A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 33
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

Sim, este é o ultimo cap. :( Não quero falar mt coisa aqui já q eu demorei seculos pra postar (ia postar ontem a noite, mas minha net não colaborou) Então os agradecimentos vão ser lá em baixo. Okay? Okay. (#TFIOS )



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Retomando tudo,eu era simplesmente o ser humano mais burro de todo o planeta terra. Enrolei bem mais do que o tempo necessário para admitir aquele estúpido e assustador fato.

Eu gostava de Cato.

Eu gostava de Cato não só como um amigo.

Minha mãe continuava a me encarar. Podia sentir o desejo que ela tinha de ver o que se passava dentro de minha cabeça e fico muito feliz por ela não ser uma criatura sobrenatural que tenha esse poder. Ao menos eu acho.

Me levanto.

–Aonde vai? –pergunta.

–Preciso fazer uma coisa.

E desço as escadas com um tipo estranho de coragem insana, do tipo que eu achava que só existia em filmes, que dominava meu corpo.

Eu posso fazer isso. É tão simples! Era só falar!

Quase rio ao perceber a facilidade de tudo isso. Por que escrevem tantos livros e fazem tantos filmes sobre uma coisa tão simples?

Mas é ali, quando chego no andar de baixo quando o vejo no quintal, meu estomago gela e eu travo totalmente no lugar.

Mas em que diabos eu estava pensando? E se ele me achar louca? E se não sentir o mesmo? Droga. Droga. Droga. Isso não era nem um pouquinho fácil, muito menos divertido.

Queria voltar para meu quarto, enfiar minha cabeça no travesseiro e desaparecer nas cobertas, mas minha mãe ainda estava lá, com seus olhos curiosos e suas perguntas na ponta da língua.

Oh mundo injusto!

Clove! –grito de susto já que a voz aguda de Lucy me tira de um torpor violento.

–Não pode chegar gritando assim, Lucy! –repreendo-a com mais raiva do que era necessário, mas naquele momento eu queria poder descontar tudo o que eu sentia em alguém. –Qual é?! Você não pensa?!

Ao contrario do que eu achei, ela ri. Uma risada que escondia alguma coisa. A ansiedade em seus olhos apenas confirmava isso e eu ficava confusa.

–Que cara é essa? –pergunto. –Por que parece tão animada quando o mundo é uma merda total e absoluta?

Você gosta dele! –solta em uma voz mais fina do que o habitual. –Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia!

Ela dava um pulinho em cada frase e meu medo era que atraísse a atenção de Cato no quintal. A ultima coisa que eu queria agora era ter que enfrentar olhar para ele. Como eu o odiava! Por que eu tinha que gostar dele? Existem três bilhões de pessoas no planeta, e é bem por ele!

–Do que você está falando, Lucy? E dá pra falar mais baixo?

–Cato. –ela tenta sussurra, mas sem conseguir se conter de animação.

Queria não corar, mas sei que corei.

–Sempre suspeitei disso!

–Até quando dormiu com ele? –resmungo.

–Desculpa por aqui. –ela ri, como se não fosse nada. Qual era o problema dela?! –Foi só, tipo, uma brincadeira. Nem gosto dele de verdade... mas com aqueles olhos não tem como não recusar...

–Pode parar, por favor? Eu não gosto dele...

–Só adoraria passar o resto da sua vida com ele...

–Tenho só dezesseis anos, como vou saber com quem quero passar o resto da vida?

–Não tente se enganar, Clovinha! Vocês são feitos um por outro.

–Quem é feito um pro outro?

Eu congelo ainda mais. Tenho certeza que a toda a cor que havia em meu rosto havia desaparecido. Não suava frio nem sentia meu coração bater mais rápido, na verdade, duvido muito que ele continuasse batendo. Acho que poderia morrer ali, pois tinha certeza que o sangue não corria mais por meu corpo.

–Ah!Cato. –Lucy sorri maliciosamente para mim. Eu quero matar ela. Eu vou matar ela. –Que bom que esta aqui. Pode fazer companhia para Clove enquanto eu vou ali. É rapidinho, nem vão sentir minha falta.

E ela sai em disparada em direção da cozinha e é daí que tenho certeza que ela observaria cada gesto nosso. Cato olhava para a direção para onde a garota foi com uma das sobrancelhas levantadas.

–Ela bebeu alguma coisa? –pergunta.

–E-eu...hum não sei.

Agora ele olhava para mim com a mesma maldita sobrancelha levantada.

–Você esta bem? –ele examina meu rosto. –Esta mais pálida do que o normal.

Balanço a cabeça.

Não, eu... e-eu estou tipo ótima. –sorrio,um sorriso muito parecido com o do coringa.

Por que você esta fazendo tudo errado? Recomponha-se!

E ficamos em silencio. Posso sentir que Lucy esta batendo sua mão na testa na cozinha, pensando em como eu sou idiota e como não sei lidar com garotos.

–Tem certeza?

–Cato...-engulo em seco. –Eu tipo... acho que só estou com sono ou, sei lá, vou subir e ver se durmo um pouco.

–Tudo bem. –diz lentamente ainda me olhando estranho.

Eu me viro para começar a subir e esqueço que a escada estava exatamente atrás de mim e antes que eu de com a cara no chão os braços de Cato contornam meu corpo.

Que cois mais clichê! O que iria acontecer agora? Ele iria me beijar loucamente, dizer que também me amava daí nos casaríamos e teríamos filinhos loiros e bagunceiros e envelheceremos juntos?

–Cuidado, Clove. –ele sorri e me solta rapidamente, mais rapidamente do que eu gostaria. –Talvez esteja certa, precisa mesmo dormir.

Rio tentando esconder toda minha vergonha. Sei que agora meu rosto deve estar igual a um pimentão, o que é uma mudança radical que obviamente Cato Ludwig era capaz de notar, ao menos que ele fosse daltônico.

Ele da um sorriso torto que eu retribuo e subo as escada me xingando mentalmente. Minha mãe ainda estava no quarto e com toda a certeza do mundo iria me interrogar com um bilhão de perguntas sobre tudo o que passava em sua cabeça.

Que burrada Clove, por que simplesmente não ficou lá? Por que teve que sair correndo feito uma louca?

O que eu faço? Minha cabeça estava sendo bombardeada. Não sou o tipo de pessoa que sai por ai falando pra todo mundo o que sente. Não consigo ser. Sentimentos são coisas muito complexas e complicadas pra mim.

Escuto passos pesados e rápidos na escada e logo Lucy murmurando furiosamente consigo mesma.

–Clove! O que foi aquilo? Ele ficou achando que você é esquisita. –diz ela.

–Ele sempre achou isso! –exclamo. –Sim, Lucy, você acertou! Eu gosto de Cato Ludwig! Agora dá pra me deixar em paz?

–Tem que se dar uma chance! Se ficar assim nunca vai arranjar um garoto, n-u-n-c-a. Nunca.

–Fico muito feliz em saber que você sabe soletrar. Agora me deixa em paz.

–Ele pode gostar de você! Sabe que pode. Eu vejo o jeito que ele olha pra você, e pode apostar que não é todo garoto que olha para uma garota desse jeito.

–E o que você sabe sobre amor? –me arrependo de falar isso. Nunca gostei de Lucy, mas percebo que posso ter ido um pouco longe de mais.

Seus olhos rapidamente ficam marejados.

–Você tem razão, olha nunca me apaixonei e nenhum garoto nunca se apaixonou por mim, mas não estamos falando de mim, estamos? Cato gosta de você.

–Ele me acha estúpida!

Eu não te acho estúpida.

Novamente me sangue gela e o sangue não chega mais ao meu rosto. Cato estava há apenas alguns metros de distancias de nós, ouvindo tudo com atenção, seus braços curvados sobre o peito e olhando para nós com olhos passivos.

–Bom... –Lucy suspira. –Eu tenho que ver outra coisa de novo.

E novamente Lucy se manda para um lugar onde não a vejamos, mas onde ela pode ver a gente.

–De onde tirou que te acho estúpida? –pergunta ele se aproximando de mim.

–De todos nossos infelizes anos juntos, ou já se esqueceu?

–Infelizes?

–Qual é? Nós odiávamos.

Um meio sorriso surge em seus lábios.

–Que bom que usou o verbo no passado.

–Dane-se. –digo tentando parecer brava. –Desde quando estava escutando?

–Desde quando admitiu que gostava de mim.

–Só queria fazer Lucy calar a boca. –rebato com a resposta já na ponta da língua. O que foi um erro.

–Não acredito em você.

–Para de agir como um criança, Cato?

Ele ri.

–Você gosta de mim? –pergunta ele, com um sorriso no rosto.

–Tenho que ir dormir. –digo rapidamente.

Começo a me virar, mas Cato agarra a droga de meu braço e me vira novamente em seu direção.

–Você gosta de mim? –repete.

–Esta me obrigando a falar?

–Quero saber, Clove. –ele sorria como se fosse uma brincadeira. Isso parecia me machucar. E ficamos ali em silencio.

Não sei quanto tempo ficamos assim. Por um segundo posso esquecer o fato de Lucy estar escutando tudo de algum lugar, mas mesmo assim aquelas palavras não podiam sair. Não conseguia dizer.

–Porque... –ele começa a dizer lentamente depois de uma quantidade de tempo que não consigo medir. –Eu acho gosto de você.

Ohh. –suspira alguém. Mas não era Lucy, não era Lucy.

Cato olha em volta e eu percebo.

–Minha mãe também deve estar escutando. –digo. –Não podem nos dar um pouco de privacidade?!

Não! –respondem as duas.

Cato da uma risada tímida e meu rosto fica novamente vermelho.

–Okay... –suspira Cato.

–Okay. –suspiro também. –E o que você disse?

–Você escutou, pestinha. –ele sorri. –Gosto de você, e realmente acho que dizer isso em voz alta é bem mais gay do que eu imaginava.

Rio nervosamente.

–Isso é bem estranho...

–Não respondeu minha pergunta. –lembra ele.

Ai droga! O que eu falo?

–Nunca pensei que minha vida teria um dia que fosse parecer com um livro romântico de mais. –digo, segurando sua mão.

–Isso pode não ser um livro romântico, só se você disser sim. –rebate Cato, com um sorris simpático.

Quantos sorrisos cabiam nesses lábios?

–Então... –ele abaixa a cabeça tentando olhar para os meus olhos, que encaravam fixamente o chão. –Vai transformar isso em livro de amor?

Levanto o olhar e seus olhos azuis me encaravam de volta. E instantes depois meus lábios estavam junto com os deles. E finalmente senti meu coração disparar. Seus braços se enrolam em minha cintura e minha mão se agarra em minha nuca.

Escuto minha mãe e Lucy comemorando de algum lugar onde conseguiam nos ver. Sorrio ainda com os lábios colados com o de Cato. E quando tenho que me separar dele por falta de fôlego, ele sorri pra mim e eu pra ele.

–Eu te amo, anãzinha.

–Eu te amo, seu idiota.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Primeiro queria falar sobre a surpresa que mencionei no ultimo cap: Eu estava pensando em escrever uma 2 temporada como mts de vcs pediram, mas essa ideia até agora não ganhou vida em minha cabeça 1) Porque eu até tive um boa ideia, mas o problema é q ainda estou tentando desenvolve-la melhor 2) tenho medo de esgotar os personagens e 3)Nesse momento estou com mts ideias para outras fics (a maioria envolvendo Clato e THG) e ainda tenho no momento um fic em andamento( 2 na vdd). Mas n estou confirmando q n ira ter uma 2 temporada, só estou dizendo q se tiver não será postada 'agora'.
Agora para os reais agradecimentos:
Bom... são 31 capítulos em quase dois anos. Quando comecei a escrever "A Chantagem" foi uma simples ideia que surgiu na minha cabeça, nunca imaginei q fosse se tornar algo tão grande como se tornou, e eu devo isso a cada uma de vcs q comentaram, deram opiniões, acompanharam e torceram junto comigo e com a Clove. Agradeço realmente a vcs q me perdoaram pelos atrasas mesmo eu n merecendo ser perdoada (isso esta ficando um pouco meloso, não?).
Até agora tenho 200 leitores, 742 comentários, 102 favoritamentos e 14 recomendações e pra uma garotinha de 12 anos q teve uma ideia em um dia tedioso nas ferias de verão isso é realmente mt! Isso faz quase dois anos e agora eu tenho 14 anos e continua sendo uma cois incrível, principalmente nos dias em que eu estava mal, eu entrava no site e as vezes só tinha um comentário, mas como sempre era um dos comentários divos de vcs e deps eu sempre ficava melhor. Então realmente obrigada por esse experiencia incrível.
Sim, sim, eu estou mt melosa, mas da um desconto é minha primeira Longfic finalizada. São mts sentimentos agora!
Queria poder citar o nome de todos vcs aqui, mas sei q iria esquecer alguém.
Aqui um beijo realmente grande para Apegue se a THG, Catherine Fabbri, ChloeGM, Srta Somed, MJuh, Belle Darcy, TahH, l Jathan l Laliter l Clato l, dirtywork, Cobaia do amor, Bia, MarinaTrinket, Clato e One Argentina Smart que foram as garotas q recomendaram a fic. MAs não só a elas, mas ao 200 q estão acompanhando a fic e a todos q favoritaram, e comentaram, aos q não comentaram também (qual é? Cs também são importantes! Mas sabe, se quiserem deixar um cometariozinho só hj, é o ultimo cap, sabe)
Adorei a experiencia de escrever pra vcs espero sempre encontra-las nas minhas fics e nas suas também!
Gente!! Podem me mandar MP me xingando, me elogiando, só falando 'oi'. Ou pode me mandar alguma mensagem pelo twitter @PandaDePanem (sdv é só falar q é daqui) posto as novidades lá ;). Se quiserem me acompanhar pelo tumblr ( http://i-am-in-the-love-club.tumblr.com/ ) fala seu user nos comentários q eu tbm sigo de volta, se não tiver contar aqui no site pode mandar algum recado pelo tumblr ou pelo Twitter ou pode me fazer perguntas pelo Ask (http://ask.fm/LulyRaquel) (q feio, Luly! Mendigando Follow!) Desculpem, força do habito. Também podem me seguir no Instagram (se por algum motivo vcs queiram ver minha cara feia) também é só pedir por MP.
E pra acabar, se vcs quiserem me add no face (msm eu n entro mais mt lá) é só me mandar uma MP pedindo (só passo o face por lá ).
E aqui finalmente chegamos nos fim (To chorando cara!) Obrigada por tudo mesmo, e pelo amor de Odin e Zeus juntos me perdoem pela demora pra postar. Sinto realmente mt, mas espero q tenha valido apena!
Mts beijos pra vcs, e nos vemos por ai... eu espero :D