A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Gente muito obrigada pelos reviews! Não sabem como me deixaram feliz. Então aqui está o segundo capítulo! Espero que gostem!



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   -Ai meu Deus Clove!- minha mãe me sacode. –Você não me ouviu? Estou te chamando a um tempão!

   -Hãm? O que? Por quê? –digo ainda dormindo.

   -Viu o que dá ir a esse tipo de festa!- minha mãe sempre odeia quando eu vou a festas. – Agora vai se arruma.

  -Mas pra que? –pergunto tentando me apoiar em minhas mãos para me levantar.

  -Seu pai tem um jantar com um cliente importante. –minha mãe abre as cortinas do meu quarto. Acho estranho sempre que ela faz isso um raio de luz atinge meu rosto, mas hoje não.

  -Que horas são?-pergunto olhando pela janela e percebendo que a lua já esta está no céu.

  -São sete e meia da noite! Você dormiu o dia inteirinho!- diz minha mãe indo em direção a porta. –Agora vai levanta! E se arrume rápido já estamos saindo.

  Ela sai do meu quarto. Eu me espreguiço, e lentamente me levanto. Vou até o banheiro tomo um banho rápido e visto um vestido cor de creme e uma sapatilha. Uma roupa bem diferente da que eu tinha usado na festa. Meus pés ainda doem por causa do salto que usei. Faço um coque em meu cabelo deixando alguns fios soltos. Faço uma maquiagem bem rápida, pois minha mãe já esta me chamando para eu ir. Corro para baixo, todos já me esperavam dentro do carro.

  -Clove eu falei pra você se arrumar rápido. –diz minha mãe quando eu entro no carro.

  -Desculpa. – digo.

  -A que horas vocês chegaram em casa ontem? –pergunta minha mãe. Minha mãe é sempre assim, ela se preocupa de mais com as coisas.

  -Ah devia ser uma da manha por ai. –diz Jack.

  -Que bom que não chegaram tão tarde igual da ultima vez. –minha mãe parece satisfeita.

  -Serio? –pergunto bem baixinho para meu irmão.

  -Não. –ele responde no mesmo tom. - Foi bem mais tarde do que isso.

  Quando chegamos ao restaurante, meu pai vai na frente.

   -Lembrem-se vocês tem que se comportar. –minha mãe arruma o cabelo de meu irmão, ele odeia quando ela faz isso. -Esse cliente é muito importante para o pai de vocês, e Jack ele tem um filho da sua idade então não faça nenhuma besteira garoto.

   -Ta não vou fazer. E para de fazer isso. –diz ele tirando a mão dela de seu cabelo.

   Eu rio.

   -Não tem graça! –diz ele para mim.

   -Tem sim.

   -Vamos logo. – minha mãe nos apresa.

   -Olá! –diz meu pai quando vê o seu cliente. –Desculpe-me pelo atraso, minha filha demorou um pouco para se arrumar.

   -Ah não se preocupe, e sei como é. –ele cumprimenta minha mãe e meu irmão, e finalmente chega a mim. –Mas não é atoa que ela demorou ela está linda.

   -Obrigada. –digo sorrindo, mas um pouco constrangida.

   -Bom essa é minha mulher Elena. –ele apresenta a mulher loira. –E esse é o meu filho Cato.

   Cato!

  Meu coração quase para.

   Não tinha o percebido sentado no fim da mesa. Ele sorri para mim, um sorriso maldoso e acusatório.

  -Cato e ai!-fala meu irmão. Ele e Cato se conhecem?

  -E ai Jack! –diz ele.

  -Que bom que já se conhecem. -diz Elena. 

  Meu pai, minha mãe, Elena e o pai de Cato começam a conversar. Meu irmão conversa com Cato. E eu olho para frente. Ninguém parece perceber minha presença aqui. Quando a comida chega como bem pouco, não estou com apetite nenhum agora.

   -Não quer mais nada, querida? –me pergunta Elena.

  -Não estou com muita fome. –digo.

  -Ah que pena esta delicioso. –diz ele apontando para o peixe em seu prato. - Tem certeza que não quer mais um pouco.

  -Tenho, obrigada. –digo me levanto. –Tenho que ir ao toalete,com licença. 

  -Ela foi a uma festa ontem, deve estar muito cansada. –comenta minha mãe para Elena.

  Vou em direção a toalete, vejo que alguém de nossa mesa também se levanta.

  Quando já estou um pouco distante da mesa alguém agarra meu pulso me puxa para dentro de um armário. A luz acende e eu vejo Cato.

  -O que você quer?! –pergunto irritada.

  -Sabe, eu nunca iria imaginar isso sabia?- diz ele com a voz calma. Isso me deixa preocupada.

  -Do que você está falando? Você é um retardado! Me deixa sair! –digo tentando parecer com raiva e não preocupada.

  -Não se lembra da festa? Você me falou algumas coisas interessantes, muito interessantes. –ele da ênfase no “muito”.

  -Ta já acabou? –pergunto tentando soltar meu pulso, mas isso só faz com que ele aperte mais.

  -Não, eu não acabei. –ele sorri. –E se eu fosse você começaria a ser mais simpática comigo nanica.

  -E pro que eu seria? –viro os olhos.

  -Por dois motivos, primeiro: meu pai é cliente do seu agora e se você fizer alguma coisa eu dou um jeito dele desistir de trabalhar com o seu paizinho. E segundo: eu sei os seus segredos sujos agora, e eu posso falar todos eles para os seus pais. –ele ri. –Imagina quando ele descobrir que a filhinha perfeita dele sempre rouba dinheiro dele para fazer compras com as amigas.

   -Cala boca! –tento fazer ele parar de falar. 

  - Ah e esse nem é o melhor, Tantas coisas sobre você, suas amigas, seu irmão...

  -Ta... ta bom. –digo entre dentes interrompendo-o. –O que você quer que eu faça pra você manter o bico fechado.

  -Bom é bem simples, - diz ele com um enorme sorriso no rosto. - faça tudo o que eu mandar.

   Depois de muito tempo tentando dormir finalmente desisto. Sento na cama e olho para o nada.

   Eu me sinto tão estúpida. Não deveria ter ido aquela festa. Deveria ter ficado em casa estudando, vendo um filme ou sei lá. Ou pelo menos não deveria ter bebido tanto a ponto de contar todos os meus segredos a Cato. Eu poderia ter contado a qualquer um, qualquer um mesmo menos Cato. Sinto uma lagrima em meu rosto. Agora terei que fazer tudo que Cato quiser. E se eu contar a qualquer um, ele ira contar tudo o que sabe para meus pais e para a escola toda. E o pior é que eu contei alguns segredos sobre Fox e  Katniss , ele também ira contar para escola, e elas não irão mais nem olhar na minha cara.

   -É Clove você se ferrou mesmo, parabéns. –digo a mim mesma.

   Apoio minha cabeça em minhas mãos e tento pensar em como posso me safar dessa. Chego a uma conclusão: Não há como sair dessa.

   O único jeito seria convencer Cato a me deixar em paz. E convencer Cato de alguma coisa é simplesmente impossível. Preciso pensar em um plano, mas não consigo, não há como. Queria poder falar com Fox ou com Katniss, mas se ele descobrir eu simplesmente estaria morta. Meus pais me prenderiam em casa, meu irmão iria me odiar mais ainda, por que sei que contem a Cato alguma coisa constrangedora sobre ele. Fox nunca mais iria falar comigo, pois alguns dos “roubos” que cometi ela estava comigo, Katniss também não iria mais falar comigo. A escola todos iria começar a pegar no meu pé, e eu acho que poderia até ser expulsa e Fox também, afinal nós duas já roubamos algumas coisas, não eram coisas muito valiosas, nós fazíamos isso só por diversão, mas mesmo assim eram roubos e nós com certeza seriamos punidas. 

    Vou até a cozinha, e procuro algo para comer, talvez isso me faça esquecer Cato e o problema que ele me meteu. Mas antes que eu pegue alguma coisa para comer, encontro uma garrafa de vodka de meu pai. Sem pensar a abro e tomo da garrafa mesmo.

   Esqueço de todo o lance com Cato e consigo até ficar feliz. Acidentalmente acabo com a garrafa toda. Jogo no lixo, duvido que meus pais percebam eles tem mais um monte iguais a essa. Tento subir de novo, e depois de algumas quedas consigo, rio um pouco ao ver quantas vezes eu cai. Vou para meu quarto e consigo finalmente dormir. 


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Notas finais do capítulo

E ai? Fico legal? Espero que tenham gostado.