O garoto parecia desnorteado e muito cansado, repetia várias vezes: “Sou um de vocês, eu tive que vir” tentei conversar com ele mas ele ficava com um pensamento longe e apagava, acho que estava muito cansado.

– Apenas diga como chegou tão longe? - Percy perguntou para o garoto que estava bebendo água como se a sua vida dependesse daquilo.

Ele abriu os olhos e nos encarou.

– Estrada - Falou isso e se calou.

– Ônibus?

– Não, vim á pé. 3 dias andando sem rumo. - Falou como se fosse a coisa mais fácil, prática e normal do mundo.

Eu e Percy nos entreolhamos, não poderia ser possivel. Apenas 3 dias atravessando o país? vamos se sinceros o pais é grande demais para ser atravessado em 3 dias andando.

– Quê?- Percy falou ocmo se ainda não tivesse processado a informação. O que era típico dele.

– Eu morava com minha mãe sabe? - Falava ele entre suspiros de longo tempo. - Ela me explicou o porque dos monstros, quem eu era. E um cara que eu nunca vi na minha vida me ajudou, me mandou tomar um liquido em um recipiente diferente e mandou eu andar sem direção que eu acharia vocês, ele falou que demoraria muito para vocês chegarem até mim e quando vocês chegassem eu já estaria sendo devorado e me deu esse “presente”.- fez aspas com as mãos- Porfavor, eu só quero descansar e um pouco de comida, foram os 3 dias mais cansativos da minha vida.- Quase emplorou.

Eu logo pensei: Hermes o deus viajante. Ele estava nos ajudando. E pela expressão de Percy no rosto, percebi a mesma coisa.

Chamei Leo e Ana para ajudar ele mas antes deles levar o moço eu falei:

– Como é o seu nome?

– Ryan Wright. - E saiu

O filho de Hermes, pensei.

Eu e Percy ficamos sentados um de frente do outro, pensando. É dessa vez ele ficou calado observando chão.

– Dez, Annabeth. - Falou Percy com os olhos vidrados no chão.

Eu não entendi muito bem o que ele estava querendo falar, então perguntei:

– ã?

– Dez. Encontramos dez. Estamos quase conseguindo. Só temos mais 4 dias, será que vai dar tempo?

Meus deuses é verdade, tínhamos encontrado muitos semideuses, certo. Mas o número era pequeno par o tempo, só restavamos 4 dias para encontrar 8 semideuses.

– Ei, não se preocupe. - Tentei encorajá-lo e tentando me encorajar também. - Vamos encontrar certo?

Ele assentiu e notei que a expressão dele ficou preocupada.

– Está com o mapa? - Perguntou com a visão baixa. Como eu odiava ver ele assim, me sentia mau por não poder fazer nada que pudesse animá-lo.

– Sim. - Peguei o mapa que estava no meu bolso, andava sempre comigo. Não confiava que ficasse em bolsa ou até mesmo com o Percy, ele poderia perder… Vai saber como os homens são né.

Entreguei o mapa a ele e ele desdobrou.

Ele assim que focalizou os olhos arregalou assustado.

– O que foi? - Perguntei assustada.

– Não esta dizendo quantos semideus vamos encontrar no Rio de Janeiro. Só esta circulado. E na Bahia esta faltando 2 semideuses ainda.

– Calma, vamos saber o que fazer. - Falei. - Encontramos os semideuses daqui e vamos direto para o Rio e lá vamos saber o que fazer certo? Não se preocupe Cabeça de Alga, tudo vai dar certo. No prazo certo.

Ele falou:

– Sim, vai dar! - Falou confiante e com um sorriso de lado. Era dessse jeito que eu gostava de ver ele, confiante. Caso contrário parece que ele não fuciona.

Nico brotou no corredor. É brotou mesmo, aquele garoto sempre aparecia nos lugares.

– Vamos, quero matar monstros. - Falou com um ar de raiva.

Percy se levantou.

– Oque está fazendo?

– Ã? - Perguntou como sempre.

– Oque pensa que esta fazendo?

– Estou indo com o Nico, eu quero resgatar logo os outros.

– Não. - Falei emburrada.- Eu vou também.

– Não vai, não quero que você se machuque. - Teimou comigo.

– Eu vou sim.

– Não vai não, Annabeth. Apenas quem vai sou eu e o Percy e ninguém mais. Então da um tempinho ai. - Fez um sinalzinho de “chô!” para mim.

Vi que não teria jeito de mim ir mesmo e que ele não irião mudar de idéia.

– Insuportavéis! - Exclamei e sai do corredor.

Escutei a risada de Nico no fundo. Claro, fiquei com mais raiva ainda.

Ponto de vista de Percy Jackson.

– Pronto, peixão ? - Nico falou rindo de mim.

– Como você é gay, cara. - Falei para ele sem paciencia.

– Ouuuuuuu, algo esta errado aqui. Eu com bom humor e você sem? O que ouve?

– Eu só quero ir para casa logo, vamos encontrar esses semideuses logo.

– Uou, ta certo. Quantos sobraram nesta cidade?

– 2 - Respondi.

– O.k, vai ser moleza.

Eu e Nico fomos indo em direção ao portão principal do hotel quando escutamos passos atrás de nos e viramos bruscamente.

Não era um monstro ou caso do tipo, muito pelo contrário. Era a semideusa ( que era muito bonita ) que resgatamos ontem de tarde. O olhos azuis dela estavam criptando de ansiedade.

– Pra onde você acha que esta indo? - Nico perguntou se virando para ela.

– Com vocês claro, ou acha que estou indo comprar sorvete? - Respondeu ela com ignorancia

Eu quase soltei um risinho, mas me segurei. Não queria apanhar de Nico.

– Volte, agora. Não quero ficar me preocupando com você. - Nico falou se virando, como se Katrina voltaria para o Hotel, mas ele continou a andar.

– Não vai ter que se preocupar, até porque não estou pedindo isso! - Falou com uma cara de tédio.

– Katrina, você tem que voltar. Você esta vendo alguma mulher aqui? - Nico disse ficando irritado.

– Não idai? vou ajudar vocês e pare de ser tão ingrato.

– O Nico tem razão. - Falei com um tom de voz baixinho. Não queria nem a pau irritar aquela garota.

– Não tem razão não. Eu sei de um semideus. - Falou como se fosse a ultima saída dela ir conosco

Ficamos calados, claro. Ela tinha informações.
- Oque? você sabe onde ele esta? - Nico perguntou

– Claro, se não eu não estaria indo com vocês né. - Katrina mais uma vez ignorante

– E como você sabe que é um semideus? - Perguntei

Ela respirou fundo e revirou os olhos ocmo se estivesse se controlando, indireitou o corpo e começou a falar:

– Pelo simples fato que crescemos juntos e eu fugi dele porque estavamos sendo muito atacados.- Terminou a frase séria

– Sabe onde ele está? - Nico perguntou.

– Acho que sim, vamos.

Ela foi andando na frente e os cabelos dela balançavam e Nico cochichou para mim:

”Ela acha”

Parece que ela ouviu porque virou para nos e deu uma olhada para Nico que ele levantou as mãos como rendição. Eu mais uma vez segurei o riso.

Fomos para a avenida que ficava atrás do hotel e ficamos esperando um táxi, sendo que estava demorando demais, até que Nico se levantou e falou:

– Ah, dane-se vou andando.

– Você é louco ou se faz? é muito longe. - Katrina falou.

– Quem sabe a gente não encontra o outro andando?

Eu ficava calado o tempo inteiro vendo os dois discutirem, era engraçado, pois eu via que os dois se combinavam de um jeito estranhamente estranho.

– Vai sozinho, quando gastar toda a sola do seu sapato e estiver com o joelho desfalerando em pó não vem atrás da gente. - Katrina falou para Nico e depois virou as costas como uma criança mimada.

– Como você consegue ser tão insuportavél? - Nico perguntou e logo em seguida se sentou denovo.

Eu queria dar várias gargalhadas, mas não ia fazer isso. Claro, se não os dois iam me bater até ficar uma massa de modelar.

Ficamos em silêncio por cerca de uns 10 minutos (claro, eu que fiquei. Nico e Katrina ficavam se alfinetando em minuto e minuto) e finalmente passou um táxi e parou.

– Graças aos deuses! - Exclamei alto demais eu acho.

Entramos no táxi e ficamos todos no banco traseiro, no qual Katrina se recusou a se sentar perto de Nico (o que não era surpresa nenhuma. )

Nico me cutucou com o cotovelo e eu olhei encomodado para ele :

– Ei… - E ele me cutucou mais forte ainda olhando em direção para o táxista, eu não entendi muito bem e ainda fiquei olhando para Nico para que ele me explicasse porque estava me cutucando até que Katrina sussurou “Olhe o motorista.”

E eu olhei, bem acho que eu já deveria me acostumar com esse tipo de coisa, o motorista estava com um ar de riso nos lábios e os olhos vidrados…

Não, olhos vidrados não…

– Mais um? - Perguntei ainda olhando para o motorista.

– Acho que nossa sina é com os motoristas. - Zombou Nico

– Sshh… - Interrompeu Katrina.

– É questão de alguns minutos para ele se transformar, vocês sabem… -Falei baixinho.

– Então não seja esse o problema. - Nico falou.

Ele sacou Stygian e colocou sobre o estufado da cadeira do motorista, pela lógica se atravessado automaticamente ele ia se desfazer em pó dourado. Claro, o Sol estava forte.

– Não - Eu quase gritei. - Não temos certeza.

O motorista continuava calado ( como se esperasse que falassemos onde queriamos ir. ) E então deu um ronronado ( tipo um gato quando não esta satisfeito? pronto quase igual, a diferença era que era mais alto e mais assustador) E então começou a ficar vermelho, quando eu digo vermelho não pense que é um tom mais rosado de pele era vermelho pra valer, ele estava começando a se transformar e eu não queria pagar para ver que tipo de monstro aquela criatura era

– Nico, agora! - Katrina falou.

E Nico obedeceu enfiando a sua espada negra nas costas do motorista esfarelando-o em pó.

– Bom trabalho marrentinha. - Nico sorriu para ela e como sempre ela se fez de difícil e virou o rosto.

– E agora? não temos motorista e não sabemos dirigir.- Falei.

- Mas temos um carro. - Katrina falou sorridente.
Katrina saiu do carro e entrou e se sentou no local do motorista, logo colocando o cinto de segurança e se acomodando e tirando alguma poeria que restara do monstro sobre o vidro do carro.

– Por acaso a senhora sabe dirigir? - Nico perguntou.

– Não - Disse ela sem muito ligar para o que Nico estava falando, e procurava a chave do automóvel.

– Então quer matar a gente em um batida de carro? - Nico falou revoltado.

Então ela se virou para nós e disse.

– Percy você sabe dirigir? - Perguntou com a sobrancelha arqueada.

– É.. não - Falei meio envergonhado, eu tinha 17 anos e nunca dirigi

– Ok, e suponho que você também não saiba. - Disse olhando para Nico. - Então, se acaso fomos a morte por uma batida de carro, que seja por mim. Obrigada - E deu um sorriso sarcástico e se virou encontrando a chave em cima do som do veículo.

– Eu não acredito nisso. - Nico falou ardendo de raiva. - Se caso você sobreviver, vai levar a culpa pelo resto da sua vida por ter matado um filho de Hades e um de Poseidon

– Blá blá blá. - Katrina ironizou e ligou o carro.

Ai meu deuses, pensei comigo mesmo.

– Como você consegue me irritar tanto garota ? - Nico perguntou

– Não vou responder, até porque eu me pergunto a mesma coisa sobre você. - Falou

E deu disparada no carro.