bem esse nome? – Jasper estava confuso.

- Pois é, cara! Tem integrantes novos na família, e dessa vez a confusão é em dose dupla. – Emmett olhou pras duas.

- E ainda por cima duas! Ai meu deus, quanta felicidade! E vocês são tão grandes, quantos anos vocês têm? – Alice perguntou a elas.

- Reissy tem 16 anos, e RAY tem 14. – falei. Elas se olharam confusas, e foi ai que eu percebi que eu não deixei isso claro nos primeiros trinta segundos de vida. Isso significava que elas iriam demorar pra assimilar isso.

- Elas não são muito novas não? E os Volturi, eles não serão problemas não? – Jasper falou com uma expressão de preocupação. Realmente, eu não tinha pensado nisso. Carlisle interveio e explicou:

- Não, graças a uns estudos, eu consegui desenvolver mecanismos contra a sede dos recém-criados. – eu sorri aliviada – Por sorte, deu certo! Caso contrário, com certeza teríamos mais problemas! – Carlisle falava sendo seco e frio, e mostrando o quanto ele se decepcionou com a minha atitude impulsiva.

- Hum...  – Alice ficou pensativa – Então, elas duas são adolescentes, recém-criadas, vindas da Nova Zelândia, e SEM ROUPAS? – a cada palavra dita por ela, os olhos estavam brilhando como diamantes, brilhando por tentação, vontade de comprar.

- É Alice, mas isso não significa que elas vão ser imersas em montes de presentes. Não mesmo! Não queremos que aconteça a mesma coisa que aconteceu com Renesmee. – Alice murchava a cada expressão que eu dizia. Não quero que minhas filhas fiquem mimadas, e ainda mais elas que vão aprender muita coisa ainda.

- Mas mãe, o que custa? Só vamos sair com tia Alice! *.* - RAY  falou. Ela sabia que eu me derreteria toda com seus olhos, e se aproveitou do fato de ser a mais nova.

- Pai, deixa vai! Aí eu vou ter roupa pra usar quando a gente for assistir ao jogo do Knights.

- Tudo bem, garotas. Podem ir. Agora se comportem! Não quero ouvir nenhum tipo de reclamação de vocês duas, ok? – Emmett falou com firmeza. Não posso deixar de comentar que eu até me excitei com aquilo. Ele falando assim tão firme, ele nasceu pra ser pai, agora eu tenho certeza!

            Não sei de onde as meninas tinham aprendido sobre presentes, compras e mimo. Deve ter sido pelos arredores do hotel, por que elas pediram como desesperadas por compras. Mais um probleminha pra ser cortado, as saídas com Alice.

- Por isso que eu pedi dois carros. Sabia que Alice iria querer fazer compras com as meninas. Me surpreendeu o fato de você ter as deixado sozinhas com Alice. – Carlisle falou.

- Por quê? É perigoso? – comecei a ficar desesperada e ameacei correr atrás do carro pra pegá-las de volta.

- Não, não é perigoso. Só que do jeito que você superprotegia Renesmee quando ela nasceu, pensei que você fosse fazer o mesmo com as suas filhas.

- Superproteger minhas atletas? Não mesmo! – Emmett falou. – Não dê idéias não, pai, se não é capaz dela proibir que eu jogue com as garotas.

            Todos rimos e entramos no carro. Fomos rapidamente para casa. Ao chegarmos não encontramos ninguém pela casa, supus que Bella e Edward já devem ter voltado pro chalé deles. Fomos recebidos por Esme que nos deu um abraço super confortável e perguntou sobre as novas filhas.

- Então, você já sabe? – perguntei esperando uma bronca ou algo do tipo.

- Que eu sou avó mais sortuda do mundo por ter duas, ou melhor, três netas lindas? – ela falou com um sorriso estonteante.

- Que bom que você ficou feliz mãe! – sorri de volta

- Eu fiquei muito feliz por vocês, mas esperava um pouco mais de responsabilidade sua Rosalie.

- Desculpa! Você sabe que meu sonho sempre foi se tornar mãe, né?

- Sei, sei! E vocês estão dando conta do recado direitinho? – ela perguntou olhando pra Emmett.

- Lógico que sim, mãe! Está tudo sob controle! A não ser o fato de...

- O fato de que? – perguntei ao mesmo tempo em que Esme.

- Você não reparou Rose, esquecemos de avisar que elas eram irmãs? – ele olhou pra mim como se estivesse dizendo o óbvio. Que era óbvio.

- Verdade! Por isso que elas brigam tanto uma com a outra. – Sentei e fiquei analisando o raciocínio dele.

- Perdi alguma coisa? – Esme falou tentando entender o que estava se passando.

            Contamos toda a história e ela apoiou a idéia de Emmett.

-Vocês vão ter que fazê-las aprender a serem irmãs. Não será muito difícil! – Esme falou convicta.

- Será? – falei olhando pra Emmett, ele deu de ombros, também não sabia se seria difícil ou não nossa tarefa.

- Alice! – ela é o nosso único meio.