Begin Again escrita por Senhorita Jackson


Capítulo 19
Idiotas felizes


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora era por causa daquela formatação do car@lho, mas vejam VOLTOU AO NORMAL UHUHU
Vi que novos leitores favoritaram a fic, então me deixem feliz e comentem
Boa leitura



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P.O.V. Annabeth

   Acordei e Bob ainda estava roncando, sorrir ao vê-lo dessa forma, com cuidado para não acorda-lo me levantei e fui para meu quarto, onde tomei um banho e coloquei uma regata branca com uma camisa xadrez por cima nas cores vermelho e preto, um short jeans um pouco rasgado e meu inseparável all star, meu cabelo estava em uma trança bagunçada de lado, deixando de fora somente à franja. Desci em direção à cozinha, preparei ovos com bacon e suco para meu irmão e comi apenas uma torrada, não estava com muito apetite assim, deixei o café da manhã de Bob tampado para não cair insetos e quando estava voltando para sala passo em frente à porta dos fundos, paraliso a encarando, novamente aquela sensação estranha invade-me, causando um arrepio na espinha, vou me aproximando lentamente da porta encostando uma de minhas mãos na maçaneta, fecho meus olhos e giro para a direita, escuto o som do pino se abrindo, então muito devagar a empurro, dou um passo a frente com os olhos fechados. Pego meu pingente na correntinha e o aperto, posso senti um vento frio batendo em meu rosto agitando minha trança, parece que ainda sinto o cheiro de minha mãe ali, e isso me parte o coração, então hesitante meus olhos, calmamente os corro em redor ao jardim. Tudo estava do mesmo jeito, o balanço no mesmo lugar, porém um pouco enferrujado, todos os brinquedos que brincávamos estavam espalhados pela grama amarelada, a árvore que ficávamos de baixo dela estava com poucas folhas, as flores que ali tinham desapareceram. Fiquei ali olhando aquele lugar, ele ficou destruído, parece que o que dava vida no jardim era a flor mais bela já encontrada: Atena Chase.

   Algo me chamou a atenção, um pedaço de folha perto do balanço, em cima dele o caminhãozinho que Mattew brincava, lembrei-me de meu sonho e suspirei. Será que Mattew está bem? Será que tem onde morar? O que comer? Será que achou novos amigos? E bem, será que sente a falta minha e de Bob? Na minha mente vieram milhares de perguntas sobre ele, e o que mais me frustrava era não saber responder nenhuma. Caminhei até o balanço onde eu e minha mãe costumávamos passar o domingo brincando, a dor da saudade me invade, mas seguro minhas lágrimas, abaixo-me e pego o papel. O fito e acho que foi em vão segurar as lágrimas, olhando para aquele pedaço de folha de caderno, eu me rendo e deixo as lágrimas escaparem, com pode ele ainda estar intacto, faz tantos anos e ainda está inteiro, e outra, o que está fazendo aqui? Que eu me lembre ela o guardou.

    Bom, no papel estava um desenho que fiz á quatro anos atrás para o dia das mães. Eu havia desenhado uma cidade enorme e bem na ponte esbanjando lindos sorrisos, estavam Frederick e Atena abraçados, segurando eu, Bob e Mattew. Esse era meu sonho, ver minha família toda junta e feliz em uma cidade que eu havia projetado. Mas agora isso era impossível, minha mãe e meu irmão não se encontravam aqui e meu pai vive para sua cachaça, agradeço por ter Bob comigo. Aquele jardim me trazia somente boas lembranças, o que me fez sorrir um pouco. Olhando aquele desenho, sento no balanço, chorando disfarçadamente. Fiquei ali a manhã toda, talvez com a esperança de ver Atena Chase chegar, abraçar-me forte e sussurrar “Senti sua falta minha Annie’’, ai sim poderíamos passar a tarde toda juntas. Limpei a última lágrima que descia sobre minha bochecha e caminhei de volta a cozinha. Antes de fechar a porta dei uma boa olhada em cada canto daquele lugar, depois a fechei e voltei para meu quarto, onde abrir a gaveta do meu criado mudo e guardei o desenho, depois desci novamente onde fiquei assistindo televisão até Bob acordar.

   - Bom dia maninha – disse dando-me um beijo e indo pegar seu café.

   - Bom dia manão – ouço uma risadinha vindo dele. Quando Bob volta se senta ao meu lado e rouba o controle de mim.

   - Ei – protesto, mas sou ignorada.

   - Sou mais velho, então eu escolho o canal que vamos assistir – fala se debochando, solto uma gargalhada irônica.

   - Você é mais velho que eu apenas alguns dias – retruco, em falha tentativa de pegar novamente o controle.

   - E dai – disse com a boca cheia – Sou mais velho e pronto.

   Reviro meus olhos, mesmo se tratando de Bob, ele ainda tinha seus ataques de chatice aguda coisa de irmãos mais velhos. Ficamos um tempo assistindo um filme de guerra, até que me levanto do sofá.

   - Aonde pensa que vai? – pergunta o loiro com a sobrancelha arqueada.

   - Na Thalia General – respondo rindo, ás vezes ele era preocupado até demais.

   - Não vai sair com Percy hoje?

   - Não sei, temos o dia todo para ver isso ainda – Bob se levanta e pega em meu ombro.

   - Annie talvez chegou a hora de termos uma conversinha – estranho isso, Bob raramente ficava tão sério assim, então me sentei novamente.

   - Pode falar – ele se colocou ao meu lado com as mãos cruzadas sobre o joelho.

   - Bom, quando uma menina e um menino se gostam, igual é o caso seu e do Percy, as coisas podem ir esquentando, se é que me entende – okay, me levantei completamente vermelha.

   - Não quero ter essa conversa – falei rapidamente, pude ver uma expressão de alivio tomar o rosto dele.

   - Ainda bem, porque eu também não – nos escaramos e começamos a rir.

   - Vou na Thalia.

   - Não demore e juízo – o olhei como se fosse alguma piada, ele apenas deu língua e subiu para seu quarto, vai entender.

   Passei em frente a casa de Percy, fiquei tentada a chama-lo, mas pensei que ele estivesse dormindo e também não queria ser aquelas namoradas chiclete.

   Toquei o interfone da grande mansão branca da punk. Antônia a empregada da casa que atendeu.

    - Pois não.

   - Sou eu Tia Tônia, Annabeth – já que eu frequentava a casa de Thalia desde pequena, tinha essa intimidade com os empregados, e todos me tratavam como se fosse da família.

   - Ah Annie querida, entre – ela apertou em um botão e o grande portão se abriu automaticamente. Passei pelo lindo jardim, Tia Tônia já me esperava na porta da sala, quando cheguei perto me deu um abraço.

   - Thalia está dormindo – disse-me quando entramos – Você conhece o caminho.

   Assenti.

   - E Tio Zeus e Hera? – perguntei. Com Zeus pai da punk também tinha essa intimidade ele me tratava como sua filha, mas Hera não nos dávamos muito bem, e eu nem sei bem o motivo.

   - Viajaram á negócios – contou-me.

   - Ah !! Isso é fato – ela sorriu e eu subi para o quarto de Thalia.

   Bom, o quarto da punk era meio assustador, era todo preto com vários pôsteres de bandas de rock da pesada, na parede que ficava encostada a cama, tinha um desenho feito por ela de um macaco tendo parte de seus membros arrancados com os dentes de um bicho que eu nunca consegui decifrar, pendurado na lâmpada tinha um fantasma com o rosto todo cortado, vai entender a mente de uma garota revoltada. A punk estava toda esticada, praticamente babando no travesseiro, então sem pensar eu dei um pulo em cima dela.

   - ACORDA PUNK O MUNDO ESTÁ SENDO INVADIDO POR PINGUINS – gritei ao seu ouvido, a mesma assustada pulou de sua cama e pegou um taco de beisebol.

   - PINGUINS MALDITOS VOCES NUNCA VÃO ME PEGAR – deitei na cama e comecei a gargalhar, minhas bochechas doíam de tanto rir, eu tinha lágrimas nos olhos e uma mão na barriga enquanto com a outra batia nos lençóis – Annabeth Chase você me paga sua viada.

   Thalia saiu correndo atrás de mim, estávamos parecendo duas criancinhas, eu ria sem parar enquanto a punk me xingava de nomes desconhecidos para mim, ficamos assim por um tempo, até não aguentarmos mais caindo ofegantes nos pufs que tinha ali.

   - Vadia, ainda vou me vingar – soltei uma gargalhada.

   - Para de me amar um pouco punk – foi a vez da morena cair de seu puf de tanto rir.

   - Falo é nada, mas o que faz aqui? – perguntou se levantando e indo para o banheiro.

   - Tinha que lhe contar uma coisa – sim, eu ia contar para ela o que eu e Percy fizemos, o melhor de tudo é que eu não me arrependia. Thalia saiu do banheiro com a escova de dente na boca, ao redor de seus lábios estava sujo de creme dental.

   - Que coisa loira? – me conhecendo igual ela conhece, acho que já desconfiava.

   - Se arrume e depois te falo.

   O banho de Thalia foi rápido, assim que terminou ela se sentou, ou melhor, se jogou do meu lado, vi que ela estava mega curiosa.

   - Anda desembucha o que você fez loira? – ela era tão delicada né. Rir com a ansiedade que a punk se encontrava, mas logo corei lembrando do momento com Percy.

   - Bom... sabe... eu...e Percy – gaguejei, não sabia corretamente a palavra para usar. Thalia arregala os olhos.

   - Você fez o que eu estou pensando que você fez? – pergunta abismada encarando-me, apenas assenti constrangida.

   - NÃO – ela fala.

   - Sim.

   - Não, vocês não fizeram.

   - Sim nós fizemos.

   Thalia abre um sorriso que seria capaz de rasgar seu rosto.

   - Finalmente né – a olho com sobrancelha erguida – Tipo, eu sempre soube que tinha uma Annie pervertida ai dentro de você.

   Dou-lhe um leve tapa no braço, agora é certeza que estou vermelha.

   - Você não pode falar nada. E Luke, aposto que você sua destrambelhada já saciou os desejos dele – ela deu de ombros.

   - Fazer o que né, quando se tem um namorado com o físico daquele tem é que aproveitar mesmo – Caímos na gargalhada.

   - Safadinha – rimos mais.

   Almocei lá mesmo, e também passei a tarde ali, com Thalia me divertia muito, juntas éramos as pessoas mais idiotas do mundo, como diziam éramos igual Bob Esponja e Patrick sempre idiotas, mais idiotas felizes. Assim que fui embora, pensei que meu sábado tinha sido muito legal, passei a tarde com minha melhor amiga, rimos conversamos, aprontamos, mas quando cheguei em casa esse pensamento foi por água a baixo.

***

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Notas finais do capítulo

Gostaram ??
Fantasminhas apareçam também
Desculpe qualquer erro
Beijos
Karol Oliveira *-*